História e exame físico

Principais fatores diagnósticos

comuns

presença de fatores de risco (geralmente assintomáticos)

O diabetes mellitus gestacional (DMG) é geralmente assintomático. Os principais fatores de risco incluem IMC elevado, diabetes gestacional prévio, bebê macrossômico prévio, ascendência não branca, história familiar de diabetes mellitus e idade materna avançada (>40 anos). Outro fator de risco que pode contribuir é a síndrome do ovário policístico.

Outros fatores diagnósticos

Incomuns

poliúria

Pode ser um sinal de hiperglicemia evidente. Sugere diabetes descontrolado e necessidade urgente de teste de glicose plasmática.

polidipsia

Pode ser um sinal de hiperglicemia evidente. Sugere diabetes descontrolado e necessidade urgente de teste de glicose plasmática.

macrossomia fetal em uma gravidez prévia

O nascimento anterior de um bebê >4.5 kg pode ser devido a diabetes mellitus gestacional (DMG) não reconhecido.

Fatores de risco

Fortes

índice de massa corporal (IMC) elevado

A obesidade é um forte preditor de diabetes mellitus gestacional (DMG).[4][15][16][27]​​​ O risco é quase triplicado quando o IMC é >30 kg/m².[4][28]​ A obesidade causa resistência insulínica, o que se agrava mais pela gestação.

diabetes gestacional pregressa

O diabetes mellitus gestacional (DMG) recorre em 30% a 84% das gestações subsequentes.[4][17]

bebê macrossômico prévio

Ter previamente um bebê com peso ≥4.5 kg está associado ao risco significativamente maior de ser diagnosticada com diabetes mellitus gestacional (DMG) em uma gestação subsequente (RC de 5.59, IC de 95%: 2.68 a 11.7).[4]

história familiar de diabetes mellitus

A história familiar de diabetes do tipo 2 aumenta o risco; o risco relativo foi de 1.68 em um estudo prospectivo de grande porte.[4][28] Muitos genes candidatos foram identificados, embora nem todos os resultados sejam conclusivos e necessitem de investigações adicionais.[29]

ascendência não branca

Associada ao aumento do risco de diabetes mellitus gestacional (DMG).[15][28]​​[30]​​​​ No Reino Unido, as diretrizes do National Institute for Health and Care Excellence recomendam o rastreamento de mulheres com origem familiar proveniente de uma área com alta prevalência de diabetes (por exemplo, mulheres do sul da Ásia, negras do Caribe ou do Oriente Médio).[4] Fatores ambientais e sociais são possíveis contribuintes para disparidades na prevalência de diabetes e nos desfechos da doença.[18]

idade materna avançada (>40 anos)

O risco de diabetes mellitus gestacional (DMG) aumenta gradualmente até os 40 anos, após os quais aumenta mais acentuadamente e a probabilidade de DMG mais que dobra.[28][31]​​ Isso reflete o aumento da prevalência do diabetes do tipo 2 observada com o envelhecimento e é considerada uma decorrência da diminuição da reserva de células pancreáticas beta na presença de maior resistência insulínica.[15]

síndrome do ovário policístico (SOPC)

Associada à resistência insulínica e à obesidade.[15] Essa síndrome mais que dobra o risco de diabetes mellitus gestacional (DMG).[19] Também está associada ao diabetes do tipo 2; mesmo na ausência de gravidez, o rastreamento de anormalidades de glicose e lipídios deve ser considerado em mulheres com SOP.[20]

Uma metanálise de estudos que comparam os desfechos da gestação entre mulheres diagnosticadas com SOP e as sem a condição encontrou taxas elevadas estatisticamente significativas de DMG, hipertensão induzida pela gravidez, pré-eclâmpsia, parto prematuro e bebês de tamanho pequeno para a idade gestacional em mulheres com SOP.[32]

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