Novos tratamentos

Secuquinumabe

O secuquinumabe é um anticorpo monoclonal que inibe seletivamente a interleucina (IL)-17A. Ele recebeu aprovação para o tratamento de psoríase, artrite psoriática, espondiloartrite axial não radiográfica e espondilite anquilosante em vários países, incluindo os EUA e a Europa. Um estudo de fase 2 avaliou o secuquinumabe em um estudo duplo-cego, controlado por placebo, com 52 pacientes com arterite de células gigantes (ACG) recém-diagnosticada ou recidivada.[93] Os critérios de exclusão incluíram pacientes que já haviam sido tratados com qualquer agente biológico, incluindo o tocilizumabe. A dose de corticosteroide foi reduzida gradualmente ao longo de um período de 26 semanas nos pacientes designados para receberem secuquinumabe ou placebo. Os pacientes com ACG ativa apresentaram uma taxa de remissão sustentada mais alta no grupo do secuquinumabe (70%) do que no grupo do placebo (20%) na semana 28, em combinação com o esquema de retirada gradual do corticosteroide. Este estudo de prova de conceito concluiu que o secuquinumabe foi bem tolerado, sem novas preocupações de segurança.

Mavrilimumabe

O mavrilimumabe é um anticorpo monoclonal que inibe o fator estimulador de colônias de granulócitos e macrófagos (GM-CSF) humano, uma citocina pró-inflamatória. Isto resulta em alterações funcionais que incluem a redução das células infiltrantes, dos marcadores pró-inflamatórios e da neoangiogênese em artérias cultivadas ex vivo de pacientes com ACG.[94] Um estudo de fase 2 em 70 pacientes com ACG confirmada por biópsia ou por exame de imagem concluiu que o mavrilimumabe em combinação com uma redução gradual do corticosteroide por 26 semanas foi superior ao placebo com uma redução gradual do corticosteroide por 26 semanas na redução do tempo até uma exacerbação da ACG, e na manutenção de uma remissão sustentada.[95] O mavrilimumabe foi bem tolerado, e as incidências globais de eventos adversos e de eventos adversos graves foram semelhantes entre os grupos.[95]

Inibidores de Janus quinase (JAK)

As proteínas JAK medeiam a transdução de sinal intracelular a jusante dos receptores de citocinas, que estão implicados na patologia das doenças autoimunes, alérgicas e inflamatórias.[96][97] O aricitinibe, um inibidor oral de JAK, inibe seletivamente a JAK1 e a JAK2. Ele foi aprovado para o tratamento da artrite reumatoide (bem como para outras indicações). Um estudo piloto aberto de fase 2 demonstrou evidências preliminares de segurança em pacientes com ACG recidivada.[98] Está em andamento um grande ensaio clínico de fase 3 randomizado e controlado por placebo que avalia o upadacitinibe (um inibidor seletivo de JAK1 também aprovado para o tratamento da artrite reumatoide, bem como para outras indicações) no tratamento da ACG.[99] Os inibidores de JAK estão associados a efeitos potencialmente graves, e a Food and Drug Administration (FDA) dos EUA adicionou recentemente um alerta para todos os inibidores de JAK atualmente aprovados, afirmando que esses medicamentos devem ser reservados para os pacientes com artrite reumatoide que tiverem tido uma resposta inadequada ou intolerância a um ou mais inibidores do fator de necrose tumoral (TNF)-alfa. Isto se baseou no resultado de um estudo de monitoramento que comparou a segurança do tofacitinibe e dos inibidores do TNF-alfa no tratamento da artrite reumatoide. A advertência descreve o aumento do risco de morte, eventos cardiovasculares adversos importantes, neoplasias malignas e trombose com os inibidores de JAK em comparação com inibidores de TNF-alfa.[100] Embora o estudo de monitoramento tenha comparado apenas o tofacitinibe com o adalimumabe, a FDA estava preocupada com um efeito de classe, e a advertência também foi estendida ao baricitinibe e ao upadacitinibe.[96]

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