História e exame físico

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Guide de pratique clinique pluridisciplinaire relatif à la collaboration dans la dispense de soins aux personnes âgées démentes résidant à domicile et leurs aidants prochesPublicada por: Groupe de Travail Développement de recommmandations de première ligneÚltima publicação: 2017Multidisciplinaire richtlijn voor thuiswonende oudere personen met dementie en hun mantelzorgersPublicada por: Werkgroep Ontwikkeling Richtlijnen Eerste Lijn (Worel)Última publicação: 2017

Principais fatores diagnósticos

comuns

presença de fatores de risco

Os principais fatores de risco incluem idade avançada, história familiar, genética, síndrome de Down, doença cerebrovascular e hiperlipidemia.

perda de memória

A característica marcante da doença de Alzheimer é o declínio da memória, começando com a perda da memória recente. Os sintomas progridem, com a perda rápida das informações novas e, mais tarde, restam somente fragmentos de memória.

desorientação

Desorientação de tempo e lugar. Começa sutilmente; pode se manifestar de maneira comportamental, colocando itens no lugar errado ou se perdendo.

disfasia nominal

Dificuldade em nomear objetos/pessoas. Avaliada no Miniexame do Estado Mental (MEEM). Nomes próprios e palavras pouco usadas são as primeiras coisas a serem esquecidas.

colocar itens no lugar errado/se perder

Pode ser o primeiro sintoma a ser apresentado, e pode ser devido à desorientação da memória ou à disfunção visuoespacial.

apatia

Pode se tornar passivo, dormir mais que o normal ou não querer realizar atividades comuns.

declínio das atividades da vida diária e atividades instrumentais da vida diária (AIVDs)

Alguns indivíduos conseguem manter-se fisicamente funcionais por bastante tempo ao longo do processo da doença. Os primeiros deficits são na realização de AIVDs, como cozinhar e fazer compras. Isso pode ser devido às dificuldades nas funções executivas e/ou de memória. No estágio avançado da DA, pode-se perder a continência, a capacidade de se vestir e cuidar da aparência e, eventualmente, de deambular e verbalizar.

alteração de personalidade

Alterações sutis se desenvolvem na personalidade, e interesse diminuído nas atividades habituais pode ser evidente.

exame físico inicial normal

O exame físico geralmente apresenta nada digno de nota nos estágios iniciais. Na doença avançada, os pacientes tendem a se apresentar vestidos de forma descuidada, confusos, apáticos e desorientados, com marcha lenta e arrastada, e postura inclinada. A doença terminal é marcada por rigidez e incapacidade de caminhar ou falar.

Outros fatores diagnósticos

comuns

mudanças de humor e comportamento

Algumas pessoas com doença de Alzheimer podem ficar deprimidas, apáticas, agitadas e/ou irritáveis. Agressividade, desinibição, paranoia, delírios, alucinações e mudança de comportamento ao anoitecer podem se tornar evidentes.[93][94]

má qualidade do pensamento abstrato

Tarefas complexas que requerem organização e planejamento tronam-se difíceis.

dispraxia construtiva

Os deficits no lobo parietal podem originar dificuldades em completar o teste do desenho do relógio ou testes dos pentágonos em intersecção no Mini-exame do Estado Mental (MEEM).

Incomuns

prosopagnosia

Incapacidade de reconhecer rostos familiares.

autoprosopagnosia

Incapacidade de se reconhecer no espelho. Mais comum no estágio tardio da doença.

Fatores de risco

Fortes

idade avançada

Diversos estudos mostraram que o risco de doença de Alzheimer (DA) aumenta com o avanço da idade. A idade é considerada o maior fator de risco na incidência de DA.

Acima dos 65 anos de idade, a incidência da DA duplica a cada 5 anos.[43]

história familiar

O risco estimado de doença de Alzheimer (DA) ao longo da vida nos parentes de primeiro grau sem um fator de risco genético subjacente definido para DA é de 25% a 50%.[44][45]

genética

Acredita-se que cerca de 70% do risco da doença de Alzheimer (DA) se deva a fatores genéticos.[16]

As mutações em três genes - presenilina 1 (PSEN1), presenilina 2 (PSEN2) e proteína precursora de amiloide (APP) - estão associadas a casos familiares de DA de início precoce.[16][46]

O alelo APOE e4 contribui para casos esporádicos de DA de início tardio, ao passo que a isoforma APOE e2 é protetora.[47][48]​​ Um estudo de associação genômica ampla identificou 75 loci de risco para a DA e demências relacionadas, mas, embora muitos polimorfismos tenham sido explorados na DA, nenhum é usado de maneira preditiva.[46][49]​​​

Síndrome de Down

A trissomia do cromossomo 21 que resulta na síndrome de Down está associada ao desenvolvimento de placas amiloides no cérebro. A taxa de deposição aumenta de maneira acentuada entre os 35 e os 45 anos de idade.

Os sinais e sintomas clínicos da doença de Alzheimer se desenvolvem em algumas pessoas com síndrome de Down a partir de cerca de 50 anos de idade, e são observados em cerca de 75% das pessoas com síndrome de Down com idade acima de 60 anos.[50]

doença cerebrovascular

A doença cerebrovascular é um forte fator de risco para a demência vascular, que às vezes coexiste com a doença de Alzheimer (demência mista). Até um terço dos pacientes com AVC desenvolvem demência em 5 anos.[51]

A fibrilação atrial incidente demonstrou ser um fator de risco para demência nos idosos, mesmo na ausência de acidente vascular cerebral.[52]

fatores de estilo de vida e ambiente

Tabagismo, obesidade na meia-idade, dieta rica em gorduras saturadas, abstinência de álcool na meia-idade, sedentarismo e consumo de mais de 14 unidades de álcool por semana têm sido associados a um maior risco de desenvolvimento da doença de Alzheimer (DA) e de demência por todas as causas.​[20][21]​​​​​[22][23][24]​​​​ Um consumo moderado de álcool (1-14 unidades/semana) pode proteger contra a demência.[21]​​​[22]

Os fatores de risco modificáveis associados ao maior aumento do risco de demência incluem o tabagismo na meia-idade, a hipertensão e a pré-hipertensão e o diabetes (embora alguns estudos tenham sugerido que o diabetes tipo 2 está associado a um maior risco de demência vascular, mas não de DA).[21]​​[53][54]

Vários estudos sugerem que a exposição à poluição atmosférica particulada aumenta o risco de demência ou declínio cognitivo.[55][56]

uso de determinados medicamentos

Alguns medicamentos (por exemplo, anticolinérgicos; terapia de privação androgênica em homens com câncer de próstata) têm sido associados a aumento do risco de doença de Alzheimer (DA), mas não se sabe ao certo se este é o efeito direto das próprias medicações ou se está relacionado aos quadros clínicos subjacentes e/ou fatores de estilo de vida relacionados.[36][37][38]​​ Alguns estudos sugeriram que o uso em longo prazo de terapia de reposição hormonal em mulheres menopausadas pode estar associado a um aumento do risco de DA, mas as evidências são inconsistentes.[57][58][59]

Escolaridade inferior ao ensino secundário

A escolaridade inferior ao ensino secundário foi associada a um maior risco de desenvolvimento de demência por todas as causas.[21]​​​​[60]​ Outras medidas de privação também foram implicadas, e os estudos sobre esses aspectos estão em andamento.[61]

Fracos

lesão cerebral traumática

Até mesmo uma lesão leve, sem perda de consciência, aumenta o risco de desenvolvimento da doença de Alzheimer. Quanto mais grave a lesão cerebral traumática, maior o risco.[21]​​​[26]

depressão

Aumenta o risco de desenvolvimento da doença de Alzheimer (DA).​​​ Não está claro se a depressão representa um verdadeiro fator de risco ou um pródromo da DA.[21]​​[62][63]

perda auditiva

A perda auditiva relacionada à idade está associada a declínio cognitivo e a demência por todas as causas.[21]​​[27][28]

doença periodontal

Revisões sistemáticas sugerem que a doença periodontal está associada a um risco elevado de doença de Alzheimer e comprometimento cognitivo. São necessários outros estudos bem desenhados para investigar essa relação.[32][33]

comprometimento visual

Sugeriu-se que o comprometimento visual está associado a um aumento do risco de demência por todas as causas. São necessários estudos adicionais que incluam o comprometimento visual analisado de maneira objetiva (e não dados autorrelatados de pesquisa).[34][35]

infecção por vírus do herpes simples 1 (HSV-1)

Uma metanálise sugeriu que a infecção por HSV-1 é um fator de risco para doença de Alzheimer.[64]

hiperlipidemia

A hiperlipidemia é um fator de risco fraco para a demência vascular (a qual às vezes coexiste com a doença de Alzheimer [demência mista]).[65][66]​​

sexo feminino

A DA é mais comum nas mulheres que nos homens.[7][10]

nível elevado de homocisteína no plasma

Não está claro se a homocisteína é um marcador auxiliar para um processo metabólico subjacente ou um fator etiológico em si; no entanto, uma homocisteína elevada certamente está associada a maior risco de demência.[30][67]​​​[68]

cirurgia sob anestesia geral

Uma metanálise demonstrou uma associação positiva significativa entre anestesia geral e doença de Alzheimer. No entanto, não foi possível diferenciar a influência da anestesia geral do efeito da cirurgia em si; são necessários estudos adicionais.[69]​ Pequenos estudos de anestesia sem cirurgia não confirmaram o efeito da anestesia sobre a cognição.[70]

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