Caso clínico
Uma mulher de 72 anos, branca, apresenta perda parcial da visão no olho direito. Ela relata cefaleia bitemporal por várias semanas, acompanhada de dor e rigidez do pescoço e ombros. Uma revisão dos sistemas é positiva para febre baixa, fadiga e perda de peso. No exame físico, há sensibilidade do couro cabeludo sobre as áreas temporais e espessamento das artérias temporais. O exame fundoscópico revela palidez do disco óptico direito. A amplitude bilateral de movimento dos ombros é limitada e dolorida. Não há sinovite nem sensibilidade das articulações periféricas. Não há sopros subclávios nem carotídeos, e a pressão arterial está normal e igual em ambos os braços. O restante do exame não apresenta nada digno de nota.
Outras apresentações
As manifestações neurológicas podem incluir acidente vascular cerebral (AVC), ataque isquêmico transitório (AIT) ou neuropatia.[2]Dinkin M, Johnson E. One giant step for giant cell arteritis: updates in diagnosis and treatment. Curr Treat Options Neurol. 2021;23(2):6.
https://link.springer.com/article/10.1007/s11940-020-00660-2
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/33488050?tool=bestpractice.com
[3]Caselli RJ, Daube JR, Hunder GG, et al. Peripheral neuropathic syndromes in giant cell (temporal) arteritis. Neurology. 1988 May;38(5):685-9.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/2834668?tool=bestpractice.com
[4]Penet T, Lambert M, Baillet C, et al. Giant cell arteritis-related cerebrovascular ischemic events: a French retrospective study of 271 patients, systematic review of the literature and meta-analysis. Arthritis Res Ther. 2023 Jul 7;25(1):116.
https://arthritis-research.biomedcentral.com/articles/10.1186/s13075-023-03091-x
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/37420252?tool=bestpractice.com
Os sintomas do trato respiratório são incomuns, mas podem incluir tosse ou faringite. Raramente, podem estar presentes dor de dente e dor ou infarto linguais.[2]Dinkin M, Johnson E. One giant step for giant cell arteritis: updates in diagnosis and treatment. Curr Treat Options Neurol. 2021;23(2):6.
https://link.springer.com/article/10.1007/s11940-020-00660-2
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/33488050?tool=bestpractice.com
[5]Grant SW, Underhill HC, Atkin P. Giant cell arteritis affecting the tongue: a case report and review of the literature. Dent Update. 2013 Oct;40(8):669-70, 673-4, 677.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/24279219?tool=bestpractice.com
Alguns pacientes que predominantemente têm polimialgia reumática podem apresentar uma evidência súbita de arterite de células gigantes (ACG) que pode passar despercebida.[6]Salvarani C, Cantini F, Hunder GG. Polymyalgia rheumatica and giant-cell arteritis. Lancet. 2008 Jul 19;372(9634):234-45.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/18640460?tool=bestpractice.com
Raramente, a ACG pode se apresentar como uma doença sistêmica ou febre de origem desconhecida, ambas inexplicadas, com níveis elevados de marcadores inflamatórios sem cefaleia, claudicação mandibular, rigidez da cintura escapular ou pélvica ou distúrbios visuais.
Os pacientes com estenoses de grandes vasos (aproximadamente 10% a 15% dos pacientes) podem apresentar claudicação dos (geralmente) membros superiores, pressão arterial assimétrica ou pulsos diminuídos.[7]Bongartz T, Matteson EL. Large-vessel involvement in giant cell arteritis. Curr Opin Rheumatol. 2006 Jan;18(1):10-7.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/16344614?tool=bestpractice.com
Raramente, o comprometimento dos vasos dos membros inferiores resulta em claudicação das pernas.[8]Kermani TA, Matteson EL, Hunder GG, et al. Symptomatic lower extremity vasculitis in giant cell arteritis: a case series. J Rheumatol. 2009 Oct;36(10):2277-83.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/19755612?tool=bestpractice.com