Complicações
A maioria dos pacientes com a doença de Huntington acaba desenvolvendo perda de peso.[121][122][123]
Isso geralmente é uma manifestação da disfagia que se desenvolve mais tardiamente na doença, mas, antes disso, os pacientes tendem a aumentar a ingestão de calorias, frequentemente sem ganho significativo de peso.
Várias evidências indiretas sugerem que há um defeito metabólico generalizado na doença de Huntington que contribui para a perda de peso.[124]
O tratamento consiste em encorajar os pacientes a consumirem alimentos que têm densidade calórica, como gorduras; é necessário cautela para evitar alimentos que exacerbem a disfagia. Recomenda-se a consulta com um nutricionista.[62]
A disfagia é uma manifestação tardia da doença de Huntington que é tratada pela redução das porções, selecionando alimentos de fácil ingestão para os pacientes e pela utilização de agentes espessantes de alimentos.[125] Também pode ser útil minimizar as distrações durante as refeições para permitir que os pacientes se concentrem na deglutição.
Os familiares devem ser instruídos sobre as manobras para tratar o sufocamento.
Sondas para alimentação geralmente são recusadas.
A vacinação contra a pneumonia e a imunização anual contra a gripe (influenza) são recomendadas, particularmente para pessoas com disfagia.
As quedas são uma manifestação tardia da doença de Huntington e geralmente refletem a necessidade do uso de dispositivos de auxílio à marcha, como um andador ou uma cadeira de rodas.
A adesão terapêutica pode ser problemática devido ao comprometimento cognitivo.
As quedas podem ser um sintoma que precipita a internação em uma instituição asilar.[126]
Há uma relação entre a depressão e o suicídio e uma alta frequência de suicídios, ideação suicida e tentativas de suicídio em pessoas com a doença de Huntington.[120][127] A probabilidade de suicídio deve ser explorada de maneira proativa e avaliada regularmente.
Os fatores de risco para o suicídio na população em geral incluem suicídio de parentes (um efeito de permissão), contato com o sistema de justiça penal, isolamento social, acesso a meios letais (especialmente armas de fogo), doença concomitante e eventos cotidianos estressantes.[128][129][130]
Parece razoável considerar esses fatores como igualmente significativos para pessoas com a doença de Huntington.
A prevenção de suicídios envolve a restrição de acesso a meios letais, particularmente armas, munição ou medicamentos com toxicidade letal.[131]
Estratégias que minimizam o isolamento também podem ser benéficas.
Antidepressivos são efetivos em pacientes com a doença de Huntington, e deve haver um limite relativamente baixo para seu uso. Agentes de baixo potencial tóxico são preferidos.
A impulsividade é comum na doença de Huntington e pode contribuir para o risco de suicídio.[132]
A incontinência é comum no estágio terminal da doença de Huntington e, geralmente, é uma causa que precipita a internação em instituições asilares.
A intervenção farmacológica raramente erradica a incontinência por completo, mas medicamentos anticolinérgicos podem melhorar os sintomas.[133] A opinião de um enfermeiro especialista em continência é importante.
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