História e exame físico

Principais fatores diagnósticos

comuns

presença de fatores de risco

Os fatores de risco incluem idade superior a 50 anos e sexo feminino.

cefaleia

Geralmente localizada nas regiões temporal ou occipital. Pode estar acompanhada por uma sensibilidade do couro cabeludo.[1][55]

sintomas de polimialgia reumática

Tipicamente incluem dor e rigidez no pescoço, ombros, quadris e membros proximais que piora após um período de inatividade e com movimento. Podem ocorrer dor e inchaço das articulações distais.[6]

idade avançada

A arterite de células gigantes (ACG) quase nunca se desenvolve antes dos 50 anos, e sua incidência aumenta constantemente depois disso, com um pico de incidência entre 70 e 80 anos.[1][9][28][29] Os critérios de classificação do American College of Rheumatology (ACR) para ACG incluem a exigência de que o paciente tenha idade igual ou superior a 50 anos (esses critérios devem ser aplicados somente quando um diagnóstico de vasculite de vaso de médio ou grande calibre tiver sido realizado).[1]

claudicação de membros

Pode ocorrer dor com um uso repetitivo dos membros superiores. Raramente, pode ocorrer dor nos membros inferiores nos pacientes com comprometimento de grandes vasos.[8]

Incomuns

perda súbita de visão

Até 30% dos pacientes desenvolvem perda visual permanente.[56] Mais de 10% dos pacientes relatam dor no momento da perda da visão.[57][58][59] Os outros sintomas visuais podem incluir perda transitória da visão, diplopia ou alterações na visão das cores.[60] A presença de diplopia é altamente preditiva de uma biópsia positiva da artéria temporal.[34]

claudicação mandibular

Os pacientes podem apresentar dor unilateral ou bilateral no ato de mastigar. A presença de claudicação mandibular é altamente preditiva de uma biópsia da artéria temporal positiva (razão de probabilidade de 4.2).[34] Ocasionalmente, os pacientes apresentam trismo ou dor como espasmos musculares na mandíbula.

sensibilidade arterial, espessamento ou nodularidade

Podem estar presentes sensibilidade, espessamento e nodularidade dos ramos frontais e parietais das artérias temporais superficiais. Uma artéria temporal aumentada ou proeminente é altamente preditiva de uma biópsia da artéria temporal positiva (razão de probabilidade de 4.3).[34] Outros vasos, como as artérias occipital, postauricular ou facial, podem estar aumentados ou sensíveis.

ausência de pulso da artéria temporal

Pode ser detectada no exame físico.

fundoscopia anormal

O exame fundoscópico em um paciente com isquemia do nervo óptico pode revelar palidez e edema do disco óptico. As alterações no disco seguem o desenvolvimento da perda da visão. Ocasionalmente, manchas do tipo "bolas de algodão" e hemorragias pequenas são evidentes.

Outros fatores diagnósticos

comuns

sintomas sistêmicos

Os sintomas podem incluir febre baixa, mal-estar, fadiga e perda de peso.[9]

Incomuns

tosse, faringite, rouquidão

Podem ocorrer ocasionalmente.[9]

sintomas neurológicos

Incluem hemiplegia, fraqueza, disfasia, disartria e dificuldades de equilíbrio. Estes sintomas estão relacionados a AVC, ataque isquêmico transitório ou neuropatia.[2][3][9]

sopro na auscultação

Os sopros podem ser auscultados nas regiões carótida, subclavicular, axilar ou braquial em pacientes com comprometimento dos grandes vasos.

pressão arterial assimétrica

Pode estar presente uma assimetria da pressão arterial.

sensibilidade dos ombros

Em pacientes com polimialgia reumática coexistente, os ombros podem estar sensíveis à palpação.

amplitude de movimento ativa dos ombros e quadril limitada

Em aqueles com polimialgia reumática coexistente, a amplitude de movimento ativa dos ombros e quadril está limitada devido à dor, mas normalmente o grau de sensibilidade é menor que o esperado, considerando a dor intensa.

edema do punho e joelho

Pode ser observado ao exame físico.

dor de dente e dor ou infarto linguais

Sintomas e sinais orais podem estar presentes.

Fatores de risco

Fortes

idade ≥50 anos

Estudos epidemiológicos têm mostrado que há uma forte associação entre a ocorrência de arterite de células gigantes (ACG) e a idade avançada. A ACG quase nunca se desenvolve antes dos 50 anos de idade, e sua incidência aumenta regularmente após essa idade.[1] O pico de incidência é entre os 70 e 80 anos de idade; a idade média de diagnóstico é 74.8 anos.[9][28][29] Não se sabe se as mudanças relacionadas à idade no sistema imunológico ou imunossenescência estão ligadas a esse fenômeno.

sexo feminino

Vários estudos de base populacional têm mostrado que a incidência é 2 a 4 vezes mais alta em mulheres.[28] O mecanismo responsável por essa diferença é desconhecido, mas pode estar relacionado a fatores hormonais. Em um recente estudo de caso-controle, a menopausa precoce foi associada a um maior risco (razão de chances de 3.5).[30]

Fracos

fatores genéticos

Estudos de base populacional têm mostrado que o risco é mais alto em moradores do norte da Europa ou de descendência europeia, sugerindo uma predisposição genética.[9] A arterite de células gigantes (ACG) está associada a polimorfismos da região do antígeno leucocitário humano (HLA) de classe II. O maioria dos pacientes com ACG (60%) expressa a variante B1*0401 ou B1*0404/8 do genótipo HLA-DR4. Esse fenótipo genético influencia o local de ligação ao antígeno das moléculas de HLA de classe II e pode, desta forma, afetar a seleção e apresentação antigênica.[21] O teste genético não é indicado como parte da avaliação diagnóstica.

tabagismo

Estudos de coorte e de caso-controle sugeriram que o tabagismo está associado a um aumento do risco de desenvolvimento de arterite de células gigantes (ACG).[30][31] Em uma metanálise de estudos observacionais publicados, um aumento do risco de forma significativa de ACG foi detectado entre os fumantes atuais e ex-fumantes em comparação com os não fumantes.[32]

aterosclerose

A doença ateromatosa prévia tem sido associada a um risco 4.5 vezes mais elevado em mulheres, mas não em homens. A evidência é baseada em um estudo de controle de caso.[31]

fatores ambientais

Há uma evidência circunstancial, mas não conclusiva, de que a arterite de células gigantes possa ser desencadeada por agentes infecciosos. Estudos de base populacional identificaram variações sazonais e flutuações cíclicas nas taxas de incidência, sugerindo o envolvimento de um ou mais fatores etiológicos ambientais.[10][28][33]

O uso deste conteúdo está sujeito ao nosso aviso legal