A vigilância de pacientes com esôfago de Barrett é controversa. Os médicos devem ter uma discussão detalhada com o paciente sobre as implicações, a eficácia, os custos, os riscos e os benefícios das estratégias de vigilância.
Não há evidências conclusivas de que a vigilância reduza a mortalidade por adenocarcinoma esofágico.
O American College of Gastroenterology e a European Society of Gastrointestinal Endoscopy recomendam vigilância endoscópica a cada 3 a 5 anos para o esôfago de Barrett não displásico, dependendo do comprimento do segmento do esôfago de Barrett. A vigilância endoscópica deve ser realizada com endoscopia com luz branca de alta definição e com o uso de um protocolo sistemático para biópsias: biópsias nos quatro quadrantes a intervalos de 2 cm nos pacientes sem displasia e a intervalos de 1 cm em pacientes com história pregressa de esôfago de Barrett displásico.[7]Shaheen NJ, Falk GW, Iyer PG, et al. Diagnosis and management of Barrett's esophagus: an updated ACG guideline. Am J Gastroenterol. 2022 Apr 1;117(4):559-87.
https://journals.lww.com/ajg/fulltext/2022/04000/diagnosis_and_management_of_barrett_s_esophagus_.17.aspx
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/35354777?tool=bestpractice.com
[32]Weusten B, Bisschops R, Coron E, et al. Endoscopic management of Barrett's esophagus: European Society of Gastrointestinal Endoscopy (ESGE) position statement. Endoscopy. 2017 Feb;49(2):191-8.
https://www.thieme-connect.com/products/ejournals/html/10.1055/s-0042-122140
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/28122386?tool=bestpractice.com
Pacientes com biópsias indefinidas para displasia:[7]Shaheen NJ, Falk GW, Iyer PG, et al. Diagnosis and management of Barrett's esophagus: an updated ACG guideline. Am J Gastroenterol. 2022 Apr 1;117(4):559-87.
https://journals.lww.com/ajg/fulltext/2022/04000/diagnosis_and_management_of_barrett_s_esophagus_.17.aspx
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/35354777?tool=bestpractice.com
[32]Weusten B, Bisschops R, Coron E, et al. Endoscopic management of Barrett's esophagus: European Society of Gastrointestinal Endoscopy (ESGE) position statement. Endoscopy. 2017 Feb;49(2):191-8.
https://www.thieme-connect.com/products/ejournals/html/10.1055/s-0042-122140
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/28122386?tool=bestpractice.com
Um segundo patologista gastrointestinal especialista deve analisar as biópsias.
Devem ser submetidos a um ciclo de terapia de supressão de ácido com inibidores da bomba de prótons.
Devem então ser reavaliados com biópsias extensas em 3 a 6 meses após a otimização da terapia de supressão de ácido.
Se a endoscopia e as biópsias subsequentes em 3 a 6 meses não revelarem displasia definida, deve-se seguir o intervalo de vigilância do esôfago de Barrett não displásico. Se biópsias repetidas se mostrarem novamente indefinidas para displasia, é aconselhável um intervalo de vigilância de 12 meses.
O National Institute for Health and Care Excellence (NICE) do Reino Unido sugere considerar a vigilância endoscópica em um intervalo de 6 meses com otimização da dose dos medicamentos supressores de ácido.[33]National Institute for Health and Care Excellence. Barrett's oesophagus and stage 1 oesophageal adenocarcinoma: monitoring and management. Feb 2023 [internet publication].
https://www.nice.org.uk/guidance/ng231
Pacientes com displasia de baixo grau:[7]Shaheen NJ, Falk GW, Iyer PG, et al. Diagnosis and management of Barrett's esophagus: an updated ACG guideline. Am J Gastroenterol. 2022 Apr 1;117(4):559-87.
https://journals.lww.com/ajg/fulltext/2022/04000/diagnosis_and_management_of_barrett_s_esophagus_.17.aspx
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/35354777?tool=bestpractice.com
[49]Rubenstein JH, Sawas T, Wani S, et al. AGA clinical practice guideline on endoscopic eradication therapy of Barrett's esophagus and related neoplasia. Gastroenterology. 2024 Jun;166(6):1020-55.
https://www.gastrojournal.org/article/S0016-5085(24)00302-0/fulltext
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/38763697?tool=bestpractice.com
É recomendável a supressão de ácido com inibidores da bomba de prótons.
A vigilância endoscópica com biópsias sistemáticas é recomendada 1 ano após a terapia de erradicação endoscópica e, posteriormente, a cada 2 anos.
Pacientes com displasia de alto grau:[7]Shaheen NJ, Falk GW, Iyer PG, et al. Diagnosis and management of Barrett's esophagus: an updated ACG guideline. Am J Gastroenterol. 2022 Apr 1;117(4):559-87.
https://journals.lww.com/ajg/fulltext/2022/04000/diagnosis_and_management_of_barrett_s_esophagus_.17.aspx
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/35354777?tool=bestpractice.com
[49]Rubenstein JH, Sawas T, Wani S, et al. AGA clinical practice guideline on endoscopic eradication therapy of Barrett's esophagus and related neoplasia. Gastroenterology. 2024 Jun;166(6):1020-55.
https://www.gastrojournal.org/article/S0016-5085(24)00302-0/fulltext
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/38763697?tool=bestpractice.com
A vigilância endoscópica deve ser repetida a 3 meses, 6 meses e 12 meses após a terapia de erradicação endoscópica e, posteriormente, anualmente.