Monitoramento

A vigilância de pacientes com esôfago de Barrett é controversa. Os médicos devem ter uma discussão detalhada com o paciente sobre as implicações, a eficácia, os custos, os riscos e os benefícios das estratégias de vigilância.

  • Não há evidências conclusivas de que a vigilância reduza a mortalidade por adenocarcinoma esofágico.

  • O American College of Gastroenterology e a European Society of Gastrointestinal Endoscopy recomendam vigilância endoscópica a cada 3 a 5 anos para o esôfago de Barrett não displásico, dependendo do comprimento do segmento do esôfago de Barrett. A vigilância endoscópica deve ser realizada com endoscopia com luz branca de alta definição e com o uso de um protocolo sistemático para biópsias: biópsias nos quatro quadrantes a intervalos de 2 cm nos pacientes sem displasia e a intervalos de 1 cm em pacientes com história pregressa de esôfago de Barrett displásico.[7][32]

Pacientes com biópsias indefinidas para displasia:[7][32]

  • Um segundo patologista gastrointestinal especialista deve analisar as biópsias.

  • Devem ser submetidos a um ciclo de terapia de supressão de ácido com inibidores da bomba de prótons.

  • Devem então ser reavaliados com biópsias extensas em 3 a 6 meses após a otimização da terapia de supressão de ácido.

  • Se a endoscopia e as biópsias subsequentes em 3 a 6 meses não revelarem displasia definida, deve-se seguir o intervalo de vigilância do esôfago de Barrett não displásico. Se biópsias repetidas se mostrarem novamente indefinidas para displasia, é aconselhável um intervalo de vigilância de 12 meses.

  • O National Institute for Health and Care Excellence (NICE) do Reino Unido sugere considerar a vigilância endoscópica em um intervalo de 6 meses com otimização da dose dos medicamentos supressores de ácido.[33]

Pacientes com displasia de baixo grau:[7][49]

  • É recomendável a supressão de ácido com inibidores da bomba de prótons.

  • A vigilância endoscópica com biópsias sistemáticas é recomendada 1 ano após a terapia de erradicação endoscópica e, posteriormente, a cada 2 anos.

Pacientes com displasia de alto grau:[7][49]

  • A vigilância endoscópica deve ser repetida a 3 meses, 6 meses e 12 meses após a terapia de erradicação endoscópica e, posteriormente, anualmente.

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