Investigações

Primeiras investigações a serem solicitadas

testes cognitivos formais

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Exame

O desempenho do teste cognitivo deve ser registrado na avaliação inicial e, em seguida, a cada 6 meses.

O Miniexame do Estado Mental (MEEM) continua sendo o teste cognitivo simples mais amplamente utilizado (e mais bem compreendido). No entanto, os pacientes com DFT podem pontuar acima da pontuação de corte de 24/30, mesmo se tiverem comprometimento cognitivo significativo, portanto ele é de utilidade limitada para a detectar DFT. A avaliação cognitiva de Montreal (MoCA) pode ser usada para avaliar o declínio da cognição ao longo do tempo.[61]

A bateria de avaliação frontal, um teste à beira do leito que pode ser administrado em 10 minutos, é útil para rastrear e identificar disfunções do lobo frontal.[62]

A Entrevista Executiva (EXIT) é outra ferramenta útil de rastreamento à beira do leito para detectar possíveis disfunções do lobo frontal. Ela é composta por um perfil curto de 25 itens e leva aproximadamente 15 minutos.[63] A Quick EXIT é uma versão resumida de 14 itens da EXIT original.[64]

O prejuízo no processamento emocional é detectável em todos os 3 subtipos de DFT, sendo uma característica clínica importante na variante comportamental da DFT e na demência semântica.[65] As respostas emocionais frequentemente confundem a interpretação dos resultados dos testes cognitivos, de modo que avaliações longitudinais cuidadosas são necessárias para apoiar o diagnóstico.

A escala de classificação frontotemporal (FRS) foi desenvolvida especificamente para a DFT e pode detectar deterioração funcional ao longo de 12 meses.[67] O nível da gravidade da demência é mais precisamente estimado pela FRS que por escalas convencionais de classificação de demências.

Resultado

baixo desempenho desproporcional no comportamento da realização do teste e/ou em testes de função executiva; processamento emocional deficiente; escore MEEM frequentemente na faixa normal; na MoCA, os subconjuntos frontais podem mostrar anormalidade

ressonância nuclear magnética (RNM) cranioencefálica

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A RNM deve ser solicitada sempre que houver suspeita do diagnóstico de DFT. Se os resultados forem normais ou indeterminados, uma tomografia por emissão de pósitrons com fluordesoxiglucose (FDG-PET) poderá ser usada.[75]

Resultado

atrofia focal dos lobos frontal e/ou temporal anterior; frequentemente a atrofia é caracterizada por assimetria esquerda-direita

tomografia computadorizada (TC) cerebral

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Exame

A TC deve ser solicitada se o diagnóstico de DFT for suspeitado, mas a RNM não estiver disponível ou for contraindicada. Se os resultados forem normais ou indeterminados, uma tomografia por emissão de pósitrons com fluordesoxiglucose (FDG-PET) poderá ser usada.[75]

Resultado

atrofia focal dos lobos frontal e/ou temporal anterior; frequentemente a atrofia é caracterizada por assimetria esquerda-direita

Hemograma completo

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Solicitado para descartar a anemia.

Resultado

geralmente normais

proteína C-reativa sérica

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Solicitada para o rastreamento de doenças inflamatórias.

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geralmente normais

hormônio estimulante da tireoide (TSH) sérico

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Solicitado para descartar o hipertireoidismo. O TSH está baixo no hipertireoidismo.

Resultado

geralmente normais

tiroxina livre (T4)

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Solicitado para descartar o hipertireoidismo. O T4 livre está elevado no hipertireoidismo.

Resultado

geralmente normais

perfil metabólico

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Solicitado para excluir níveis anormais de sódio, cálcio e glicose.

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geralmente normais

ureia sérica

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Solicitada para se descartar insuficiência renal como a causa do declínio cognitivo.

Resultado

geralmente normais

creatinina sérica

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Solicitada para se descartar insuficiência renal como a causa do declínio cognitivo.

Resultado

geralmente normais

TFHs

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Solicitados para se descartar a insuficiência hepática como causa do declínio cognitivo.

Resultado

geralmente normais

níveis séricos de vitamina B12

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Solicitados para descartar o declínio cognitivo secundário à anemia megaloblástica/perniciosa.

Resultado

geralmente normais

níveis de folato sérico

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Solicitados para se descartar declínio cognitivo devido a deficiência de folato.

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geralmente normais

sorologia para sífilis

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Pode ser positiva para sífilis.

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geralmente normais

teste de vírus da imunodeficiência humana (HIV)

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Positivo na demência no HIV.

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geralmente normais

ensaio de imunoadsorção enzimática (ELISA) sérico

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Pode ser positivo para anticorpos contra Borrelia burgdorferi na doença de Lyme.

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geralmente normais

Investigações a serem consideradas

tomografia por emissão de pósitrons (PET) com fluordeoxiglicose (FDG) cerebral

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Deve ser solicitada se o resultado da RNM ou da TC for normal ou indeterminado. Se o resultado da FDG-PET for indeterminado, pode-se considerar a SPECT.

A imagem por FDG-PET também é indicada na avaliação de demência progressiva e neurodegeneração em pacientes com comprometimento cognitivo leve.[75]

Resultado

hipometabolismo focal nos lobos frontal e/ou temporal anterior; frequentemente assimétrico

tomografia computadorizada por emissão de fóton único (SPECT) cerebral

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A SPECT pode ser solicitada se o resultado da FDG-PET for normal ou indeterminado.[75]

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hipoperfusão focal dos lobos frontal e/ou temporal anterior; frequentemente assimétrica

biópsia do cérebro

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O exame neuropatológico é o padrão para o diagnóstico definitivo. Os espécimes podem ser obtidos por biópsia cerebral, mas isso geralmente não é recomendado. Portanto, a confirmação patológica é normalmente obtida no final da vida e é especialmente importante na caracterização da demência familiar.

Resultado

ao exame macroscópico, é encontrada atrofia regional afetando predominantemente os lobos frontal e/ou temporal; a neuropatologia molecular permite que a maioria dos casos de DFT seja colocada em um dos três subgrupos moleculares: degeneração lobar frontotemporal com acúmulo de proteína tau (30% a 50% dos casos), TDP-43 ou FET

teste genético

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A história familiar de DFT é um bom indicador da adequação da testagem genética. Mutações nos genes GRN e MAPT estão presentes quase exclusivamente nos pacientes com uma forte história familiar, enquanto a expansão do C9orf72 pode ocorrer na doença aparentemente esporádica. A testagem genética é desejável para todos os pacientes com provável ou possível variante comportamental da DFT (vcDFT), e noa pacientes com suspeita de vcDFT com fortes características psiquiátricas e pelo menos um membro da família afetado. O rastreamento para mutações em C9orf72 deve ocorrer para todos os pacientes com suspeita de DFT com sintomas psiquiátricos proeminentes ou história familiar de transtorno psiquiátrico primário de início tardio (mesmo se os critérios diagnósticos completos não forem atendidos).[23] O teste genético deve ser considerado dentro do contexto de um serviço de genética clínica com a capacidade de oferecer suporte educacional e psicológico para as famílias afetadas.

Resultado

demonstração de mutações nos genes MAPT, GRN ou C9orf72 tipicamente; mutações em CHMP2B e outros genes são raras; a análise pode identificar um gene pertinente a uma demência diferente (como a doença de Alzheimer), circunstância em que o caso é uma fenocópia da DFT

perfil do tecido conjuntivo

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Solicitado, se indicado; resultados positivos podem descartar a DFT.

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geralmente normais

velocidade de hemossedimentação sérica

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Solicitada para o rastreamento de doenças inflamatórias.

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geralmente normais

Novos exames

análise do líquido cefalorraquidiano

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Os marcadores no líquido cefalorraquidiano (LCR) podem ter algum valor diagnóstico. Uma elevação acentuada da proteína da cadeia leve do neurofilamento (NfL) pode ser indicativa de DFT.[68][69] Níveis mais altos de proteína de cadeia leve do neurofilamento (NfL) ou amiloide (Aβ42/Aβ38 e Aβ42/Aβ40) e níveis mais baixos de proteína precursora de amiloide (sAPPβ) no LCR podem ajudar a distinguir a DFT da doença de Alzheimer.[70] A pentraxina 2 neuronal (NPTX2) no LCR está reduzida em uma variante genética da DFT; diminuições nos níveis de NPTX2 provavelmente refletem disfunção ou perda sináptica.[71]

Resultado

elevação de NfL ou de amiloide (Aβ42/Aβ38 e Aβ42/Aβ40); redução nos níveis de sAPPβ ou NPTX2

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