Investigações

Primeiras investigações a serem solicitadas

proteína C-reativa

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Elevada na maioria dos pacientes. A proteína C-reativa não é afetada por anemia. Às vezes, a proteína C-reativa está elevada com uma velocidade de hemossedimentação normal. O nível de proteína C-reativa ≥10 mg/L é um fator que dá suporte ao diagnóstico de arterite de células gigantes.[1]

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elevado

velocidade de hemossedimentação (VHS)

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A VHS ≥50 mm/hora pelo método de Westergren é uma das características de suporte ao diagnóstico citadas nos critérios de classificação do American College of Rheumatology.[1] A minoria dos pacientes pode apresentar VHS normal.

Uma VHS >100 mm/hora é útil na previsão de uma biópsia positiva da artéria temporal (razão de probabilidade de 1.9).[61]

Se os pacientes estiverem em tratamento com glicocorticoide antes do exame de reagentes de fase aguda, o resultado poderá ser mais baixo que o esperado.

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VHS ≥50 mm/hora pelo método de Westergren

Hemograma completo

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Deve ser realizado em todos pacientes com suspeita de arterite de células gigantes. Uma elevação significativa da contagem leucocitária deve incitar uma avaliação para possível neoplasia hematológica.

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tipicamente, os pacientes apresentam anemia normocítica normocrômica com uma contagem de leucócitos normal e uma contagem plaquetária elevada; pode ocorrer uma leucocitose leve

TFHs

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Anormalidades leves são comuns e devem se resolver com o tratamento. Anormalidades persistentes ou graves devem incitar um rastreamento para uma causa subjacente, incluindo neoplasia maligna e hepatite, sintomas que podem mimetizar a arterite de células gigantes em alguns pacientes.

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transaminases e fosfatase alcalina estão com frequência discretamente elevadas

biópsia da artéria temporal

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A biópsia da artéria temporal é considerada o teste definitivo para o diagnóstico de arterite de células gigantes (ACG).[1][35] No entanto, os exames de imagem têm sido cada vez mais usados para o diagnóstico, e a ultrassonografia é o exame de imagem de primeira escolha.[1][41]

Para pacientes com suspeita de ACG, inicialmente, recomenda-se uma biópsia unilateral.[35] A biópsia é realizada no lado com achados clínicos anormais (se presentes). No entanto, a biópsia da artéria temporal bilateral pode ser adequada se os sintomas não estiverem claramente localizados em uma artéria temporal.[35]

Se a biópsia de um lado for normal, pode-se considerar uma segunda biópsia do lado contralateral.[35] O processo patológico é irregular; dessa maneira, é necessária uma amostra apropriada da artéria temporal (>1 cm) para melhorar o rendimento diagnóstico.[35]

A biópsia da artéria temporal é menos útil nos pacientes com ACG de grandes vasos e pode ser negativa em até 50% desses pacientes.[40]

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tipicamente, a histopatologia revela inflamação granulomatosa; em cerca de 50% dos casos, células gigantes multinucleadas estão presentes; o infiltrado inflamatório pode ser focal e segmentar

ultrassonografia da artéria temporal

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A ultrassonografia tem a vantagem de ser um exame não invasivo, custo-efetivo e estar amplamente disponível. Um sinal de halo na artéria temporal (espessamento da parede) na ultrassonografia é uma característica diagnóstica que dá suporte ao diagnóstico de arterite de células gigantes (ACG).[1] A ultrassonografia também pode revelar estenose ou oclusão. Sugeriu-se que o diagnóstico de ACG pode ser realizado com base na síndrome clínica e nos achados da ultrassonografia sem que se recorra a uma biópsia de artéria temporal.[42] Contudo, é dependente do operado, e é melhor se realizada em centros especializados, onde pode ser uma ferramenta útil e complementar para o diagnóstico da ACG.[35] Os resultados são influenciados pelo tratamento (ou seja, os sinais de inflamação desaparecem rápido com o tratamento com glicocorticoides).[35]

Revisões sistemáticas da ultrassonografia da artéria temporal têm relatado uma sensibilidade agrupada de 87% e uma especificidade de 96% comparadas ao diagnóstico clínico, e uma sensibilidade de 75% e especificidade de 83% comparadas à biópsia da artéria temporal.[42][43] Em uma metanálise de 20 estudos, a sensibilidade e a especificidade de um halo hipoecoico (sinal de halo), comparadas com uma biópsia da artéria temporal, foram de 68% e 81%, respectivamente.[44]

As diretrizes da Europa recomendam a ultrassonografia como exame de imagem inicial de primeira escolha nos pacientes com suspeita de ACG.[41]

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pode revelar sinal de halo, estenose ou oclusão; comprometimento axilar bilateral[1]

Investigações a serem consideradas

Exames de imagem vascular não invasivos

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Realizam-se ultrassonografia, angiotomografia ou angiografia por ressonância magnética do arco aórtico e dos grandes vasos nos pacientes com suspeita de comprometimento de grandes vasos.[1] Exames de imagem dos grandes vasos do pescoço/tórax/abdome/pelve podem fornecer evidências adicionais da doença extracraniana quando o diagnóstico permanece suspeito após resultados negativos de uma biópsia da artéria temporal.[35]

Achados radiográficos de comprometimento de grandes vasos são frequentemente observados. No entanto, o comprometimento de grandes vasos é clinicamente aparente em aproximadamente 10% a 15% dos pacientes com arterite de células gigantes.[7]

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pode revelar estenose homogênea, concêntrica, com espessamento ou oclusão das artérias subclávia, axilar ou braquial proximal; a aparência radiográfica geralmente é de estenoses lisas e afuniladas; a vasculatura dos membros inferiores raramente está envolvida; o espessamento ou edema da parede aórtica pode indicar aortite

Novos exames

tomografia por emissão de pósitrons com fluordesoxiglucose (FDG-PET) da cabeça até a metade da coxa

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Pode ser útil como nova ferramenta diagnóstica e na avaliação da doença ativa, onde pode mostrar a captação de 18F-fluordesoxiglucose (FDG) nos grandes vasos (aorta e principais ramos).[1][45][46][47][48]

Em pacientes com marcadores de inflamação elevados e diagnóstico incerto, a FDG-PET pode ser útil na detecção de uma neoplasia maligna ou infecção ocultas nos pacientes que apresentam sintomas constitucionais semelhantes aos de vasculite.[45] No entanto, na prática clínica de rotina, a FDG-PET atualmente não é capaz de avaliar a inflamação nas artérias temporais superficiais. A FDG-PET pode ter alguma utilidade para a avaliação da arterite de células gigantes (ACG) persistente ou recorrente no contexto clínico apropriado.[49] A principal preocupação com a FDG-PET-CT é a de que sua sensibilidade é afetada pela imunossupressão.[45][50][51][52] Após 3 dias de tratamento com altas doses de glicocorticoides, a FDG-PET-CT pode diagnosticar ACG de grandes vasos com alta sensibilidade. Após 10 dias de tratamento, a sensibilidade da FDG-PET-CT diminui significativamente.[53]

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pode revelar a captação de FDG nos grandes vasos (aorta e ramos maiores)

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