Abordagem
O esôfago de Barrett é um diagnóstico histológico, e é necessária endoscopia com biópsia da mucosa para estabelecer o diagnóstico. O exame físico é essencialmente normal.
Sintomas
Os principais aspectos da história do paciente são sintomas de doença do refluxo gastroesofágico (DRGE):
Pirose e regurgitação
Pode ocorrer durante o dia ou à noite
Muitos pacientes são assintomáticos.
Sintomas atípicos incluem:
Dor torácica
Alterações na voz (ou seja, laringite)
Sintomas respiratórios (ou seja, asma induzida por refluxo, doença reativa das vias aéreas ou pneumonia por aspiração)
Disfagia (sugere refluxo avançado e pode indicar formação de estenose ou motilidade esofágica inefetiva).
Consulte também Doença do refluxo gastroesofágico (Abordagem de diagnóstico).
Endoscopia digestiva alta com biópsia
O teste diagnóstico decisivo é a endoscopia digestiva alta com identificação das alterações na mucosa do esôfago de Barrett. A endoscopia de luz branca de alta definição/alta resolução, com ou sem cromoendoscopia eletrônica, deve ser utilizada para uma inspeção detalhada do esôfago. Biópsias endoscópicas sistemáticas precisam ser obtidas na região superior à junção gastroesofágica anatômica de toda mucosa esofágica de aparência anormal.[7] Patologicamente, a histologia revela epitélio com revestimento colunar com células caliciformes, com ou sem displasia.[1][4][Figure caption and citation for the preceding image starts]: Esôfago de Barrett; mucosa cor de salmão estendendo-se acima da junção gastroesofágica como uma coluna contínuaDa coleção pessoal do Dr. Vic Velanovich; usado com permissão [Citation ends].[Figure caption and citation for the preceding image starts]: Esôfago de Barrett; mucosa cor de salmão estendendo-se acima da junção gastroesofágica com uma borda acentuada irregularDa coleção pessoal do Dr. Vic Velanovich; usado com permissão [Citation ends].
[Figure caption and citation for the preceding image starts]: Metaplasia de Barrett sem displasia, mostrando o epitélio colunar com células caliciformes da região superior à junção gastroesofágicaCortesia de Adrian Ormsby, MD, Henry Ford Hospital, Detroit, MI [Citation ends].
[Figure caption and citation for the preceding image starts]: Metaplasia de Barrett com displasia de baixo grau; células e núcleos mais irregularesCortesia de Adrian Ormsby, MD, Henry Ford Hospital, Detroit, MI [Citation ends].
[Figure caption and citation for the preceding image starts]: Metaplasia de Barrett com displasia de alto grau; irregularidade mais avançada das célulasCortesia de Adrian Ormsby, MD, Henry Ford Hospital, Detroit, MI [Citation ends].
[Figure caption and citation for the preceding image starts]: Metaplasia de Barrett com displasia de alto grau associada a um foco de carcinoma intramucoso; células francamente malignas além da extensão da membrana basal envolvendo a lâmina própriaCortesia de Adrian Ormsby, MD, Henry Ford Hospital, Detroit, MI [Citation ends].
Radiografia por contraste do trato gastrointestinal superior
O esofagograma com bário ainda é utilizado por alguns médicos como teste diagnóstico inicial em pacientes com disfagia, pois é um teste não invasivo com boa sensibilidade para a detecção de anormalidades estruturais no esôfago. Achados anormais no esofagograma com bário requerem confirmação e avaliação endoluminal adicional por endoscopia. A identificação de uma hérnia hiatal tipo I (deslizante) é comum nos pacientes com esôfago de Barrett e é um importante fator de risco para refluxo gastroesofágico crônico.[34]
Novos exames
A endoscopia transnasal permite a avaliação do esôfago em consultório e sem sedação, mas requer um endoscópio digital especial e de calibre fino, que não está prontamente disponível na maioria das clínicas.[35]
A endoscopia por cápsula, que usa uma cápsula de vídeo especialmente projetada (engolida pelo paciente em posição supina), fornece imagens adequadas do esôfago. No entanto, ela não permite amostragem tecidual, e as características de diagnóstico ainda estão abaixo do ideal.[36]
Uma esponja revestida com gelatina fixada em um barbante pode ser engolida pelo paciente e depois retirada, obtendo amostras da citologia do esôfago distal. Isso elimina a necessidade de sedação ou endoscopia, sendo realizada com spray anestésico local para reduzir o desconforto. Estudos estão em andamento, mas a citologia da esponja pode ser uma alternativa aceitável à endoscopia.[7]
As novas técnicas destinadas a discernir o esôfago de Barrett não displásico da displasia ou da neoplasia incluem a cromoendoscopia (com uso de azul de metileno, índigo carmim ou solução de Lugol), a imagem por autofluorescência, a endomicroscopia confocal a laser, a tomografia de coerência óptica e a espectroscopia. No entanto, as recomendações para uso dessas técnicas nas diretrizes são mistas.[1][7][32]
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