O objetivo do tratamento de qualquer síndrome epiléptica é a eliminação total das convulsões. As evidências sobre a eficácia dos tratamentos são limitadas; os efeitos adversos e as características do paciente precisam ser levados em consideração ao se decidir sobre as estratégias de tratamento.[43]Glauser T, Ben-Menachem E, Bourgeois B, et al; ILAE Subcommission on AED Guidelines. Updated ILAE evidence review of antiepileptic drug efficacy and effectiveness as initial monotherapy for epileptic seizures and syndromes. Epilepsia. 2013 Mar;54(3):551-63.
https://onlinelibrary.wiley.com/doi/full/10.1111/epi.12074
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/23350722?tool=bestpractice.com
A monoterapia é preferencial, mas pode ser necessário um medicamento adjuvante à terapia de primeira linha. As evidências sugerem que a idade precoce do início e o sexo masculino podem aumentar a necessidade de um segundo agente para controle das convulsões.[44]Nadler B, Shevell MI. Childhood absence epilepsy requiring more than one medication for seizure control. Can J Neurol Sci. 2008 Jul;35(3):297-300.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/18714796?tool=bestpractice.com
O tratamento da epilepsia com ausência mioclônica e mioclonia palpebral não é abordado neste tópico; consulte Convulsões generalizadas em crianças.
Crises de ausência típicas sem história de crise tônico-clônica generalizada (epilepsia do tipo ausência da infância [EAI])
A etossuximida é recomendada como tratamento de primeira linha para pacientes com EAI que apresentam apenas crises de ausência típicas.[45]Brigo F, Igwe SC, Lattanzi S. Ethosuximide, sodium valproate or lamotrigine for absence seizures in children and adolescents. Cochrane Database Syst Rev. 2021 Jan 21;1(1):CD003032.
https://pmc.ncbi.nlm.nih.gov/articles/PMC8095003
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/33475151?tool=bestpractice.com
[46]Rinaldi VE, Di Cara G, Mencaroni E, et al. Therapeutic options for childhood absence epilepsy. Pediatr Rep. 2021 Dec 16;13(4):658-67.
https://pmc.ncbi.nlm.nih.gov/articles/PMC8705546
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/34941639?tool=bestpractice.com
[47]National Institute for Health and Care Excellence. Epilepsies in children, young people and adults. Jan 2025 [internet publication].
https://www.nice.org.uk/guidance/ng217
O ácido valproico ou a lamotrigina são opções alternativas para esses pacientes caso o tratamento com etossuximida falhe; no entanto, o perfil de efeitos adversos do ácido valproico não é tão favorável quanto o da etossuximida, e a lamotrigina é menos eficaz.[10]Kessler SK, McGinnis E. A practical guide to treatment of childhood absence epilepsy. Paediatr Drugs. 2019 Feb;21(1):15-24.
https://pmc.ncbi.nlm.nih.gov/articles/PMC6394437
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/30734897?tool=bestpractice.com
[43]Glauser T, Ben-Menachem E, Bourgeois B, et al; ILAE Subcommission on AED Guidelines. Updated ILAE evidence review of antiepileptic drug efficacy and effectiveness as initial monotherapy for epileptic seizures and syndromes. Epilepsia. 2013 Mar;54(3):551-63.
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[45]Brigo F, Igwe SC, Lattanzi S. Ethosuximide, sodium valproate or lamotrigine for absence seizures in children and adolescents. Cochrane Database Syst Rev. 2021 Jan 21;1(1):CD003032.
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[46]Rinaldi VE, Di Cara G, Mencaroni E, et al. Therapeutic options for childhood absence epilepsy. Pediatr Rep. 2021 Dec 16;13(4):658-67.
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[47]National Institute for Health and Care Excellence. Epilepsies in children, young people and adults. Jan 2025 [internet publication].
https://www.nice.org.uk/guidance/ng217
Caso as convulsões persistam apesar da dose máxima da monoterapia, pode-se considerar a adição de um segundo anticonvulsivante.[10]Kessler SK, McGinnis E. A practical guide to treatment of childhood absence epilepsy. Paediatr Drugs. 2019 Feb;21(1):15-24.
https://pmc.ncbi.nlm.nih.gov/articles/PMC6394437
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[46]Rinaldi VE, Di Cara G, Mencaroni E, et al. Therapeutic options for childhood absence epilepsy. Pediatr Rep. 2021 Dec 16;13(4):658-67.
https://pmc.ncbi.nlm.nih.gov/articles/PMC8705546
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/34941639?tool=bestpractice.com
A escolha do anticonvulsivante adicional deve ser feita em consulta com um especialista.
Os seguintes anticonvulsivantes podem exacerbar as crises de ausência e, portanto, geralmente são evitados: carbamazepina, gabapentina, oxcarbazepina, fenobarbital, fenitoína, pregabalina, tiagabina e vigabatrina.[47]National Institute for Health and Care Excellence. Epilepsies in children, young people and adults. Jan 2025 [internet publication].
https://www.nice.org.uk/guidance/ng217
[48]Chu H, Zhang X, Shi J, et al. Antiseizure medications for idiopathic generalized epilepsies: a systematic review and network meta-analysis. J Neurol. 2023 Oct;270(10):4713-28.
https://pmc.ncbi.nlm.nih.gov/articles/PMC10511599
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/37378757?tool=bestpractice.com
Para obter detalhes adicionais sobre o tratamento de EAI, consulte Convulsões generalizadas em crianças.
Crises de ausência típica com história de crises tônico-clônicas generalizadas (EAI, epilepsia do tipo ausência juvenil [EAJ], epilepsia mioclônica juvenil [EMJ])
Caso haja história de crises tônico-clônicas generalizadas, o uso de etossuximida não é apropriado.
O ácido valproico é o agente de primeira linha preferencial, com lamotrigina ou levetiracetam como opções alternativas, particularmente para pacientes nos quais o ácido valproico pode não ser apropriado.[45]Brigo F, Igwe SC, Lattanzi S. Ethosuximide, sodium valproate or lamotrigine for absence seizures in children and adolescents. Cochrane Database Syst Rev. 2021 Jan 21;1(1):CD003032.
https://pmc.ncbi.nlm.nih.gov/articles/PMC8095003
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[49]Nevitt SJ, Sudell M, Cividini S, et al. Antiepileptic drug monotherapy for epilepsy: a network meta-analysis of individual participant data. Cochrane Database Syst Rev. 2022 Apr 1;4(4):CD011412.
https://pmc.ncbi.nlm.nih.gov/articles/PMC8974892
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/35363878?tool=bestpractice.com
[50]Serafini A, Gerard E, Genton P, et al. Treatment of juvenile myoclonic epilepsy in patients of child-bearing potential. CNS Drugs. 2019 Mar;33(3):195-208.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/30747367?tool=bestpractice.com
Em casos resistentes, pode ser utilizada uma combinação de ácido valproico e lamotrigina.[49]Nevitt SJ, Sudell M, Cividini S, et al. Antiepileptic drug monotherapy for epilepsy: a network meta-analysis of individual participant data. Cochrane Database Syst Rev. 2022 Apr 1;4(4):CD011412.
https://pmc.ncbi.nlm.nih.gov/articles/PMC8974892
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Outras opções de tratamento incluem topiramato ou zonisamida. Normalmente, esses agentes são adicionados à terapia de primeira linha como terapia adjuvante, mas também podem ser usados como monoterapia alternativa, com o desmame gradual do medicamento de primeira linha quando as convulsões estiverem controladas.[46]Rinaldi VE, Di Cara G, Mencaroni E, et al. Therapeutic options for childhood absence epilepsy. Pediatr Rep. 2021 Dec 16;13(4):658-67.
https://pmc.ncbi.nlm.nih.gov/articles/PMC8705546
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/34941639?tool=bestpractice.com
Os seguintes anticonvulsivantes podem exacerbar as crises de ausência e, portanto, geralmente são evitados: carbamazepina, gabapentina, oxcarbazepina, fenobarbital, fenitoína, pregabalina, tiagabina e vigabatrina.[47]National Institute for Health and Care Excellence. Epilepsies in children, young people and adults. Jan 2025 [internet publication].
https://www.nice.org.uk/guidance/ng217
[48]Chu H, Zhang X, Shi J, et al. Antiseizure medications for idiopathic generalized epilepsies: a systematic review and network meta-analysis. J Neurol. 2023 Oct;270(10):4713-28.
https://pmc.ncbi.nlm.nih.gov/articles/PMC10511599
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/37378757?tool=bestpractice.com
Para obter detalhes adicionais sobre o tratamento de EAI, EAJ e EMJ, consulte Convulsões generalizadas em crianças.
Crises de ausência atípica
Ácido valproico, lamotrigina e topiramato são indicados para o tratamento de primeira linha de crises de ausência atípica, síndromes com epilepsias generalizadas ou com diversos tipos de crise. Geralmente, a zonisamida e o levetiracetam são agentes de segunda linha associados, como terapia adjuvante, à terapia de primeira linha. No entanto, a terapia de segunda linha pode substituir a terapia de primeira linha, com o desmame do medicamento de primeira linha.
Para obter detalhes sobre o tratamento da síndrome de Lennox-Gastaut e da epilepsia com ausência mioclônica, consulte Convulsões generalizadas em crianças.
Falha da terapia
Diversas outras terapias podem ser consideradas caso as terapias iniciais não sejam suficientemente eficazes (isto é, não haja controle das crises), como clobazam, amantadina, acetazolamida, felbamato, dieta cetogênica e estimulação do nervo vago. Elas estão fora do escopo desta revisão e devem ser iniciadas por um neurologista especialista em epilepsia. O teste de GLUT1 deve ser considerado antes do início da dieta cetogênica.
Para obter detalhes adicionais, consulte Convulsões generalizadas em crianças.
Considerações para pacientes em idade fértil
As pacientes em idade fértil devem receber informações desde o início da adolescência sobre o risco de gravidez não planejada, opções contraceptivas e possíveis desfechos adversos na gravidez. Os anticonvulsivantes com propriedades indutoras de enzimas podem diminuir a eficácia contraceptiva e levar a um aumento da taxa de falha.[51]American College of Obstetricians and Gynecologists. Gynecologic management of adolescents and young women with seizure disorders: ACOG committee opinion summary, number 806. Obstet Gynecol. 2020 May;135(5):1242-3.
https://journals.lww.com/greenjournal/fulltext/2020/05000/gynecologic_management_of_adolescents_and_young.49.aspx
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/32332410?tool=bestpractice.com
Para mulheres e meninas em idade fértil, a segurança dos anticonvulsivantes na gravidez deve ser levada em consideração ao escolher um medicamento adequado. Um especialista deve ser consultado para a obtenção de orientações sobre o uso de medicamentos específicos na gestação.
Ácido valproico e seus derivados
O ácido valproico e seus derivados podem causar malformações congênitas graves, incluindo transtornos do neurodesenvolvimento e defeitos do tubo neural, após uma exposição intra-útero.[52]Pack AM, Oskoui M, Williams Roberson S, et al. Teratogenesis, perinatal, and neurodevelopmental outcomes after in utero exposure to antiseizure medication: practice guideline from the AAN, AES, and SMFM. Neurology. 2024 Jun;102(11):e209279.
https://pmc.ncbi.nlm.nih.gov/articles/PMC11175651
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/38748979?tool=bestpractice.com
Esses medicamentos são contraindicados durante a gestação; no entanto, se não for possível interrompê-los, o tratamento pode ser mantido com os devidos cuidados de um especialista.
Esses agentes não devem ser usados em pacientes do sexo feminino em idade fértil, a menos que outras opções não sejam adequadas, exista um programa de prevenção da gravidez e certas condições sejam atendidas.
Medidas de precaução também podem ser necessárias em pacientes do sexo masculino devido ao risco potencial de que o uso nos 3 meses anteriores à concepção possa aumentar a probabilidade de transtornos do neurodesenvolvimento em seus filhos.
Os regulamentos e medidas de precaução para pacientes do sexo feminino e masculino podem variar entre os países, com alguns países adotando uma postura de precaução mais rigorosa, e você deve consultar as orientações locais para obter mais informações.
Se a paciente estiver usando o medicamento para prevenir convulsões maiores e estiver planejando engravidar, a decisão de continuar com o ácido valproico em vez de mudar para um agente alternativo deve ser tomada individualmente.
Topiramato
Um grande estudo de coorte relatou uma associação entre a exposição pré-natal ao topiramato e o aumento do risco de transtornos do neurodesenvolvimento infantil.[53]Bjørk MH, Zoega H, Leinonen MK, et al. Association of prenatal exposure to antiseizure medication with risk of autism and intellectual disability. JAMA Neurol. 2022 Jul 1;79(7):672-81.
https://jamanetwork.com/journals/jamaneurology/fullarticle/2793003
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/35639399?tool=bestpractice.com
A exposição ao topiramato durante a gravidez está associada à fenda labial e ao tamanho pequeno para a idade gestacional.[52]Pack AM, Oskoui M, Williams Roberson S, et al. Teratogenesis, perinatal, and neurodevelopmental outcomes after in utero exposure to antiseizure medication: practice guideline from the AAN, AES, and SMFM. Neurology. 2024 Jun;102(11):e209279.
https://pmc.ncbi.nlm.nih.gov/articles/PMC11175651
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/38748979?tool=bestpractice.com
Em alguns países, o topiramato é contraindicado na gestação e para mulheres em idade fértil, a menos que as condições de um programa de prevenção da gestação sejam atendidas para garantir que as mulheres em idade fértil: estejam usando métodos de contracepção altamente eficazes; tenham feito um teste de gravidez para descartar gravidez antes de iniciar o tratamento com topiramato; e estejam cientes dos riscos associados ao uso do medicamento.[54]Medicines and Healthcare Products Regulatory Agency. Topiramate (Topamax): introduction of new safety measures, including a Pregnancy Prevention Programme. Jun 2024.
https://www.gov.uk/drug-safety-update/topiramate-topamax-introduction-of-new-safety-measures-including-a-pregnancy-prevention-programme
[55]European Medicines Agency. PRAC recommends new measures to avoid topiramate exposure in pregnancy. Sep 2023 [internet publication].
https://www.ema.europa.eu/en/news/prac-recommends-new-measures-avoid-topiramate-exposure-pregnancy
Segurança de outros anticonvulsivantes na gravidez
A American Academy of Neurology recomenda que os médicos considerem o uso de lamotrigina ou levetiracetam em mulheres em idade fértil para minimizar o risco de malformações congênitas graves, quando apropriado, considerando a síndrome epiléptica da mulher, comorbidades e probabilidade de atingir o controle das convulsões.[52]Pack AM, Oskoui M, Williams Roberson S, et al. Teratogenesis, perinatal, and neurodevelopmental outcomes after in utero exposure to antiseizure medication: practice guideline from the AAN, AES, and SMFM. Neurology. 2024 Jun;102(11):e209279.
https://pmc.ncbi.nlm.nih.gov/articles/PMC11175651
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/38748979?tool=bestpractice.com
Uma revisão da segurança dos anticonvulsivantes (exceto o ácido valproico) na gestação pela Medicines and Healthcare Products Regulatory Agency (MHRA) do Reino Unido concluiu que a lamotrigina e o levetiracetam, em doses de manutenção, não estão associados a um aumento do risco de malformações congênitas importantes. Os estudos incluídos na revisão não sugeriram um aumento do risco de transtornos do neurodesenvolvimento ou atraso associado à exposição intrauterina à lamotrigina ou ao levetiracetam, mas os dados foram mais limitados.[56]Medicines and Healthcare products Regulatory Agency. Antiepileptic drugs in pregnancy: updated advice following comprehensive safety review. Apr 2022 [internet publication].
https://www.gov.uk/drug-safety-update/antiepileptic-drugs-in-pregnancy-updated-advice-following-comprehensive-safety-review
Dados do EURAP (International Registry of Antiepileptic Drugs and Pregnancy) também sugerem que a lamotrigina e o levetiracetam estão associados a um menor risco de malformações congênitas graves em filhos expostos.[57]Battino D, Tomson T, Bonizzoni E, et al. Risk of major congenital malformations and exposure to antiseizure medication monotherapy. JAMA Neurol. 2024 May 1;81(5):481-9.
https://pmc.ncbi.nlm.nih.gov/articles/PMC10949148
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/38497990?tool=bestpractice.com
Outro estudo posterior sugeriu uma associação entre a exposição pré-natal ao levetiracetam e o TDAH.[58]Dreier JW, Bjørk MH, Alvestad S, et al. Prenatal exposure to antiseizure medication and incidence of childhood- and adolescence-onset psychiatric disorders. JAMA Neurol. 2023 Jun 1;80(6):568-77.
https://jamanetwork.com/journals/jamaneurology/fullarticle/2803245
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/37067807?tool=bestpractice.com
Os dados de outros medicamentos mostram aumento do risco de restrição do crescimento fetal associado à zonisamida.[56]Medicines and Healthcare products Regulatory Agency. Antiepileptic drugs in pregnancy: updated advice following comprehensive safety review. Apr 2022 [internet publication].
https://www.gov.uk/drug-safety-update/antiepileptic-drugs-in-pregnancy-updated-advice-following-comprehensive-safety-review
Os riscos associados a outros anticonvulsivantes são incertos devido a limitações nos dados.[56]Medicines and Healthcare products Regulatory Agency. Antiepileptic drugs in pregnancy: updated advice following comprehensive safety review. Apr 2022 [internet publication].
https://www.gov.uk/drug-safety-update/antiepileptic-drugs-in-pregnancy-updated-advice-following-comprehensive-safety-review
[59]Bromley R, Adab N, Bluett-Duncan M, et al. Monotherapy treatment of epilepsy in pregnancy: congenital malformation outcomes in the child. Cochrane Database Syst Rev. 2023 Aug 29;8(8):CD010224.
https://pmc.ncbi.nlm.nih.gov/articles/PMC10463554
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/37647086?tool=bestpractice.com
[60]Hope OA, Harris KM. Management of epilepsy during pregnancy and lactation. BMJ. 2023 Sep 8;382:e074630.
https://www.bmj.com/content/382/bmj-2022-074630.long
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/37684052?tool=bestpractice.com
Existem poucos dados disponíveis sobre o uso de etossuximida na gravidez.[52]Pack AM, Oskoui M, Williams Roberson S, et al. Teratogenesis, perinatal, and neurodevelopmental outcomes after in utero exposure to antiseizure medication: practice guideline from the AAN, AES, and SMFM. Neurology. 2024 Jun;102(11):e209279.
https://pmc.ncbi.nlm.nih.gov/articles/PMC11175651
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/38748979?tool=bestpractice.com
No entanto, foram relatados casos de malformação congênita.
Suplementação com ácido fólico
Mulheres em idade fértil que estejam tomando anticonvulsivantes são aconselhadas a tomar suplementos de ácido fólico diariamente antes da concepção e durante a gravidez para diminuir o risco de defeitos do tubo neural e possivelmente melhorar os desfechos neurológicos da prole.[52]Pack AM, Oskoui M, Williams Roberson S, et al. Teratogenesis, perinatal, and neurodevelopmental outcomes after in utero exposure to antiseizure medication: practice guideline from the AAN, AES, and SMFM. Neurology. 2024 Jun;102(11):e209279.
https://pmc.ncbi.nlm.nih.gov/articles/PMC11175651
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/38748979?tool=bestpractice.com
Descontinuação do medicamento
A ausência de convulsões por longos períodos de tempo pode ocorrer com a terapia anticonvulsivante. Os pacientes em uso de anticonvulsivantes que alcançam a ausência de convulsões podem consequentemente desejar descontinuar seu tratamento medicamentoso para evitar os efeitos adversos, as implicações psicológicas e o custo do tratamento contínuo.
Não há evidências estatisticamente significativas para orientar o momento da descontinuação de anticonvulsivantes em adultos. Para adultos que não apresentam convulsões há pelo menos 2 anos, os médicos devem discutir os riscos e benefícios da descontinuação do medicamento com o paciente, incluindo os riscos de recorrência das convulsões e resistência ao tratamento. As características e preferências individuais do paciente devem ser levadas em consideração. A descontinuação abrupta do medicamento não é aconselhável, mas, além disso, há pouca evidência para orientar a velocidade da redução gradual do tratamento medicamentoso em adultos.[61]Hixson JD. Stopping antiepileptic drugs: when and why? Curr Treat Options Neurol. 2010 Sep;12(5):434-42.
https://www.doi.org/10.1007/s11940-010-0083-8
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/20730110?tool=bestpractice.com
Para crianças que não apresentaram convulsão por, pelo menos, 18-24 meses e que não tenham uma síndrome eletroclínica sugerindo o contrário, a descontinuação do anticonvulsivante pode ser considerada, pois isso não aumenta claramente o risco de recorrência das convulsões.[62]Gloss D, Pargeon K, Pack A, et al. Antiseizure medication withdrawal in seizure-free patients: practice advisory update summary: report of the AAN guideline subcommittee. Neurology. 2021 Dec 7;97(23):1072-81.
https://www.doi.org/10.1212/WNL.0000000000012944
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/34873018?tool=bestpractice.com
Os riscos e benefícios da descontinuação devem ser discutidos com o paciente e a família. As evidências sobre a taxa ideal de redução gradual de anticonvulsivantes em crianças são muito limitadas.[63]Ayuga Loro F, Gisbert Tijeras E, Brigo F. Rapid versus slow withdrawal of antiepileptic drugs. Cochrane Database Syst Rev. 2022 Jan 10;1(1):CD005003.
https://pmc.ncbi.nlm.nih.gov/articles/PMC8744136
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/35005782?tool=bestpractice.com
Desde que um EEG não demonstre atividade epileptiforme, a descontinuação deve ser oferecida a uma taxa não superior a 25% a cada 10-14 dias.[62]Gloss D, Pargeon K, Pack A, et al. Antiseizure medication withdrawal in seizure-free patients: practice advisory update summary: report of the AAN guideline subcommittee. Neurology. 2021 Dec 7;97(23):1072-81.
https://www.doi.org/10.1212/WNL.0000000000012944
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