História e exame físico
Principais fatores diagnósticos
comuns
presença de fatores de risco
Os fatores de risco principais da celulite incluem episódio prévio de celulite, úlcera/ferida, dermatose, tinha do pé interdigital, linfedema e insuficiência venosa/edema crônico de membros inferiores.
desconforto cutâneo
eritema macular
ruptura da barreira cutânea
Úlceras na perna, feridas, dermatoses e tinha do pé interdigital podem ser mecanismos de entrada de microrganismos na pele.[23]
eritema vermelho-vivo elevado com margens nitidamente demarcadas (erisipela)
risco de infecção por Staphylococcus aureus resistente à meticilina (MRSA)
A infecção por MRSA deve ser considerada nos pacientes com contato recente com uma unidade de saúde, ou se houver (ou tiver havido recentemente) presença de doença de pele purulenta no paciente ou em seus contatos próximos. Os grupos identificados como tendo aumento do risco de infecção por MRSA adquirida na comunidade incluem indivíduos encarcerados, usuários de drogas intravenosas, militares e membros de equipes de atletismo.[23][37][38]
Outros fatores diagnósticos
comuns
história de diabetes
Pode predispor o paciente a úlceras do pé diabético, que podem ser complicadas pela celulite.[13] Para informações detalhadas sobre infecções em pé diabético, consulte nosso tópico "Infecções de pés diabéticos".
Incomuns
pródromo de sintomas gerais
Febre e calafrios ocorrem em uma minoria de pacientes.[1][12] Entretanto, os sintomas sistêmicos parecem ser mais comuns nos pacientes com insuficiência linfática preexistente.[27] Às vezes há presença de febre, taquicardia, confusão, hipotensão e leucocitose, e elas podem ocorrer horas antes do aparecimento de anormalidades na pele.[2][13]
linfangite/linfadenopatia regional
Via de entrada identificável
Pode haver presença de uma ferida, úlcera ou sinais de infecção por tinha e linfadenopatia local ou regional.[39]
história de imunocomprometimento
Além dos organismos que causam a celulite em um paciente imunocompetente, os pacientes imunocomprometidos são mais suscetíveis a infecções por bactérias aeróbicas Gram-negativas (por exemplo, Pseudomonas aeruginosa) e patógenos não bacterianos (por exemplo, Cryptococcus neoformans).[1][2][12][13]
Fatores de risco
Fortes
diabetes
Podem ocorrer infecções quando a bactéria ultrapassa a superfície da pele, particularmente quando a pele é frágil ou as defesas locais do hospedeiro estão baixas.[13][20]
Para obter informações detalhadas sobre infecções no pé diabético, consulte Doença nos pés relacionada ao diabetes.
insuficiência venosa e edema de membros inferiores crônico
A celulite após a venectomia de safena é uma associação bem reconhecida.[21][22] Um edema crônico resultante de outros mecanismos também aumenta o risco de celulite.[23] Acredita-se que a estase causa fragilidade da pele, prejudica a resposta imune e leva a uma dermatite por estase, o que pode aumentar o risco de infecção.
dermatose
linfedema
O linfedema, muitas vezes após a cirurgia e/ou radioterapia de um tumor maligno, tem sido associado à celulite em diversas situações, incluindo dissecção dos linfonodos com ou sem irradiação para cânceres de mama e ginecológico.[23][25][26][27] O comprometimento linfático presumivelmente torna as defesas locais do hospedeiro menos eficazes, levando à infecção subsequente.[14]
episódio prévio de celulite
Identificado como fator de risco independente em avaliações prospectivas e em estudos do tipo caso-controle.[21][23] A recorrência é bem documentada e provavelmente ocorre em decorrência de outros fatores de risco como linfedema, mas a inflamação com cada episódio agudo pode levar também à disfunção linfática residual.[14][24]
anormalidades no espaço entre os pododáctilos
Fator de risco independente para desenvolvimento da celulite.[21][23] A ruptura da barreira cutânea permite a entrada de microrganismos no tecido.[14] Evidências de infecção fúngica (tinha) podem revelar o ponto de entrada da bactéria.[28] A bactéria patogênica pode ser isolada dos espaços interdigitais nos pacientes com tinha do pé interdigital.[19]
Fissuras, descamação e maceração podem ser uma fonte de colonização por patógenos.[13]
uso de substâncias por via intravenosa
As pessoas que injetam drogas correm alto risco de infecções de pele e tecidos moles, devido a uma combinação de fatores, incluindo lesão tecidual local e rompimento da barreira cutânea, injeção não estéril, trombose de pequenos vasos e comprometimento das drenagens linfática e venosa.[29]
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