Os neurocirurgiões e neurointensivistas usam muitas estratégias diferentes para o manejo dos hematomas subdurais (HSD) agudos e crônicos. Em geral, os critérios mais importantes para determinar o manejo dos HSD agudos são os sinais/sintomas neurológicos e a aparência radiográfica. Os hematomas subagudos podem ser tratados da mesma maneira que os hematomas crônicos; os hematomas crônicos agudizados geralmente são tratados da mesma maneira que os HSD agudos.
Correção da coagulopatia
Muitos pacientes com traumatismo cranioencefálico grave apresentam coagulopatia e necessitam da normalização de seu perfil de coagulação.[50]Cortiana M, Zagara G, Fava S, et al. Coagulation abnormalities in patients with head injury. J Neurosurg Sci. 1986 Jul-Sep;30(3):133-8.
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A maioria dos pacientes em anticoagulação requer a interrupção inicial ou a reversão de seu agente antiagregante plaquetário ou anticoagulante. Estima-se que os pacientes em terapia de anticoagulação oral tenham um risco 4 a 15 vezes maior de HSD, levando a uma maior probabilidade de expansão do hematoma, aumento do risco de morte e desfecho funcional desfavorável, a menos que a anticoagulação seja rapidamente revertida.[53]Al-Mufti F, Mayer SA. Neurocritical care of acute subdural hemorrhage. Neurosurg Clin N Am. 2017 Apr;28(2):267-78.
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No entanto, as decisões sobre a interrupção ou reversão da anticoagulação devem ser individualizadas. Por exemplo, os riscos, bem como os benefícios da reversão de um antagonista da vitamina K (por exemplo, varfarina) devem ser considerados nos pacientes com trombose, isquemia, trombocitopenia induzida por heparina ou coagulação intravascular disseminada concomitante sintomática ou com risco à vida.[54]Frontera JA, Lewin JJ 3rd, Rabinstein AA, et al. Guideline for reversal of antithrombotics in intracranial hemorrhage: a statement for healthcare professionals from the Neurocritical Care Society and Society of Critical Care Medicine. Neurocrit Care. 2016 Feb;24(1):6-46.
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Todos os pacientes necessitam de acompanhamento seriado para tempo de protrombina, tempo de tromboplastina parcial, razão normalizada internacional (INR) e níveis de plaquetas e fibrinogênio. Evidências de 2019 sugerem que a reversão direcionada utilizando ensaios viscoelásticos, incluindo tromboelastografia ou tromboelastometria rotacional, pode fornecer um benefício de sobrevida global e diminuir o sangramento recorrente nas primeiras 6 horas após o trauma.[55]Subramanian M, Kaplan LJ, Cannon JW. Thromboelastography-guided resuscitation of the trauma patient. JAMA Surg. 2019 Dec 1;154(12):1152-3.
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Os profissionais que fazem o manejo de HSD também devem estar cientes dos anticoagulantes mais recentes que têm como alvo a trombina ou o fator Xa. Os exemplos desses anticoagulantes orais diretos (AODs) incluem a dabigatrana, a rivaroxabana, a apixabana e a edoxabana. Os AODs têm diversas vantagens em relação à varfarina, incluindo menos risco de hemorragias com risco de vida, que é o motivo para seu uso estar aumentando.[54]Frontera JA, Lewin JJ 3rd, Rabinstein AA, et al. Guideline for reversal of antithrombotics in intracranial hemorrhage: a statement for healthcare professionals from the Neurocritical Care Society and Society of Critical Care Medicine. Neurocrit Care. 2016 Feb;24(1):6-46.
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Ao tratar a HSD em pacientes que tomam AODs, os profissionais devem ser incentivados a consultar seus colegas da hematologia para obter possíveis opções para reversão.[56]Morais J, De Caterina R. Stroke prevention in atrial fibrillation: a clinical perspective on trials of the novel oral anticoagulants. Cardiovasc Drugs Ther. 2016 Apr;30(2):201-14.
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[54]Frontera JA, Lewin JJ 3rd, Rabinstein AA, et al. Guideline for reversal of antithrombotics in intracranial hemorrhage: a statement for healthcare professionals from the Neurocritical Care Society and Society of Critical Care Medicine. Neurocrit Care. 2016 Feb;24(1):6-46.
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A correção da coagulopatia pode incluir a vitamina K (útil nos pacientes com prolongamento da INR relacionado à varfarina), plasma fresco congelado, plaquetas (objetivo para a contagem plaquetária de >100 x 10⁹/L; >100,000/microlitro), crioprecipitado (usado nos pacientes com baixos níveis de fibrinogênio), protamina (usada nos pacientes que estiverem usando heparina) e fator VIIa ativado.[58]Narayan RK, Wilberger JE, Povlishock JT. Neurotrauma. New York, NY: McGraw Hill Health Professions Division; 1996.
Manejo da pressão intracraniana elevada
Em pacientes com pressão intracraniana (PIC) elevada, um protocolo padrão é utilizado para o manejo. É importante seguir os princípios tradicionais para a lesão cerebral traumática, incluindo a manutenção da pressão de perfusão cerebral de 60 a 70 mmHg e da PIC <22 mmHg (em adultos).[59]Carney N, Totten AM, O'Reilly C, et al. Guidelines for the management of severe traumatic brain injury, Fourth Edition. Neurosurgery. 2017 Jan 1;80(1):6-15.
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Embora a evacuação cirúrgica seja considerada em muitos pacientes com HSD agudo e com sinais de PIC elevada, há um subgrupo de pacientes com HSD agudos pequenos nos quais os sintomas neurológicos são decorrentes de outras lesões, como contusões intraparenquimatosas ou lesão axonal difusa. Nestes pacientes, a evacuação cirúrgica não seria a terapia de primeira linha.
Opções primárias que podem ser usadas para diminuir a PIC incluem elevar a cabeceira do leito para 30°, usando a posição de Trendelenburg reversa se houver instabilidade ou lesão vertebral.[60]Feldman Z, Kanter MJ, Robertson CS, et al. Effect of head elevation on intracranial pressure, cerebral perfusion pressure, and cerebral blood flow in head-injured patients. J Neurosurg. 1992 Feb;76(2):207-11.
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Analgésicos e sedação podem ser úteis, pois a dor e a agitação podem aumentar a PIC.[61]Kelly DF, Goodale DB, Williams J, et al. Propofol in the treatment of moderate and severe head injury: a randomized, prospective double-blinded pilot trial. J Neurosurg. 1999 Jun;90(6):1042-52.
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A utilização de relaxantes musculares em pacientes intubados pode ajudar a atenuar os efeitos da sucção.[62]Kerr ME, Sereika SM, Orndoff P, et al. Effect of neuromuscular blockers and opiates on the cerebrovascular response to endotracheal suctioning in adults with severe head injuries. Am J Crit Care. 1998 May;7(3):205-17.
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A hiperventilação com o objetivo de obter uma pCO₂ de 30 a 35 mmHg (monitorada com gasometrias arteriais seriadas) pode ser benéfica na redução da PIC, mas é recomendada apenas como uma medida temporária, pois o uso prolongado pode ser associado à constrição dos vasos cerebrais e à diminuição do fluxo sanguíneo.[63]Kinoshita K. Traumatic brain injury: pathophysiology for neurocritical care. J Intensive Care. 2016 Apr 27;4:29.
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As opções secundárias de tratamento para reduzir a PIC incluem terapia hiperosmolar com solução salina hipertônica em concentrações entre 3.0% e 23.4% e um limite de administração de dose com base em um limite superior de sódio sérico de 155 mmol/L.[6]Fisher B, Thomas D, Peterson B. Hypertonic saline lowers raised intracranial pressure in children after head trauma. J Neurosurg Anesthesiol. 1992 Jan;4(1):4-10.
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Diuréticos osmóticos como o manitol também podem ser usados, mas devem ser evitados se o intervalo osmolar sérico exceder 18 mOsm/kg a 20 mOsm/kg.[70]Erstad B. Critical care pharmacotherapy. Lenexa, KS: American College of Clinical Pharmacy; 2016. Alguns especialistas também sugerem não exceder a osmolalidade sérica de 320 mOsm/kg se o manitol for considerado.[71]García-Morales EJ, Cariappa R, Parvin CA, et al. Osmole gap in neurologic-neurosurgical intensive care unit: Its normal value, calculation, and relationship with mannitol serum concentrations. Crit Care Med. 2004 Apr;32(4):986-91.
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O uso de terapias hipertônicas (solução salina) ou hiperosmolares (manitol) pode ser contraproducente devido ao risco de expansão do volume do hematoma, e elas são usadas apenas como uma medida temporária até que intervenções cirúrgicas de emergência possam ser implementadas.[72]Fomchenko EI, Gilmore EJ, Matouk CC, et al. Management of subdural hematomas: part I. Medical management of subdural hematomas. Curr Treat Options Neurol. 2018 Jun 23;20(8):28.
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As opções de tratamento para pressão intracraniana elevada refratária incluem a manutenção do paciente em coma com pentobarbital (requer monitoração por eletroencefalograma [EEG] contínua),[73]Eisenberg HM, Frankowski RF, Contant CF, et al. High-dose barbiturate control of elevated intracranial pressure in patients with severe head injury. J Neurosurg. 1988 Jul;69(1):15-23.
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induzir hipotermia por resfriamento intravascular ou cobertores tópicos de resfriamento[74]Tokutomi T, Morimoto K, Miyagi T, et al. Optimal temperature for the management of severe traumatic brain injury: effect of hypothermia on intracranial pressure, systemic and intracranial hemodynamics, and metabolism. Neurosurgery. 2003 Jan;52(1):102-11;discussion 111-2.
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e hemicraniectomia descompressiva.[77]Timofeev I, Czosnyka M, Nortje J, et al. Effect of decompressive craniectomy on intracranial pressure and cerebrospinal compensation following traumatic brain injury. J Neurosurg. 2008 Jan;108(1):66-73.
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HSDs agudos
Os HSDs pequenos podem estar associados a outros hematomas intracranianos que necessitem tanto de manejo da PIC elevada como de evacuação cirúrgica. Ocasionalmente, os HSDs pequenos podem causar edema cerebral e deterioração neurológica importantes. Portanto, o manejo deve ser baseado no tamanho e nos sinais/sintomas clínicos. Todos os pacientes com avaliação <9 na escala de coma de Glasgow devem ter a PIC monitorada com ventriculostomia, pino subaracnoide ou monitor intraparenquimatoso.[79]Bullock MR, Chesnut R, Ghajar J, et al; Surgical Management of Traumatic Brain Injury Author Group. Surgical management of acute subdural hematomas. Neurosurgery. 2006 Mar;58(suppl 3):S16-24;discussion Si-iv.
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Podem ser medidos outros parâmetros fisiológicos que ajudam a orientar a terapia, incluindo a oxigenação cerebral por meio do monitoramento de pressões parciais de oxigênio em áreas focais do tecido cerebral ou oxigenação cerebral global com monitores de oximetria intraparenquimatosa, espectroscopia de infravermelho próximo ou monitoramento do bulbo venoso jugular; pressão de perfusão cerebral; e monitoramento contínuo do EEG para convulsões. Um epileptologista pode ser consultado para a interpretação dos registros do EEG.[82]Procaccio F, Polo A, Lanteri P, et al. Electrophysiologic monitoring in neurointensive care. Curr Opin Crit Care. 2001 Apr;7(2):74-80.
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O manejo conservador geralmente é considerado adequado para os HSD agudos que são pequenos, não ocasionam desvio significativo na linha média ou invasão cisternal significativa e não causam comprometimento neurológico significativo (além de cefaleias). Tipicamente, isso inclui pacientes com:[85]Smith JS, Chang EF, Rosenthal G, et al. The role of early follow-up computed tomography imaging in the management of traumatic brain injury patients with intracranial hemorrhage. J Trauma. 2007 Jul;63(1):75-82.
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Escala de coma de Glasgow 9 a 15 com HSD <10 mm de largura e desvio na linha média <5 mm
Escala de coma de Glasgow <9, com um hematoma <10 mm em largura e desvio na linha média <5 mm, que tenham permanecido estáveis entre o momento da lesão e o pronto-socorro, com pupilas simétricas e reativas e PIC <22 mmHg.
A decisão sobre qual tipo de cirurgia realizar depende da aparência radiográfica do hematoma e da preferência do cirurgião.[88]Huang Q, Dai WM, Wu TH, et al. Comparison of standard large trauma craniotomy with routine craniotomy in treatment of acute subdural hematoma. Chin J Traumatol. 2003 Oct;6(5):305-8.
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A intervenção cirúrgica para HSD agudo pode ser uma craniotomia para trauma padrão ou uma hemicraniectomia e duraplastia se houver edema cerebral significativo ou contusões associados. Dados de 2023 sugerem que os pacientes submetidos à craniotomia padrão versus uma hemicraniectomia descompressiva para HSD agudo tiveram desfechos funcionais semelhantes e que aqueles com lesão grave do parênquima coexistente podem se beneficiar de uma craniectomia.[89]Hutchinson PJ, Adams H, Mohan M, et al. Decompressive craniectomy versus craniotomy for acute subdural hematoma. N Engl J Med. 2023 Jun 15;388(24):2219-29.
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A cirurgia é tipicamente indicada para:[79]Bullock MR, Chesnut R, Ghajar J, et al; Surgical Management of Traumatic Brain Injury Author Group. Surgical management of acute subdural hematomas. Neurosurgery. 2006 Mar;58(suppl 3):S16-24;discussion Si-iv.
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HSD >10 mm ou um desvio na linha média >5 mm com qualquer escore na escala de coma de Glasgow
Escala de coma de Glasgow <9, que diminuiu ≥2 pontos entre o momento da lesão e o pronto-socorro, com HSD <10 mm e desvio na linha média <5 mm
Escala de coma de Glasgow <9, com um HSD <10 mm e desvio na linha média <5 mm, e pupilas fixas ou assimétricas
Escala de coma de Glasgow <9, com um HSD <10 mm e desvio na linha média <5 mm e PIC >25 mmHg
Elevações tardias da PIC (72 horas a 10 dias) >25 mmHg.
HSDs crônicos
Os HSD crônicos podem ser manejados de várias formas.
A terapia conservadora é reservada para hematomas que preenchem os mesmos critérios dos hematomas agudos, conforme descrito acima.
A intervenção cirúrgica é indicada para os hematomas que atendem aos mesmos critérios cirúrgicos dos hematomas agudos, com a recorrência pós-operatória incluída na lista. O manejo cirúrgico pode consistir em craniotomia frontotemporoparietal, craniotomia com trepanação e com irrigação ou craniotomia por broca e colocação de dreno.[90]Ibrahim I, Maarrawi J, Jouanneau E, et al. Evacuation of chronic subdural hematomas with the Twist-Drill technique: Results of a randomized prospective study comparing 48-h and 96-h drainage duration [in French]. Neurochirurgie. 2010 Feb;56(1):23-7.
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[91]Liu W, Bakker NA, Groen RJ. Chronic subdural hematoma: a systematic review and meta-analysis of surgical procedures. J Neurosurg. 2014 Sep;121(3):665-73.
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Os novos métodos de evacuação incluem sistemas com vias de acesso para evacuação subdural.[92]Hoffman H, Ziechmann R, Beutler T, et al. First-line management of chronic subdural hematoma with the subdural evacuating port system: institutional experience and predictors of outcomes. J Clin Neurosci. 2018 Apr;50:221-5.
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HSDs recorrentes que tenham consistência de fluido podem ser tratados com uma derivação subdural-peritoneal.
O uso de um dreno subdural ou sistema de porta de evacuação subdural (SEPS) diminui as taxas de recorrência e de mortalidade sem aumentar as complicações.[91]Liu W, Bakker NA, Groen RJ. Chronic subdural hematoma: a systematic review and meta-analysis of surgical procedures. J Neurosurg. 2014 Sep;121(3):665-73.
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[93]Santarius T, Kirkpatrick PJ, Ganesan D, et al. Use of drains versus no drains after burr-hole evacuation of chronic subdural haematoma: a randomised controlled trial. Lancet. 2009 Sep 26;374(9695):1067-73.
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How do external drains compare with no drains after burr-hole evacuation for chronic subdural hematoma?/cca.html?targetUrl=https://cochranelibrary.com/cca/doi/10.1002/cca.1986/fullMostre-me a resposta[Evidência B]87be13b5-330f-47e4-88fa-84c295b473f2ccaBComo os drenos externos se comparam com a ausência de drenos após a evacuação por trepanação para um hematoma subdural crônico? Ensaios demonstraram que a colocação de SEPS em combinação com a embolização da artéria meníngea média reduz o tamanho, diminui o tempo de internação, diminui a carga de convulsões e tem morbidade perioperatória mínima.[94]Saway BF, Roth W, Salvador CD, et al. Subdural evacuation port system and middle meningeal artery embolization for chronic subdural hematoma: a multicenter experience. J Neurosurg. 2023 Jul 1;139(1):131-8.
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Consulte Novos tratamentos.
Hematomas crônicos agudizados, ou hematomas com evacuação malsucedida após colocação de dreno, são tratados tanto com craniotomia com orifícios de trepanação e irrigação quanto com craniotomia frontotemporoparietal padrão, com ou sem colocação de dreno intraoperatório. Foi demonstrado que a colocação de dreno diminui as taxas de recorrência.[93]Santarius T, Kirkpatrick PJ, Ganesan D, et al. Use of drains versus no drains after burr-hole evacuation of chronic subdural haematoma: a randomised controlled trial. Lancet. 2009 Sep 26;374(9695):1067-73.
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HSDs bilaterais
O tratamento dos HSDs bilaterais é mais complexo que o tratamento dos HSDs unilaterais, e há uma taxa de recorrências significativamente maior associada ao tratamento dos HSDs bilaterais crônicos.[96]Fomchenko EI, Gilmore EJ, Matouk CC, et al. Management of subdural hematomas: part II. Surgical management of subdural hematomas. Curr Treat Options Neurol. 2018 Jul 18;20(8):34.
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A tomada de decisão será complicada se houver diferenças significativas no tamanho/espessura do HSD ou houver lateralização dos sintomas, sugerindo que um dos HSD é assintomático.[96]Fomchenko EI, Gilmore EJ, Matouk CC, et al. Management of subdural hematomas: part II. Surgical management of subdural hematomas. Curr Treat Options Neurol. 2018 Jul 18;20(8):34.
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Em geral, não existe paradigma estabelecido para o tratamento. Quando os dois hematomas têm o mesmo tamanho, muitos neurocirurgiões tratam ambos os lados simultaneamente. Quando os dois hematomas são assimétricos, muitos neurocirurgiões tratam somente o que é maior ou sintomático. Um estudo comparou pacientes com HSDs bilaterais que foram tratados com cirurgia unilateral ou com cirurgia bilateral. A taxa de recorrência entre os pacientes tratados com abordagem unilateral foi quase duas vezes maior que entre os pacientes tratados com abordagem bilateral (21.6% vs. 11.5%); a ausência de drenagem pós-operatória e o HSD de densidade mista foram preditores independentes para a necessidade de repetição do tratamento.[47]Andersen-Ranberg NC, Poulsen FR, Bergholt B, et al. Bilateral chronic subdural hematoma: unilateral or bilateral drainage? J Neurosurg. 2017 Jun;126(6):1905-11.
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Um estudo utilizando embolização bilateral da artéria meníngea média em combinação com drenagem bilateral com trepanação mostrou potencial para redução das recorrências.[97]Wei Q, Fan G, Li Z, et al. Middle meningeal artery embolization for the treatment of bilateral chronic subdural hematoma. Front Neurol. 2021 Oct 28;12:651362.
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Embora isso possa sugerir o uso de uma abordagem mais agressiva para tratar HSDs bilaterais, são necessários estudos adicionais antes de se estabelecer alguma diretriz.
HSD unilateral com hematoma epidural contralateral
Ao tratar HSDs agudos associados a traumas, é importante reconhecer o potencial para um hematoma epidural no lado contralateral. Embora rara, esta é uma situação com potencial risco à vida. Um pequeno hematoma epidural contralateral a um HSD agudo pode se expandir rapidamente quando a força compressiva do HSD é aliviada por evacuação cirúrgica.[48]Su TM, Lee TH, Chen WF, et al. Contralateral acute epidural hematoma after decompressive surgery of acute subdural hematoma: clinical features and outcome. J Trauma. 2008 Dec;65(6):1298-302.
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[49]Mohindra S, Mukherjee KK, Gupta R, et al. Decompressive surgery for acute subdural haematoma leading to contralateral extradural haematoma: a report of two cases and review of literature. Br J Neurosurg. 2005 Dec;19(6):490-4.
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Se ele não foi reconhecido inicialmente, a expansão do hematoma epidural pode não ser percebida até depois da cirurgia, quando os campos cirúrgicos são removidos e descobre-se que o paciente está com a pupila dilatada no lado do hematoma epidural.
A melhor abordagem para tratar essa situação é o reconhecimento inicial de um pequeno hematoma epidural contralateral a um HSD agudo. A maioria dos hematomas epidurais está associada a fraturas cranianas passando através do forame espinhoso, onde a artéria meníngea média é lesionada.[38]Schweitzer AD, Niogi SN, Whitlow CT, et al. Traumatic brain injury: imaging patterns and complications. Radiographics. 2019 Oct;39(6):1571-95.
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Qualquer fratura craniana que envolva o forame espinhoso deve alertar o neurocirurgião responsável pela operação sobre essa possível situação.
Quando um hematoma epidural está presente com um HSD agudo contralateral, deve-se considerar a possibilidade de o hematoma epidural expandir-se após o esvaziamento do HSD. Nessa situação, o paciente pode ser posicionado de forma que uma craniotomia no lado contralateral possa ser rapidamente realizada.
HSD com derivação ventriculoperitoneal
Os HSDs podem ocorrer nos pacientes com derivação ventriculoperitoneal, muitas vezes devido ao "excesso de desvio", remoção excessiva de líquido cefalorraquidiano (LCR), criando assim uma força fisiológica de tração no espaço subdural.[98]Berger A, Constantini S, Ram Z, et al. Acute subdural hematomas in shunted normal-pressure hydrocephalus patients - management options and literature review: a case-based series. Surg Neurol Int. 2018 Nov 28;9:238.
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[99]Sundström N, Lagebrant M, Eklund A, et al. Subdural hematomas in 1846 patients with shunted idiopathic normal pressure hydrocephalus: treatment and long-term survival. J Neurosurg. 2018 Sep;129(3):797-804.
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Nessa situação, a expansão do HSD aumenta a pressão sobre o cérebro, a qual é aliviada posteriormente por meio de derivação adicional do LCR do sistema ventricular. Com a drenagem adicional do LCR, o sistema ventricular fica menor, e o HSD continua a se expandir.
O tratamento nessa situação concentra-se inicialmente em obstruir a drenagem adicional do shunt ventriculoperitoneal. Se o shunt for programável, é recomendável que seja ajustado na configuração mais alta.[100]Zemack G, Romner B. Adjustable valves in normal-pressure hydrocephalus: a retrospective study of 218 patients. Neurosurgery. 2002 Dec;51(6):1392-400;discussion 1400-2.
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[101]Hayes J, Roguski M, Riesenburger RI. Rapid resolution of an acute subdural hematoma by increasing the shunt valve pressure in a 63-year-old man with normal-pressure hydrocephalus with a ventriculoperitoneal shunt: a case report and literature review. J Med Case Rep. 2012 Nov 22;6:393.
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Se a configuração não for alta o suficiente para deter a drenagem adicional ou se a derivação não for programável, a extremidade distal da derivação poderá ser externalizada e conectada a um sistema de coleta à beira do leito, onde há maior controle sobre a drenagem, incluindo a opção de obstruir o fluxo completamente. Relatos de casos também sugeriram o uso de uma configuração de valva com maior pressão combinada com terceiro-ventriculostomia endoscópica para reduzir o HSD e permitir a drenagem passiva do LCR simultaneamente.[102]Fukuhara T, Vorster SJ, Luciano MG. Critical shunt-induced subdural hematoma treated with combined pressure-programmable valve implantation and endoscopic third ventriculostomy. Pediatr Neurosurg. 2000 Jul;33(1):37-42.
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Antiepilépticos profiláticos
Geralmente, antiepilépticos profiláticos são recomendados para os pacientes com HSD agudo por até 7 dias após a apresentação. A profilaxia antiepiléptica mostrou diminuir a ocorrência de convulsões pós-traumáticas precoces.[103]Temkin NR, Dikmen SS, Wilensky AJ, et al. A randomized, double-blind study of phenytoin for the prevention of post-traumatic seizures. N Engl J Med. 1990 Aug 23;323(8):497-502.
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[104]Sabo RA, Hanigan WC, Aldag JC. Chronic subdural hematomas and seizures: the role of prophylactic anticonvulsive medication. Surg Neurol. 1995 Jun;43(6):579-82.
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[105]Radic JA, Chou SH, Du R, et al. Levetiracetam versus phenytoin: a comparison of efficacy of seizure prophylaxis and adverse event risk following acute or subacute subdural hematoma diagnosis. Neurocrit Care. 2014 Oct;21(2):228-37.
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O levetiracetam e a fenitoína são igualmente eficazes, e são recomendados nas diretrizes.[106]Wilson CD, Burks JD, Rodgers RB, et al. Early and late posttraumatic epilepsy in the setting of traumatic brain injury: a meta-analysis and review of antiepileptic management. World Neurosurg. 2018 Feb;110:e901-6.
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[107]Brain Trauma Foundation. Guidelines for the management of severe traumatic brain injury, fourth edition. Sep 2020 [internet publication].
https://braintrauma.org/coma/guidelines/guidelines-for-the-management-of-severe-tbi-4th-ed
Nos pacientes com epilepsia pós-traumática tardia (após os 7 primeiros dias do momento da lesão) ou convulsões apesar da administração de antiepiléticos, recomenda-se consulta com um neurologista. A epilepsia pós-traumática tardia ocorre mais comumente nos pacientes com história de HSD agudo e coma por >7 dias.[108]Haltiner AM, Temkin NR, Dikmen SS. Risk of seizure recurrence after the first late posttraumatic seizure. Arch Phys Med Rehabil. 1997 Aug;78(8):835-40.
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[109]Temkin NR, Dikmen SS, Winn HR. Management of head injury. Posttraumatic seizures. Neurosurg Clin N Am. 1991 Apr;2(2):425-35.
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Para as hemorragias subdurais crônicas, a taxa de novos episódios de convulsão tem sido relatada entre 3% e 23%; no entanto, os dados sobre o benefício do uso de antiepilépticos profiláticos neste grupo de pacientes são controversos, e não há evidências claras sobre se a profilaxia de rotina está indicada.[110]Branco PM, Ratilal BO, Costa J, et al. Antiepileptic drugs for preventing seizures in patients with chronic subdural hematoma. Curr Pharm Des. 2017;23(42):6442-5.
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Os antiepilépticos são indicados nos pacientes com agudização do HSD crônico ou com HSD crônico e uma história de convulsões.[111]Won SY, Dubinski D, Freiman T, et al. Acute-on-chronic subdural hematoma: a new entity for prophylactic anti-epileptic treatment? Eur J Trauma Emerg Surg. 2022 Apr;48(2):933-42.
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Um especialista deve ser consultado para aconselhamento sobre o manejo e a escolha da medicação. Alguns têm defendido o uso de antiepilépticos profiláticos pós-operatórios após a remoção de HSD crônicos,[112]Chen CW, Kuo JR, Lin HJ, et al. Early post-operative seizures after burr-hole drainage for chronic subdural hematoma: correlation with brain CT findings. J Clin Neurosci. 2004 Sep;11(7):706-9.
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embora não haja nenhum ensaio clínico randomizado e controlado disponível sobre o uso rotineiro de antiepilépticos profiláticos em pacientes que têm HSDs crônicos.[113]Ratilal BO, Pappamikail L, Costa J, et al. Anticonvulsants for preventing seizures in patients with chronic subdural haematoma. Cochrane Database Syst Rev. 2013 Jun 6;2013(6):CD004893.
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