Prognóstico

A lesão do ligamento cruzado anterior (LCA) costumava ser considerada uma lesão que encerrava a carreira de muitos atletas. Entretanto, com reconstrução cirúrgica e fisioterapia apropriada, 41% a 92% dos atletas são capazes de retornar ao seu nível de atividade antes da lesão.[95] Apesar de uma alta taxa de sucesso em termos de função baseada em deficiência do joelho, uma revisão sistemática revelou uma taxa relativamente baixa de retorno pós-operatório ao esporte competitivo após cirurgia do LCA, sugerindo assim que outros fatores (por exemplo, fatores psicológicos) além da normalização do joelho possam contribuir para desfechos de retorno ao esporte.[95]

Avaliação subjetiva e objetiva da função do joelho e da qualidade de vida realizada por pacientes e médicos geralmente mostra classificações muito favoráveis após a reconstrução. As classificações tendem a ser significativamente inferiores para aqueles que optam pelo tratamento não cirúrgico. Pelo menos em parte, isso provavelmente seja decorrente do risco elevado de instabilidade recorrente, de rupturas do menisco e da sensação de que o joelho não seja confiável.[104] Desfechos não cirúrgicos parecem ser piores em pacientes esqueleticamente imaturos e mais ativos. Entretanto, para aqueles que apresentam uma boa reabilitação, fazem algumas modificações no estilo de vida e lidam psicologicamente bem com suas limitações, uma abordagem não cirúrgica pode gerar bons desfechos.

Com o tempo, tem sido demonstrado que até 60% ou mais das pessoas que tiveram uma ruptura do LCA desenvolverão artrose pós-traumática no joelho. Ainda não está claro se a reconstrução cirúrgica realmente reduz esse risco. Entretanto, a reconstrução do LCA demonstrou restaurar a estabilidade funcional e diminuir a taxa de lesão secundária do menisco, o qual teoricamente protege contra o desenvolvimento da artrose.[105]

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