Complicações
Existe um risco de conversão para esclerose múltipla clinicamente definitiva (EMCD), que depende da presença de uma ressonância nuclear magnética (RNM) anormal na apresentação.
Diversos estudos investigaram o risco de conversão para EM após neurite óptica (NO). Os resultados de 15 anos do estudo Optic Neuritis Treatment Trial (ONTT) mostraram que a probabilidade cumulativa era de 50%. Dos pacientes sem nenhuma lesão na RNM, 25% desenvolveram EM, enquanto 72% com 1 ou mais lesões no exame inicial desenvolveram EM.[71][72]
Ficou comprovado que os tratamentos modificadores de doença para EM reduzem a frequência de recidivas na EM estabelecida.[73] Existem evidências que dão suporte à redução do risco de progressão para EMCD com tratamento imunomodulatório da síndrome clinicamente isolada (SCI), inclusive NO.[74][75][76][77]
Qualquer paciente que tenha tido NO apresenta um risco de recorrência. Esse risco parece ser aumentado pelo tratamento com corticosteroides orais (mas não pelo tratamento com corticosteroides intravenosos). O risco de recorrência da NO no olho afetado ou contralateral é de aproximadamente 30% a 5 anos.
Não há tratamento para NO idiopática, com exceção de corticosteroides em dose por pulsos. Esse tratamento foi documentado melhorar a visão mais rapidamente que a história natural, mas não de forma mais completa. No estudo ONTT, 92% dos pacientes apresentaram acuidade visual de 20/40 ou melhor a 5 anos; o prognóstico visual na NO geralmente é bom.[20]
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