Diagnósticos diferenciais
Fasciite necrosante
SINAIS / SINTOMAS
Os achados iniciais são inespecíficos e podem ser similares aos da celulite.
Dor acentuada, muitas vezes desproporcional ao exame e alteração bolhosa necrótica são pistas clínicas.
A crepitação pode estar presente se a etiologia anaeróbica mista é responsável.
Investigações
A exploração cirúrgica é definitiva para o diagnóstico e um requisito para o tratamento. Esse é provavelmente um risco de vida e para o membro, e o apoio cirúrgico não deve ser protelado se há suspeita de fasciite necrosante. A ressonância nuclear magnética (RNM) será útil se o diagnóstico for duvidoso.[52][58][59]
RNM: captação de contraste, espessamento da fáscia profunda com acúmulo de fluidos.
Superficial, tromboflebite
SINAIS / SINTOMAS
Cordão palpável e sensível à palpação junto com veia afetada frequentemente presente.
Presença ou recente presença de cateter intravenoso ou agulha também sugere o diagnóstico.
Investigações
Diagnóstico clínico.
Trombose venosa profunda
SINAIS / SINTOMAS
Sensibilidade da veia envolvida, história prévia de trombose venosa profunda, imobilidade prolongada ou estado hipercoagulável.
Investigações
Ultrassonografia duplex: presença de um trombo na veia.
Gota
SINAIS / SINTOMAS
Suspeita naqueles com história de gota ou se a região de envolvimento da pele está intimamente associada a uma articulação, particularmente à primeira articulação metatarsofalângica ou à do joelho.
Investigações
Presença de cristais de urato no aspirado da articulação.
Linfedema
SINAIS / SINTOMAS
História de malignidade, cirurgia prévia, radioterapia, viagem a região endêmica de filariose ou história familiar de linfedema. Edema indolor unilateral do membro; edema não depressível; alterações da pele. Sinal de Stemmer positivo (incapacidade de elevar a pele no dorso dos dígitos). Sintomas de sensação de peso ou fraqueza do membro.
Investigações
Linfocintilografia: refluxo dérmico, transporte retardado ou ausente, ou falta de visualização de linfonodos.
RNM ou TC da extremidade afetada: espessamento da pele; faveolamento de tecido fibroso e fluido acima da fáscia muscular.
Ultrassonografia da área afetada: espessamento do compartimento epifascial e da pele.
Linfangiografia: localização de uma obstrução anatômica específica.
Esfregaço de sangue para filariose: presença de microfilárias.
Doença de Lyme
SINAIS / SINTOMAS
Também conhecida como eritema migratório.
Moradia ou viagem a uma região endêmica, história de exposição a carrapatos, envolvimento de locais incomuns de celulite bacteriana (por exemplo, axila, fossa poplítea ou abdome) são sugestivos.[60]
Às vezes, há uma área clara no centro do eritema.
Contato, dermatite
SINAIS / SINTOMAS
Envolvimento da pele bem-demarcado, prurido e história de exposição são sugestivos.[61]
Frequentemente diagnosticada somente por meios clínicos.
Investigações
Biópsia: espongiose intraepidérmica com monócitos e infiltração dérmica de histiócitos sugerem uma dermatite alérgica de contato. A dermatite irritante é caracterizada por vesículas superficiais contendo leucócitos polimorfonucleares.[62]
Picadas e ferroadas de insetos
SINAIS / SINTOMAS
História de exposição a insetos e prurido. Frequentemente diagnosticada somente por meios clínicos.
Investigações
Biópsia: o infiltrado dérmico inflamatório misto em forma de cunha é característico. Há predominância frequente de eosinófilos.[62]
Erupções medicamentosas fixas
SINAIS / SINTOMAS
História de reação similar à exposição prévia ao mesmo medicamento, região bem-demarcada de envolvimento, prurido, ardor, envolvimento de lábios e/ou genitália.
Investigações
Diagnóstico clínico.
Eritema nodoso
Pioderma gangrenoso
Celulite eosinofílica (síndrome de Wells)
SINAIS / SINTOMAS
Um pródromo curto de prurido e ardor pode preceder o início de lesões únicas ou múltiplas. A recorrência é comum e a resolução de cada episódio pode ocorrer ao longo de semanas.[66]
Investigações
Histopatologia: infiltração dérmica com eosinófilos e uma eosinofilia periférica pode ser observada também.[66]
Síndrome de Sweet
Carcinoma inflamatório (carcinoma erisipeloide)
SINAIS / SINTOMAS
Envolvimento de mama, ausência de febre.
Isso representa uma forma avançada de câncer.
Investigações
A mamografia e a biópsia não devem ser proteladas.
Policondrite recidivante
SINAIS / SINTOMAS
Envolvimento bilateral, particularmente da cartilagem auricular (pinas preservadas) ou nasal, história de reação semelhante.[68]
Investigações
Diagnóstico clínico.
Calcifilaxia
SINAIS / SINTOMAS
Lesões eritematosas e dolorosas, muitas vezes abaixo do joelho, com placas subcutâneas palpáveis características. Uma ulceração subsequente pode se desenvolver. Observada com mais frequência nos pacientes com doença renal em estágio terminal.[69]
Investigações
O diagnóstico muitas vezes é feito clinicamente, especialmente com a evolução das lesões. A biópsia é geralmente evitada em razão da preocupação com a cicatrização insuficiente subsequente.[69]
Lipodermatoesclerose
Febre familiar do Mediterrâneo
SINAIS / SINTOMAS
Uma história familiar positiva, episódios recorrentes, associação com síndrome de febre, serosite e envolvimento dos membros inferiores com lesões semelhantes a erisipelas são sugestivos.[61]
Investigações
Diagnóstico clínico.
Pseudocelulite induzida por quimioterapia
SINAIS / SINTOMAS
A quimioterapia pode causar reações adversas a medicamentos que mimetizam a celulite. Isso pode ocorrer mesmo sem exposição prévia à radiação. Em um estudo, a maioria dos casos de pseudocelulite induzida por quimioterapia foi associada ao uso de gencitabina.[71]
Investigações
Diagnóstico clínico.
Zaragatoasinvestigações microbiológicas negativas para etiologia infecciosa.
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