Caso clínico
Caso clínico #1
Uma mulher de 62 anos com lúpus eritematoso sistêmico faz uma ressonância nuclear magnética da cabeça para verificar alterações agudas do estado mental que sugerem cerebrite lúpica. A paciente vinha tomando prednisolona todos os dias havia vários meses. Ela tem um diagnóstico de DRGE e, por isso, toma inibidores da bomba de prótons. Durante o estudo de imagem na posição supina, a paciente vomita e aspira o conteúdo gástrico que consiste em um fluido amarelo esverdeado. Dificuldade respiratória grave e hipoxemia se desenvolvem, e ela precisa de intubação endotraqueal, ventilação mecânica e internação na unidade de terapia intensiva. O exame físico revela estertores bilaterais e sibilos.
Caso clínico #2
Um homem de 80 anos com história médica pregressa de AVC isquêmico, DPOC, apneia obstrutiva do sono (não aderente à ventilação não invasiva) e diabetes mellitus se apresenta após ser encontrado por sua parceira com estado mental alterado. Ele havia passado por um procedimento odontológico recentemente e estava controlando a dor com opioides. O exame físico revela hipoxemia grave e o paciente necessita de intubação imediata para proteção das vias aéreas. Estertores do lado direito são identificados na ausculta. Os exames de imagem revelam condensação densa no lobo inferior direito.
Outras apresentações
A aspiração é mais comum em pacientes mais velhos que apresentam comorbidades clínicas que podem causar estado mental alterado. Essa população inclui pacientes com disfunção na deglutição, perturbação da junção gastroesofágica ou anomalias anatômicas das vias aéreas superiores ou do trato digestivo. Além disso, estão em risco os pacientes que se submetem a procedimentos endoscópicos ou nas vias aéreas superiores. Qualquer situação em que haja estado mental alterado e perda dos mecanismos de proteção das vias aéreas aumenta o risco de aspiração. Proteção limitada é fornecida por uma sonda nasogástrica, uma gastrostomia endoscópica percutânea ou um tubo endotraqueal ou de traqueostomia; na realidade, eles podem aumentar o risco.[2] Os pacientes com aspiração de conteúdo gástrico podem desenvolver bronquiolite por aspiração, pneumonite por aspiração, pneumonia e síndrome do desconforto respiratório agudo. Os pacientes com deficits neurológicos, bebês, pacientes idosos e pacientes debilitados com disfagia também podem aspirar sulfato de bário durante procedimentos radiológicos, o que pode resultar em pneumonite grave e morte.[4][Figure caption and citation for the preceding image starts]: Broncoscopia mostrando aspiração de bário para o brônquio principal direito depois de um estudo de esofagografia baritada em um paciente com pulmão transplantadoDo acervo de Dr. Kamran Mahmood [Citation ends].[Figure caption and citation for the preceding image starts]: Aspiração de bário. Foi realizada uma esofagografia baritada em uma mulher de 53 anos. Os exames de imagem revelaram material hiperdenso centrado nas vias aéreas no lobo inferior esquerdo, consistente com bronquiolite por aspiração de bário. Foi confirmada uma fístula traqueoesofágicaDa coleção do Dr Augustine Lee; usado com permissão da Mayo Foundation for Medical Education and Research, todos os direitos reservados [Citation ends].
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