Prevenção primária

A prevenção do linfedema é difícil. Consciência da doença e cuidado ao operar perto da axila ou da virilha podem diminuir o risco de linfedema pós-operatório. Minimizar a extensão do procedimento cirúrgico e a quantidade de radioterapia oferecida também pode reduzir o risco.[14][44]​​ A cirurgia de câncer poupadora de linfonodos tem sido amplamente adotada nas últimas décadas, e agora faz parte do padrão de cuidados no tratamento de alguns tipos de câncer, inclusive o câncer de mama e melanoma.[10]​ Por exemplo, biópsia do linfonodo sentinela (BLS) sozinha reduz a incidência de linfedema (5%) quando comparada à BLS seguida de linfadenectomia axilar (16%).[14][45]​​ As técnicas de imagem cirúrgicas, que identificam vasos linfáticos a serem evitados durante a cirurgia, estão sendo cada vez mais usadas.[46]​ Anastomoses ou shunts venosos e linfáticos, profiláticos e preventivos, podem ser inseridos durante a cirurgia em indivíduos com alto risco de desenvolver linfedema no pós-operatório.[47][48][49]

Evidências de um ensaio clínico randomizado e controlado sugerem que o uso de meias de compressão reduz o risco de edema no braço em mulheres com câncer de mama submetidas à dissecção dos linfonodos axilares.[50]​​ Com base na opinião de especialistas, as pessoas com aumento do risco de linfedema (por exemplo, devido à remoção de linfonodo ou radioterapia) são incentivadas a manter um índice de massa corporal dentro dos parâmetros recomendados; um programa cuidadoso de exercícios aeróbios e anaeróbios, com ou sem o uso de roupas de compressão, pode ser recomendado, com monitoramento rigoroso de sintomas como dor, desconforto ou inchaço, que sugerem a necessidade de adaptação do esquema de exercícios.[51]

Os indivíduos que vivem por períodos prolongados (vários meses a anos) em regiões tropicais ou subtropicais onde são endêmicas espécies filariais que podem causar filariose linfática apresentam aumento do risco de infecção.[34] Turistas de curto prazo apresentam risco muito baixo. As medidas para prevenir picadas de mosquito incluem evitar atividades ao ar livre após o pôr do sol, usar repelentes de insetos, vestir camisas de manga comprida e calças compridas e utilizar mosquiteiros de leito tratados com inseticida. Uma campanha global para eliminar a filariose linfática por meio da quimioterapia preventiva com administração maciça de medicamentos está em andamento e resultou em grandes reduções da prevalência no mundo todo.[9]

Prevenção secundária

A infecção pode ser parcialmente prevenida com um bom cuidado da pele e antibióticos profiláticos em pacientes adequadamente selecionados; por exemplo, aqueles com infecções cutâneas repetidas, com tratamento contínuo que depende de avaliação dos riscos e benefícios clínicos contínuos.[47][127]​ Além disso, usar roupas de proteção, principalmente quando estiverem em ambientes externos, e evitar traumas na pele pode ajudar a reduzir o risco de infecção. Até mesmo cortes pequenos podem resultar em celulite, o que pode piorar o linfedema, pois qualquer vaso linfático funcional remanescente será mais danificado. Outras potenciais estratégias de prevenção secundária, inclusive perda de peso, exercício e autodrenagem linfática manual, continuam a ser investigadas em ensaios clínicos randomizados e controlados.[47]

Considera-se provável que o monitoramento da pressão arterial e a venopunção, quando necessários, podem ser realizados com segurança no membro afetado se outros locais não estiverem disponíveis, embora o nível de evidências seja baixo.[132]

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