Diabetes do tipo 2 em crianças
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Algoritmo de tratamento
Observe que as formulações/vias e doses podem diferir entre nomes e marcas de medicamentos, formulários de medicamentos ou localidades. As recomendações de tratamento são específicas para os grupos de pacientes:ver aviso legal
cetoacidose ou estado hiperosmolar hiperglicêmico (EHH)
insulina intravenosa + hidratação
A cetoacidose pode estar presente em 5% a 25% das crianças com diabetes do tipo 2 (DMT2) à apresentação.[4]Glaser N, Fritsch M, Priyambada L, et al. ISPAD clinical practice consensus guidelines 2022: diabetic ketoacidosis and hyperglycemic hyperosmolar state. Pediatr Diabetes. 2022 Nov;23(7):835-56. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/36250645?tool=bestpractice.com Eventos estressantes, como doença, trauma e cirurgia, também podem causar um declínio no controle glicêmico e precipitar uma cetoacidose.[1]American Diabetes Association. Standards of care in diabetes - 2025. Diabetes care. 2025 Jan;48(suppl 1):S1-352. https://diabetesjournals.org/care/issue/48/Supplement_1
O EHH pode fazer parte da apresentação inicial do DMT2 em até 2% das crianças.[4]Glaser N, Fritsch M, Priyambada L, et al. ISPAD clinical practice consensus guidelines 2022: diabetic ketoacidosis and hyperglycemic hyperosmolar state. Pediatr Diabetes. 2022 Nov;23(7):835-56. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/36250645?tool=bestpractice.com Eventos estressantes, como doença, trauma e cirurgia, também podem causar um declínio no controle glicêmico e precipitar um EHH.[1]American Diabetes Association. Standards of care in diabetes - 2025. Diabetes care. 2025 Jan;48(suppl 1):S1-352. https://diabetesjournals.org/care/issue/48/Supplement_1 Crianças e adolescentes que apresentarem hiperglicemia grave (glicose sanguínea ≥33.3 mmol/L [≥600 mg/dL]) devem ser avaliados para EHH.[1]American Diabetes Association. Standards of care in diabetes - 2025. Diabetes care. 2025 Jan;48(suppl 1):S1-352. https://diabetesjournals.org/care/issue/48/Supplement_1
Qualquer criança que apresente cetoacidose com depleção de volume ou EHH deverá ser internada e receber insulina e fluidos intravenosos.[4]Glaser N, Fritsch M, Priyambada L, et al. ISPAD clinical practice consensus guidelines 2022: diabetic ketoacidosis and hyperglycemic hyperosmolar state. Pediatr Diabetes. 2022 Nov;23(7):835-56. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/36250645?tool=bestpractice.com Geralmente, os fluidos usados incluem soro fisiológico isotônico (0.9%) ou hipotônico (0.45%), a depender do estado de hidratação, das concentrações de sódio sérico e da osmolalidade.[4]Glaser N, Fritsch M, Priyambada L, et al. ISPAD clinical practice consensus guidelines 2022: diabetic ketoacidosis and hyperglycemic hyperosmolar state. Pediatr Diabetes. 2022 Nov;23(7):835-56. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/36250645?tool=bestpractice.com As concentrações de potássio sérico devem ser estritamente monitoradas durante o tratamento, e repostas conforme necessário. Os deficits de fosfato e magnésio também podem precisar ser tratados.[4]Glaser N, Fritsch M, Priyambada L, et al. ISPAD clinical practice consensus guidelines 2022: diabetic ketoacidosis and hyperglycemic hyperosmolar state. Pediatr Diabetes. 2022 Nov;23(7):835-56. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/36250645?tool=bestpractice.com Em geral, os deficits de potássio, fosfato e magnésio são maiores no EHH do que na cetoacidose.[4]Glaser N, Fritsch M, Priyambada L, et al. ISPAD clinical practice consensus guidelines 2022: diabetic ketoacidosis and hyperglycemic hyperosmolar state. Pediatr Diabetes. 2022 Nov;23(7):835-56. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/36250645?tool=bestpractice.com A reposição de fluidos deve ser iniciada antes de se começar a insulinoterapia.[4]Glaser N, Fritsch M, Priyambada L, et al. ISPAD clinical practice consensus guidelines 2022: diabetic ketoacidosis and hyperglycemic hyperosmolar state. Pediatr Diabetes. 2022 Nov;23(7):835-56. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/36250645?tool=bestpractice.com As diferenças na estratégia de tratamento entre o EHH e a cetoacidose incluem o volume de fluidos administrado e o momento da administração de insulina: na cetoacidose, as taxas de infusão de fluidos são consideravelmente mais baixas do que no EHH; na cetoacidose, a administração de insulina pode começar pelo menos 1 hora após se iniciar a reposição de fluidos, enquanto no EHH a insulina deve ser iniciada quando a glicose sanguínea cair <3 mmol/L (50 mg/dL) por hora com os fluidos apenas.[4]Glaser N, Fritsch M, Priyambada L, et al. ISPAD clinical practice consensus guidelines 2022: diabetic ketoacidosis and hyperglycemic hyperosmolar state. Pediatr Diabetes. 2022 Nov;23(7):835-56. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/36250645?tool=bestpractice.com A manifestação mista de cetoacidose e EHH - quando as crianças atendem aos critérios para cetoacidose e têm hiperosmolalidade - muitas vezes não é reconhecida.[4]Glaser N, Fritsch M, Priyambada L, et al. ISPAD clinical practice consensus guidelines 2022: diabetic ketoacidosis and hyperglycemic hyperosmolar state. Pediatr Diabetes. 2022 Nov;23(7):835-56. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/36250645?tool=bestpractice.com Nessas circunstâncias, o tratamento deve levar em consideração as potenciais complicações da cetoacidose e do EHH; o estado mental deve ser monitorado, e a reavaliação frequente do estado circulatório e do equilíbrio hídrico é necessária para orientar a terapia.[4]Glaser N, Fritsch M, Priyambada L, et al. ISPAD clinical practice consensus guidelines 2022: diabetic ketoacidosis and hyperglycemic hyperosmolar state. Pediatr Diabetes. 2022 Nov;23(7):835-56. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/36250645?tool=bestpractice.com
Consulte os protocolos locais da especialidade para obter diretrizes sobre as dosagens de insulina.
Opções primárias
insulina neutra
mudar para insulina subcutânea
Tratamento recomendado para TODOS os pacientes no grupo de pacientes selecionado
Uma vez resolvida a cetoacidose ou EHH, os pacientes devem mudar de insulina intravenosa para insulina basal-bolus subcutânea.[1]American Diabetes Association. Standards of care in diabetes - 2025. Diabetes care. 2025 Jan;48(suppl 1):S1-352. https://diabetesjournals.org/care/issue/48/Supplement_1
A insulinoterapia requer que o paciente automonitore a glicose sanguínea para evitar hipoglicemia, a complicação mais grave do tratamento com insulina, e para permitir o ajuste das doses para se atingir a hemoglobina A1c (HbA1c) ideal.[1]American Diabetes Association. Standards of care in diabetes - 2025. Diabetes care. 2025 Jan;48(suppl 1):S1-352. https://diabetesjournals.org/care/issue/48/Supplement_1
Uma bomba de insulina pode ser considerada uma alternativa a um esquema de múltiplas injeções diárias se o paciente for capaz de manusear o dispositivo com segurança.[1]American Diabetes Association. Standards of care in diabetes - 2025. Diabetes care. 2025 Jan;48(suppl 1):S1-352. https://diabetesjournals.org/care/issue/48/Supplement_1 A American Diabetes Association recomenda que o monitoramento contínuo da glicose em tempo real ou o monitoramento contínuo da glicose verificado intermitentemente seja oferecido a crianças e adolescentes com DMT2 que estiverem recebendo múltiplas injeções diárias de insulina ou que fizerem uso de bomba de insulina e que forem capazes de usar o dispositivo com segurança (sozinhos ou com um cuidador).[1]American Diabetes Association. Standards of care in diabetes - 2025. Diabetes care. 2025 Jan;48(suppl 1):S1-352. https://diabetesjournals.org/care/issue/48/Supplement_1
De maneira similar, as diretrizes do National Institute of Health and Care Excellence (NICE) do Reino Unido recomendam que o SMCG seja considerado para crianças e jovens com diabetes do tipo 2 em insulinoterapia.[102]National Institute of Health Care and Excellence. Diabetes (type 1 and type 2) in children and young people: diagnosis and management. May 2023 [internet publication]. https://www.nice.org.uk/guidance/ng18
Uma vez que os valores de glicose sanguínea em jejum e pós-prandial forem restaurados para níveis normais ou quase normais (<4.4 a 7.2 mmol/mol [80-130 mg/dL] em jejum e <10.0 mmol/mol [<180 mg/dL] pós-prandial), pode ser apropriado considerar a descontinuação da insulinoterapia para pacientes selecionados.
Os pacientes com novo episódio de diabetes devem ser testados para autoanticorpos pancreáticos para se descartar o diagnóstico de diabetes do tipo 1. Indivíduos positivos para autoanticorpos pancreáticos devem descontinuar a metformina e continuar a insulinoterapia.[1]American Diabetes Association. Standards of care in diabetes - 2025. Diabetes care. 2025 Jan;48(suppl 1):S1-352. https://diabetesjournals.org/care/issue/48/Supplement_1 Consulte Diabetes do tipo 1.
Consulte os protocolos locais da especialidade para obter diretrizes sobre as dosagens de insulina.
Opções primárias
insulina glargina
ou
insulina degludec
ou
NPH
--E--
insulina lispro
ou
insulina asparte
ou
insulina glulisina
metformina
Tratamento recomendado para TODOS os pacientes no grupo de pacientes selecionado
A metformina deve ser iniciada assim que a cetoacidose ou o EHH estiverem resolvidos.[1]American Diabetes Association. Standards of care in diabetes - 2025. Diabetes care. 2025 Jan;48(suppl 1):S1-352. https://diabetesjournals.org/care/issue/48/Supplement_1
A metformina melhora a hiperglicemia principalmente por meio da supressão da produção de glicose hepática, em especial da gliconeogênese hepática. Também causa anorexia e perda de peso moderada.
Uma formulação de liberação prolongada de metformina está disponível em alguns países, e pode ser administrada uma vez ao dia. A formulação de liberação prolongada é preferível à de liberação imediata por causa dos efeitos adversos gastrointestinais menos frequentes; no entanto, a segurança e a eficácia da preparação de liberação prolongada não foram estabelecidas em crianças. A metformina também está disponível em solução para crianças que não conseguem engolir comprimidos.
Os indivíduos positivos para autoanticorpos pancreáticos devem descontinuar a metformina assim que os resultados ficarem disponíveis.[1]American Diabetes Association. Standards of care in diabetes - 2025. Diabetes care. 2025 Jan;48(suppl 1):S1-352. https://diabetesjournals.org/care/issue/48/Supplement_1 Consulte Diabetes do tipo 1.
Ao escolher medicamentos para redução da glicose para jovens com DMT2 e com sobrepeso ou obesidade, considere os efeitos desses medicamentos e do comportamento de tomar medicamentos sobre seu peso.[1]American Diabetes Association. Standards of care in diabetes - 2025. Diabetes care. 2025 Jan;48(suppl 1):S1-352. https://diabetesjournals.org/care/issue/48/Supplement_1
Opções primárias
metformina: crianças <10 anos de idade: consulte um especialista para obter orientação quanto à dose; crianças ≥10 anos de idade: 500 mg por via oral (liberação imediata) uma vez ao dia inicialmente, aumentar em incrementos de 500 mg/dia a cada 1-2 semanas de acordo com a resposta, máximo de 2000 mg/dia
HbA1c <69 mmol/mol: sem acidose ou cetose
metformina
A metformina é a farmacoterapia de primeira linha para todas as crianças diagnosticadas com DMT2 que estiverem metabolicamente estáveis com função renal normal.[1]American Diabetes Association. Standards of care in diabetes - 2025. Diabetes care. 2025 Jan;48(suppl 1):S1-352. https://diabetesjournals.org/care/issue/48/Supplement_1 Essa recomendação é corroborada pelos resultados do estudo TODAY, que mostrou que a monoterapia com metformina alcançou o controle glicêmico inicial em mais de 90% das crianças e adolescentes participantes, e controle glicêmico durável (>2 anos) em aproximadamente 50%.[86]TODAY Study Group; Zeitler P, Hirst K, Pyle L, et al. A clinical trial to maintain glycemic control in youth with type 2 diabetes. N Engl J Med. 2012 Jun 12;366(24):2247-56. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC3478667 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/22540912?tool=bestpractice.com
A metformina melhora a hiperglicemia principalmente por meio da supressão da produção de glicose hepática, em especial da gliconeogênese hepática. Também causa anorexia e perda de peso moderada.
Uma formulação de liberação prolongada de metformina está disponível em alguns países, e pode ser administrada uma vez ao dia. A formulação de liberação prolongada é preferível à de liberação imediata por causa dos efeitos adversos gastrointestinais menos frequentes; no entanto, a segurança e a eficácia da preparação de liberação prolongada não foram estabelecidas em crianças. A metformina também está disponível em solução para crianças que não conseguem engolir comprimidos.
Opções primárias
metformina: crianças <10 anos de idade: consulte um especialista para obter orientação quanto à dose; crianças ≥10 anos de idade: 500 mg por via oral (liberação imediata) uma vez ao dia inicialmente, aumentar em incrementos de 500 mg/dia a cada 1-2 semanas de acordo com a resposta, máximo de 2000 mg/dia
mudanças no estilo de vida
Tratamento recomendado para TODOS os pacientes no grupo de pacientes selecionado
Todas as crianças requerem mudanças na alimentação, exercícios físicos, aconselhamento e educação sobre diabetes.[1]American Diabetes Association. Standards of care in diabetes - 2025. Diabetes care. 2025 Jan;48(suppl 1):S1-352. https://diabetesjournals.org/care/issue/48/Supplement_1 [2]Shah AS, Barrientos-Pérez M, Chang N, et al. ISPAD clinical practice consensus guidelines 2024: type 2 diabetes in children and adolescents. Horm Res Paediatr. 2024;97(6):555-83. https://pmc.ncbi.nlm.nih.gov/articles/PMC11854986 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/39675348?tool=bestpractice.com [76]Viner R, White B, Christie D. Type 2 diabetes in adolescents: a severe phenotype posing major clinical challenges and public health burden. Lancet. 2017 Jun 3;389(10085):2252-60. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/28589895?tool=bestpractice.com A perda de peso, com sua diminuição concomitante da resistência insulínica, deve ser o objetivo primário para todos os indivíduos com sobrepeso ou obesidade.
O encaminhamento para um nutricionista experiente é altamente recomendado. Deve ser fornecida orientação alimentar a todas as famílias para abordar o consumo exagerado de alimentos e bebidas industrializados pobres em nutrientes pelas crianças, os padrões de atividade física, o impacto das refeições escolares sobre as dietas das crianças e o papel dos pais e cuidadores na promoção do desenvolvimento de hábitos saudáveis de alimentação.[56]Ogata BN, Hayes D. Position of the Academy of Nutrition and Dietetics: nutrition guidance for healthy children ages 2 to 11 years. J Acad Nutr Diet. 2014 Aug;114(8):1257-76. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/25060139?tool=bestpractice.com Crianças com diabetes do tipo 2 com sobrepeso/obesidade devem buscar uma redução de pelo menos 7% a 10% no excesso de peso.[1]American Diabetes Association. Standards of care in diabetes - 2025. Diabetes care. 2025 Jan;48(suppl 1):S1-352. https://diabetesjournals.org/care/issue/48/Supplement_1
As dietas com baixo teor de carboidratos são populares e teoricamente promissoras para o tratamento do diabetes do tipo 2 em crianças, mas as evidências são atualmente insuficientes para dar suporte a sua utilização generalizada, de acordo com o Comitê de Nutrição da American Academy of Pediatrics.[78]Neyman A, Hannon TS, Committee on Nutrition. Low-carbohydrate diets in children and adolescents with or at risk for diabetes. Pediatrics. 2023 Oct 1;152(4):e2023063755. https://publications.aap.org/pediatrics/article/152/4/e2023063755/193955/Low-Carbohydrate-Diets-in-Children-and-Adolescents http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/37718964?tool=bestpractice.com Além disso a restrição de carboidratos apresenta riscos potenciais para crianças com diabetes, particularmente, desaceleração do crescimento, deficiências nutricionais, problemas de saúde óssea, cetose nutricional que não pode ser distinguida da cetose resultante da deficiência de insulina e comportamentos alimentares desordenados. O acompanhamento clínico regular é recomendado para pacientes com diabetes que optam por seguir uma dieta com baixo teor de carboidratos. Em vez de se concentrar apenas na restrição de carboidratos, o Comitê de Nutrição recomenda aumentar a fibra alimentar, reduzir o consumo de carboidratos pobres em nutrientes, especialmente alimentos processados com grandes quantidades de grãos refinados e açúcares adicionados, e eliminar bebidas adoçadas com açúcar.[78]Neyman A, Hannon TS, Committee on Nutrition. Low-carbohydrate diets in children and adolescents with or at risk for diabetes. Pediatrics. 2023 Oct 1;152(4):e2023063755. https://publications.aap.org/pediatrics/article/152/4/e2023063755/193955/Low-Carbohydrate-Diets-in-Children-and-Adolescents http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/37718964?tool=bestpractice.com A American Diabetes Association faz recomendações similares no sentido de focar em princípios-chave de nutrição (isto é, consumir mais vegetais sem amido, frutas inteiras, legumes, cereais integrais, nozes e sementes e laticínios com baixo teor de gordura, além de consumir menos carne, bebidas açucaradas, doces, grãos refinados e alimentos processados ou ultraprocessados).[1]American Diabetes Association. Standards of care in diabetes - 2025. Diabetes care. 2025 Jan;48(suppl 1):S1-352. https://diabetesjournals.org/care/issue/48/Supplement_1 Considere orientar sobre uma estratégia de padrão alimentar saudável (por exemplo, dieta mediterrânea, diretrizes alimentares para norte-americanos).
Caso a perda ou manutenção de peso seja clinicamente indicada, uma dieta com baixo teor de energia, independentemente do teor de carboidratos, é recomendável.[78]Neyman A, Hannon TS, Committee on Nutrition. Low-carbohydrate diets in children and adolescents with or at risk for diabetes. Pediatrics. 2023 Oct 1;152(4):e2023063755. https://publications.aap.org/pediatrics/article/152/4/e2023063755/193955/Low-Carbohydrate-Diets-in-Children-and-Adolescents http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/37718964?tool=bestpractice.com
Pelo menos 60 minutos de exercício aeróbico moderado a vigoroso diário e treinamento de força pelo menos 3 dias por semana devem ser implementados para ajudar a melhorar o controle glicêmico, auxiliar a manutenção do peso e reduzir as comorbidades (por exemplo, risco cardiovascular).[1]American Diabetes Association. Standards of care in diabetes - 2025. Diabetes care. 2025 Jan;48(suppl 1):S1-352. https://diabetesjournals.org/care/issue/48/Supplement_1 [78]Neyman A, Hannon TS, Committee on Nutrition. Low-carbohydrate diets in children and adolescents with or at risk for diabetes. Pediatrics. 2023 Oct 1;152(4):e2023063755. https://publications.aap.org/pediatrics/article/152/4/e2023063755/193955/Low-Carbohydrate-Diets-in-Children-and-Adolescents http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/37718964?tool=bestpractice.com [80]Dela F, von Linstow ME, Mikines KJ, et al. Physical training may enhance beta-cell function in type 2 diabetes. Am J Physiol Endocrinol Metab. 2004 Nov;287(5):E1024-31. https://www.physiology.org/doi/full/10.1152/ajpendo.00056.2004 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/15251867?tool=bestpractice.com [81]Marwick TH, Hordern MD, Miller T, et al. Exercise training for type 2 diabetes mellitus: impact on cardiovascular risk: a scientific statement from the American Heart Association. Circulation. 2009 Jun 30;119(25):3244-62. https://www.ahajournals.org/doi/full/10.1161/circulationaha.109.192521 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/19506108?tool=bestpractice.com [82]McCall A, Raj R. Exercise for prevention of obesity and diabetes in children and adolescents. Clin Sports Med. 2009 Jul;28(3):393-421. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/19505623?tool=bestpractice.com [83]Christie D, Strange V, Allen E, et al. Maximising engagement, motivation and long term change in a structured intensive education programme in diabetes for children, young people and their families: Child and Adolescent Structured Competencies Approach to Diabetes Education (CASCADE). BMC Pediatr. 2009 Sep 15;9:57. https://bmcpediatr.biomedcentral.com/articles/10.1186/1471-2431-9-57 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/19754965?tool=bestpractice.com [84]Misra A, Nigam P, Hills AP, et al. Consensus physical activity guidelines for Asian Indians. Diabetes Technol Ther. 2012 Jan;14(1):83-98. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/21988275?tool=bestpractice.com As crianças também devem ser orientadas a reduzir o tempo de tela recreativo e sedentário.[1]American Diabetes Association. Standards of care in diabetes - 2025. Diabetes care. 2025 Jan;48(suppl 1):S1-352. https://diabetesjournals.org/care/issue/48/Supplement_1
Uma história de tabagismo deve ser colhida nas consultas iniciais e de acompanhamento. Todas as crianças e adolescentes devem ser aconselhados a não fumar, incluindo produtos de vaping e cigarros eletrônicos, ou encorajados a abandonar o hábito de fumar caso já fumem.[1]American Diabetes Association. Standards of care in diabetes - 2025. Diabetes care. 2025 Jan;48(suppl 1):S1-352. https://diabetesjournals.org/care/issue/48/Supplement_1 O aconselhamento para o abandono do hábito de fumar deve ser incorporado como componente de rotina ao cuidado do diabetes. Os pacientes também devem sr rastreados para uso de substâncias e bebidas alcoólicas no diagnóstico e regularmente.[1]American Diabetes Association. Standards of care in diabetes - 2025. Diabetes care. 2025 Jan;48(suppl 1):S1-352. https://diabetesjournals.org/care/issue/48/Supplement_1 Como o uso de bebidas alcoólicas tem consequências para o manejo glicêmico e para jovens com diabetes, os pacientes devem ser informados sobre os riscos e orientados a reduzir o uso de bebidas alcoólicas, se adequado. Todos os pacientes devem ser orientados a não usar cannabis recreativa de nenhuma forma.[1]American Diabetes Association. Standards of care in diabetes - 2025. Diabetes care. 2025 Jan;48(suppl 1):S1-352. https://diabetesjournals.org/care/issue/48/Supplement_1
agonista do receptor do peptídeo semelhante ao glucagon 1
Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado
Os pacientes com novo episódio de diabetes devem ser testados para autoanticorpos pancreáticos para se descartar o diagnóstico de DMT1.[1]American Diabetes Association. Standards of care in diabetes - 2025. Diabetes care. 2025 Jan;48(suppl 1):S1-352. https://diabetesjournals.org/care/issue/48/Supplement_1 Em indivíduos que são negativos para autoanticorpos, que têm ≥10 anos de idade e que não atingem sua meta glicêmica com metformina associada a modificações no estilo de vida, deve ser considerada a adição de um agonista do receptor do peptídeo semelhante ao glucagon 1 (GLP-1) (ou inibidor da proteína cotransportadora de sódio e glicose 2 [SGLT2]).[1]American Diabetes Association. Standards of care in diabetes - 2025. Diabetes care. 2025 Jan;48(suppl 1):S1-352. https://diabetesjournals.org/care/issue/48/Supplement_1
Um alvo glicêmico de HbA1c <48 mmol/mol (<6.5%) é geralmente apropriado para crianças e adolescentes com DMT2. Essa meta de HbA1c é menor que a meta de <53 mmol/mol (<7%) recomendada no DMT1; isso se justifica pelo menor risco de hipoglicemia e alto risco de complicações micro e macrovasculares em jovens com DMT2.[1]American Diabetes Association. Standards of care in diabetes - 2025. Diabetes care. 2025 Jan;48(suppl 1):S1-352. https://diabetesjournals.org/care/issue/48/Supplement_1 Metas menos rigorosas podem ser adequadas para os pacientes com maior risco de hipoglicemia.[1]American Diabetes Association. Standards of care in diabetes - 2025. Diabetes care. 2025 Jan;48(suppl 1):S1-352. https://diabetesjournals.org/care/issue/48/Supplement_1
A liraglutida (uma vez ao dia), a exenatida de liberação prolongada (uma vez por semana) e a dulaglutida (uma vez por semana) são os únicos agonistas do receptor de GLP-1 aprovados para uso em crianças ≥10 anos de idade para tratamento de DMT2. Os agonistas do receptor do GLP-1 demonstraram ser seguros e eficazes para reduzir a HbA1c e têm a vantagem de promover a perda de peso em doses mais altas aprovadas para obesidade (observação: os agonistas do receptor do GLP-1 só estão aprovados para uso em crianças ≥12 anos para o tratamento da obesidade).[1]American Diabetes Association. Standards of care in diabetes - 2025. Diabetes care. 2025 Jan;48(suppl 1):S1-352. https://diabetesjournals.org/care/issue/48/Supplement_1
Um ensaio clínico randomizado e controlado (ECRC) da liraglutida associada à metformina, com ou sem insulina basal, melhorou o controle glicêmico em comparação com o placebo em crianças e adolescentes com DMT2.[88]Tamborlane WV, Barrientos-Pérez M, Fainberg U, et al. Liraglutide in children and adolescents with type 2 diabetes. N Engl J Med. 2019 Aug 15;381(7):637-46. https://www.nejm.org/doi/full/10.1056/NEJMoa1903822 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/31034184?tool=bestpractice.com Impactos semelhantes no controle glicêmico foram relatados em ECRCs da exenatida e da dulaglutida.[89]Tamborlane WV, Bishai R, Geller D, et al. Once-weekly exenatide in youth with type 2 diabetes. Diabetes Care. 2022 Aug 1;45(8):1833-40. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC9346995 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/35679098?tool=bestpractice.com [90]Arslanian SA, Hannon T, Zeitler P, et al. Once-weekly dulaglutide for the treatment of youths with type 2 diabetes. N Engl J Med. 2022 Aug 4;387(5):433-43. https://www.nejm.org/doi/10.1056/NEJMoa2204601 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/35658022?tool=bestpractice.com
Os efeitos adversos gastrointestinais são os efeitos adversos mais comuns associados aos agonistas dos receptores de GLP-1. Os pacientes devem ser aconselhados sobre o potencial de íleo paralítico.[1]American Diabetes Association. Standards of care in diabetes - 2025. Diabetes care. 2025 Jan;48(suppl 1):S1-352. https://diabetesjournals.org/care/issue/48/Supplement_1
Os agonistas do receptor de GLP-1 são contraindicados naqueles com história médica pregressa ou familiar de carcinoma medular de tireoide ou neoplasia endócrina múltipla do tipo 2.[1]American Diabetes Association. Standards of care in diabetes - 2025. Diabetes care. 2025 Jan;48(suppl 1):S1-352. https://diabetesjournals.org/care/issue/48/Supplement_1
Se a meta de HbA1c não for alcançada após a adição de um agonista do receptor de GLP-1 à metformina, recomenda-se a adição de um inibidor de SGLT2 como terceiro agente antes de iniciar a insulinoterapia.[1]American Diabetes Association. Standards of care in diabetes - 2025. Diabetes care. 2025 Jan;48(suppl 1):S1-352. https://diabetesjournals.org/care/issue/48/Supplement_1
Opções primárias
liraglutida: crianças ≥10 anos de idade: 0.6 mg por via subcutânea uma vez ao dia inicialmente por 1 semana, depois 1.2 mg uma vez ao dia, pode-se aumentar de acordo com a resposta, máximo de 1.8 mg/dia
ou
exenatida: crianças ≥10 anos de idade: 2 mg por via subcutânea (liberação prolongada) uma vez por semana
ou
dulaglutida: crianças ≥10 anos de idade: 0.75 mg por via subcutânea uma vez por semana inicialmente por 4 semanas, pode-se aumentar para 1.5 mg uma vez por semana de acordo com a resposta
inibidor da proteína cotransportadora de sódio e glicose 2
Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado
Os pacientes com novo episódio de diabetes devem ser testados para autoanticorpos pancreáticos para se descartar o diagnóstico de DMT1.[1]American Diabetes Association. Standards of care in diabetes - 2025. Diabetes care. 2025 Jan;48(suppl 1):S1-352. https://diabetesjournals.org/care/issue/48/Supplement_1 Em indivíduos negativos para autoanticorpos, com idade ≥10 anos e que não atingem sua meta glicêmica com metformina associada a modificações no estilo de vida, deve ser considerada a adição de um inibidor da proteína cotransportadora de sódio e glicose 2 (SGLT2) ou um agonista do receptor de peptídeo semelhante ao glucagon 1 (GLP-1).[1]American Diabetes Association. Standards of care in diabetes - 2025. Diabetes care. 2025 Jan;48(suppl 1):S1-352. https://diabetesjournals.org/care/issue/48/Supplement_1
Um alvo glicêmico de HbA1c <48 mmol/mol (<6.5%) é geralmente apropriado para crianças e adolescentes com DMT2. Metas menos rigorosas podem ser adequadas para os pacientes com maior risco de hipoglicemia.[1]American Diabetes Association. Standards of care in diabetes - 2025. Diabetes care. 2025 Jan;48(suppl 1):S1-352. https://diabetesjournals.org/care/issue/48/Supplement_1
Empagliflozina e dapagliflozina estão aprovadas nos EUA e na Europa como adjuvante à dieta e exercícios para melhorar o controle glicêmico em crianças com ≥10 anos.
Se a meta de HbA1c não for alcançada após a adição de um inibidor de SGLT2 à metformina, recomenda-se a adição de um agonista do receptor de GLP-1 como terceiro agente antes de iniciar a insulinoterapia.[1]American Diabetes Association. Standards of care in diabetes - 2025. Diabetes care. 2025 Jan;48(suppl 1):S1-352. https://diabetesjournals.org/care/issue/48/Supplement_1
Opções primárias
empagliflozina: crianças ≥10 anos de idade: 10-25 mg por via oral uma vez ao dia
ou
dapagliflozina: crianças ≥10 anos de idade: 5-10 mg por via oral uma vez ao dia
insulina
Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado
Pacientes com novo episódio de diabetes devem ser testados para autoanticorpos pancreáticos para descartar o diagnóstico de diabetes do tipo 1.[1]American Diabetes Association. Standards of care in diabetes - 2025. Diabetes care. 2025 Jan;48(suppl 1):S1-352. https://diabetesjournals.org/care/issue/48/Supplement_1 Nos indivíduos que forem negativos para autoanticorpos e que não atingirem sua meta glicêmica com metformina, modificações no estilo de vida e um agonista do receptor do peptídeo semelhante ao glucagon 1 (GLP-1), a insulina basal deve ser adicionada.[1]American Diabetes Association. Standards of care in diabetes - 2025. Diabetes care. 2025 Jan;48(suppl 1):S1-352. https://diabetesjournals.org/care/issue/48/Supplement_1 A insulina basal também pode ser considerada uma alternativa a um agonista do receptor GLP-1 em alguns pacientes (por exemplo, aqueles que não atendem aos critérios para um agonista do receptor de GLP-1).[1]American Diabetes Association. Standards of care in diabetes - 2025. Diabetes care. 2025 Jan;48(suppl 1):S1-352. https://diabetesjournals.org/care/issue/48/Supplement_1
A American Diabetes Association recomenda iniciar a insulina basal a 0.5 unidades/kg/dia e ajustar a dose a cada 2 a 3 dias com base nos valores da glicose sanguínea.[1]American Diabetes Association. Standards of care in diabetes - 2025. Diabetes care. 2025 Jan;48(suppl 1):S1-352. https://diabetesjournals.org/care/issue/48/Supplement_1
Se as metas glicêmicas não forem atingidas com doses crescentes de insulina basal, deve-se considerar a adição de insulina em bolus (ou seja, com múltiplas injeções de insulina prandial ou terapia com bomba de insulina).[1]American Diabetes Association. Standards of care in diabetes - 2025. Diabetes care. 2025 Jan;48(suppl 1):S1-352. https://diabetesjournals.org/care/issue/48/Supplement_1 Uma bomba de insulina pode ser considerada uma alternativa a um esquema de múltiplas injeções diárias se o paciente for capaz de manusear o dispositivo com segurança.[1]American Diabetes Association. Standards of care in diabetes - 2025. Diabetes care. 2025 Jan;48(suppl 1):S1-352. https://diabetesjournals.org/care/issue/48/Supplement_1
Um alvo glicêmico de HbA1c <48 mmol/mol (<6.5%) é geralmente apropriado para crianças e adolescentes com diabetes do tipo 2. Metas menos rigorosas podem ser adequadas para os pacientes com maior risco de hipoglicemia.[1]American Diabetes Association. Standards of care in diabetes - 2025. Diabetes care. 2025 Jan;48(suppl 1):S1-352. https://diabetesjournals.org/care/issue/48/Supplement_1
Em crianças inicialmente tratadas com insulina e metformina que atingem as metas de glicose de acordo com os valores de monitoramento de glicose sanguínea, a insulina pode ser reduzida ao longo de um período de 2-6 semanas, diminuindo-se a dose de insulina em 10% a 30% a cada poucos dias.[1]American Diabetes Association. Standards of care in diabetes - 2025. Diabetes care. 2025 Jan;48(suppl 1):S1-352. https://diabetesjournals.org/care/issue/48/Supplement_1 A Medicines and Healthcare Products Regulatory Agency do Reino Unido alerta sobre casos de cetoacidose diabética em pacientes com diabetes do tipo 2 que recebem uma combinação de agonista do receptor de GLP-1 e insulina cujas doses de insulina concomitantes tiverem sido reduzidas rapidamente ou descontinuadas.[96]Medicines and Healthcare Products Regulatory Agency. GLP-1 receptor agonists: reports of diabetic ketoacidosis when concomitant insulin was rapidly reduced or discontinued Jun 2019 [internet publication]. https://www.gov.uk/drug-safety-update/glp-1-receptor-agonists-reports-of-diabetic-ketoacidosis-when-concomitant-insulin-was-rapidly-reduced-or-discontinued
A insulinoterapia requer que o paciente automonitore a glicose sanguínea para evitar hipoglicemia, a complicação mais grave do tratamento com insulina, e para permitir o ajuste das doses para se alcançar a HbA1c ideal.
A infusão subcutânea contínua de insulina (ISCI) pode ser benéfica para crianças com diabetes mellitus do tipo 2, mas até agora os estudos só incluíram um pequeno número de indivíduos.[95]National Institute for Health and Care Excellence. Continuous subcutaneous insulin infusion for the treatment of diabetes. July 2008 [internet publication]. http://www.nice.org.uk/guidance/TA151
Consulte os protocolos locais da especialidade para diretrizes sobre dosagens de insulina.
Opções primárias
insulina glargina
ou
insulina degludec
ou
NPH
Opções secundárias
insulina glargina
ou
insulina degludec
ou
NPH
--E--
insulina lispro
ou
insulina asparte
ou
insulina glulisina
cirurgia metabólica
Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado
Pode ser apropriada para adolescentes com obesidade classe 2 ou superior (IMC >35 kg/m² ou 120% do percentil 95 para idade e sexo, o que for menor) e glicemia não controlada e/ou comorbidades graves apesar da farmacoterapia e das modificações no estilo de vida.[1]American Diabetes Association. Standards of care in diabetes - 2025. Diabetes care. 2025 Jan;48(suppl 1):S1-352. https://diabetesjournals.org/care/issue/48/Supplement_1 A gastrectomia vertical e o bypass gástrico em Y de Roux são os procedimentos bariátricos realizados com mais frequência nos adolescentes.[97]World Gastroenterology Organisation and International Federation for the Surgery of Obesity and Metabolic Diseases. Obesity. 2023 [internet publication]. https://www.worldgastroenterology.org/guidelines/obesity/obesity-english [98]Poliakin L, Roberts A, Thompson KJ, et al. Outcomes of adolescents compared with young adults after bariatric surgery: an analysis of 227,671 patients using the MBSAQIP data registry. Surg Obes Relat Dis. 2020 Oct;16(10):1463-73. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/32709580?tool=bestpractice.com Geralmente, essa cirurgia é segura e efetiva nos adolescentes, e os estudos de curto prazo mostram que ela é comparável à cirurgia metabólica em adultos, em termos de complicações importantes, novas internações e mortalidade.[97]World Gastroenterology Organisation and International Federation for the Surgery of Obesity and Metabolic Diseases. Obesity. 2023 [internet publication]. https://www.worldgastroenterology.org/guidelines/obesity/obesity-english [98]Poliakin L, Roberts A, Thompson KJ, et al. Outcomes of adolescents compared with young adults after bariatric surgery: an analysis of 227,671 patients using the MBSAQIP data registry. Surg Obes Relat Dis. 2020 Oct;16(10):1463-73. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/32709580?tool=bestpractice.com
A World Gastroenterology Organisation e a International Federation for the Surgery of Obesity and Metabolic Diseases observam que a cirurgia bariátrica é o tratamento mais efetivo para a obesidade grave em adolescentes.[97]World Gastroenterology Organisation and International Federation for the Surgery of Obesity and Metabolic Diseases. Obesity. 2023 [internet publication]. https://www.worldgastroenterology.org/guidelines/obesity/obesity-english
Além disso, estudos constataram que a cirurgia metabólica pode levar à remissão do diabetes do tipo 2 (definida como nível de HbA1c de 48 mmol/mol [<6.5%] que permanece nesse nível por pelo menos 3 meses sem continuação dos agentes anti-hiperglicêmicos habituais) em mais de 95% dos adolescentes.[99]Riddle MC, Cefalu WT, Evans PH, et al. Consensus report: definition and interpretation of remission in type 2 diabetes. Diabetes Care. 2021 Aug 30;44(10):2438-44. https://pmc.ncbi.nlm.nih.gov/articles/PMC8929179 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/34462270?tool=bestpractice.com [100]Inge TH, Courcoulas AP, Jenkins TM, et al. Weight loss and health status 3 Years after bariatric surgery in adolescents. N Engl J Med. 2016 Jan 14;374(2):113-23. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC4810437 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/26544725?tool=bestpractice.com [101]Inge TH, Miyano G, Bean J, et al. Reversal of type 2 diabetes mellitus and improvements in cardiovascular risk factors after surgical weight loss in adolescents. Pediatrics. 2009 Jan;123(1):214-22. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/19117885?tool=bestpractice.com Os outros efeitos benéficos incluem melhoras em fatores de risco cardiometabólicos, como dislipidemia e hipertensão.[100]Inge TH, Courcoulas AP, Jenkins TM, et al. Weight loss and health status 3 Years after bariatric surgery in adolescents. N Engl J Med. 2016 Jan 14;374(2):113-23. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC4810437 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/26544725?tool=bestpractice.com [101]Inge TH, Miyano G, Bean J, et al. Reversal of type 2 diabetes mellitus and improvements in cardiovascular risk factors after surgical weight loss in adolescents. Pediatrics. 2009 Jan;123(1):214-22. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/19117885?tool=bestpractice.com
iniciar insulina + descontinuar metformina
Tratamento recomendado para TODOS os pacientes no grupo de pacientes selecionado
Os pacientes com novo episódio de diabetes devem ser testados para autoanticorpos pancreáticos para se descartar o diagnóstico de diabetes do tipo 1. Indivíduos positivos para autoanticorpos pancreáticos devem iniciar a insulinoterapia e descontinuar a metformina.[1]American Diabetes Association. Standards of care in diabetes - 2025. Diabetes care. 2025 Jan;48(suppl 1):S1-352. https://diabetesjournals.org/care/issue/48/Supplement_1
Consulte Diabetes do tipo 1.
HbA1c ≥69 mmol/mol: sem acidose com ou sem cetose
insulina
Crianças com hiperglicemia acentuada (HbA1c ≥69 mmol/mol [≥8.5%] ou glicose sanguínea ≥13.9 mmol/L [≥250 mg/dL]), poliúria, polidipsia, noctúria e/ou perda de peso devem ser tratados com insulina basal enquanto a metformina é iniciada e titulada.[1]American Diabetes Association. Standards of care in diabetes - 2025. Diabetes care. 2025 Jan;48(suppl 1):S1-352. https://diabetesjournals.org/care/issue/48/Supplement_1
A American Diabetes Association recomenda iniciar a insulina basal a 0.5 unidades/kg/dia e ajustar a dose a cada 2 a 3 dias com base nos valores de glicose sanguínea.[1]American Diabetes Association. Standards of care in diabetes - 2025. Diabetes care. 2025 Jan;48(suppl 1):S1-352. https://diabetesjournals.org/care/issue/48/Supplement_1
Um alvo glicêmico de HbA1c <48 mmol/mol (<6.5%) é geralmente apropriado para crianças e adolescentes com diabetes do tipo 2. Metas menos rigorosas podem ser adequadas para os pacientes com maior risco de hipoglicemia.[1]American Diabetes Association. Standards of care in diabetes - 2025. Diabetes care. 2025 Jan;48(suppl 1):S1-352. https://diabetesjournals.org/care/issue/48/Supplement_1
Em crianças inicialmente tratadas com insulina e metformina que atingem as metas de glicose de acordo com os valores de monitoramento de glicose sanguínea, a insulina pode ser reduzida ao longo de um período de 2-6 semanas, diminuindo-se a dose de insulina em 10% a 30% a cada poucos dias.[1]American Diabetes Association. Standards of care in diabetes - 2025. Diabetes care. 2025 Jan;48(suppl 1):S1-352. https://diabetesjournals.org/care/issue/48/Supplement_1
A insulinoterapia requer que o paciente automonitore a glicose sanguínea para evitar hipoglicemia, a complicação mais grave do tratamento com insulina, e para permitir o ajuste das doses para se alcançar a HbA1c ideal.
Consulte os protocolos locais da especialidade para obter diretrizes sobre as dosagens de insulina.
Opções primárias
insulina glargina
ou
insulina degludec
ou
NPH
metformina
Tratamento recomendado para TODOS os pacientes no grupo de pacientes selecionado
A metformina deve ser iniciada ao mesmo tempo em que a insulina.[1]American Diabetes Association. Standards of care in diabetes - 2025. Diabetes care. 2025 Jan;48(suppl 1):S1-352. https://diabetesjournals.org/care/issue/48/Supplement_1
A metformina melhora a hiperglicemia principalmente por meio da supressão da produção de glicose hepática, em especial da gliconeogênese hepática. Também causa anorexia e perda de peso moderada.
Uma formulação de liberação prolongada de metformina está disponível em alguns países, e pode ser administrada uma vez ao dia. A formulação de liberação prolongada é preferível à de liberação imediata por causa dos efeitos adversos gastrointestinais menos frequentes; no entanto, a segurança e a eficácia da preparação de liberação prolongada não foram estabelecidas em crianças. A metformina também está disponível em solução para crianças que não conseguem engolir comprimidos.
Opções primárias
metformina: crianças <10 anos de idade: consulte um especialista para obter orientação quanto à dose; crianças ≥10 anos de idade: 500 mg por via oral (liberação imediata) uma vez ao dia inicialmente, aumentar em incrementos de 500 mg/dia a cada 1-2 semanas de acordo com a resposta, máximo de 2000 mg/dia
mudanças no estilo de vida
Tratamento recomendado para TODOS os pacientes no grupo de pacientes selecionado
Todas as crianças requerem mudanças na alimentação, exercícios físicos, aconselhamento e educação sobre diabetes.[1]American Diabetes Association. Standards of care in diabetes - 2025. Diabetes care. 2025 Jan;48(suppl 1):S1-352. https://diabetesjournals.org/care/issue/48/Supplement_1 [2]Shah AS, Barrientos-Pérez M, Chang N, et al. ISPAD clinical practice consensus guidelines 2024: type 2 diabetes in children and adolescents. Horm Res Paediatr. 2024;97(6):555-83. https://pmc.ncbi.nlm.nih.gov/articles/PMC11854986 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/39675348?tool=bestpractice.com [76]Viner R, White B, Christie D. Type 2 diabetes in adolescents: a severe phenotype posing major clinical challenges and public health burden. Lancet. 2017 Jun 3;389(10085):2252-60. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/28589895?tool=bestpractice.com A perda de peso, com sua diminuição concomitante da resistência insulínica, deve ser o objetivo primário para todos os indivíduos com sobrepeso ou obesidade.
O encaminhamento para um nutricionista experiente é altamente recomendado. Deve ser fornecida orientação alimentar a todas as famílias para abordar o consumo exagerado de alimentos e bebidas industrializados pobres em nutrientes pelas crianças, os padrões de atividade física, o impacto das refeições escolares sobre as dietas das crianças e o papel dos pais e cuidadores na promoção do desenvolvimento de hábitos saudáveis de alimentação.[56]Ogata BN, Hayes D. Position of the Academy of Nutrition and Dietetics: nutrition guidance for healthy children ages 2 to 11 years. J Acad Nutr Diet. 2014 Aug;114(8):1257-76. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/25060139?tool=bestpractice.com Crianças com DMT2 com sobrepeso/obesidade devem buscar uma redução de pelo menos 7% a 10% no excesso de peso.[1]American Diabetes Association. Standards of care in diabetes - 2025. Diabetes care. 2025 Jan;48(suppl 1):S1-352. https://diabetesjournals.org/care/issue/48/Supplement_1
As dietas com baixo teor de carboidratos são populares e teoricamente promissoras para o tratamento do DMT2 em crianças, mas as evidências são atualmente insuficientes para dar suporte a seu uso generalizado.[78]Neyman A, Hannon TS, Committee on Nutrition. Low-carbohydrate diets in children and adolescents with or at risk for diabetes. Pediatrics. 2023 Oct 1;152(4):e2023063755. https://publications.aap.org/pediatrics/article/152/4/e2023063755/193955/Low-Carbohydrate-Diets-in-Children-and-Adolescents http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/37718964?tool=bestpractice.com
Além disso a restrição de carboidratos apresenta riscos potenciais para crianças com diabetes, particularmente, desaceleração do crescimento, deficiências nutricionais, problemas de saúde óssea, cetose nutricional que não pode ser distinguida da cetose resultante da deficiência de insulina e comportamentos alimentares desordenados. O acompanhamento clínico regular é recomendado para pacientes com diabetes que optam por seguir uma dieta com baixo teor de carboidratos.[78]Neyman A, Hannon TS, Committee on Nutrition. Low-carbohydrate diets in children and adolescents with or at risk for diabetes. Pediatrics. 2023 Oct 1;152(4):e2023063755. https://publications.aap.org/pediatrics/article/152/4/e2023063755/193955/Low-Carbohydrate-Diets-in-Children-and-Adolescents http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/37718964?tool=bestpractice.com Em vez de se concentrar apenas na restrição de carboidratos, o Comitê de Nutrição recomenda aumentar a fibra alimentar, reduzir o consumo de carboidratos pobres em nutrientes, especialmente alimentos processados com grandes quantidades de grãos refinados e açúcares adicionados, e eliminar bebidas adoçadas com açúcar.[78]Neyman A, Hannon TS, Committee on Nutrition. Low-carbohydrate diets in children and adolescents with or at risk for diabetes. Pediatrics. 2023 Oct 1;152(4):e2023063755. https://publications.aap.org/pediatrics/article/152/4/e2023063755/193955/Low-Carbohydrate-Diets-in-Children-and-Adolescents http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/37718964?tool=bestpractice.com A American Diabetes Association faz recomendações similares no sentido de focar em princípios-chave de nutrição (isto é, consumir mais vegetais sem amido, frutas inteiras, legumes, cereais integrais, nozes e sementes e laticínios com baixo teor de gordura, além de consumir menos carne, bebidas açucaradas, doces, grãos refinados e alimentos processados ou ultraprocessados).[1]American Diabetes Association. Standards of care in diabetes - 2025. Diabetes care. 2025 Jan;48(suppl 1):S1-352. https://diabetesjournals.org/care/issue/48/Supplement_1 Considere orientar sobre uma estratégia de padrão alimentar saudável (por exemplo, dieta mediterrânea, diretrizes alimentares para norte-americanos).[78]Neyman A, Hannon TS, Committee on Nutrition. Low-carbohydrate diets in children and adolescents with or at risk for diabetes. Pediatrics. 2023 Oct 1;152(4):e2023063755. https://publications.aap.org/pediatrics/article/152/4/e2023063755/193955/Low-Carbohydrate-Diets-in-Children-and-Adolescents http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/37718964?tool=bestpractice.com
Caso a perda ou manutenção de peso seja clinicamente indicada, uma dieta com baixo teor de energia, independentemente do teor de carboidratos, é recomendável.[78]Neyman A, Hannon TS, Committee on Nutrition. Low-carbohydrate diets in children and adolescents with or at risk for diabetes. Pediatrics. 2023 Oct 1;152(4):e2023063755. https://publications.aap.org/pediatrics/article/152/4/e2023063755/193955/Low-Carbohydrate-Diets-in-Children-and-Adolescents http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/37718964?tool=bestpractice.com
Pelo menos 60 minutos de exercício aeróbico moderado a vigoroso diário e treinamento de força pelo menos 3 dias por semana devem ser implementados para ajudar a melhorar o controle glicêmico, auxiliar a manutenção do peso e reduzir as comorbidades (por exemplo, risco cardiovascular).[1]American Diabetes Association. Standards of care in diabetes - 2025. Diabetes care. 2025 Jan;48(suppl 1):S1-352. https://diabetesjournals.org/care/issue/48/Supplement_1 [78]Neyman A, Hannon TS, Committee on Nutrition. Low-carbohydrate diets in children and adolescents with or at risk for diabetes. Pediatrics. 2023 Oct 1;152(4):e2023063755. https://publications.aap.org/pediatrics/article/152/4/e2023063755/193955/Low-Carbohydrate-Diets-in-Children-and-Adolescents http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/37718964?tool=bestpractice.com [80]Dela F, von Linstow ME, Mikines KJ, et al. Physical training may enhance beta-cell function in type 2 diabetes. Am J Physiol Endocrinol Metab. 2004 Nov;287(5):E1024-31. https://www.physiology.org/doi/full/10.1152/ajpendo.00056.2004 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/15251867?tool=bestpractice.com [81]Marwick TH, Hordern MD, Miller T, et al. Exercise training for type 2 diabetes mellitus: impact on cardiovascular risk: a scientific statement from the American Heart Association. Circulation. 2009 Jun 30;119(25):3244-62. https://www.ahajournals.org/doi/full/10.1161/circulationaha.109.192521 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/19506108?tool=bestpractice.com [82]McCall A, Raj R. Exercise for prevention of obesity and diabetes in children and adolescents. Clin Sports Med. 2009 Jul;28(3):393-421. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/19505623?tool=bestpractice.com [83]Christie D, Strange V, Allen E, et al. Maximising engagement, motivation and long term change in a structured intensive education programme in diabetes for children, young people and their families: Child and Adolescent Structured Competencies Approach to Diabetes Education (CASCADE). BMC Pediatr. 2009 Sep 15;9:57. https://bmcpediatr.biomedcentral.com/articles/10.1186/1471-2431-9-57 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/19754965?tool=bestpractice.com [84]Misra A, Nigam P, Hills AP, et al. Consensus physical activity guidelines for Asian Indians. Diabetes Technol Ther. 2012 Jan;14(1):83-98. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/21988275?tool=bestpractice.com As crianças também devem ser orientadas a reduzir o tempo de tela recreativo e sedentário.[1]American Diabetes Association. Standards of care in diabetes - 2025. Diabetes care. 2025 Jan;48(suppl 1):S1-352. https://diabetesjournals.org/care/issue/48/Supplement_1
Uma história de tabagismo deve ser colhida nas consultas iniciais e de acompanhamento. Todas as crianças e adolescentes devem ser aconselhados a não fumar, incluindo produtos de vaping e cigarros eletrônicos, ou encorajados a abandonar o hábito de fumar caso já fumem.[1]American Diabetes Association. Standards of care in diabetes - 2025. Diabetes care. 2025 Jan;48(suppl 1):S1-352. https://diabetesjournals.org/care/issue/48/Supplement_1 O aconselhamento para o abandono do hábito de fumar deve ser incorporado como componente de rotina ao cuidado do diabetes. Os pacientes também devem sr rastreados para uso de substâncias e bebidas alcoólicas no diagnóstico e regularmente.[1]American Diabetes Association. Standards of care in diabetes - 2025. Diabetes care. 2025 Jan;48(suppl 1):S1-352. https://diabetesjournals.org/care/issue/48/Supplement_1 Como o uso de bebidas alcoólicas tem consequências para o manejo glicêmico e para jovens com diabetes, os pacientes devem ser informados sobre os riscos e orientados a reduzir o uso de bebidas alcoólicas, se adequado. Todos os pacientes devem ser orientados a não usar cannabis recreativa de nenhuma forma.[1]American Diabetes Association. Standards of care in diabetes - 2025. Diabetes care. 2025 Jan;48(suppl 1):S1-352. https://diabetesjournals.org/care/issue/48/Supplement_1
ajustar a dose de insulina
Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado
Pacientes com novo episódio de diabetes devem ser testados para autoanticorpos pancreáticos para descartar o diagnóstico de diabetes do tipo 1.[1]American Diabetes Association. Standards of care in diabetes - 2025. Diabetes care. 2025 Jan;48(suppl 1):S1-352. https://diabetesjournals.org/care/issue/48/Supplement_1 Em indivíduos negativos para autoanticorpos e que não atingem sua meta glicêmica com metformina, insulina basal e modificações no estilo de vida, a dose de insulina basal deve ser ajustada.[1]American Diabetes Association. Standards of care in diabetes - 2025. Diabetes care. 2025 Jan;48(suppl 1):S1-352. https://diabetesjournals.org/care/issue/48/Supplement_1 A American Diabetes Association recomenda o ajuste da dose a cada 2-3 dias com base nos valores de glicose sanguínea.[1]American Diabetes Association. Standards of care in diabetes - 2025. Diabetes care. 2025 Jan;48(suppl 1):S1-352. https://diabetesjournals.org/care/issue/48/Supplement_1
Se as metas glicêmicas não forem atingidas com doses crescentes de insulina basal, deve-se considerar a adição de insulina em bolus (ou seja, com múltiplas injeções de insulina prandial ou terapia com bomba de insulina).[1]American Diabetes Association. Standards of care in diabetes - 2025. Diabetes care. 2025 Jan;48(suppl 1):S1-352. https://diabetesjournals.org/care/issue/48/Supplement_1 Uma bomba de insulina pode ser considerada uma alternativa a um esquema de múltiplas injeções diárias se o paciente for capaz de manusear o dispositivo com segurança.[1]American Diabetes Association. Standards of care in diabetes - 2025. Diabetes care. 2025 Jan;48(suppl 1):S1-352. https://diabetesjournals.org/care/issue/48/Supplement_1
Um alvo glicêmico de HbA1c <48 mmol/mol (<6.5%) é geralmente apropriado para crianças e adolescentes com diabetes do tipo 2. Metas menos rigorosas podem ser adequadas para os pacientes com maior risco de hipoglicemia.[1]American Diabetes Association. Standards of care in diabetes - 2025. Diabetes care. 2025 Jan;48(suppl 1):S1-352. https://diabetesjournals.org/care/issue/48/Supplement_1
Em crianças inicialmente tratadas com insulina e metformina que atingem as metas de glicose de acordo com os valores de monitoramento de glicose sanguínea, a insulina pode ser reduzida ao longo de um período de 2-6 semanas, diminuindo-se a dose de insulina em 10% a 30% a cada poucos dias.[1]American Diabetes Association. Standards of care in diabetes - 2025. Diabetes care. 2025 Jan;48(suppl 1):S1-352. https://diabetesjournals.org/care/issue/48/Supplement_1
A insulinoterapia requer que o paciente automonitore a glicose sanguínea para evitar hipoglicemia, a complicação mais grave do tratamento com insulina, e para permitir o ajuste das doses para se alcançar a HbA1c ideal.
A infusão subcutânea contínua de insulina (ISCI) pode ser benéfica para crianças com diabetes mellitus do tipo 2, mas até agora os estudos só incluíram um pequeno número de indivíduos.[95]National Institute for Health and Care Excellence. Continuous subcutaneous insulin infusion for the treatment of diabetes. July 2008 [internet publication]. http://www.nice.org.uk/guidance/TA151
Consulte os protocolos locais da especialidade para obter diretrizes sobre as dosagens de insulina.
Opções primárias
insulina glargina
ou
insulina degludec
ou
NPH
Opções secundárias
insulina glargina
ou
insulina degludec
ou
NPH
--E--
insulina lispro
ou
insulina asparte
ou
insulina glulisina
agonista do receptor do peptídeo semelhante ao glucagon 1
Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado
Os pacientes com novo episódio de diabetes devem ser testados para autoanticorpos pancreáticos para se descartar o diagnóstico de DMT1.[1]American Diabetes Association. Standards of care in diabetes - 2025. Diabetes care. 2025 Jan;48(suppl 1):S1-352. https://diabetesjournals.org/care/issue/48/Supplement_1 Em indivíduos que são negativos para autoanticorpos, que têm ≥10 anos de idade e que não atingem sua meta glicêmica com metformina, insulina e modificações no estilo de vida, deve ser considerada a adição de um agonista do receptor do peptídeo semelhante ao glucagon 1 (GLP-1) ou inibidor da proteína cotransportadora de sódio e glicose 2 (SGLT2).[1]American Diabetes Association. Standards of care in diabetes - 2025. Diabetes care. 2025 Jan;48(suppl 1):S1-352. https://diabetesjournals.org/care/issue/48/Supplement_1
Um alvo glicêmico de HbA1c <48 mmol/mol (<6.5%) é geralmente apropriado para crianças e adolescentes com DMT2. Metas menos rigorosas podem ser adequadas para os pacientes com maior risco de hipoglicemia.[1]American Diabetes Association. Standards of care in diabetes - 2025. Diabetes care. 2025 Jan;48(suppl 1):S1-352. https://diabetesjournals.org/care/issue/48/Supplement_1
A liraglutida (uma vez ao dia), a exenatida de liberação prolongada (uma vez por semana) e a dulaglutida (uma vez por semana) são os únicos agonistas do receptor de GLP-1 aprovados para uso em crianças ≥10 anos de idade para tratamento de diabetes do tipo 2. Os agonistas do receptor do GLP-1 demonstraram ser seguros e eficazes para reduzir a HbA1c e têm a vantagem de promover a perda de peso em doses mais altas aprovadas para obesidade (observação: os agonistas do receptor do GLP-1 só estão aprovados para uso em crianças ≥12 anos para o tratamento da obesidade).[1]American Diabetes Association. Standards of care in diabetes - 2025. Diabetes care. 2025 Jan;48(suppl 1):S1-352. https://diabetesjournals.org/care/issue/48/Supplement_1
Um ensaio clínico randomizado e controlado (ECRC) da liraglutida associada à metformina, com ou sem insulina basal, melhorou o controle glicêmico em comparação com o placebo em crianças e adolescentes com DMT2.[88]Tamborlane WV, Barrientos-Pérez M, Fainberg U, et al. Liraglutide in children and adolescents with type 2 diabetes. N Engl J Med. 2019 Aug 15;381(7):637-46. https://www.nejm.org/doi/full/10.1056/NEJMoa1903822 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/31034184?tool=bestpractice.com Impactos semelhantes no controle glicêmico foram relatados em ECRCs da exenatida e da dulaglutida.[89]Tamborlane WV, Bishai R, Geller D, et al. Once-weekly exenatide in youth with type 2 diabetes. Diabetes Care. 2022 Aug 1;45(8):1833-40. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC9346995 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/35679098?tool=bestpractice.com [90]Arslanian SA, Hannon T, Zeitler P, et al. Once-weekly dulaglutide for the treatment of youths with type 2 diabetes. N Engl J Med. 2022 Aug 4;387(5):433-43. https://www.nejm.org/doi/10.1056/NEJMoa2204601 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/35658022?tool=bestpractice.com
Os efeitos adversos gastrointestinais são os efeitos adversos mais comuns associados aos agonistas dos receptores de GLP-1. Os pacientes devem ser aconselhados sobre o potencial de íleo paralítico.[1]American Diabetes Association. Standards of care in diabetes - 2025. Diabetes care. 2025 Jan;48(suppl 1):S1-352. https://diabetesjournals.org/care/issue/48/Supplement_1
Os agonistas do receptor de GLP-1 são contraindicados naqueles com história médica pregressa ou familiar de carcinoma medular de tireoide ou neoplasia endócrina múltipla do tipo 2.[1]American Diabetes Association. Standards of care in diabetes - 2025. Diabetes care. 2025 Jan;48(suppl 1):S1-352. https://diabetesjournals.org/care/issue/48/Supplement_1
A Medicines and Healthcare Products Regulatory Agency do Reino Unido alerta sobre casos de cetoacidose diabética em pacientes com diabetes do tipo 2 que recebem uma combinação de agonista do receptor de GLP-1 e insulina cujas doses de insulina concomitantes tiverem sido reduzidas rapidamente ou descontinuadas.[96]Medicines and Healthcare Products Regulatory Agency. GLP-1 receptor agonists: reports of diabetic ketoacidosis when concomitant insulin was rapidly reduced or discontinued Jun 2019 [internet publication]. https://www.gov.uk/drug-safety-update/glp-1-receptor-agonists-reports-of-diabetic-ketoacidosis-when-concomitant-insulin-was-rapidly-reduced-or-discontinued
Se a meta de HbA1c não for alcançada após a adição de um agonista do receptor de GLP-1 à metformina e à insulina, recomenda-se a adição de um inibidor de SGLT2 como quarto agente antes de intensificar a insulinoterapia.[1]American Diabetes Association. Standards of care in diabetes - 2025. Diabetes care. 2025 Jan;48(suppl 1):S1-352. https://diabetesjournals.org/care/issue/48/Supplement_1
Opções primárias
liraglutida: crianças ≥10 anos de idade: 0.6 mg por via subcutânea uma vez ao dia inicialmente por 1 semana, depois 1.2 mg uma vez ao dia, pode-se aumentar de acordo com a resposta, máximo de 1.8 mg/dia
ou
exenatida: crianças ≥10 anos de idade: 2 mg por via subcutânea (liberação prolongada) uma vez por semana
ou
dulaglutida: crianças ≥10 anos de idade: 0.75 mg por via subcutânea uma vez por semana inicialmente por 4 semanas, pode-se aumentar para 1.5 mg uma vez por semana de acordo com a resposta
inibidor da proteína cotransportadora de sódio e glicose 2
Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado
Pacientes com novo episódio de diabetes devem ser testados para autoanticorpos pancreáticos para descartar o diagnóstico de diabetes do tipo 1.[1]American Diabetes Association. Standards of care in diabetes - 2025. Diabetes care. 2025 Jan;48(suppl 1):S1-352. https://diabetesjournals.org/care/issue/48/Supplement_1 Em indivíduos negativos para autoanticorpos, com idade ≥10 anos e que não atingem sua meta glicêmica com metformina associada a modificações no estilo de vida, deve ser considerada a adição de um inibidor da proteína cotransportadora de sódio e glicose 2 (SGLT2) ou um agonista do receptor de peptídeo semelhante ao glucagon 1 (GLP-1).[1]American Diabetes Association. Standards of care in diabetes - 2025. Diabetes care. 2025 Jan;48(suppl 1):S1-352. https://diabetesjournals.org/care/issue/48/Supplement_1
Um alvo glicêmico de HbA1c <48 mmol/mol (<6.5%) é geralmente apropriado para crianças e adolescentes com diabetes do tipo 2. Essa meta de HbA1c é menor que a meta de <53 mmol/mol (<7%) recomendada no DMT1; isso se justifica pelo menor risco de hipoglicemia e alto risco de complicações micro e macrovasculares em jovens com diabetes do tipo 2.[1]American Diabetes Association. Standards of care in diabetes - 2025. Diabetes care. 2025 Jan;48(suppl 1):S1-352. https://diabetesjournals.org/care/issue/48/Supplement_1 Metas menos rigorosas podem ser adequadas para os pacientes com maior risco de hipoglicemia.[1]American Diabetes Association. Standards of care in diabetes - 2025. Diabetes care. 2025 Jan;48(suppl 1):S1-352. https://diabetesjournals.org/care/issue/48/Supplement_1
Empagliflozina e dapagliflozina estão aprovadas nos EUA e na Europa como adjuvantes à dieta e exercícios para melhorar o controle glicêmico em crianças com ≥10 anos.
Se a meta de HbA1c não for alcançada após a adição de um inibidor de SGLT2 à metformina e à insulina, recomenda-se a adição de um agonista do receptor de GLP-1 como quarto agente antes de intensificar a insulinoterapia.[1]American Diabetes Association. Standards of care in diabetes - 2025. Diabetes care. 2025 Jan;48(suppl 1):S1-352. https://diabetesjournals.org/care/issue/48/Supplement_1
Opções primárias
empagliflozina: crianças ≥10 anos de idade: 10-25 mg por via oral uma vez ao dia
ou
dapagliflozina: crianças ≥10 anos de idade: 5-10 mg por via oral uma vez ao dia
cirurgia metabólica
Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado
Pode ser apropriada para adolescentes com obesidade classe 2 ou superior (IMC >35 kg/m² ou 120% do percentil 95 para idade e sexo, o que for menor) e glicemia não controlada e/ou comorbidades graves apesar da farmacoterapia e das modificações no estilo de vida.[1]American Diabetes Association. Standards of care in diabetes - 2025. Diabetes care. 2025 Jan;48(suppl 1):S1-352. https://diabetesjournals.org/care/issue/48/Supplement_1 A gastrectomia vertical e o bypass gástrico em Y de Roux são os procedimentos bariátricos realizados com mais frequência nos adolescentes.[97]World Gastroenterology Organisation and International Federation for the Surgery of Obesity and Metabolic Diseases. Obesity. 2023 [internet publication]. https://www.worldgastroenterology.org/guidelines/obesity/obesity-english [98]Poliakin L, Roberts A, Thompson KJ, et al. Outcomes of adolescents compared with young adults after bariatric surgery: an analysis of 227,671 patients using the MBSAQIP data registry. Surg Obes Relat Dis. 2020 Oct;16(10):1463-73. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/32709580?tool=bestpractice.com Geralmente, essa cirurgia é segura e efetiva nos adolescentes, e os estudos de curto prazo mostram que ela é comparável à cirurgia metabólica em adultos, em termos de complicações importantes, novas internações e mortalidade.[97]World Gastroenterology Organisation and International Federation for the Surgery of Obesity and Metabolic Diseases. Obesity. 2023 [internet publication]. https://www.worldgastroenterology.org/guidelines/obesity/obesity-english [98]Poliakin L, Roberts A, Thompson KJ, et al. Outcomes of adolescents compared with young adults after bariatric surgery: an analysis of 227,671 patients using the MBSAQIP data registry. Surg Obes Relat Dis. 2020 Oct;16(10):1463-73. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/32709580?tool=bestpractice.com
A World Gastroenterology Organisation e a International Federation for the Surgery of Obesity and Metabolic Diseases observam que a cirurgia bariátrica é o tratamento mais efetivo para a obesidade grave em adolescentes.[97]World Gastroenterology Organisation and International Federation for the Surgery of Obesity and Metabolic Diseases. Obesity. 2023 [internet publication]. https://www.worldgastroenterology.org/guidelines/obesity/obesity-english
Além disso, estudos constataram que a cirurgia metabólica pode levar à remissão do diabetes do tipo 2 (definida como nível de HbA1c de 48 mmol/mol [<6.5%] que permanece nesse nível por pelo menos 3 meses sem continuação dos agentes anti-hiperglicêmicos habituais) em mais de 95% dos adolescentes.[99]Riddle MC, Cefalu WT, Evans PH, et al. Consensus report: definition and interpretation of remission in type 2 diabetes. Diabetes Care. 2021 Aug 30;44(10):2438-44. https://pmc.ncbi.nlm.nih.gov/articles/PMC8929179 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/34462270?tool=bestpractice.com [100]Inge TH, Courcoulas AP, Jenkins TM, et al. Weight loss and health status 3 Years after bariatric surgery in adolescents. N Engl J Med. 2016 Jan 14;374(2):113-23. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC4810437 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/26544725?tool=bestpractice.com [101]Inge TH, Miyano G, Bean J, et al. Reversal of type 2 diabetes mellitus and improvements in cardiovascular risk factors after surgical weight loss in adolescents. Pediatrics. 2009 Jan;123(1):214-22. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/19117885?tool=bestpractice.com Os outros efeitos benéficos incluem melhoras em fatores de risco cardiometabólicos, como dislipidemia e hipertensão.[100]Inge TH, Courcoulas AP, Jenkins TM, et al. Weight loss and health status 3 Years after bariatric surgery in adolescents. N Engl J Med. 2016 Jan 14;374(2):113-23. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC4810437 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/26544725?tool=bestpractice.com [101]Inge TH, Miyano G, Bean J, et al. Reversal of type 2 diabetes mellitus and improvements in cardiovascular risk factors after surgical weight loss in adolescents. Pediatrics. 2009 Jan;123(1):214-22. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/19117885?tool=bestpractice.com
manter insulina + descontinuar metformina
Tratamento recomendado para TODOS os pacientes no grupo de pacientes selecionado
Os pacientes com novo episódio de diabetes devem ser testados para autoanticorpos pancreáticos para se descartar o diagnóstico de diabetes do tipo 1. Os indivíduos que forem positivos para autoanticorpos pancreáticos devem manter a insulinoterapia e descontinuar a metformina.[1]American Diabetes Association. Standards of care in diabetes - 2025. Diabetes care. 2025 Jan;48(suppl 1):S1-352. https://diabetesjournals.org/care/issue/48/Supplement_1
Consulte Diabetes do tipo 1.
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