As quedas da altura em pé são responsáveis por uma maioria significativa das fraturas do quadril em idosos.[12]Court-Brown C, McQueen M, Tornetta P III. Trauma, 1st ed. Orthopaedic surgery essentials series. Philadelphia, PA: Lippincott Williams & Wilkins; 2006.[13]Allander E, Gullberg B, Johnell O, et al. Falls and hip fracture. A reasonable basis for possibilities for prevention? Some preliminary data from the MEDOS study Mediterranean Osteoporosis Study. Scand J Rheumatol Suppl. 1996;103:49-52.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/8966490?tool=bestpractice.com
Isso está associado à condição osteopênica ou osteoporótica do osso.[20]Court-Brown CM, Caesar B. Epidemiology of adult fractures: a review. Injury. 2006 Aug;37(8):691-7.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/16814787?tool=bestpractice.com
[21]Cummings SR, Black DM, Rubin SM. Lifetime risks of hip, Colles', or vertebral fracture and coronary heart disease among white postmenopausal women. Arch Intern Med. 1989 Nov;149(11):2445-8.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/2818106?tool=bestpractice.com
[22]Zhao Y, Shen L, Ji HF. Alzheimer's disease and risk of hip fracture: a meta-analysis study. Sci World J. 2012;2012:872173.
http://www.hindawi.com/journals/tswj/2012/872173
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/22629218?tool=bestpractice.com
Consulte Osteoporose. Estudos sugerem um aumento do risco de fratura do quadril entre pacientes com demência.[22]Zhao Y, Shen L, Ji HF. Alzheimer's disease and risk of hip fracture: a meta-analysis study. Sci World J. 2012;2012:872173.
http://www.hindawi.com/journals/tswj/2012/872173
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/22629218?tool=bestpractice.com
Em um estudo de base populacional, pacientes com demência com osteoporose coexistente tinham maior risco de fratura do quadril em comparação com pacientes com demência isolada.[23]Wang HK, Hung CM, Lin SH, et al. Increased risk of hip fractures in patients with dementia: a nationwide population-based study. BMC Neurol. 2014 Sep 12;14:175.
https://www.doi.org/10.1186/s12883-014-0175-2
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/25213690?tool=bestpractice.com
Em pessoas mais jovens, a etiologia primária é trauma de alta energia, incluindo acidente com veículo automotor e quedas de altura.[17]Robinson CM, Court-Brown CM, McQueen MM, et al. Hip fractures in adults younger than 50 years of age: epidemiology and results. Clin Orthop Relat Res. 1995 Mar;(312):238-46.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/7634609?tool=bestpractice.com
A fisiopatologia da fratura abrange a ruptura cortical, danos periosteais e danos às arquiteturas intramedular e cancelosa. Estudos histomorfométricos mostraram que o adelgaçamento cortical e alguma diminuição na massa óssea trabecular e na conectividade podem ser observados especialmente na osteoporose, sugerindo uma menor qualidade do osso e, portanto, diminuição da resistência mecânica resultando em fratura.[24]Blain H, Chavassieux P, Portero-Muzy N, et al. Cortical and trabecular bone distribution in the femoral neck in osteoporosis and osteoarthritis. Bone. 2008 Nov;43(5):862-8.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/18708176?tool=bestpractice.com
Nos estudos experimentais, também observou-se um declínio na viabilidade dos osteócitos relacionado à idade.[25]Dunstan CR, Somers NM, Evans RA. Osteocyte death and hip fracture. Calcif Tissue Int. 1993;53 Suppl 1:S113-6; discussion S116-7.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/8275364?tool=bestpractice.com
Também ocorre resposta inflamatória após fraturas no fêmur proximal.[26]Zgoda M, Gorecki A, Bartlomiejczyk I, et al. Femoral neck fracture is accompanied by local changes in the content of transforming growth factor-beta1, interleukin-1beta and collagenase activity. J Musculoskelet Neuronal Interact. 2007 Apr-Jun;7(2):161-5.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/17627086?tool=bestpractice.com
Classifique as fraturas radiograficamente em intracapsulares e extracapsulares para orientar o tratamento cirúrgico.
Fraturas intracapsulares
Os vasos retinaculares que passam pela cápsula femoral podem ser danificados, especialmente se a fratura for deslocada, resultando em suprimento insuficiente de sangue para a cabeça do fêmur, muitas vezes levando à necrose avascular.[1]Parker M, Johansen A. Hip fracture. BMJ. 2006 Jul 1;333(7557):27-30.
https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC1488757
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/16809710?tool=bestpractice.com
Fraturas extracapsulares
As fraturas podem ser subdivididas ainda mais, dependendo do nível da fratura e da presença ou ausência de deslocamento e cominuição.[1]Parker M, Johansen A. Hip fracture. BMJ. 2006 Jul 1;333(7557):27-30.
https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC1488757
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/16809710?tool=bestpractice.com
A classificação de Garden categoriza as fraturas intracapsulares do quadril em quatro tipos, com base nas radiografias anteroposteriores do quadril. Ele incorpora deslocamento, completude da fratura e relação das trabéculas ósseas na cabeça e pescoço do fêmur.[3]Garden RS. Low angle fixation in fractures of the femoral neck. J Bone Joint Surg. 1961 Nov;43(4):647-63.
https://online.boneandjoint.org.uk/doi/pdf/10.1302/0301-620X.43B4.647
[4]Kazley JM, Banerjee S, Abousayed MM, et al. Classifications in brief: garden classification of femoral neck fractures. Clin Orthop Relat Res. 2018 Feb;476(2):441-5.
https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC6259691
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/29389800?tool=bestpractice.com
As fraturas intracapsulares (colo do fêmur) podem ser classificadas da seguinte forma:[5]Garden RS. Reduction and fixation of subcapital fractures of the femur. Orthop Clin North Am. 1974 Oct;5(4):683-712.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/4606995?tool=bestpractice.com
Tipo 1: impactadas em valgo
Tipo 2: sem desvio
Tipo 3: com desvio <50% e em varo
Tipo 4: com desvio total.
Estudos de confiabilidade sugeriram que há pouco acordo de confiabilidade inter- e intraobservador na categorização de fraturas com essa classificação.[6]Beimers L, Kreder HJ, Berry GK, et al. Subcapital hip fractures: the Garden classification should be replaced, not collapsed. Can J Surg. 2002 Dec;45(6):411-4.
https://www.canjsurg.ca/content/45/6/411.long
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/12500914?tool=bestpractice.com
As fraturas extracapsulares são classificadas amplamente em tipos trocantéricas e subtrocantéricas. A classificação AO é útil para orientar ainda mais o tratamento cirúrgico.[7]Meinberg EG, Agel J, Roberts CS, et al. Fracture and dislocation classification compendium – 2018. J Orthop Trauma. 2018 Jan;32 Suppl 1:S1-170.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/29256945?tool=bestpractice.com
Isso categoriza as fraturas de acordo com a localização, envolvimento articular, padrão de fratura e geometria.