Infecções oportunistas relacionadas ao vírus da imunodeficiência humana (HIV)
- Visão geral
- Teoria
- Diagnóstico
- Tratamento
- ACOMPANHAMENTO
- Recursos
Algoritmo de tratamento
Observe que as formulações/vias e doses podem diferir entre nomes e marcas de medicamentos, formulários de medicamentos ou localidades. As recomendações de tratamento são específicas para os grupos de pacientes:ver aviso legal
Infecção por Mycobacterium tuberculosis
fase intensiva: terapia diretamente observada
O diagnóstico e o tratamento precoces da tuberculose (TB) são fundamentais e devem seguir os princípios gerais desenvolvidos para o tratamento da TB em pessoas que não vivem com HIV. A terapia diretamente observada (TDO) é altamente encorajada para fornecer um tratamento eficaz, prevenir a resistência e permitir a cura com um ciclo de tratamento relativamente curto (6-9 meses). O plano de tratamento deve ser baseado na finalização do número total de doses recomendadas tomadas, e não na duração da administração do tratamento.
O tratamento da TB é fornecido em duas fases: uma fase inicial intensiva, seguida imediatamente por uma fase de manutenção. A terapia medicamentosa antituberculosa empírica deve ser iniciada enquanto os testes de suscetibilidade estiverem em andamento. A possíveis interações medicamentosas devem ser cuidadosamente avaliadas, e os esquemas de terapia antirretroviral (TAR) e TB devem ser ajustados de acordo.
Fase intensiva: isoniazida, rifampicina ou rifabutina, pirazinamida e etambutol em combinação são administrados diariamente (5-7 dias por semana) por 2 meses (8 semanas).[1]National Institutes of Health, Centers for Disease Control and Prevention, HIV Medicine Association, and Infectious Diseases Society of America. Panel on Guidelines for the Prevention and Treatment of Opportunistic Infections in Adults and Adolescents with HIV. 2025 [internet publication]. https://clinicalinfo.hiv.gov/en/guidelines/hiv-clinical-guidelines-adult-and-adolescent-opportunistic-infections/whats-new [216]Nahid P, Dorman SE, Alipanah N, et al. Official American Thoracic Society/Centers for Disease Control and Prevention/Infectious Diseases Society of America Clinical Practice Guidelines: Treatment of Drug-Susceptible Tuberculosis. Clin Infect Dis. 2016 Oct 1;63(7):e147-e195. https://www.doi.org/10.1093/cid/ciw376 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/27516382?tool=bestpractice.com [217]World Health Organization. WHO consolidated guidelines on tuberculosis: module 4: treatment: drug-susceptible tuberculosis treatment. May 2022 [internet publication]. https://iris.who.int/bitstream/handle/10665/353829/9789240048126-eng.pdf?sequence=1 O etambutol deve ser interrompido se o patógeno isolado for sensível a isoniazida, rifampicina ou rifabutina.
Todas as pessoas que vivem com HIV tratadas com isoniazida devem receber suplementação de piridoxina para ajudar a prevenir a neuropatia associada à isoniazida.[1]National Institutes of Health, Centers for Disease Control and Prevention, HIV Medicine Association, and Infectious Diseases Society of America. Panel on Guidelines for the Prevention and Treatment of Opportunistic Infections in Adults and Adolescents with HIV. 2025 [internet publication]. https://clinicalinfo.hiv.gov/en/guidelines/hiv-clinical-guidelines-adult-and-adolescent-opportunistic-infections/whats-new
A rifabutina exerce menos efeitos sobre as concentrações séricas de inibidores da protease que a rifampicina. Os indivíduos submetidos a esquemas de TAR à base de inibidores da protease devem receber rifabutina em vez de rifampicina no esquema de tratamento da TB. Recomenda-se consultar um especialista caso se considere a necessidade de terapia com rifabutina enquanto o indivíduo estiver em tratamento com um inibidor da protease.
Para as pessoas que vivem com HIV que nunca receberam TAR e foram diagnosticadas com TB ativa, as diretrizes dos EUA recomendam que a TAR seja iniciada até 2 semanas após o início do tratamento anti-TB, quando a contagem de CD4 for <50 células/microlitro, e até 8 semanas após o início do tratamento anti-TB nos indivíduos com contagens de CD4 mais elevadas.[1]National Institutes of Health, Centers for Disease Control and Prevention, HIV Medicine Association, and Infectious Diseases Society of America. Panel on Guidelines for the Prevention and Treatment of Opportunistic Infections in Adults and Adolescents with HIV. 2025 [internet publication]. https://clinicalinfo.hiv.gov/en/guidelines/hiv-clinical-guidelines-adult-and-adolescent-opportunistic-infections/whats-new [216]Nahid P, Dorman SE, Alipanah N, et al. Official American Thoracic Society/Centers for Disease Control and Prevention/Infectious Diseases Society of America Clinical Practice Guidelines: Treatment of Drug-Susceptible Tuberculosis. Clin Infect Dis. 2016 Oct 1;63(7):e147-e195. https://www.doi.org/10.1093/cid/ciw376 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/27516382?tool=bestpractice.com As diretrizes recomendam também que, nos pacientes com TB que envolva o sistema nervoso central, o início da TAR seja protelado até 8 semanas após o término do tratamento da TB, independentemente da contagem de CD4.[1]National Institutes of Health, Centers for Disease Control and Prevention, HIV Medicine Association, and Infectious Diseases Society of America. Panel on Guidelines for the Prevention and Treatment of Opportunistic Infections in Adults and Adolescents with HIV. 2025 [internet publication]. https://clinicalinfo.hiv.gov/en/guidelines/hiv-clinical-guidelines-adult-and-adolescent-opportunistic-infections/whats-new [216]Nahid P, Dorman SE, Alipanah N, et al. Official American Thoracic Society/Centers for Disease Control and Prevention/Infectious Diseases Society of America Clinical Practice Guidelines: Treatment of Drug-Susceptible Tuberculosis. Clin Infect Dis. 2016 Oct 1;63(7):e147-e195. https://www.doi.org/10.1093/cid/ciw376 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/27516382?tool=bestpractice.com As diretrizes da Organização Mundial da Saúde recomendam que a TAR seja iniciada o mais rapidamente possível, em até duas semanas após o início do tratamento para TB, independentemente da contagem de CD4, a menos que o indivíduo apresente meningite tuberculosa (nesse caso, a TAR é protelada por 4-8 semanas).[217]World Health Organization. WHO consolidated guidelines on tuberculosis: module 4: treatment: drug-susceptible tuberculosis treatment. May 2022 [internet publication]. https://iris.who.int/bitstream/handle/10665/353829/9789240048126-eng.pdf?sequence=1 Se a TB ocorrer em indivíduos que já estiverem recebendo TAR, o tratamento anti-TB deverá ser iniciado de maneira imediata, sendo talvez necessário modificar a TAR para reduzir o risco de interações medicamentosas e manter a supressão virológica.[1]National Institutes of Health, Centers for Disease Control and Prevention, HIV Medicine Association, and Infectious Diseases Society of America. Panel on Guidelines for the Prevention and Treatment of Opportunistic Infections in Adults and Adolescents with HIV. 2025 [internet publication]. https://clinicalinfo.hiv.gov/en/guidelines/hiv-clinical-guidelines-adult-and-adolescent-opportunistic-infections/whats-new
Deve-se considerar uma consulta a um especialista experiente ao se iniciar o tratamento da TB nas pessoas que vivem com HIV que estiverem tomando antirretrovirais, já que as interações medicamentosas são complexas e importantes.
Opções primárias
isoniazida: 5 mg/kg por via oral uma vez ao dia, máximo de 300 mg/dia
--E--
rifampicina: 10 mg/kg por via oral uma vez ao dia, máximo de 600 mg/dia
ou
rifabutina: 5 mg/kg por via oral uma vez ao dia, máximo de 300 mg/dia
--E--
pirazinamida: peso corporal de 40-55 kg: 1000 mg por via oral uma vez ao dia; peso corporal 56-75 kg: 1500 mg por via oral uma vez ao dia; peso corporal ≥76 kg: 2000 mg por via oral uma vez ao dia
--E--
etambutol: peso corporal de 40-55 kg: 800 mg por via oral uma vez ao dia; peso corporal 56-75 kg: 1200 mg por via oral uma vez ao dia; peso corporal ≥76: 1600 mg por via oral uma vez ao dia
--E--
piridoxina: 25-50 mg por via oral uma vez ao dia
considere corticosteroide
Tratamento recomendado para TODOS os pacientes no grupo de pacientes selecionado
A corticoterapia adjuvante deve ser considerada em pessoas vivendo com HIV e com tuberculose (TB) envolvendo o sistema nervoso central, uma vez que os corticosteroides administrados concomitantemente com a terapia anti-TB demonstraram melhorar os desfechos clínicos e a mortalidade em pessoas com meningite tuberculosa.[1]National Institutes of Health, Centers for Disease Control and Prevention, HIV Medicine Association, and Infectious Diseases Society of America. Panel on Guidelines for the Prevention and Treatment of Opportunistic Infections in Adults and Adolescents with HIV. 2025 [internet publication]. https://clinicalinfo.hiv.gov/en/guidelines/hiv-clinical-guidelines-adult-and-adolescent-opportunistic-infections/whats-new [219]Dooley DP, Carpenter JL, Rademacher S. Adjunctive corticosteroid therapy for tuberculosis: a critical reappraisal of the literature. Clin Infect Dis. 1997 Oct;25(4):872-87. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/9356803?tool=bestpractice.com
Opções primárias
dexametasona: consulte um especialista para obter orientação quanto à dose
fase de manutenção: terapia diretamente observada
Tratamento recomendado para TODOS os pacientes no grupo de pacientes selecionado
A duração ideal do tratamento ainda não é conhecida. Para a maioria dos indivíduos, 4 meses de terapia de manutenção provavelmente são adequados, mas em alguns casos, recomenda-se terapia prolongada.[1]National Institutes of Health, Centers for Disease Control and Prevention, HIV Medicine Association, and Infectious Diseases Society of America. Panel on Guidelines for the Prevention and Treatment of Opportunistic Infections in Adults and Adolescents with HIV. 2025 [internet publication]. https://clinicalinfo.hiv.gov/en/guidelines/hiv-clinical-guidelines-adult-and-adolescent-opportunistic-infections/whats-new [216]Nahid P, Dorman SE, Alipanah N, et al. Official American Thoracic Society/Centers for Disease Control and Prevention/Infectious Diseases Society of America Clinical Practice Guidelines: Treatment of Drug-Susceptible Tuberculosis. Clin Infect Dis. 2016 Oct 1;63(7):e147-e195. https://www.doi.org/10.1093/cid/ciw376 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/27516382?tool=bestpractice.com [217]World Health Organization. WHO consolidated guidelines on tuberculosis: module 4: treatment: drug-susceptible tuberculosis treatment. May 2022 [internet publication]. https://iris.who.int/bitstream/handle/10665/353829/9789240048126-eng.pdf?sequence=1 Recomenda-se uma duração total de terapia de 6 meses para a tuberculose (TB) pulmonar sensível aos medicamentos e para a TB extrapulmonar que não seja TB extrapulmonar disseminada ou TB do sistema nervoso central (SNC), ossos ou articulações. Recomenda-se um total de 9 meses para a tuberculose pulmonar com cultura positiva a 2 meses de tratamento, doença cavitária grave ou TB disseminada, 9-12 meses para a TB extrapulmonar com envolvimento do SNC e 6-9 meses para a TB extrapulmonar com envolvimento ósseo ou articular.[1]National Institutes of Health, Centers for Disease Control and Prevention, HIV Medicine Association, and Infectious Diseases Society of America. Panel on Guidelines for the Prevention and Treatment of Opportunistic Infections in Adults and Adolescents with HIV. 2025 [internet publication]. https://clinicalinfo.hiv.gov/en/guidelines/hiv-clinical-guidelines-adult-and-adolescent-opportunistic-infections/whats-new [216]Nahid P, Dorman SE, Alipanah N, et al. Official American Thoracic Society/Centers for Disease Control and Prevention/Infectious Diseases Society of America Clinical Practice Guidelines: Treatment of Drug-Susceptible Tuberculosis. Clin Infect Dis. 2016 Oct 1;63(7):e147-e195. https://www.doi.org/10.1093/cid/ciw376 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/27516382?tool=bestpractice.com [217]World Health Organization. WHO consolidated guidelines on tuberculosis: module 4: treatment: drug-susceptible tuberculosis treatment. May 2022 [internet publication]. https://iris.who.int/bitstream/handle/10665/353829/9789240048126-eng.pdf?sequence=1
Todas as pessoas que vivem com HIV tratadas com isoniazida devem receber suplementação de piridoxina para ajudar a prevenir a neuropatia associada à isoniazida.[1]National Institutes of Health, Centers for Disease Control and Prevention, HIV Medicine Association, and Infectious Diseases Society of America. Panel on Guidelines for the Prevention and Treatment of Opportunistic Infections in Adults and Adolescents with HIV. 2025 [internet publication]. https://clinicalinfo.hiv.gov/en/guidelines/hiv-clinical-guidelines-adult-and-adolescent-opportunistic-infections/whats-new
Para indivíduos com um baixo risco de exposição e transmissão de infecção à TB, não é necessário o tratamento supressivo crônico após a finalização bem-sucedida das fases inicial e de manutenção do tratamento para a infecção de TB latente ou ativa.
O esquema terapêutico é administrado 5-7 vezes por semana por terapia diretamente observada.
Opções primárias
isoniazida: 5 mg/kg por via oral uma vez ao dia, máximo de 300 mg/dia
--E--
rifampicina: 10 mg/kg por via oral uma vez ao dia, máximo de 600 mg/dia
ou
rifabutina: 5 mg/kg por via oral uma vez ao dia, máximo de 300 mg
--E--
piridoxina: 25-50 mg por via oral uma vez ao dia
fase intensiva: terapia observada diretamente (esquema de 4 meses)
Uma opção de tratamento alternativo para a tuberculose (TB) pulmonar ativa é um esquema de 4 meses de isoniazida, rifapentina, moxifloxacino e pirazinamida diariamente. Entretanto, o esquema alternativo só é recomendado nos indivíduos que recebem terapia antirretroviral baseada no efavirenz que têm contagem de CD4 ≥100 células/microlitro e nenhuma outra interação medicamentosa conhecida.[1]National Institutes of Health, Centers for Disease Control and Prevention, HIV Medicine Association, and Infectious Diseases Society of America. Panel on Guidelines for the Prevention and Treatment of Opportunistic Infections in Adults and Adolescents with HIV. 2025 [internet publication]. https://clinicalinfo.hiv.gov/en/guidelines/hiv-clinical-guidelines-adult-and-adolescent-opportunistic-infections/whats-new [217]World Health Organization. WHO consolidated guidelines on tuberculosis: module 4: treatment: drug-susceptible tuberculosis treatment. May 2022 [internet publication]. https://iris.who.int/bitstream/handle/10665/353829/9789240048126-eng.pdf?sequence=1
Um ensaio clínico randomizado, controlado, aberto, de não inferioridade, de fase 3 internacional constatou que um esquema de tratamento diário de 4 meses contendo altas doses (otimizadas) de rifapentina com moxifloxacino é tão efetivo quanto o esquema padrão diário de 6 meses no tratamento da tuberculose pulmonar.[218]Dorman SE, Nahid P, Kurbatova EV, et al. Four-month rifapentine regimens with or without moxifloxacin for tuberculosis. N Engl J Med. 2021 May 6;384(18):1705-18. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC8282329 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/33951360?tool=bestpractice.com
As pessoas que vivem com HIV tratadas com isoniazida devem receber suplementação de piridoxina para ajudar a prevenir a neuropatia associada à isoniazida.[1]National Institutes of Health, Centers for Disease Control and Prevention, HIV Medicine Association, and Infectious Diseases Society of America. Panel on Guidelines for the Prevention and Treatment of Opportunistic Infections in Adults and Adolescents with HIV. 2025 [internet publication]. https://clinicalinfo.hiv.gov/en/guidelines/hiv-clinical-guidelines-adult-and-adolescent-opportunistic-infections/whats-new
Os antibióticos sistêmicos do tipo fluoroquinolona, como moxifloxacino, são uma parte essencial de alguns esquemas de tratamento da TB, mas é importante observar que eles podem causar eventos adversos graves, incapacitantes e potencialmente duradouros ou irreversíveis. Eles incluem, entre outros: tendinopatia/ruptura tendínea; neuropatia periférica; artropatia/artralgia; aneurisma e dissecção da aorta; regurgitação de valva cardíaca; disglicemia; e efeitos sobre o sistema nervoso central, inclusive convulsões, depressão, psicose e pensamentos e comportamento suicidas.[224]Rusu A, Munteanu AC, Arbănași EM, et al. Overview of side-effects of antibacterial fluoroquinolones: new drugs versus old drugs, a step forward in the safety profile? Pharmaceutics. 2023 Mar 1;15(3):804. https://www.mdpi.com/1999-4923/15/3/804 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/36986665?tool=bestpractice.com Aplicam-se restrições de prescrição ao uso de fluoroquinolonas, e essas restrições podem variar entre os países. Em geral, o uso das fluoroquinolonas deve ser restrito apenas às infecções bacterianas graves e com risco à vida. Algumas agências regulatórias também podem recomendar que elas sejam usadas apenas nas situações em que os outros antibióticos comumente recomendados para a infecção forem inadequados (por exemplo, resistência, contraindicações, falha do tratamento, indisponibilidade). Consulte as diretrizes e a fonte de informações de medicamentos locais para obter mais informações sobre adequação, contraindicações e precauções.
Deve-se considerar uma consulta a um especialista experiente ao se iniciar o tratamento da TB nas pessoas que vivem com HIV que estiverem tomando antirretrovirais, já que as interações medicamentosas são complexas e importantes.
Opções primárias
isoniazida: 5 mg/kg por via oral uma vez ao dia, máximo de 300 mg/dia
e
rifapentina: peso corporal ≥40 kg: 1200 mg por via oral uma vez ao dia
e
moxifloxacino: peso corporal ≥40 kg: 400 mg por via oral uma vez ao dia
e
pirazinamida: peso corporal de 40-55 kg: 1000 mg por via oral uma vez ao dia; peso corporal 56-75 kg: 1500 mg por via oral uma vez ao dia; peso corporal ≥76 kg: 2000 mg por via oral uma vez ao dia
e
piridoxina: 25-50 mg por via oral uma vez ao dia
considere corticosteroide
Tratamento recomendado para TODOS os pacientes no grupo de pacientes selecionado
A corticoterapia adjuvante deve ser considerada em pessoas vivendo com HIV e com tuberculose (TB) envolvendo o sistema nervoso central, uma vez que os corticosteroides administrados concomitantemente com a terapia anti-TB demonstraram melhorar os desfechos clínicos e a mortalidade em pessoas com meningite tuberculosa.[1]National Institutes of Health, Centers for Disease Control and Prevention, HIV Medicine Association, and Infectious Diseases Society of America. Panel on Guidelines for the Prevention and Treatment of Opportunistic Infections in Adults and Adolescents with HIV. 2025 [internet publication]. https://clinicalinfo.hiv.gov/en/guidelines/hiv-clinical-guidelines-adult-and-adolescent-opportunistic-infections/whats-new [219]Dooley DP, Carpenter JL, Rademacher S. Adjunctive corticosteroid therapy for tuberculosis: a critical reappraisal of the literature. Clin Infect Dis. 1997 Oct;25(4):872-87. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/9356803?tool=bestpractice.com
Opções primárias
dexametasona: consulte um especialista para obter orientação quanto à dose
fase de manutenção: terapia diretamente observada (esquema de 4 meses)
Tratamento recomendado para TODOS os pacientes no grupo de pacientes selecionado
A fase de manutenção para o esquema alternativo consiste em isoniazida, rifapentina e moxifloxacino por 9 semanas. O esquema alternativo só é recomendado nos indivíduos que recebem terapia antirretroviral baseada no efavirenz que têm contagem de CD4 ≥100 células/microlitro e nenhuma outra interação medicamentosa conhecida.[1]National Institutes of Health, Centers for Disease Control and Prevention, HIV Medicine Association, and Infectious Diseases Society of America. Panel on Guidelines for the Prevention and Treatment of Opportunistic Infections in Adults and Adolescents with HIV. 2025 [internet publication]. https://clinicalinfo.hiv.gov/en/guidelines/hiv-clinical-guidelines-adult-and-adolescent-opportunistic-infections/whats-new [217]World Health Organization. WHO consolidated guidelines on tuberculosis: module 4: treatment: drug-susceptible tuberculosis treatment. May 2022 [internet publication]. https://iris.who.int/bitstream/handle/10665/353829/9789240048126-eng.pdf?sequence=1
Todas as pessoas que vivem com HIV tratadas com isoniazida devem receber suplementação de piridoxina para ajudar a prevenir a neuropatia associada à isoniazida.[1]National Institutes of Health, Centers for Disease Control and Prevention, HIV Medicine Association, and Infectious Diseases Society of America. Panel on Guidelines for the Prevention and Treatment of Opportunistic Infections in Adults and Adolescents with HIV. 2025 [internet publication]. https://clinicalinfo.hiv.gov/en/guidelines/hiv-clinical-guidelines-adult-and-adolescent-opportunistic-infections/whats-new
Opções primárias
isoniazida: 5 mg/kg por via oral uma vez ao dia, máximo de 300 mg/dia
e
rifapentina: peso corporal ≥40 kg: 1200 mg por via oral uma vez ao dia
e
moxifloxacino: peso corporal ≥40 kg: 400 mg por via oral uma vez ao dia
e
piridoxina: 25-50 mg por via oral uma vez ao dia
tratamento antituberculoso: terapia diretamente observada
Os indivíduos com resistência à isoniazida devem receber um esquema terapêutico que consista em rifabutina ou rifampicina, pirazinamida e etambutol, com uma fluoroquinolona (moxifloxacino ou levofloxacino) durante 6 meses.[1]National Institutes of Health, Centers for Disease Control and Prevention, HIV Medicine Association, and Infectious Diseases Society of America. Panel on Guidelines for the Prevention and Treatment of Opportunistic Infections in Adults and Adolescents with HIV. 2025 [internet publication]. https://clinicalinfo.hiv.gov/en/guidelines/hiv-clinical-guidelines-adult-and-adolescent-opportunistic-infections/whats-new [220]World Health Organization. WHO consolidated guidelines on tuberculosis. Module 4: treatment - drug-resistant tuberculosis treatment, 2022 update. Dec 2022 [internet publication]. https://iris.who.int/bitstream/handle/10665/365308/9789240063129-eng.pdf?sequence=1
Os antibióticos sistêmicos do tipo fluoroquinolona são uma parte essencial de alguns esquemas de tratamento da tuberculose, mas é importante observar que eles podem causar eventos adversos graves, incapacitantes e potencialmente duradouros ou irreversíveis. Eles incluem, entre outros: tendinopatia/ruptura tendínea; neuropatia periférica; artropatia/artralgia; aneurisma e dissecção da aorta; regurgitação de valva cardíaca; disglicemia; e efeitos sobre o sistema nervoso central, inclusive convulsões, depressão, psicose e pensamentos e comportamento suicidas.[224]Rusu A, Munteanu AC, Arbănași EM, et al. Overview of side-effects of antibacterial fluoroquinolones: new drugs versus old drugs, a step forward in the safety profile? Pharmaceutics. 2023 Mar 1;15(3):804. https://www.mdpi.com/1999-4923/15/3/804 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/36986665?tool=bestpractice.com Aplicam-se restrições de prescrição ao uso de fluoroquinolonas, e essas restrições podem variar entre os países. Em geral, o uso das fluoroquinolonas deve ser restrito apenas às infecções bacterianas graves e com risco à vida. Algumas agências regulatórias também podem recomendar que elas sejam usadas apenas nas situações em que os outros antibióticos comumente recomendados para a infecção forem inadequados (por exemplo, resistência, contraindicações, falha do tratamento, indisponibilidade). Consulte as diretrizes e a fonte de informações de medicamentos locais para obter mais informações sobre adequação, contraindicações e precauções.
Opções primárias
rifampicina: 10 mg/kg por via oral uma vez ao dia, máximo de 600 mg/dia
ou
rifabutina: 5 mg/kg por via oral uma vez ao dia, máximo de 300 mg/dia
--E--
pirazinamida: peso corporal de 40-55 kg: 1000 mg por via oral uma vez ao dia; peso corporal 56-75 kg: 1500 mg por via oral uma vez ao dia; peso corporal ≥76 kg: 2000 mg por via oral uma vez ao dia
--E--
etambutol: peso corporal de 40-55 kg: 800 mg por via oral uma vez ao dia; peso corporal 56-75 kg: 1200 mg por via oral uma vez ao dia; peso corporal ≥76: 1600 mg por via oral uma vez ao dia
--E--
moxifloxacino: 400 mg por via oral/intravenosa uma vez ao dia
ou
levofloxacino: 500-750 mg por via oral/intravenosa uma vez ao dia
consulta e terapia individualizada
Para a tuberculose (TB) resistente a outros medicamentos para TB, a terapia depende do padrão de resistência individual, sendo necessária uma consulta a um especialista experiente para a TB resistente a múltiplos medicamentos (TB-RMM). Uma história de tratamento para TB foi o único preditor da TB-RMM em uma coorte de pessoas que viviam com HIV e TB.[221]Telzak EE, Chirgwin KD, Nelson ET, et al. Predictors for multidrug-resistant tuberculosis among HIV-infected patients and response to specific drug regimens. Int J Tuberc Lung Dis. 1999 Apr;3(4):337-43. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/10206505?tool=bestpractice.com Os indivíduos com TB resistente a múltiplos medicamentos apresentam alto risco de falha no tratamento e de recidiva. Os esquemas de tratamento para a TB resistente a múltiplos medicamentos devem ser individualizados.[1]National Institutes of Health, Centers for Disease Control and Prevention, HIV Medicine Association, and Infectious Diseases Society of America. Panel on Guidelines for the Prevention and Treatment of Opportunistic Infections in Adults and Adolescents with HIV. 2025 [internet publication]. https://clinicalinfo.hiv.gov/en/guidelines/hiv-clinical-guidelines-adult-and-adolescent-opportunistic-infections/whats-new [220]World Health Organization. WHO consolidated guidelines on tuberculosis. Module 4: treatment - drug-resistant tuberculosis treatment, 2022 update. Dec 2022 [internet publication]. https://iris.who.int/bitstream/handle/10665/365308/9789240063129-eng.pdf?sequence=1
complexo M avium disseminado
terapia antimicobacteriana combinada
Todos os isolados devem ser testados quanto à suscetibilidade aos medicamentos, uma vez que as taxas de resistência aos medicamentos são altas.[225]Gardner EM, Burman WJ, DeGroote MA, et al. Conventional and molecular epidemiology of macrolide resistance among new Mycobacterium avium complex isolates recovered from HIV-infected patients. Clin Infect Dis. 2005 Oct 1;41(7):1041-4. https://academic.oup.com/cid/article/41/7/1041/307634 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/16142672?tool=bestpractice.com O tratamento deve incluir um macrolídeo (azitromicina ou claritromicina) associado ao etambutol.[1]National Institutes of Health, Centers for Disease Control and Prevention, HIV Medicine Association, and Infectious Diseases Society of America. Panel on Guidelines for the Prevention and Treatment of Opportunistic Infections in Adults and Adolescents with HIV. 2025 [internet publication]. https://clinicalinfo.hiv.gov/en/guidelines/hiv-clinical-guidelines-adult-and-adolescent-opportunistic-infections/whats-new [227]Benson CA, Williams PL, Currier JS, et al. A prospective, randomized trial examining the efficacy and safety of clarithromycin in combination with ethambutol, rifabutin, or both for the treatment of disseminated Mycobacterium avium complex disease in persons with acquired immunodeficiency syndrome. Clin Infect Dis. 2003 Nov 1;37(9):1234-43. https://academic.oup.com/cid/article/37/9/1234/521802 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/14557969?tool=bestpractice.com
É imperativo que as pessoas que vivem com HIV com complexo Mycobacterium avium (MAC) disseminado recebam tratamento antirretroviral (TAR) supressivo, uma vez que o tratamento concomitante com TAR e medicamentos para o tratamento do MAC está associado a melhores desfechos e menores taxas de recidiva. Uma vez que o MAC disseminado pode causar comprometimento da absorção gastrointestinal, pode-se considerar o monitoramento dos níveis terapêuticos dos medicamentos.[226]Haworth CS, Banks J, Capstick T, et al. British Thoracic Society guidelines for the management of non-tuberculous mycobacterial pulmonary disease (NTM-PD). Thorax. 2017 Nov;72(suppl 2):ii1-64. https://thorax.bmj.com/content/72/Suppl_2/ii1 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/29054853?tool=bestpractice.com
Para os indivíduos que já estiverem em TAR, é importante o monitoramento rigoroso de qualquer interação medicamentosa entre a TAR e os medicamentos antimicobacterianos.
A TAR deve ser iniciada assim que possível após o diagnóstico de MAC disseminado e, de preferência, ao mesmo tempo, se o indivíduo ainda não estiver recebendo TAR.[1]National Institutes of Health, Centers for Disease Control and Prevention, HIV Medicine Association, and Infectious Diseases Society of America. Panel on Guidelines for the Prevention and Treatment of Opportunistic Infections in Adults and Adolescents with HIV. 2025 [internet publication]. https://clinicalinfo.hiv.gov/en/guidelines/hiv-clinical-guidelines-adult-and-adolescent-opportunistic-infections/whats-new
A profilaxia secundária por toda a vida é recomendada para indivíduos com infecção por MAC disseminado, a menos que ocorra reconstituição imune como resultado da terapia antirretroviral.[229]El-Sadr WM, Burman WJ, Grant LB, et al. Discontinuation of prophylaxis for Mycobacterium avium complex disease in HIV-infected patients who have a response to antiretroviral therapy. N Engl J Med. 2000 Apr 13;342(15):1085-92. http://www.nejm.org/doi/full/10.1056/NEJM200004133421503#t=article http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/10766581?tool=bestpractice.com A terapia de manutenção crônica (profilaxia secundária) é a mesma que nos esquemas de tratamento iniciais.
O tratamento deve continuar por ao menos 12 meses; a terapia de manutenção pode ser descontinuada após esse período se o indivíduo não apresentar sinais ou sintomas de MAC e tiver uma contagem de CD4 sustentada (>6 meses) de >100 células/microlitro em resposta à TAR.[1]National Institutes of Health, Centers for Disease Control and Prevention, HIV Medicine Association, and Infectious Diseases Society of America. Panel on Guidelines for the Prevention and Treatment of Opportunistic Infections in Adults and Adolescents with HIV. 2025 [internet publication]. https://clinicalinfo.hiv.gov/en/guidelines/hiv-clinical-guidelines-adult-and-adolescent-opportunistic-infections/whats-new A terapia de manutenção crônica/profilaxia secundária pode ser reintroduzida se a contagem de CD4 diminuir para níveis consistentemente <100 células/microlitro e um esquema de TAR totalmente supressor não for possível.[1]National Institutes of Health, Centers for Disease Control and Prevention, HIV Medicine Association, and Infectious Diseases Society of America. Panel on Guidelines for the Prevention and Treatment of Opportunistic Infections in Adults and Adolescents with HIV. 2025 [internet publication]. https://clinicalinfo.hiv.gov/en/guidelines/hiv-clinical-guidelines-adult-and-adolescent-opportunistic-infections/whats-new
Opções primárias
azitromicina: 500-600 mg por via oral uma vez ao dia
ou
claritromicina: 500 mg (liberação imediata) por via oral duas vezes ao dia
--E--
etambutol: 15 mg/kg por via oral uma vez ao dia
adição de um terceiro ou quarto medicamento ao esquema de combinação
Tratamento recomendado para TODOS os pacientes no grupo de pacientes selecionado
Um terceiro ou quarto medicamento pode ser acrescentado ao esquema de combinação inicial nos indivíduos com imunossupressão avançada (contagem de CD4 <50 células/microlitro) ou alta carga micobacteriana, ou na ausência de uma terapia antirretroviral efetiva.
As opções de um terceiro ou quarto medicamento podem incluir a rifabutina, uma fluoroquinolona (por exemplo, levofloxacino, moxifloxacino) ou um aminoglicosídeo injetável (por exemplo, amicacina, estreptomicina).[1]National Institutes of Health, Centers for Disease Control and Prevention, HIV Medicine Association, and Infectious Diseases Society of America. Panel on Guidelines for the Prevention and Treatment of Opportunistic Infections in Adults and Adolescents with HIV. 2025 [internet publication]. https://clinicalinfo.hiv.gov/en/guidelines/hiv-clinical-guidelines-adult-and-adolescent-opportunistic-infections/whats-new [227]Benson CA, Williams PL, Currier JS, et al. A prospective, randomized trial examining the efficacy and safety of clarithromycin in combination with ethambutol, rifabutin, or both for the treatment of disseminated Mycobacterium avium complex disease in persons with acquired immunodeficiency syndrome. Clin Infect Dis. 2003 Nov 1;37(9):1234-43. https://academic.oup.com/cid/article/37/9/1234/521802 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/14557969?tool=bestpractice.com [228]Kemper CA, Meng TC, Nussbaum J, et al. Treatment of Mycobacterium avium complex bacteremia in AIDS with a four-drug oral regimen. Rifampin, ethambutol, clofazimine, and ciprofloxacin. The California Collaborative Treatment Group. Ann Intern Med. 1992 Mar 15;116(6):466-72. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/1739237?tool=bestpractice.com
Os antibióticos fluoroquinolonas sistêmicos podem causar eventos adversos graves, incapacitantes e potencialmente duradouros ou irreversíveis. Eles incluem, entre outros: tendinopatia/ruptura tendínea; neuropatia periférica; artropatia/artralgia; aneurisma e dissecção da aorta; regurgitação de valva cardíaca; disglicemia; e efeitos sobre o sistema nervoso central, inclusive convulsões, depressão, psicose e pensamentos e comportamento suicidas.[224]Rusu A, Munteanu AC, Arbănași EM, et al. Overview of side-effects of antibacterial fluoroquinolones: new drugs versus old drugs, a step forward in the safety profile? Pharmaceutics. 2023 Mar 1;15(3):804. https://www.mdpi.com/1999-4923/15/3/804 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/36986665?tool=bestpractice.com Aplicam-se restrições de prescrição ao uso de fluoroquinolonas, e essas restrições podem variar entre os países. Em geral, o uso das fluoroquinolonas deve ser restrito apenas às infecções bacterianas graves e com risco à vida. Algumas agências regulatórias também podem recomendar que elas sejam usadas apenas nas situações em que os outros antibióticos comumente recomendados para a infecção forem inadequados (por exemplo, resistência, contraindicações, falha do tratamento, indisponibilidade). Consulte as diretrizes e a fonte de informações de medicamentos locais para obter mais informações sobre adequação, contraindicações e precauções.
Opções primárias
rifabutina: 300 mg por via oral uma vez ao dia
ou
amicacina: 10-15 mg/kg por via intravenosa a cada 24 horas
ou
estreptomicina: 1 g por via intravenosa/intramuscular a cada 24 horas
ou
levofloxacino: 500 mg por via oral uma vez ao dia
ou
moxifloxacino: 400 mg por via oral uma vez ao dia
Pneumonia por Pneumocystis jirovecii
terapêutica antimicrobiana inicial
Doença leve a moderada é definida pela gasometria arterial em ar ambiente por uma pO₂ ≥70 mmHg ou por um gradiente alvéolo-arterial (A-a) ≤35 mmHg.
O sulfametoxazol/trimetoprima é o tratamento de primeira escolha e deve ser administrado por via oral nos pacientes com doença leve que não apresentarem disfunção gastrointestinal; ele deve ser administrado por via intravenosa nos indivíduos incapazes de receber ou absorver medicamentos.[1]National Institutes of Health, Centers for Disease Control and Prevention, HIV Medicine Association, and Infectious Diseases Society of America. Panel on Guidelines for the Prevention and Treatment of Opportunistic Infections in Adults and Adolescents with HIV. 2025 [internet publication]. https://clinicalinfo.hiv.gov/en/guidelines/hiv-clinical-guidelines-adult-and-adolescent-opportunistic-infections/whats-new [230]Safrin S, Finkelstein DM, Feinberg J, et al. Comparison of three regimens for treatment of mild to moderate Pneumocystis carinii pneumonia in patients with AIDS. A double-blind, randomized, trial of oral trimethoprim-sulfamethoxazole, dapsone-trimethoprim, and clindamycin-primaquine. ACTG 108 Study Group. Ann Intern Med. 1996 May 1;124(9):792-802. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/8610948?tool=bestpractice.com A terapia ambulatorial oral com sulfametoxazol/trimetoprima é altamente eficaz para indivíduos estáveis com doença leve a moderada.[1]National Institutes of Health, Centers for Disease Control and Prevention, HIV Medicine Association, and Infectious Diseases Society of America. Panel on Guidelines for the Prevention and Treatment of Opportunistic Infections in Adults and Adolescents with HIV. 2025 [internet publication]. https://clinicalinfo.hiv.gov/en/guidelines/hiv-clinical-guidelines-adult-and-adolescent-opportunistic-infections/whats-new Indivíduos que desenvolvem pneumonia por P jirovecii (PPC) enquanto recebem sulfametoxazol/trimetoprima para profilaxia são tratados, geralmente, de forma eficaz com doses padrão de sulfametoxazol/trimetoprima.
Tratamentos alternativos incluem dapsona associada a trimetoprima, primaquina associada a clindamicina e suspensão de atovaquona.[1]National Institutes of Health, Centers for Disease Control and Prevention, HIV Medicine Association, and Infectious Diseases Society of America. Panel on Guidelines for the Prevention and Treatment of Opportunistic Infections in Adults and Adolescents with HIV. 2025 [internet publication]. https://clinicalinfo.hiv.gov/en/guidelines/hiv-clinical-guidelines-adult-and-adolescent-opportunistic-infections/whats-new
A duração da terapia é de 21 dias.[1]National Institutes of Health, Centers for Disease Control and Prevention, HIV Medicine Association, and Infectious Diseases Society of America. Panel on Guidelines for the Prevention and Treatment of Opportunistic Infections in Adults and Adolescents with HIV. 2025 [internet publication]. https://clinicalinfo.hiv.gov/en/guidelines/hiv-clinical-guidelines-adult-and-adolescent-opportunistic-infections/whats-new
Sempre que possível, o tratamento antirretroviral deve ser iniciado nos indivíduos que ainda não estejam recebendo esse tratamento dentro de 2 semanas do diagnóstico de PPC.[1]National Institutes of Health, Centers for Disease Control and Prevention, HIV Medicine Association, and Infectious Diseases Society of America. Panel on Guidelines for the Prevention and Treatment of Opportunistic Infections in Adults and Adolescents with HIV. 2025 [internet publication]. https://clinicalinfo.hiv.gov/en/guidelines/hiv-clinical-guidelines-adult-and-adolescent-opportunistic-infections/whats-new
Opções primárias
sulfametoxazol/trimetoprima: 15-20 mg/kg/dia por via oral/intravenosa administrados em 3-4 doses fracionadas; ou 320 mg por via oral três vezes ao dia
Mais sulfametoxazol/trimetoprimaA dose refere-se ao componente trimetoprima.
Opções secundárias
dapsona: 100 mg por via oral uma vez ao dia
e
trimetoprima: 5 mg/kg por via oral três vezes ao dia
ou
primaquina: 30 mg por via oral uma vez ao dia
Mais primaquinaA dose se refere à primaquina (base).
e
clindamicina: 450 mg por via oral quatro vezes ao dia; ou 600 mg por via oral três vezes ao dia
ou
atovaquona: 750 mg por via oral duas vezes ao dia
profilaxia de manutenção
Tratamento recomendado para TODOS os pacientes no grupo de pacientes selecionado
A profilaxia secundária por toda a vida deve ser considerada para todos os indivíduos com história de pneumonia por P jirovecii (PCP), a menos que ocorra reconstituição imune como resultado da terapia antirretroviral.[1]National Institutes of Health, Centers for Disease Control and Prevention, HIV Medicine Association, and Infectious Diseases Society of America. Panel on Guidelines for the Prevention and Treatment of Opportunistic Infections in Adults and Adolescents with HIV. 2025 [internet publication]. https://clinicalinfo.hiv.gov/en/guidelines/hiv-clinical-guidelines-adult-and-adolescent-opportunistic-infections/whats-new A profilaxia secundária deve ser reiniciada se a contagem de CD4 diminuir para <100 células/microlitro, independentemente do RNA do HIV, ou se a contagem de CD4 for de 100-200 células/microlitro e o RNA do HIV estiver acima do limite de detecção do teste usado.[1]National Institutes of Health, Centers for Disease Control and Prevention, HIV Medicine Association, and Infectious Diseases Society of America. Panel on Guidelines for the Prevention and Treatment of Opportunistic Infections in Adults and Adolescents with HIV. 2025 [internet publication]. https://clinicalinfo.hiv.gov/en/guidelines/hiv-clinical-guidelines-adult-and-adolescent-opportunistic-infections/whats-new
As opções de profilaxia secundária são baseadas nos esquemas usados para tratar a doença inicial.
Elas incluem sulfametoxazol/trimetoprima, dapsona, dapsona associada a pirimetamina e ácido folínico, atovaquona, atovaquona associada a pirimetamina e ácido folínico, e pentamidina aerossolizada.
Opções primárias
sulfametoxazol/trimetoprima: 80-160 mg por via oral uma vez ao dia
Mais sulfametoxazol/trimetoprimaA dose refere-se ao componente trimetoprima.
Opções secundárias
sulfametoxazol/trimetoprima: 160 mg por via oral três vezes por semana
Mais sulfametoxazol/trimetoprimaA dose refere-se ao componente trimetoprima.
ou
dapsona: 100 mg por via oral uma vez ao dia; ou 50 mg por via oral duas vezes ao dia
ou
dapsona: 50 mg por via oral uma vez ao dia
e
pirimetamina: 50 mg por via oral uma vez por semana
e
folinato de cálcio: 25 mg por via oral uma vez por semana
Mais folinato de cálcioÁcido folínico administrado como folinato de cálcio.
ou
dapsona: 200 mg por via oral uma vez por semana
e
pirimetamina: 75 mg por via oral uma vez por semana
e
folinato de cálcio: 25 mg por via oral uma vez por semana
Mais folinato de cálcioÁcido folínico administrado como folinato de cálcio.
ou
pentamidina por via inalatória: 300 mg nebulizados uma vez ao mês
ou
atovaquona: 1500 mg por via oral uma vez ao dia
Opções terciárias
atovaquona: 1500 mg por via oral uma vez ao dia
e
pirimetamina: 25 mg por via oral uma vez ao dia
e
folinato de cálcio: 10 mg por via oral uma vez ao dia
Mais folinato de cálcioÁcido folínico administrado como folinato de cálcio.
terapêutica antimicrobiana inicial
A doença moderada a grave é definida por uma pO² <70 mmHg ou por um gradiente alvéolo-arterial de O₂ >35 mmHg em ar ambiente. Para os indivíduos com comprometimento respiratório, devem ser fornecidos internação em unidade de terapia intensiva e suporte ventilatório, quando apropriados.[231]Morris A, Wachter RM, Luce J, et al. Improved survival with highly active antiretroviral therapy in HIV-infected patients with severe Pneumocystis carinii pneumonia. AIDS. 2003 Jan 3;17(1):73-80. https://journals.lww.com/aidsonline/Fulltext/2003/01030/Improved_survival_with_highly_active.10.aspx http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/12478071?tool=bestpractice.com
Sulfametoxazol/trimetoprima é o tratamento de primeira escolha.[1]National Institutes of Health, Centers for Disease Control and Prevention, HIV Medicine Association, and Infectious Diseases Society of America. Panel on Guidelines for the Prevention and Treatment of Opportunistic Infections in Adults and Adolescents with HIV. 2025 [internet publication]. https://clinicalinfo.hiv.gov/en/guidelines/hiv-clinical-guidelines-adult-and-adolescent-opportunistic-infections/whats-new O tratamento intravenoso é iniciado, com troca para terapia oral após a melhora clínica.[1]National Institutes of Health, Centers for Disease Control and Prevention, HIV Medicine Association, and Infectious Diseases Society of America. Panel on Guidelines for the Prevention and Treatment of Opportunistic Infections in Adults and Adolescents with HIV. 2025 [internet publication]. https://clinicalinfo.hiv.gov/en/guidelines/hiv-clinical-guidelines-adult-and-adolescent-opportunistic-infections/whats-new Os indivíduos geralmente melhoram clinicamente em 4 a 8 dias.[232]Montaner JS, Lawson LM, Levitt N, et al. Corticosteroids prevent early deterioration in patients with moderately severe Pneumocystis carinii pneumonia and the acquired immunodeficiency syndrome (AIDS). Ann Intern Med. 1990 Jul 1;113(1):14-20. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/2190515?tool=bestpractice.com
Esquemas alternativos poderão ser considerados se não houver melhora clínica após 4-5 dias, ou se o indivíduo for intolerante a sulfametoxazol/trimetoprima. Eles incluem a pentamidina intravenosa, ou clindamicina associada a primaquina.[1]National Institutes of Health, Centers for Disease Control and Prevention, HIV Medicine Association, and Infectious Diseases Society of America. Panel on Guidelines for the Prevention and Treatment of Opportunistic Infections in Adults and Adolescents with HIV. 2025 [internet publication]. https://clinicalinfo.hiv.gov/en/guidelines/hiv-clinical-guidelines-adult-and-adolescent-opportunistic-infections/whats-new
Embora tenha demonstrado ser eficaz, a pentamidina está associada a toxicidades com possível risco de vida, inclusive disfunção renal grave e prolongamento do intervalo QT.[233]Benfield T, Atzori C, Miller RF, et al. Second-line salvage treatment of AIDS-associated Pneumocystis jirovecii pneumonia: a case series and systematic review. J Acquir Immune Defic Syndr. 2008 May 1;48(1):63-7. https://journals.lww.com/jaids/Fulltext/2008/05010/Second_Line_Salvage_Treatment_of_AIDS_Associated.8.aspx http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/18360286?tool=bestpractice.com
A duração da terapia é de 21 dias.[1]National Institutes of Health, Centers for Disease Control and Prevention, HIV Medicine Association, and Infectious Diseases Society of America. Panel on Guidelines for the Prevention and Treatment of Opportunistic Infections in Adults and Adolescents with HIV. 2025 [internet publication]. https://clinicalinfo.hiv.gov/en/guidelines/hiv-clinical-guidelines-adult-and-adolescent-opportunistic-infections/whats-new
O tratamento antirretroviral deve ser iniciado nos indivíduos que ainda não estejam sendo tratados até 2 semanas após o diagnóstico de pneumonia por P jirovecii sempre que possível.[1]National Institutes of Health, Centers for Disease Control and Prevention, HIV Medicine Association, and Infectious Diseases Society of America. Panel on Guidelines for the Prevention and Treatment of Opportunistic Infections in Adults and Adolescents with HIV. 2025 [internet publication]. https://clinicalinfo.hiv.gov/en/guidelines/hiv-clinical-guidelines-adult-and-adolescent-opportunistic-infections/whats-new
Opções primárias
sulfametoxazol/trimetoprima: 15-20 mg/kg/dia por via intravenosa administrados em doses fracionadas a cada 6-8 horas, pode ocorrer a troca para dosagem oral após a melhora clínica
Mais sulfametoxazol/trimetoprimaA dose refere-se ao componente trimetoprima.
Opções secundárias
pentamidina: 4 mg/kg por via intravenosa uma vez ao dia, podendo reduzir a dose para 3 mg/kg uma vez ao dia, se necessário, devido a toxicidades
ou
primaquina: 30 mg por via oral uma vez ao dia
Mais primaquinaA dose se refere à primaquina (base).
e
clindamicina: 600 mg por via intravenosa a cada 6 horas, ou 900 mg por via intravenosa a cada 8 horas; ou 450 mg por via oral quatro vezes ao dia ou, ainda, 600 mg por via oral, três vezes ao dia
corticosteroides
Tratamento recomendado para TODOS os pacientes no grupo de pacientes selecionado
Corticosteroides devem ser administrados em todos os indivíduos com doença moderada a grave, ou seja, aqueles com pressão parcial de oxigênio <70 mmHg em ar ambiente ou gradiente de oxigênio A-a >35 mmHg. Se não for obtida a gasometria arterial, pode-se usar uma saturação de oxigênio <92% em ar ambiente como marcador substituto para a doença moderada a grave.[1]National Institutes of Health, Centers for Disease Control and Prevention, HIV Medicine Association, and Infectious Diseases Society of America. Panel on Guidelines for the Prevention and Treatment of Opportunistic Infections in Adults and Adolescents with HIV. 2025 [internet publication]. https://clinicalinfo.hiv.gov/en/guidelines/hiv-clinical-guidelines-adult-and-adolescent-opportunistic-infections/whats-new [234]National Institutes of Health-University of California Expert Panel for Corticosteroids as Adjunctive Therapy for Pneumocystis Pneumonia. Consensus statement on the use of corticosteroids as adjunctive therapy for pneumocystis pneumonia in the acquired immunodeficiency syndrome. N Engl J Med. 1990 Nov 22;323(21):1500-4. https://www.nejm.org/doi/full/10.1056/NEJM199011223232131 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/2136587?tool=bestpractice.com Os corticosteroides deverão também ser considerados para os indivíduos cujos sintomas respiratórios se agravarem após o início do tratamento.
Metilprednisolona intravenosa pode ser administrada como 75% da dose de prednisolona.[1]National Institutes of Health, Centers for Disease Control and Prevention, HIV Medicine Association, and Infectious Diseases Society of America. Panel on Guidelines for the Prevention and Treatment of Opportunistic Infections in Adults and Adolescents with HIV. 2025 [internet publication]. https://clinicalinfo.hiv.gov/en/guidelines/hiv-clinical-guidelines-adult-and-adolescent-opportunistic-infections/whats-new
Opções primárias
prednisolona: 40 mg por via oral duas vezes ao dia por 5 dias, seguidos por 40 mg uma vez ao dia por 5 dias, seguidos por 20 mg uma vez ao dia por 11 dias
ou
succinato sódico de metilprednisolona: 30 mg por via intravenosa duas vezes ao dia por 5 dias, seguidos por 30 mg uma vez ao dia por 5 dias, e 15 mg uma vez ao dia por 11 dias daí em diante
profilaxia de manutenção
Tratamento recomendado para TODOS os pacientes no grupo de pacientes selecionado
A profilaxia secundária por toda a vida deve ser considerada para todos os indivíduos com história de pneumonia por P jirovecii, a menos que ocorra reconstituição imune como resultado da terapia antirretroviral.[1]National Institutes of Health, Centers for Disease Control and Prevention, HIV Medicine Association, and Infectious Diseases Society of America. Panel on Guidelines for the Prevention and Treatment of Opportunistic Infections in Adults and Adolescents with HIV. 2025 [internet publication]. https://clinicalinfo.hiv.gov/en/guidelines/hiv-clinical-guidelines-adult-and-adolescent-opportunistic-infections/whats-new A profilaxia secundária deve ser reiniciada se a contagem de CD4 diminuir para <100 células/microlitro, independentemente do RNA do HIV, ou se a contagem de CD4 for de 100-200 células/microlitro e o RNA do HIV estiver acima do limite de detecção do teste usado.[1]National Institutes of Health, Centers for Disease Control and Prevention, HIV Medicine Association, and Infectious Diseases Society of America. Panel on Guidelines for the Prevention and Treatment of Opportunistic Infections in Adults and Adolescents with HIV. 2025 [internet publication]. https://clinicalinfo.hiv.gov/en/guidelines/hiv-clinical-guidelines-adult-and-adolescent-opportunistic-infections/whats-new
As opções de profilaxia secundária são baseadas nos esquemas usados para tratar a doença inicial.
Elas incluem sulfametoxazol/trimetoprima, dapsona, dapsona associada a pirimetamina e ácido folínico, atovaquona, atovaquona associada a pirimetamina e ácido folínico, e pentamidina aerossolizada.
Opções primárias
sulfametoxazol/trimetoprima: 80-160 mg por via oral uma vez ao dia
Mais sulfametoxazol/trimetoprimaA dose refere-se ao componente trimetoprima.
Opções secundárias
sulfametoxazol/trimetoprima: 160 mg por via oral três vezes por semana
Mais sulfametoxazol/trimetoprimaA dose refere-se ao componente trimetoprima.
ou
dapsona: 100 mg por via oral uma vez ao dia; ou 50 mg por via oral duas vezes ao dia
ou
dapsona: 50 mg por via oral uma vez ao dia
e
pirimetamina: 50 mg por via oral uma vez por semana
e
folinato de cálcio: 25 mg por via oral uma vez por semana
Mais folinato de cálcioÁcido folínico administrado como folinato de cálcio.
ou
dapsona: 200 mg por via oral uma vez por semana
e
pirimetamina: 75 mg por via oral uma vez por semana
e
folinato de cálcio: 25 mg por via oral uma vez por semana
Mais folinato de cálcioÁcido folínico administrado como folinato de cálcio.
ou
pentamidina por via inalatória: 300 mg nebulizados uma vez ao mês
ou
atovaquona: 1500 mg por via oral uma vez ao dia
Opções terciárias
atovaquona: 1500 mg por via oral uma vez ao dia
e
pirimetamina: 25 mg por via oral uma vez ao dia
e
folinato de cálcio: 10 mg por via oral uma vez ao dia
Mais folinato de cálcioÁcido folínico administrado como folinato de cálcio.
Encefalite por Toxoplasma gondii
esquema inicial anti-Toxoplasma
A terapia inicial deve consistir na combinação de pirimetamina associada a sulfadiazina e ácido folínico, todos administrados por via oral.[1]National Institutes of Health, Centers for Disease Control and Prevention, HIV Medicine Association, and Infectious Diseases Society of America. Panel on Guidelines for the Prevention and Treatment of Opportunistic Infections in Adults and Adolescents with HIV. 2025 [internet publication]. https://clinicalinfo.hiv.gov/en/guidelines/hiv-clinical-guidelines-adult-and-adolescent-opportunistic-infections/whats-new O ácido folínico é usado para proteger contra as toxicidades hematológicas associadas à pirimetamina.[236]Van Delden C, Hirschel B. Folinic acid supplements to pyrimethamine-sulfadiazine for Toxoplasma encephalitis are associated with better outcome. J Infect Dis. 1996 May;173(5):1294-5. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/8627092?tool=bestpractice.com
Embora este seja o esquema preferencial, o alto custo e a disponibilidade limitada tornaram-se uma grande barreira ao seu uso nos EUA. O sulfametoxazol/trimetoprima tornou-se uma alternativa, podendo ser administrado por via oral ou intravenosa.[237]Torre D, Casari S, Speranza F, et al. Randomized trial of trimethoprim/sulfamethoxazole versus pyrimethamine-sulfadiazine for therapy of toxoplasmic encephalitis in patients with AIDS. Antimicrob Agents Chemother. 1998 Jun;42(6):1346-9. http://aac.asm.org/cgi/content/full/42/6/1346 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/9624473?tool=bestpractice.com Embora os dados de ensaios clínicos que respaldam o sulfametoxazol/trimetoprima não sejam tão robustos, vários ensaios têm demonstrado que ele tem eficácia e segurança comparáveis.[237]Torre D, Casari S, Speranza F, et al. Randomized trial of trimethoprim/sulfamethoxazole versus pyrimethamine-sulfadiazine for therapy of toxoplasmic encephalitis in patients with AIDS. Antimicrob Agents Chemother. 1998 Jun;42(6):1346-9. http://aac.asm.org/cgi/content/full/42/6/1346 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/9624473?tool=bestpractice.com [238]Hernandez AV, Thota P, Pellegrino D, et al. A systematic review and meta-analysis of the relative efficacy and safety of treatment regimens for HIV-associated cerebral toxoplasmosis: is trimethoprim-sulfamethoxazole a real option? HIV Med. 2017 Feb;18(2):115-24. https://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1111/hiv.12402 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/27353303?tool=bestpractice.com Para os indivíduos com história de alergia a sulfas, deve-se considerar a dessensibilização.[1]National Institutes of Health, Centers for Disease Control and Prevention, HIV Medicine Association, and Infectious Diseases Society of America. Panel on Guidelines for the Prevention and Treatment of Opportunistic Infections in Adults and Adolescents with HIV. 2025 [internet publication]. https://clinicalinfo.hiv.gov/en/guidelines/hiv-clinical-guidelines-adult-and-adolescent-opportunistic-infections/whats-new
Os outros esquemas alternativos incluem pirimetamina associada a ácido folínico e clindamicina ou atovaquona, atovaquona associada a sulfadiazina ou atovaquona isoladamente.[1]National Institutes of Health, Centers for Disease Control and Prevention, HIV Medicine Association, and Infectious Diseases Society of America. Panel on Guidelines for the Prevention and Treatment of Opportunistic Infections in Adults and Adolescents with HIV. 2025 [internet publication]. https://clinicalinfo.hiv.gov/en/guidelines/hiv-clinical-guidelines-adult-and-adolescent-opportunistic-infections/whats-new
A melhora clínica e radiográfica deve ser esperada dentro de 10-21 dias após a terapia.[122]Luft BJ, Hafner R, Korzun AH, et al. Toxoplasmic encephalitis in patients with the acquired immunodeficiency syndrome. N Engl J Med. 1993 Sep 30;329(14):995-1000. http://www.nejm.org/doi/full/10.1056/NEJM199309303291403#t=article http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/8366923?tool=bestpractice.com O tratamento deve ser continuado por, pelo menos, 6 semanas após a resolução dos sintomas.
Os indivíduos com encefalite por infecção de T gondii devem ser rotineiramente monitorados em relação a eventos adversos e à melhora clínica e radiológica. Alterações nos títulos de anticorpos não são úteis para monitorar as respostas à terapia.
Os indivíduos que exibem deterioração clínica ou radiográfica durante a primeira semana apesar da terapia adequada, ou que não apresentam melhora clínica dentro de 2 semanas, devem ser submetidos a uma biópsia cerebral. A troca para um esquema terapêutico alternativo deve ser considerada se houver evidências histopatológicas de encefalite por infecção de T gondii na biópsia cerebral.[1]National Institutes of Health, Centers for Disease Control and Prevention, HIV Medicine Association, and Infectious Diseases Society of America. Panel on Guidelines for the Prevention and Treatment of Opportunistic Infections in Adults and Adolescents with HIV. 2025 [internet publication]. https://clinicalinfo.hiv.gov/en/guidelines/hiv-clinical-guidelines-adult-and-adolescent-opportunistic-infections/whats-new
Opções primárias
pirimetamina: peso corporal <60 kg: 200 mg por via oral em dose única, seguidos de 50 mg uma vez ao dia; peso corporal ≥60 kg: 200 mg por via oral em dose única, seguidos de 75 mg uma vez ao dia
e
sulfadiazina: peso corporal <60 kg: 1000 mg por via oral quatro vezes ao dia; peso corporal ≥60 kg: 1500 mg por via oral quatro vezes ao dia
e
folinato de cálcio: 10-25 mg por via oral uma vez ao dia
Mais folinato de cálcioÁcido folínico administrado como folinato de cálcio. A dose pode ser aumentada para 50 mg por via oral uma ou duas vezes ao dia.
ou
sulfametoxazol/trimetoprima: 5 mg/kg por via oral/intravenosa duas vezes ao dia
Mais sulfametoxazol/trimetoprimaA dose refere-se ao componente trimetoprima.
Opções secundárias
pirimetamina: peso corporal <60 kg: 200 mg por via oral em dose única, seguidos de 50 mg uma vez ao dia; peso corporal ≥60 kg: 200 mg por via oral em dose única, seguidos de 75 mg uma vez ao dia
--E--
clindamicina: 600 mg por via oral/intravenosa quatro vezes ao dia
ou
atovaquona: 1500 mg por via oral duas vezes ao dia
--E--
folinato de cálcio: 10-25 mg por via oral uma vez ao dia
Mais folinato de cálcioÁcido folínico administrado como folinato de cálcio. A dose pode ser aumentada para 50 mg por via oral uma ou duas vezes ao dia.
ou
atovaquona: 1500 mg por via oral duas vezes ao dia
e
sulfadiazina: peso corporal <60 kg: 1000 mg por via oral quatro vezes ao dia; peso corporal ≥60 kg: 1500 mg por via oral quatro vezes ao dia
ou
atovaquona: 1500 mg por via oral duas vezes ao dia
corticosteroides e anticonvulsivantes
Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado
Os corticosteroides adjuvantes não são recomendados rotineiramente, mas deverão ser considerados se houver sinais clínicos de aumento da pressão intracraniana ou evidências de efeito de massa devido a lesões focais ou edema.[1]National Institutes of Health, Centers for Disease Control and Prevention, HIV Medicine Association, and Infectious Diseases Society of America. Panel on Guidelines for the Prevention and Treatment of Opportunistic Infections in Adults and Adolescents with HIV. 2025 [internet publication]. https://clinicalinfo.hiv.gov/en/guidelines/hiv-clinical-guidelines-adult-and-adolescent-opportunistic-infections/whats-new
Devem ser administrados anticonvulsivantes a indivíduos com encefalite por infecção de T gondii que tenham história de convulsões, mas não devem ser administrados como profiláticos em todos os indivíduos.[1]National Institutes of Health, Centers for Disease Control and Prevention, HIV Medicine Association, and Infectious Diseases Society of America. Panel on Guidelines for the Prevention and Treatment of Opportunistic Infections in Adults and Adolescents with HIV. 2025 [internet publication]. https://clinicalinfo.hiv.gov/en/guidelines/hiv-clinical-guidelines-adult-and-adolescent-opportunistic-infections/whats-new
profilaxia de manutenção
Tratamento recomendado para TODOS os pacientes no grupo de pacientes selecionado
Os indivíduos que completaram a terapia inicial para encefalite toxoplásmica devem receber terapia de supressão com profilaxia de manutenção.
O esquema recomendado na profilaxia secundária é a pirimetamina associada a sulfadiazina e ácido folínico.
Os esquemas alternativos incluem clindamicina associada a pirimetamina e ácido folínico, sulfametoxazol/trimetoprima, atovaquona associada a sulfadiazina ou atovaquona com ou sem pirimetamina e ácido folínico.[1]National Institutes of Health, Centers for Disease Control and Prevention, HIV Medicine Association, and Infectious Diseases Society of America. Panel on Guidelines for the Prevention and Treatment of Opportunistic Infections in Adults and Adolescents with HIV. 2025 [internet publication]. https://clinicalinfo.hiv.gov/en/guidelines/hiv-clinical-guidelines-adult-and-adolescent-opportunistic-infections/whats-new
A manutenção crônica pode ser descontinuada em indivíduos que completaram com sucesso a terapia para encefalite toxoplásmica, permaneceram assintomáticos e apresentaram aumento nas contagens de CD4 para >200 células/microlitro após terapia antirretroviral (TAR) mantida por mais de 6 meses.[1]National Institutes of Health, Centers for Disease Control and Prevention, HIV Medicine Association, and Infectious Diseases Society of America. Panel on Guidelines for the Prevention and Treatment of Opportunistic Infections in Adults and Adolescents with HIV. 2025 [internet publication]. https://clinicalinfo.hiv.gov/en/guidelines/hiv-clinical-guidelines-adult-and-adolescent-opportunistic-infections/whats-new A profilaxia secundária deve ser retomada se a contagem de CD4 diminuir para um nível <200 células/microlitro.
Opções primárias
pirimetamina: 25-50 mg por via oral uma vez ao dia
e
sulfadiazina: 2-4 g/dia por via oral administrados em 2-4 doses fracionadas
e
folinato de cálcio: 10-25 mg por via oral uma vez ao dia
Mais folinato de cálcioÁcido folínico administrado como folinato de cálcio.
Opções secundárias
pirimetamina: 25-50 mg por via oral uma vez ao dia
e
clindamicina: 600 mg por via oral três vezes ao dia
e
folinato de cálcio: 10-25 mg por via oral uma vez ao dia
Mais folinato de cálcioÁcido folínico administrado como folinato de cálcio.
ou
sulfametoxazol/trimetoprima: 160 mg por via oral uma a duas vezes ao dia
Mais sulfametoxazol/trimetoprimaA dose refere-se ao componente trimetoprima.
ou
atovaquona: 750-1500 mg por via oral duas vezes ao dia
e
sulfadiazina: 2-4 g/dia por via oral administrados em 2-4 doses fracionadas
ou
atovaquona: 750-1500 mg por via oral duas vezes ao dia
e
pirimetamina: 25 mg por via oral uma vez ao dia
e
folinato de cálcio: 10 mg por via oral uma vez ao dia
Mais folinato de cálcioÁcido folínico administrado como folinato de cálcio.
ou
atovaquona: 750-1500 mg por via oral duas vezes ao dia
meningite criptocócica
terapia de indução antifúngica
O esquema preferencial recomendado pelas diretrizes dos EUA para a terapia de indução é de, pelo menos, 2 semanas de anfotericina B lipossomal intravenosa associada a flucitosina oral.[1]National Institutes of Health, Centers for Disease Control and Prevention, HIV Medicine Association, and Infectious Diseases Society of America. Panel on Guidelines for the Prevention and Treatment of Opportunistic Infections in Adults and Adolescents with HIV. 2025 [internet publication]. https://clinicalinfo.hiv.gov/en/guidelines/hiv-clinical-guidelines-adult-and-adolescent-opportunistic-infections/whats-new Formulações lipídicas ou lipossomais de anfotericina B são preferenciais à anfotericina B desoxicolato, quando disponíveis, porque são eficazes para criptococose e apresentam menor toxicidade.[1]National Institutes of Health, Centers for Disease Control and Prevention, HIV Medicine Association, and Infectious Diseases Society of America. Panel on Guidelines for the Prevention and Treatment of Opportunistic Infections in Adults and Adolescents with HIV. 2025 [internet publication]. https://clinicalinfo.hiv.gov/en/guidelines/hiv-clinical-guidelines-adult-and-adolescent-opportunistic-infections/whats-new A anfotericina B desoxicolato está associada a comprometimento renal, acidose tubular renal, hipocalemia, hipomagnesemia e anemia.[239]Meya DB, Williamson PR. Cryptococcal disease in diverse hosts. N Engl J Med. 2024 May 2;390(17):1597-610. Entretanto, a anfotericina B desoxicolato pode ser usada como uma formulação alternativa se o risco de disfunção renal for baixo ou se o custo for proibitivo.[1]National Institutes of Health, Centers for Disease Control and Prevention, HIV Medicine Association, and Infectious Diseases Society of America. Panel on Guidelines for the Prevention and Treatment of Opportunistic Infections in Adults and Adolescents with HIV. 2025 [internet publication]. https://clinicalinfo.hiv.gov/en/guidelines/hiv-clinical-guidelines-adult-and-adolescent-opportunistic-infections/whats-new
Os esquemas de indução alternativos recomendados pelas diretrizes dos EUA são 2 semanas de complexo lipídico de anfotericina B intravenoso associado a flucitosina oral, ou 1 semana de anfotericina B desoxicolato associada a flucitosina oral, seguida de 1 semana de fluconazol oral.[1]National Institutes of Health, Centers for Disease Control and Prevention, HIV Medicine Association, and Infectious Diseases Society of America. Panel on Guidelines for the Prevention and Treatment of Opportunistic Infections in Adults and Adolescents with HIV. 2025 [internet publication]. https://clinicalinfo.hiv.gov/en/guidelines/hiv-clinical-guidelines-adult-and-adolescent-opportunistic-infections/whats-new
A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda um esquema de indução que consiste em uma alta dose única de anfotericina B lipossomal combinada, associada a 14 dias de flucitosina e fluconazol, principalmente em cenários com recursos limitados.[76]World Health Organization. Guidelines for diagnosing, preventing and managing cryptococcal disease among adults, adolescents and children living with HIV. Jun 2022 [internet publication]. https://www.who.int/publications/i/item/9789240052178 Um esquema alternativo recomendado pela OMS (quando a anfotericina B lipossomal não estiver disponível) é 1 semana de anfotericina B desoxicolato e flucitosina seguida por 1 semana de fluconazol.[76]World Health Organization. Guidelines for diagnosing, preventing and managing cryptococcal disease among adults, adolescents and children living with HIV. Jun 2022 [internet publication]. https://www.who.int/publications/i/item/9789240052178
A adição de flucitosina durante o tratamento agudo está associada a uma esterilização mais rápida do líquido cefalorraquidiano, menos recidivas e melhor sobrevida.[1]National Institutes of Health, Centers for Disease Control and Prevention, HIV Medicine Association, and Infectious Diseases Society of America. Panel on Guidelines for the Prevention and Treatment of Opportunistic Infections in Adults and Adolescents with HIV. 2025 [internet publication]. https://clinicalinfo.hiv.gov/en/guidelines/hiv-clinical-guidelines-adult-and-adolescent-opportunistic-infections/whats-new [240]Day JN, Chau TTH, Wolbers M, et al. Combination antifungal therapy for cryptococcal meningitis. N Engl J Med. 2013 Apr 4;368(14):1291-302. https://www.nejm.org/doi/10.1056/NEJMoa1110404 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/23550668?tool=bestpractice.com [241]Perfect JR, Dismukes WE, Dromer F, et al. Clinical practice guidelines for the management of cryptococcal disease: 2010 update by the Infectious Diseases Society of America. Clin Infect Dis. 2010 Feb 1;50(3):291-322. https://academic.oup.com/cid/article/50/3/291/392360 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/20047480?tool=bestpractice.com A flucitosina é contraindicada em indivíduos com deficiência completa e conhecida de di-hidropirimidina desidrogenase, por causa do risco de toxicidade com risco de vida.[242]European Medicines Agency. Flucytosine: updated recommendations for the use in patients with dihydropyrimidine dehydrogenase (DPD) deficiency. Jun 2020 [internet publication]. https://www.ema.europa.eu/en/medicines/dhpc/flucytosine-updated-recommendations-use-patients-dihydropyrimidine-dehydrogenase-dpd-deficiency [243]Medicines and Healthcare products Regulatory Agency. Flucytosine (Ancotil): new contraindication in patients with DPD deficiency. Oct 2020 [internet publication]. https://www.gov.uk/drug-safety-update/flucytosine-ancotil-new-contraindication-in-patients-with-dpd-deficiency
A função renal deve ser monitorada quando se administram ciclos >2 semanas de anfotericina B e flucitosina, com ajuste adequado da dosagem (monitorar a flucitosina sérica 2 horas após a dose tendo o paciente recebido pelo menos 3 a 5 doses, níveis ideais: 25-100 mg/mL). Caso não seja possível determinar os níveis de flucitosina, podem ser feitos hemogramas com frequência (isto é, pelo menos duas vezes por semana) para detectar citopenia. Hepatotoxicidade e toxicidades gastrointestinais também devem ser monitoradas em pacientes recebendo flucitosina.[1]National Institutes of Health, Centers for Disease Control and Prevention, HIV Medicine Association, and Infectious Diseases Society of America. Panel on Guidelines for the Prevention and Treatment of Opportunistic Infections in Adults and Adolescents with HIV. 2025 [internet publication]. https://clinicalinfo.hiv.gov/en/guidelines/hiv-clinical-guidelines-adult-and-adolescent-opportunistic-infections/whats-new
O tempo ideal para iniciar a terapia antirretroviral (TAR) em indivíduos com meningite criptocócica continua incerto.[1]National Institutes of Health, Centers for Disease Control and Prevention, HIV Medicine Association, and Infectious Diseases Society of America. Panel on Guidelines for the Prevention and Treatment of Opportunistic Infections in Adults and Adolescents with HIV. 2025 [internet publication]. https://clinicalinfo.hiv.gov/en/guidelines/hiv-clinical-guidelines-adult-and-adolescent-opportunistic-infections/whats-new O início da TAR é geralmente protelado por 4-6 semanas após o início da terapia antifúngica; no entanto, o momento exato deve ser individualizado, com base nas circunstâncias e na experiência local.[1]National Institutes of Health, Centers for Disease Control and Prevention, HIV Medicine Association, and Infectious Diseases Society of America. Panel on Guidelines for the Prevention and Treatment of Opportunistic Infections in Adults and Adolescents with HIV. 2025 [internet publication]. https://clinicalinfo.hiv.gov/en/guidelines/hiv-clinical-guidelines-adult-and-adolescent-opportunistic-infections/whats-new [76]World Health Organization. Guidelines for diagnosing, preventing and managing cryptococcal disease among adults, adolescents and children living with HIV. Jun 2022 [internet publication]. https://www.who.int/publications/i/item/9789240052178 Os indivíduos devem ser monitorados quanto à síndrome inflamatória da reconstituição imune. Deve-se ter cuidado ao utilizar medicamentos antifúngicos azólicos juntamente com medicamentos antirretrovirais, uma vez que existe um risco de interações medicamentosas significativas através do sistema enzimático CYP450.[1]National Institutes of Health, Centers for Disease Control and Prevention, HIV Medicine Association, and Infectious Diseases Society of America. Panel on Guidelines for the Prevention and Treatment of Opportunistic Infections in Adults and Adolescents with HIV. 2025 [internet publication]. https://clinicalinfo.hiv.gov/en/guidelines/hiv-clinical-guidelines-adult-and-adolescent-opportunistic-infections/whats-new
Opções primárias
anfotericina B lipossomal: 3-4 mg/kg por via intravenosa uma vez ao dia por 2 semanas
e
flucitosina: 25 mg/kg por via oral quatro vezes ao dia por 2 semanas
ou
anfotericina B lipossomal: 10 mg/kg por via intravenosa em dose única
Mais anfotericina B lipossomalEste esquema é recomendado pela OMS em situações de recursos limitados.
--E--
flucitosina: 25 mg/kg por via oral quatro vezes ao dia por 2 semanas
e
fluconazol: 1200 mg por via oral uma vez ao dia por 2 semanas
Opções secundárias
complexo lipídico de anfotericina B: 5 mg/kg por via intravenosa uma vez ao dia por 2 semanas
e
flucitosina: 25 mg/kg por via oral quatro vezes ao dia por 2 semanas
ou
anfotericina B desoxicolato: 1 mg/kg por via intravenosa uma vez ao dia por 1 semana
e
flucitosina: 25 mg/kg por via oral quatro vezes ao dia por 1 semana
e
fluconazol: 1200 mg por via oral uma vez ao dia por 1 semana (após ciclo de 1 semana de anfotericina B desoxicolato e flucitosina)
Opções terciárias
anfotericina B desoxicolato: 0.7 a 1 mg/kg por via intravenosa uma vez ao dia por 2 semanas
e
flucitosina: 25 mg/kg por via oral quatro vezes ao dia por 2 semanas
ou
anfotericina B lipossomal: 3-4 mg/kg por via intravenosa uma vez ao dia por 2 semanas
e
fluconazol: 800-1200 mg por via oral uma vez ao dia por 2 semanas
ou
anfotericina B desoxicolato: 0.7 a 1 mg/kg por via intravenosa uma vez ao dia por 2 semanas
e
fluconazol: 800-1200 mg por via oral uma vez ao dia por 2 semanas
ou
fluconazol: 1200 mg por via oral/intravenosa uma vez ao dia por 2 semanas
e
flucitosina: 25 mg/kg por via oral quatro vezes ao dia por 2 semanas
terapia de consolidação antifúngica
Tratamento recomendado para TODOS os pacientes no grupo de pacientes selecionado
Após uma terapia de indução bem-sucedida, a terapia de consolidação com fluconazol pode ser iniciada e deve ser mantida por, pelo menos, 8 semanas e pelo menos até que a terapia antirretroviral tenha sido iniciada e as culturas do líquido cefalorraquidiano (LCR) tenham sido esterilizadas.[1]National Institutes of Health, Centers for Disease Control and Prevention, HIV Medicine Association, and Infectious Diseases Society of America. Panel on Guidelines for the Prevention and Treatment of Opportunistic Infections in Adults and Adolescents with HIV. 2025 [internet publication]. https://clinicalinfo.hiv.gov/en/guidelines/hiv-clinical-guidelines-adult-and-adolescent-opportunistic-infections/whats-new [76]World Health Organization. Guidelines for diagnosing, preventing and managing cryptococcal disease among adults, adolescents and children living with HIV. Jun 2022 [internet publication]. https://www.who.int/publications/i/item/9789240052178
O itraconazol é uma opção alternativa para pacientes que não toleram o fluconazol ou se o fluconazol não estiver disponível.[1]National Institutes of Health, Centers for Disease Control and Prevention, HIV Medicine Association, and Infectious Diseases Society of America. Panel on Guidelines for the Prevention and Treatment of Opportunistic Infections in Adults and Adolescents with HIV. 2025 [internet publication]. https://clinicalinfo.hiv.gov/en/guidelines/hiv-clinical-guidelines-adult-and-adolescent-opportunistic-infections/whats-new
As diretrizes dos EUA orientam que os indivíduos com culturas de LCR positivas, mas que tiverem melhorado clinicamente após 2 semanas de terapia de indução, devem receber uma dose mais alta (1200 mg/dia) de fluconazol para a terapia de consolidação, e repetir a punção lombar em 2 semanas.[1]National Institutes of Health, Centers for Disease Control and Prevention, HIV Medicine Association, and Infectious Diseases Society of America. Panel on Guidelines for the Prevention and Treatment of Opportunistic Infections in Adults and Adolescents with HIV. 2025 [internet publication]. https://clinicalinfo.hiv.gov/en/guidelines/hiv-clinical-guidelines-adult-and-adolescent-opportunistic-infections/whats-new De forma alternativa, os indivíduos não hospitalizados podem receber flucitosina associada a fluconazol por mais 2 semanas antes de iniciar a terapia de consolidação com um único medicamento.[1]National Institutes of Health, Centers for Disease Control and Prevention, HIV Medicine Association, and Infectious Diseases Society of America. Panel on Guidelines for the Prevention and Treatment of Opportunistic Infections in Adults and Adolescents with HIV. 2025 [internet publication]. https://clinicalinfo.hiv.gov/en/guidelines/hiv-clinical-guidelines-adult-and-adolescent-opportunistic-infections/whats-new A duração da terapia de consolidação deve ser de 8 semanas a partir do ponto em que as culturas do LCR forem negativas.[1]National Institutes of Health, Centers for Disease Control and Prevention, HIV Medicine Association, and Infectious Diseases Society of America. Panel on Guidelines for the Prevention and Treatment of Opportunistic Infections in Adults and Adolescents with HIV. 2025 [internet publication]. https://clinicalinfo.hiv.gov/en/guidelines/hiv-clinical-guidelines-adult-and-adolescent-opportunistic-infections/whats-new [76]World Health Organization. Guidelines for diagnosing, preventing and managing cryptococcal disease among adults, adolescents and children living with HIV. Jun 2022 [internet publication]. https://www.who.int/publications/i/item/9789240052178
Opções primárias
fluconazol: culturas de LCR clinicamente estáveis e positivas: 800 mg por via oral uma vez ao dia; culturas de LCR clinicamente estáveis e negativas: 400 mg por via oral uma vez ao dia
Mais fluconazolSe o LCR permanecer positivo após 2 semanas de terapia de indução, é recomendada uma dose maior de fluconazol (1200 mg/dia) por mais 2 semanas antes de reduzir a dose para 800 mg/dia.
Opções secundárias
fluconazol: 1200 mg por via oral uma vez ao dia
e
flucitosina: 25 mg/kg por via oral quatro vezes ao dia
ou
itraconazol: 200 mg por via oral duas vezes ao dia
terapia de manutenção antifúngica
Tratamento recomendado para TODOS os pacientes no grupo de pacientes selecionado
Após a fase de consolidação, o indivíduo deve passar para o fluconazol em baixas doses como terapia de manutenção em longo prazo.[1]National Institutes of Health, Centers for Disease Control and Prevention, HIV Medicine Association, and Infectious Diseases Society of America. Panel on Guidelines for the Prevention and Treatment of Opportunistic Infections in Adults and Adolescents with HIV. 2025 [internet publication]. https://clinicalinfo.hiv.gov/en/guidelines/hiv-clinical-guidelines-adult-and-adolescent-opportunistic-infections/whats-new [76]World Health Organization. Guidelines for diagnosing, preventing and managing cryptococcal disease among adults, adolescents and children living with HIV. Jun 2022 [internet publication]. https://www.who.int/publications/i/item/9789240052178
O tratamento deve continuar por, pelo menos, 1 ano após o início da terapia antifúngica.
O itraconazol é uma opção alternativa para pacientes que não toleram o fluconazol ou se o fluconazol não estiver disponível.[1]National Institutes of Health, Centers for Disease Control and Prevention, HIV Medicine Association, and Infectious Diseases Society of America. Panel on Guidelines for the Prevention and Treatment of Opportunistic Infections in Adults and Adolescents with HIV. 2025 [internet publication]. https://clinicalinfo.hiv.gov/en/guidelines/hiv-clinical-guidelines-adult-and-adolescent-opportunistic-infections/whats-new
A terapia de manutenção pode ser interrompida quando a contagem de CD4 for ≥100 células/microlitro, os níveis de RNA do HIV forem indetectáveis e os sintomas tiverem desaparecido. A terapia de manutenção deverá ser retomada se a contagem de CD4 diminuir para um nível <100 células/microlitro.[1]National Institutes of Health, Centers for Disease Control and Prevention, HIV Medicine Association, and Infectious Diseases Society of America. Panel on Guidelines for the Prevention and Treatment of Opportunistic Infections in Adults and Adolescents with HIV. 2025 [internet publication]. https://clinicalinfo.hiv.gov/en/guidelines/hiv-clinical-guidelines-adult-and-adolescent-opportunistic-infections/whats-new [241]Perfect JR, Dismukes WE, Dromer F, et al. Clinical practice guidelines for the management of cryptococcal disease: 2010 update by the Infectious Diseases Society of America. Clin Infect Dis. 2010 Feb 1;50(3):291-322. https://academic.oup.com/cid/article/50/3/291/392360 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/20047480?tool=bestpractice.com [244]Chang CC, Harrison TS, Bicanic TA, et al. Global guideline for the diagnosis and management of cryptococcosis: an initiative of the ECMM and ISHAM in cooperation with the ASM. Lancet Infect Dis. 2024 Aug;24(8):e495-512. https://pmc.ncbi.nlm.nih.gov/articles/PMC11526416 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/38346436?tool=bestpractice.com [245]Larsen RA. Editorial response: a comparison of itraconazole versus fluconazole as maintenance therapy for AIDS-associated cryptococcal meningitis. Clin Infect Dis. 1999 Feb;28(2):297-8. http://cid.oxfordjournals.org/content/28/2/297.full.pdf+html http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/10064247?tool=bestpractice.com [246]Vibhagool A, Sungkanuparph S, Mootsikapun P, et al. Discontinuation of secondary prophylaxis for cryptococcal meningitis in human immunodeficiency virus-infected patients treated with highly active antiretroviral therapy: a prospective, multicenter, randomized study. Clin Infect Dis. 2003 May 15;36(10):1329-31. http://cid.oxfordjournals.org/content/36/10/1329.full http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/12746781?tool=bestpractice.com
Opções primárias
fluconazol: 200 mg por via oral uma vez ao dia
Mais fluconazolA dose de fluconazol poderá ser aumentada para 400 mg/dia se estudos de suscetibilidade tiverem sido realizados e a concentração inibitória mínima (CIM) de fluconazol for ≥16 microgramas/mL.[1]National Institutes of Health, Centers for Disease Control and Prevention, HIV Medicine Association, and Infectious Diseases Society of America. Panel on Guidelines for the Prevention and Treatment of Opportunistic Infections in Adults and Adolescents with HIV. 2025 [internet publication]. https://clinicalinfo.hiv.gov/en/guidelines/hiv-clinical-guidelines-adult-and-adolescent-opportunistic-infections/whats-new
Opções secundárias
itraconazol: 200 mg por via oral duas vezes ao dia
drenagem terapêutica do líquido cefalorraquidiano
Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado
Punções lombares diárias podem ser necessárias para os indivíduos com sintomas neurológicos continuados e uma pressão intracraniana elevada (≥25 cm do líquido cefalorraquidiano [LCR]). Para os indivíduos que não respondem ou não toleram punções lombares diárias, deve-se considerar a colocação de uma derivação liquórica.[1]National Institutes of Health, Centers for Disease Control and Prevention, HIV Medicine Association, and Infectious Diseases Society of America. Panel on Guidelines for the Prevention and Treatment of Opportunistic Infections in Adults and Adolescents with HIV. 2025 [internet publication]. https://clinicalinfo.hiv.gov/en/guidelines/hiv-clinical-guidelines-adult-and-adolescent-opportunistic-infections/whats-new
Deve ser realizada a repetição da punção lombar, depois das 2 primeiras semanas de tratamento, para garantir o clearance do organismo do LCR. Se as culturas do LCR permanecerem positivas depois de 2 semanas de tratamento, recidiva futura e desfechos geralmente desfavoráveis são prováveis.[1]National Institutes of Health, Centers for Disease Control and Prevention, HIV Medicine Association, and Infectious Diseases Society of America. Panel on Guidelines for the Prevention and Treatment of Opportunistic Infections in Adults and Adolescents with HIV. 2025 [internet publication]. https://clinicalinfo.hiv.gov/en/guidelines/hiv-clinical-guidelines-adult-and-adolescent-opportunistic-infections/whats-new
citomegalovírus
terapia antiviral inicial
A terapia inicial deve ser individualizada com base no nível de imunossupressão, na localização e gravidade da lesão, na adesão terapêutica ao tratamento e na associação de medicamentos.[1]National Institutes of Health, Centers for Disease Control and Prevention, HIV Medicine Association, and Infectious Diseases Society of America. Panel on Guidelines for the Prevention and Treatment of Opportunistic Infections in Adults and Adolescents with HIV. 2025 [internet publication]. https://clinicalinfo.hiv.gov/en/guidelines/hiv-clinical-guidelines-adult-and-adolescent-opportunistic-infections/whats-new Ganciclovir geralmente é a primeira escolha para doença ou infecção por citomegalovírus.
Terapia sistêmica reduz a morbidade no olho contralateral; isso deve ser considerado ao tomar uma decisão quanto à via de administração.[1]National Institutes of Health, Centers for Disease Control and Prevention, HIV Medicine Association, and Infectious Diseases Society of America. Panel on Guidelines for the Prevention and Treatment of Opportunistic Infections in Adults and Adolescents with HIV. 2025 [internet publication]. https://clinicalinfo.hiv.gov/en/guidelines/hiv-clinical-guidelines-adult-and-adolescent-opportunistic-infections/whats-new
O ganciclovir intravenoso ou o valganciclovir oral, com ou sem ganciclovir ou foscarnete intravítreo, é a terapia inicial preferencial para indivíduos com lesões com risco imediato à visão. As opções alternativas incluem o ganciclovir ou o foscarnete intravítreos combinados com o foscarnete ou o cidofovir intravenosos (com probenecida e terapia de hidratação com soro fisiológico antes e depois da terapia com cidofovir).
Idealmente um oftalmologista familiarizado com retinite por citomegalovírus deve participar do tratamento.[1]National Institutes of Health, Centers for Disease Control and Prevention, HIV Medicine Association, and Infectious Diseases Society of America. Panel on Guidelines for the Prevention and Treatment of Opportunistic Infections in Adults and Adolescents with HIV. 2025 [internet publication]. https://clinicalinfo.hiv.gov/en/guidelines/hiv-clinical-guidelines-adult-and-adolescent-opportunistic-infections/whats-new
Opções primárias
ganciclovir: 2 mg por via intravítrea semanalmente até que se obtenha a inatividade da lesão
ou
foscarnete: 2.4 mg por via intravítrea semanalmente até que se obtenha a inatividade da lesão
--E--
ganciclovir: 5 mg/kg por via intravenosa a cada 12 horas por 14-21 dias
ou
valganciclovir: 900 mg por via oral duas vezes ao dia por 14-21 dias
ou
ganciclovir: 5 mg/kg por via intravenosa a cada 12 horas por 14-21 dias
ou
valganciclovir: 900 mg por via oral duas vezes ao dia por 14-21 dias
Opções secundárias
ganciclovir: 2 mg por via intravítrea semanalmente até que se obtenha a inatividade da lesão
ou
foscarnete: 2.4 mg por via intravítrea semanalmente até que se obtenha a inatividade da lesão
--E--
foscarnete: 60 mg/kg por via intravenosa a cada 8 horas por 14-21 dias; ou 90 mg/kg por via intravenosa a cada 12 horas por 14-21 dias
ou
ganciclovir: 2 mg por via intravítrea semanalmente até que se obtenha a inatividade da lesão
ou
foscarnete: 2.4 mg por via intravítrea semanalmente até que se obtenha a inatividade da lesão
--E--
cidofovir: 5 mg/kg por via intravenosa uma vez por semana por 2 semanas
--E--
probenecida: 2 g por via oral 3 horas antes da dose do cidofovir, seguidos por 1 g administrado após 2 horas e após 8 horas da primeira dose
terapia de manutenção antiviral
Tratamento recomendado para TODOS os pacientes no grupo de pacientes selecionado
A terapia inicial deve ser seguida por terapia de manutenção crônica. A terapia de manutenção pode ser descontinuada com segurança nos indivíduos com doença inativa e contagem de CD4 sustentada (>100 células/microlitro por ≥3-6 meses); recomenda-se uma consulta com um oftalmologista. Exames oculares regulares devem ser realizados a cada 3 meses nos indivíduos que tiverem descontinuado a terapia de manutenção, para a detecção precoce de recidiva ou de uveíte de recuperação imune.[1]National Institutes of Health, Centers for Disease Control and Prevention, HIV Medicine Association, and Infectious Diseases Society of America. Panel on Guidelines for the Prevention and Treatment of Opportunistic Infections in Adults and Adolescents with HIV. 2025 [internet publication]. https://clinicalinfo.hiv.gov/en/guidelines/hiv-clinical-guidelines-adult-and-adolescent-opportunistic-infections/whats-new
A recidiva precoce é causada com maior frequência pela limitada penetração intraocular da administração sistêmica de medicamentos.[247]Kuppermann BD, Quiceno JI, Flores-Aguilar M, et al. Intravitreal ganciclovir concentration after intravenous administration in AIDS patients with cytomegalovirus retinitis: implications for therapy. J Infect Dis. 1993 Dec;168(6):1506-9. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/8245536?tool=bestpractice.com
Se os indivíduos apresentarem recidiva enquanto estiverem na terapia de manutenção, será recomendada a reintrodução do mesmo medicamento, seguido pelo reinício da terapia de manutenção. A alteração para um medicamento alternativo no momento da primeira recidiva deverá ser considerada se houver suspeita de resistência medicamentosa ou se efeitos colaterais ou toxicidades interferirem nos ciclos ideais do agente inicial.
Opções primárias
valganciclovir: 900 mg por via oral uma vez ao dia
Opções secundárias
ganciclovir: 5 mg/kg por via intravenosa uma vez ao dia
ou
foscarnete: 90-120 mg/kg por via intravenosa uma vez ao dia
ou
cidofovir: 5 mg/kg por via intravenosa a cada 2 semanas
e
probenecida: 2 g por via oral 3 horas antes da dose do cidofovir, seguidos por 1 g administrado após 2 horas e após 8 horas da primeira dose
terapia antiviral
Para pequenas lesões periféricas, valganciclovir oral sozinho pode ser adequado.[1]National Institutes of Health, Centers for Disease Control and Prevention, HIV Medicine Association, and Infectious Diseases Society of America. Panel on Guidelines for the Prevention and Treatment of Opportunistic Infections in Adults and Adolescents with HIV. 2025 [internet publication]. https://clinicalinfo.hiv.gov/en/guidelines/hiv-clinical-guidelines-adult-and-adolescent-opportunistic-infections/whats-new
A terapia antiviral sistêmica é administrada pelos 3-6 meses até a recuperação imune induzida pelo tratamento antirretroviral.[1]National Institutes of Health, Centers for Disease Control and Prevention, HIV Medicine Association, and Infectious Diseases Society of America. Panel on Guidelines for the Prevention and Treatment of Opportunistic Infections in Adults and Adolescents with HIV. 2025 [internet publication]. https://clinicalinfo.hiv.gov/en/guidelines/hiv-clinical-guidelines-adult-and-adolescent-opportunistic-infections/whats-new
Opções primárias
valganciclovir: 900 mg por via oral duas vezes ao dia por 14-21 dias, seguidos por 900 mg uma vez ao dia
terapia antiviral
Para a doença gastrointestinal, recomenda-se o uso de valganciclovir oral, ganciclovir ou foscarnete por via intravenosa por 21-42 dias (ou até que os sinais e sintomas remitam).
O ganciclovir intravenoso é preferível com uma transição para o valganciclovir oral se houver tolerância e absorção de medicamentos. O valganciclovir oral é o tratamento de primeira linha se os sintomas não forem graves o suficiente para interferir com a absorção oral.
O foscarnete é um agente alternativo para pessoas com resistência ou intolerância ao ganciclovir.
A terapia de manutenção geralmente não é necessária para esofagite ou colite por citomegalovírus, mas deve ser considerada após recidivas.[1]National Institutes of Health, Centers for Disease Control and Prevention, HIV Medicine Association, and Infectious Diseases Society of America. Panel on Guidelines for the Prevention and Treatment of Opportunistic Infections in Adults and Adolescents with HIV. 2025 [internet publication]. https://clinicalinfo.hiv.gov/en/guidelines/hiv-clinical-guidelines-adult-and-adolescent-opportunistic-infections/whats-new
Opções primárias
valganciclovir: 900 mg por via oral duas vezes ao dia
ou
ganciclovir: 5 mg/kg por via intravenosa a cada 12 horas, pode ser trocado para valganciclovir por via oral uma vez que o paciente possa tolerar a terapia por via oral
Opções secundárias
foscarnete: 60 mg/kg por via intravenosa a cada 8 horas; ou 90 mg/kg por via intravenosa a cada 12 horas
terapia antiviral
Esquema combinado é usado para estabilizar a doença e maximizar a resposta.
A duração ideal da terapia não foi estabelecida.[1]National Institutes of Health, Centers for Disease Control and Prevention, HIV Medicine Association, and Infectious Diseases Society of America. Panel on Guidelines for the Prevention and Treatment of Opportunistic Infections in Adults and Adolescents with HIV. 2025 [internet publication]. https://clinicalinfo.hiv.gov/en/guidelines/hiv-clinical-guidelines-adult-and-adolescent-opportunistic-infections/whats-new
A terapia de manutenção deve ser mantida por toda a vida, a menos que haja evidências de recuperação imune.
Opções primárias
ganciclovir: 5 mg/kg por via intravenosa a cada 12 horas
e
foscarnete: 60 mg/kg por via intravenosa a cada 8 horas; ou 90 mg/kg por via intravenosa a cada 12 horas
candidíase mucocutânea
antifúngicos azólicos ou nistatina
Fluconazol oral é considerado o medicamento de primeira escolha. Embora o itraconazol e o posaconazol sejam tão eficazes quanto o fluconazol, eles só devem ser usados como terapia de segunda linha.[248]Pappas PG, Kauffman CA, Andes DR, et al. Clinical practice guideline for the management of candidiasis: 2016 update by the Infectious Diseases Society of America. Clin Infect Dis. 2016 Feb 15;62(4):e1-50. http://cid.oxfordjournals.org/content/62/4/e1.long http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/26679628?tool=bestpractice.com O posaconazol é geralmente mais bem tolerado que o itraconazol.
Os episódios iniciais de candidíase orofaríngea devem ser tratados por 7 a 14 dias. O uso crônico ou prolongado de azóis pode promover o desenvolvimento de resistência e também de hepatotoxicidade.
Um esquema de fluconazol de dose única foi proposto, mas estudos posteriores são necessários para estabelecer sua eficácia.[259]Hamza OJ, Matee MI, Bruggemann RJ, et al. Single-dose fluconazole versus standard 2-week therapy for oropharyngeal candidiasis in HIV-infected patients: a randomized, double-blind, double-dummy trial. Clin Infect Dis. 2008 Nov 15;47(10):1270-6. http://cid.oxfordjournals.org/content/47/10/1270.full http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/18840077?tool=bestpractice.com
Opções primárias
fluconazol: 100 mg por via oral uma vez ao dia
Opções secundárias
clotrimazol orofaríngeo: 10 mg por via oral (pastilha) cinco vezes ao dia
ou
miconazol orofaríngeo: 50 mg por via bucal uma vez ao dia
ou
itraconazol: 200 mg por via oral (solução oral) uma vez ao dia
ou
posaconazol: 400 mg por via oral (suspensão oral) duas vezes ao dia no dia 1, seguidos por 400 mg uma vez ao dia
ou
nistatina: 400,000 a 600,000 unidades (4-6 mL) por via oral quatro vezes ao dia
antifúngico azólico alternativo
A candidíase orofaríngea refratária ao fluconazol pode responder à suspensão com itraconazol ou posaconazol. O voriconazol pode também ser utilizado. Nos casos graves e refratários, uma equinocandina ou anfotericina B intravenosa podem ser utilizadas.[248]Pappas PG, Kauffman CA, Andes DR, et al. Clinical practice guideline for the management of candidiasis: 2016 update by the Infectious Diseases Society of America. Clin Infect Dis. 2016 Feb 15;62(4):e1-50. http://cid.oxfordjournals.org/content/62/4/e1.long http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/26679628?tool=bestpractice.com [249]Hegener P, Troke PF, Fätkenheuer G, et al. Treatment of fluconazole-resistant candidiasis with voriconazole in patients with AIDS. AIDS. 1998 Nov 12;12(16):2227-8. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/9833866?tool=bestpractice.com
Pacientes podem apresentar hepatotoxicidade com mais de 7-10 dias de tratamento sistêmico com azóis.
Opções primárias
posaconazol: 400 mg por via oral (suspensão oral) duas vezes ao dia
ou
itraconazol: 200 mg por via oral (solução oral) uma vez ao dia
ou
voriconazol: 200 mg por via oral duas vezes ao dia
Opções secundárias
caspofungina: 70 mg por via intravenosa como dose de ataque no dia 1, seguidos por 50 mg a cada 24 horas
ou
micafungina: 100 mg por via intravenosa a cada 24 horas
ou
anidulafungina: 200 mg por via intravenosa como dose de ataque no dia 1, seguidos por 100 mg a cada 24 horas
ou
anfotericina B desoxicolato: 0.3 mg/kg por via intravenosa a cada 24 horas
antifúngico sistêmico
Para a candidíase esofágica, são necessários antifúngicos sistêmicos para um tratamento efetivo. O fluconazol oral ou intravenoso é considerado uma terapia de primeira linha. Para a doença refratária ao fluconazol, o itraconazol oral é considerado de segunda linha. As opções alternativas incluem o voriconazol, o isavuconazol, a anidulafungina, a caspofungina, a micafungina e a anfotericina.[1]National Institutes of Health, Centers for Disease Control and Prevention, HIV Medicine Association, and Infectious Diseases Society of America. Panel on Guidelines for the Prevention and Treatment of Opportunistic Infections in Adults and Adolescents with HIV. 2025 [internet publication]. https://clinicalinfo.hiv.gov/en/guidelines/hiv-clinical-guidelines-adult-and-adolescent-opportunistic-infections/whats-new [248]Pappas PG, Kauffman CA, Andes DR, et al. Clinical practice guideline for the management of candidiasis: 2016 update by the Infectious Diseases Society of America. Clin Infect Dis. 2016 Feb 15;62(4):e1-50. http://cid.oxfordjournals.org/content/62/4/e1.long http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/26679628?tool=bestpractice.com
Foi relatada uma taxa de recidiva mais alta de candidíase esofágica com as equinocandinas (caspofungina, micafungina, anidulafungina) em comparação com o fluconazol.
A duração do tratamento é de 14-21 dias.
Opções primárias
fluconazol: 100-400 mg por via oral/intravenosa uma vez ao dia
Opções secundárias
itraconazol: 200 mg por via oral (solução oral) uma vez ao dia
ou
voriconazol: 200 mg por via oral/intravenosa duas vezes ao dia
ou
isavuconazol: 200 mg por via oral como uma dose de ataque, seguidos de 50 mg por via oral uma vez ao dia; ou 400 mg por via oral como uma dose de ataque, seguidos por 100 mg por via oral uma vez ao dia; ou 400 mg por via oral uma vez por semana
Mais isavuconazolDose expressa como equivalentes de isavuconazol (372 mg de sulfato de isavuconazonium = 200 mg de isavuconazol).
ou
caspofungina: 50 mg por via intravenosa uma vez ao dia
ou
micafungina: 150 mg por via intravenosa uma vez ao dia
ou
anidulafungina: 100 mg por via intravenosa no dia 1, seguidos por 50 mg uma vez ao dia
ou
anfotericina B lipossomal: 3-4 mg/kg por via intravenosa uma vez ao dia
antifúngico sistêmico alternativo
Doença refratária ao fluconazol pode responder ao itraconazol ou posaconazol.[1]National Institutes of Health, Centers for Disease Control and Prevention, HIV Medicine Association, and Infectious Diseases Society of America. Panel on Guidelines for the Prevention and Treatment of Opportunistic Infections in Adults and Adolescents with HIV. 2025 [internet publication]. https://clinicalinfo.hiv.gov/en/guidelines/hiv-clinical-guidelines-adult-and-adolescent-opportunistic-infections/whats-new
Anfotericina B desoxicolato ou a formulação lipídica também podem ser eficazes. O tratamento com equinocandina (anidulafungina, caspofungina ou micafungina) também pode ser útil.[1]National Institutes of Health, Centers for Disease Control and Prevention, HIV Medicine Association, and Infectious Diseases Society of America. Panel on Guidelines for the Prevention and Treatment of Opportunistic Infections in Adults and Adolescents with HIV. 2025 [internet publication]. https://clinicalinfo.hiv.gov/en/guidelines/hiv-clinical-guidelines-adult-and-adolescent-opportunistic-infections/whats-new
A duração do tratamento é de 14 a 21 dias (28 dias para o posaconazol). O uso crônico ou prolongado de azóis pode promover o desenvolvimento de resistência e também de hepatotoxicidade.
Opções primárias
posaconazol: 400 mg por via oral (suspensão oral) duas vezes ao dia
ou
itraconazol: 200 mg por via oral (solução oral) uma vez ao dia
Opções secundárias
anidulafungina: 100 mg por via intravenosa no dia 1, seguidos por 50 mg por via intravenosa uma vez ao dia
ou
caspofungina: 50 mg por via intravenosa uma vez ao dia
ou
micafungina: 150 mg por via intravenosa uma vez ao dia
ou
voriconazol: 200 mg por via oral/intravenosa duas vezes ao dia
ou
anfotericina B desoxicolato: 0.6 mg/kg por via intravenosa uma vez ao dia
ou
anfotericina B lipossomal: 3-4 mg/kg por via intravenosa uma vez ao dia
azol sistêmico ou antifúngico tópico ou ibrexafungerp
A candidíase vulvovaginal não complicada em mulheres que vivem com HIV geralmente responde ao fluconazol (dose única) ou itraconazol orais de ação curta, ou a um tratamento tópico com azóis por 3-7 dias.
O ibrexafungerp (um antifúngico triterpenoide) é uma alternativa mais recente que pode ser usada, quando disponível, para organismos resistentes a azóis ou para indivíduos que não toleram a terapia com azóis.[1]National Institutes of Health, Centers for Disease Control and Prevention, HIV Medicine Association, and Infectious Diseases Society of America. Panel on Guidelines for the Prevention and Treatment of Opportunistic Infections in Adults and Adolescents with HIV. 2025 [internet publication]. https://clinicalinfo.hiv.gov/en/guidelines/hiv-clinical-guidelines-adult-and-adolescent-opportunistic-infections/whats-new
Opções primárias
fluconazol: 150 mg por via oral em dose única
ou
clotrimazol vaginal: (creme a 1%) inserção de 5 g (um aplicador cheio) na vagina uma vez ao dia à noite
ou
butoconazol vaginal: (creme a 2%) inserção de 5 g (um aplicador cheio) na vagina uma vez ao dia à noite
ou
miconazol vaginal: (creme a 2%) inserção de 5 g (um aplicador cheio) na vagina uma vez ao dia à noite
ou
tioconazol vaginal: (pomada a 6.5%) inserir 5 g (um aplicador cheio) na vagina uma vez ao dia à noite
ou
terconazol vaginal: (creme a 0.4% a 0.8%) inserir 5 g (um aplicador cheio) na vagina uma vez ao dia à noite
Opções secundárias
itraconazol: 200 mg por via oral (solução oral) uma vez ao dia
ou
Ibrexafungerpe: 300 mg por via oral duas vezes ao dia por 1 dia
azol sistêmico ou antifúngico tópico ou ibrexafungerp
Os episódios graves ou recorrentes de vaginite nas mulheres que vivem com HIV requerem fluconazol oral ou terapia antifúngica tópica por, pelo menos, 7 dias.[1]National Institutes of Health, Centers for Disease Control and Prevention, HIV Medicine Association, and Infectious Diseases Society of America. Panel on Guidelines for the Prevention and Treatment of Opportunistic Infections in Adults and Adolescents with HIV. 2025 [internet publication]. https://clinicalinfo.hiv.gov/en/guidelines/hiv-clinical-guidelines-adult-and-adolescent-opportunistic-infections/whats-new
Para aqueles com candidíase vulvovaginal recorrente, oteseconazol (um antifúngico azólico tetrazol mais recente) e ibrexafungerp (um antifúngico triterpenoide) são opções alternativas. Esses medicamentos são usados como parte de esquemas (potencialmente com fluconazol) que visam tratar o episódio agudo, além do tratamento para reduzir a incidência de episódios recorrentes.[1]National Institutes of Health, Centers for Disease Control and Prevention, HIV Medicine Association, and Infectious Diseases Society of America. Panel on Guidelines for the Prevention and Treatment of Opportunistic Infections in Adults and Adolescents with HIV. 2025 [internet publication]. https://clinicalinfo.hiv.gov/en/guidelines/hiv-clinical-guidelines-adult-and-adolescent-opportunistic-infections/whats-new
Opções primárias
fluconazol: 100-200 mg por via oral uma vez ao dia
ou
clotrimazol vaginal: (creme a 1%) inserção de 5 g (um aplicador cheio) na vagina uma vez ao dia à noite
ou
butoconazol vaginal: (creme a 2%) inserção de 5 g (um aplicador cheio) na vagina uma vez ao dia à noite
ou
miconazol vaginal: (creme a 2%) inserção de 5 g (um aplicador cheio) na vagina uma vez ao dia à noite
ou
tioconazol vaginal: (pomada a 6.5%) inserir 5 g (um aplicador cheio) na vagina uma vez ao dia à noite
ou
terconazol vaginal: (creme a 0.4% a 0.8%) inserir 5 g (um aplicador cheio) na vagina uma vez ao dia à noite
Opções secundárias
itraconazol: 200 mg por via oral (solução oral) uma vez ao dia
ou
Oteseconazol: 600 mg por via oral uma vez ao dia no dia 1, seguido por 450 mg uma vez ao dia no dia 2, em seguida, 150 mg uma vez por semana por 11 semanas a partir do dia 14
ou
fluconazol: indução: 150 mg por via oral uma vez ao dia nos dias 1, 4 e 7
e
Oteseconazol: após indução com fluconazol: 150 mg por via oral uma vez ao dia nos dias 14 a 20, seguidos por 150 mg uma vez por semana por 11 semanas, começando no dia 28
ou
fluconazol: indução: 150 mg por via oral a cada 72 horas por 3 doses
e
Ibrexafungerpe: após indução com fluconazol: 300 mg por via oral duas vezes ao dia por 1 dia por mês por 6 meses (tomar no mesmo dia de cada mês)
coccidioidomicose
antifúngico azólico
Para a coccidioidomicose pulmonar clinicamente leve a moderada (por exemplo, pneumonia coccidioide focal), o fluconazol ou o itraconazol orais são os agentes preferenciais tanto para indivíduos imunocompetentes quanto imunocomprometidos.[1]National Institutes of Health, Centers for Disease Control and Prevention, HIV Medicine Association, and Infectious Diseases Society of America. Panel on Guidelines for the Prevention and Treatment of Opportunistic Infections in Adults and Adolescents with HIV. 2025 [internet publication]. https://clinicalinfo.hiv.gov/en/guidelines/hiv-clinical-guidelines-adult-and-adolescent-opportunistic-infections/whats-new [250]Galgiani JN, Catanzaro A, Cloud GA, et al. Comparison of oral fluconazole and itraconazole for progressive, nonmeningeal coccidioidomycosis. A randomized, double-blind trial. Mycoses Study Group. Ann Intern Med. 2000 Nov 7;133(9):676-86. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/11074900?tool=bestpractice.com
Os azóis alternativos incluem o isavuconazol, o voriconazol e o posaconazol, embora os dados sejam limitados.[1]National Institutes of Health, Centers for Disease Control and Prevention, HIV Medicine Association, and Infectious Diseases Society of America. Panel on Guidelines for the Prevention and Treatment of Opportunistic Infections in Adults and Adolescents with HIV. 2025 [internet publication]. https://clinicalinfo.hiv.gov/en/guidelines/hiv-clinical-guidelines-adult-and-adolescent-opportunistic-infections/whats-new [251]Kim MM, Vikram HR, Kusne S, et al. Treatment of refractory coccidioidomycosis with voriconazole or posaconazole. Clin Infect Dis. 2011 Dec;53(11):1060-6. https://academic.oup.com/cid/article/53/11/1060/305478 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/22045955?tool=bestpractice.com
A recidiva é comum em todos os indivíduos com coccidioidomicose, independentemente do estado imunológico, e todos os indivíduos devem ser tratados por um infectologista experiente.
Opções primárias
fluconazol: 400 mg por via oral uma vez ao dia
ou
itraconazol: 200 mg por via oral três vezes ao dia por 3 dias, seguidos por 200 mg duas vezes ao dia
Opções secundárias
voriconazol: 400 mg por via oral duas vezes ao dia no dia 1, seguidos por 200 mg duas vezes ao dia
ou
posaconazol: 300 mg por via oral (liberação retardada) duas vezes ao dia no dia 1, seguidos por 300 mg uma vez ao dia
ou
isavuconazol: 200 mg por via oral três vezes ao dia por 6 doses, seguidos por 200 mg duas vezes ao dia
anfotericina B ou antifúngico azólico
Para a coccidioidomicose pulmonar grave (por exemplo, infiltrados pulmonares difusos) ou para a coccidioidomicose extrapulmonar não meníngea e para pacientes com contagem de CD4 inferior a 50 células/microlitro, a anfotericina B desoxicolato intravenosa ou a anfotericina B lipossomal devem ser imediatamente administradas. A terapia pode ser trocada por um azol oral após a melhora clínica e deve ser mantida em longo prazo, independentemente da contagem de CD4.[1]National Institutes of Health, Centers for Disease Control and Prevention, HIV Medicine Association, and Infectious Diseases Society of America. Panel on Guidelines for the Prevention and Treatment of Opportunistic Infections in Adults and Adolescents with HIV. 2025 [internet publication]. https://clinicalinfo.hiv.gov/en/guidelines/hiv-clinical-guidelines-adult-and-adolescent-opportunistic-infections/whats-new
Opções primárias
anfotericina B desoxicolato: 0.7 a 1 mg/kg por via intravenosa a cada 24 horas
ou
anfotericina B lipossomal: 3-5 mg/kg por via intravenosa a cada 24 horas
antifúngico azólico ou anfotericina B intratecal
Para a coccidioidomicose meníngea, são preferidas altas doses de fluconazol intravenoso ou oral. Outros azóis, como o itraconazol, podem ser administrados como alternativas, embora haja menos dados e menos experiência clínica.[1]National Institutes of Health, Centers for Disease Control and Prevention, HIV Medicine Association, and Infectious Diseases Society of America. Panel on Guidelines for the Prevention and Treatment of Opportunistic Infections in Adults and Adolescents with HIV. 2025 [internet publication]. https://clinicalinfo.hiv.gov/en/guidelines/hiv-clinical-guidelines-adult-and-adolescent-opportunistic-infections/whats-new [252]Tucker RM, Denning DW, Dupont B, et al. Itraconazole therapy for chronic coccidioidal meningitis. Ann Intern Med. 1990 Jan 15;112(2):108-12. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/2153012?tool=bestpractice.com
Para os casos refratários, pode ser necessária a administração de anfotericina B intratecal. Recomenda-se consultar um especialista experiente. A terapia intratecal deve ser administrada por um médico com muita experiência nesta técnica de administração. Consulte um especialista para obter orientação sobre a dose intratecal.
Opções primárias
fluconazol: 800-1200 mg por via intravenosa a cada 24 horas
Opções secundárias
itraconazol: 200 mg por via oral duas a três vezes ao dia
ou
voriconazol: 200-400 mg por via oral duas vezes ao dia
ou
posaconazol: 300 mg por via oral (liberação retardada) duas vezes ao dia no dia 1, seguidos por 300 mg uma vez ao dia
ou
isavuconazol: 200 mg por via oral três vezes ao dia por 6 doses, seguidos por 200 mg duas vezes ao dia
Histoplasmose disseminada
antifúngico azólico
A doença disseminada é definida como uma enfermidade clínica que não melhora após 3 semanas de observação e é acompanhada por sinais e sintomas de envolvimento extrapulmonar. A histoplasmose disseminada progressiva apresenta uma taxa elevada de fatalidade sem terapia. O tratamento é o mesmo para pacientes imunocompetentes e imunocomprometidos.[1]National Institutes of Health, Centers for Disease Control and Prevention, HIV Medicine Association, and Infectious Diseases Society of America. Panel on Guidelines for the Prevention and Treatment of Opportunistic Infections in Adults and Adolescents with HIV. 2025 [internet publication]. https://clinicalinfo.hiv.gov/en/guidelines/hiv-clinical-guidelines-adult-and-adolescent-opportunistic-infections/whats-new [203]Wheat LJ, Freifeld AG, Kleiman MB, et al. Clinical practice guidelines for the management of patients with histoplasmosis: 2007 update by the Infectious Diseases Society of America. Clin Infect Dis. 2007 Oct 1;45(7):807-25. https://academic.oup.com/cid/article/45/7/807/541502 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/17806045?tool=bestpractice.com
O itraconazol oral é o tratamento de escolha para pacientes com doença disseminada leve a moderada e é administrado por, pelo menos, 12 meses.[1]National Institutes of Health, Centers for Disease Control and Prevention, HIV Medicine Association, and Infectious Diseases Society of America. Panel on Guidelines for the Prevention and Treatment of Opportunistic Infections in Adults and Adolescents with HIV. 2025 [internet publication]. https://clinicalinfo.hiv.gov/en/guidelines/hiv-clinical-guidelines-adult-and-adolescent-opportunistic-infections/whats-new [203]Wheat LJ, Freifeld AG, Kleiman MB, et al. Clinical practice guidelines for the management of patients with histoplasmosis: 2007 update by the Infectious Diseases Society of America. Clin Infect Dis. 2007 Oct 1;45(7):807-25. https://academic.oup.com/cid/article/45/7/807/541502 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/17806045?tool=bestpractice.com
O voriconazol e o posaconazol foram utilizados com sucesso no tratamento de indivíduos imunocomprometidos com histoplasmose, e esses medicamentos podem ser considerados como agentes alternativos para os indivíduos incapazes de tolerar o itraconazol.[1]National Institutes of Health, Centers for Disease Control and Prevention, HIV Medicine Association, and Infectious Diseases Society of America. Panel on Guidelines for the Prevention and Treatment of Opportunistic Infections in Adults and Adolescents with HIV. 2025 [internet publication]. https://clinicalinfo.hiv.gov/en/guidelines/hiv-clinical-guidelines-adult-and-adolescent-opportunistic-infections/whats-new [203]Wheat LJ, Freifeld AG, Kleiman MB, et al. Clinical practice guidelines for the management of patients with histoplasmosis: 2007 update by the Infectious Diseases Society of America. Clin Infect Dis. 2007 Oct 1;45(7):807-25. https://academic.oup.com/cid/article/45/7/807/541502 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/17806045?tool=bestpractice.com
O fluconazol demonstra menor atividade contra o fungo e é menos eficaz que o itraconazol, e há relatos de resistência emergente entre pacientes recebendo terapia com fluconazol.[1]National Institutes of Health, Centers for Disease Control and Prevention, HIV Medicine Association, and Infectious Diseases Society of America. Panel on Guidelines for the Prevention and Treatment of Opportunistic Infections in Adults and Adolescents with HIV. 2025 [internet publication]. https://clinicalinfo.hiv.gov/en/guidelines/hiv-clinical-guidelines-adult-and-adolescent-opportunistic-infections/whats-new [27]Thompson GR 3rd, Le T, Chindamporn A, et al. Global guideline for the diagnosis and management of the endemic mycoses: an initiative of the European Confederation of Medical Mycology in cooperation with the International Society for Human and Animal Mycology. Lancet Infect Dis. 2021 Dec;21(12):e364-74. https://pmc.ncbi.nlm.nih.gov/articles/PMC9450022 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/34364529?tool=bestpractice.com Portanto, o fluconazol é reservado para pacientes intolerantes ou refratários a outros azóis.
Recomenda-se o monitoramento terapêutico com antifúngicos azólicos.[1]National Institutes of Health, Centers for Disease Control and Prevention, HIV Medicine Association, and Infectious Diseases Society of America. Panel on Guidelines for the Prevention and Treatment of Opportunistic Infections in Adults and Adolescents with HIV. 2025 [internet publication]. https://clinicalinfo.hiv.gov/en/guidelines/hiv-clinical-guidelines-adult-and-adolescent-opportunistic-infections/whats-new [203]Wheat LJ, Freifeld AG, Kleiman MB, et al. Clinical practice guidelines for the management of patients with histoplasmosis: 2007 update by the Infectious Diseases Society of America. Clin Infect Dis. 2007 Oct 1;45(7):807-25. https://academic.oup.com/cid/article/45/7/807/541502 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/17806045?tool=bestpractice.com
Opções primárias
itraconazol: 200 mg por via oral três vezes ao dia por 3 dias, seguidos por 200 mg por via oral duas vezes ao dia
Opções secundárias
voriconazol: 400 mg por via oral duas vezes ao dia no dia 1, seguidos por 200 mg duas vezes ao dia
ou
posaconazol: 300 mg por via oral (comprimido de liberação retardada) duas vezes ao dia no dia 1, seguidos por 300 mg uma vez ao dia
Opções terciárias
fluconazol: 800 mg por via oral uma vez ao dia
anfotericina B
A doença disseminada é definida como uma enfermidade clínica que não melhora após 3 semanas de observação e é acompanhada por sinais e sintomas de envolvimento extrapulmonar. A histoplasmose disseminada progressiva apresenta uma taxa elevada de fatalidade sem terapia. O tratamento é o mesmo para pacientes imunocompetentes e imunocomprometidos.[1]National Institutes of Health, Centers for Disease Control and Prevention, HIV Medicine Association, and Infectious Diseases Society of America. Panel on Guidelines for the Prevention and Treatment of Opportunistic Infections in Adults and Adolescents with HIV. 2025 [internet publication]. https://clinicalinfo.hiv.gov/en/guidelines/hiv-clinical-guidelines-adult-and-adolescent-opportunistic-infections/whats-new [203]Wheat LJ, Freifeld AG, Kleiman MB, et al. Clinical practice guidelines for the management of patients with histoplasmosis: 2007 update by the Infectious Diseases Society of America. Clin Infect Dis. 2007 Oct 1;45(7):807-25. https://academic.oup.com/cid/article/45/7/807/541502 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/17806045?tool=bestpractice.com
Para os indivíduos com histoplasmose disseminada grave, incluindo aqueles hipoxêmicos ou que necessitam de suporte ventilatório, a anfotericina B lipossomal é o tratamento inicial de preferência. Outras formulações de anfotericina B podem ser usadas se a anfotericina B lipossomal não estiver disponível ou não for tolerada. A terapia deve ser iniciada com anfotericina B por 1 a 2 semanas e transferida para itraconazol oral (ou um antifúngico azólico alternativo) após estabilização clínica para completar um ciclo de 12 meses.[1]National Institutes of Health, Centers for Disease Control and Prevention, HIV Medicine Association, and Infectious Diseases Society of America. Panel on Guidelines for the Prevention and Treatment of Opportunistic Infections in Adults and Adolescents with HIV. 2025 [internet publication]. https://clinicalinfo.hiv.gov/en/guidelines/hiv-clinical-guidelines-adult-and-adolescent-opportunistic-infections/whats-new [203]Wheat LJ, Freifeld AG, Kleiman MB, et al. Clinical practice guidelines for the management of patients with histoplasmosis: 2007 update by the Infectious Diseases Society of America. Clin Infect Dis. 2007 Oct 1;45(7):807-25. https://academic.oup.com/cid/article/45/7/807/541502 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/17806045?tool=bestpractice.com
Opções primárias
anfotericina B lipossomal: 3 mg/kg/dia por via intravenosa
Opções secundárias
complexo lipídico de anfotericina B: 5 mg/kg/dia por via intravenosa
ou
anfotericina B desoxicolato: 0.7 a 1 mg/kg/dia por via intravenosa
antifúngico azólico
Tratamento recomendado para TODOS os pacientes no grupo de pacientes selecionado
Após a terapia de indução antifúngica, os indivíduos devem ser transferidos para itraconazol oral (ou um antifúngico azólico alternativo) após a estabilização clínica para completar um ciclo de 12 meses.
Em pessoas que vivem com HIV, o itraconazol pode ser descontinuado com segurança após, pelo menos, 1 ano se estiverem recebendo terapia antirretroviral altamente ativa, a contagem de CD4 for >150 células/mL, os resultados da hemocultura forem negativos e os níveis de antígeno sérico e urinário do Histoplasma capsulatum forem <2 nanogramas/mL.[253]World Health Organization. Guidelines for diagnosing and managing disseminated histoplasmosis among people living with HIV. Apr 2020 [internet publication]. https://www.who.int/publications/i/item/9789240006430 [257]Goldman M, Zackin R, Fichtenbaum CJ, et al. Safety of discontinuation of maintenance therapy for disseminated histoplasmosis after immunologic response to antiretroviral therapy. Clin Infect Dis. 2004 May 15;38(10):1485-9. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/15156489?tool=bestpractice.com [258]Myint T, Anderson AM, Sanchez A, et al. Histoplasmosis in patients with human immunodeficiency virus/acquired immunodeficiency syndrome (HIV/AIDS): multicenter study of outcomes and factors associated with relapse. Medicine (Baltimore). 2014 Jan;93(1):11-8. https://journals.lww.com/md-journal/fulltext/2014/01000/histoplasmosis_in_patients_with_human.2.aspx http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/24378739?tool=bestpractice.com
Os níveis de antígeno anti-H capsulatum na urina devem ser verificados mensalmente, para monitorar a resposta à terapia, e seguidos por 12 meses para detectar recidiva da doença. Até 10% a 15% dos indivíduos apresentam recidiva apesar de tratamento, o que é uma indicação para terapia de manutenção em longo prazo com itraconazol.[255]Dismukes WE, Bradsher RW Jr, Cloud GC, et al. Itraconazole therapy for blastomycosis and histoplasmosis. NIAID Mycoses Study Group. Am J Med. 1992 Nov;93(5):489-97. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/1332471?tool=bestpractice.com [256]Wheat J, Hafner R, Korzun AH, et al. Itraconazole treatment of disseminated histoplasmosis in patients with the acquired immunodeficiency syndrome. AIDS Clinical Trial Group. Am J Med. 1995 Apr;98(4):336-42. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/7709945?tool=bestpractice.com
Opções primárias
itraconazol: 200 mg por via oral três vezes ao dia por 3 dias, seguidos por 200 mg por via oral duas vezes ao dia
Opções secundárias
voriconazol: 400 mg por via oral duas vezes ao dia no dia 1, seguidos por 200 mg por via oral duas vezes ao dia
ou
posaconazol: 300 mg por via oral (comprimido de liberação retardada) duas vezes ao dia no dia 1, seguidos por 300 mg uma vez ao dia
Opções terciárias
fluconazol: 800 mg por via oral uma vez ao dia
suporte ventilatório
Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado
Os indivíduos podem ficar hipoxêmicos e precisar de suporte ventilatório.
Escolha um grupo de pacientes para ver nossas recomendações
Observe que as formulações/vias e doses podem diferir entre nomes e marcas de medicamentos, formulários de medicamentos ou localidades. As recomendações de tratamento são específicas para os grupos de pacientes. Ver aviso legal
O uso deste conteúdo está sujeito ao nosso aviso legal