Complicações
Estenoses clinicamente importantes de ramos do arco aórtico, especialmente as artérias subclávia e axilar, ocorrem em cerca de 10% a 15% dos pacientes.[7]
Os pacientes com arterite de células gigantes (ACG) têm 17 vezes mais chances de desenvolver aneurisma aórtico torácico e 2.4 vezes mais chances de desenvolver aneurisma da aorta abdominal isolados, em comparação com pessoas não afetadas da mesma idade e sexo.[102] O tratamento dos aneurismas depende do tamanho. Aneurismas menores podem ser tratados clinicamente com um controle rigoroso da pressão arterial, enquanto os maiores requerem intervenção cirúrgica. A incidência de aneurisma aórtico após o diagnóstico de ACG pode chegar a 30%..[7]
O tratamento da arterite de células gigantes (ACG) está associado a toxicidade significativa; portanto, medidas para prevenir ou tratar os efeitos adversos relacionados aos glicocorticoides são muito importantes. Essas medidas podem incluir o controle do diabetes induzido por glicocorticoides e o monitoramento e tratamento da hipertensão arterial. As estratégias para prevenir a perda óssea induzida por glicocorticoides incluem a otimização da ingestão de cálcio e vitamina D na alimentação e com suplementos, com base na ingestão diária recomendada nacional adequada à idade.[89] Os pacientes com idade ≥40 anos que recebem glicocorticoides em longo prazo e são considerados com alto risco de fratura devem receber um bifosfonato oral. Outros agentes, inclusive bifosfonatos intravenosos, paratormônio/agonistas da proteína relacionada ao paratormônio (por exemplo, teriparatida, abaloparatida) ou denosumabe também são opções. A seleção de um agente deve basear-se nas preferências do paciente e do médico.[89] Se disponível, o exame de densiometria óssea é recomendado em até 6 meses após o início da terapia com glicocorticoide para os adultos e a cada 1-2 anos daí em diante, enquanto se continuar a terapia com glicocorticoide.[89]
Devem-se administrar as imunizações apropriadas, incluindo vacinas contra gripe (influenza) e pneumonia pneumocócica. Enquanto os pacientes estiverem recebendo >20 mg/dia de prednisolona, eles devem receber profilaxia para pneumonia por Pneumocystis jirovecii (PPj).[108] Embora rara em pacientes com arterite de células gigantes (ACG), a PPj está associada com uma morbidade significativa e apresenta um potencial de risco de vida.[109]
Uma vez ocorrida a cegueira, ela geralmente é irreversível. Portanto, o tratamento com glicocorticoides deve ser iniciado imediatamente em pacientes com alta suspeita clínica de arterite de células gigantes enquanto se aguarda a confirmação do diagnóstico.[36]
O risco de perda da visão após o início da terapia com glicocorticoides é de cerca de 1% para pacientes sem perda da visão anterior. Em pacientes com a visão prejudicada antes do tratamento, o risco de perda da visão progressiva é de cerca de 13%. Os dados são baseados em um período de acompanhamento de 5 anos.[106]
A presença de sintomas constitucionais ou polimialgia reumática pode estar relacionada com um risco reduzido de cegueira.[107]
O tratamento consiste em administração intravenosa em pulsos de metilprednisolona por 3 a 5 dias, seguida por um esquema padrão de prednisolona oral.[66]
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