Prognóstico

Avalie a motivação e o desejo da família para mudanças de estilo de vida e encoraje a família a desempenhar papel ativo no manejo do diabetes da criança. O tratamento efetivo requer uma família motivada e informada que esteja disposta a participar das mudanças no estilo de vida que envolvam a família inteira, e não apenas a criança afetada. Os pais ou cuidadores devem estar dispostos a assumir a responsabilidade pelo monitoramento e cuidado do diabetes da criança, e esta deve estar motivada a perder peso e tomar os medicamentos regularmente. Examine o paciente a cada 3 meses, monitore o controle glicêmico e a observância terapêutica, avalie as mudanças de estilo de vida e ajuste os esquemas medicamentosos conforme a necessidade para alcançar o controle glicêmico ideal.

Em longo prazo

Mais de dois terços dos adolescentes com sobrepeso desenvolverão obesidade na fase adulta.[23] Os riscos ao longo da vida de complicações de estágio terminal do diabetes em crianças não são atualmente conhecidos. Em adultos, os riscos são estimados em 5% para doença renal, <5% para cegueira e 8% para amputações. São necessários estudos para avaliar a adesão ao tratamento medicamentoso na população pediátrica, pois a não observância do esquema medicamentoso e o fracasso em atender aos objetivos do tratamento tende a ter impacto significativo sobre a prevalência das complicações à medida que essas crianças envelhecem.[106] As taxas de sucesso para o tratamento adequado de crianças com diabetes mellitus do tipo 2 (DMT2) variam, porém, em geral, o manejo bem-sucedido em longo prazo dessa população tende a ser difícil, dadas as altas taxas de desistência dos cuidados clínicos e o fraco êxito dos objetivos das intervenções no estilo de vida.[107]​ Uma auditoria do Reino Unido constatou que apenas 36% dos indivíduos com DMT2 com 12 anos de idade ou mais receberam os seis exames de saúde essenciais (para hemoglobina A1c [HbA1c], índice de massa corporal, pressão arterial, colesterol, albuminúria e pés) em 2021/2022. Foi quase a metade da taxa daqueles com diabetes do tipo 1 da mesma idade (63.4%).[26]

É sabido que a idade do diagnóstico está inversamente relacionada com o aumento da morbidade e mortalidade por DMT2.[60]​ O estudo TODAY constatou que a concentração basal de HbA1c mais elevada e a variabilidade da glicemia de jejum durante o primeiro ano após o diagnóstico conseguem prever os jovens com DMT2 que apresentarão descompensação metabólica e comorbidades.[108]

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