Epidemiologia

Embora provavelmente seja subestimado, aproximadamente 140 milhões a 250 milhões de pessoas em todo o mundo têm linfedema.[6][7]​ Apesar disso, atualmente não há fornecimento de cuidados de saúde adequados na maioria dos países do mundo.[8]​ O linfedema secundário é a forma mais comum de linfedema, com prevalência estimada de 1 em 1000 indivíduos.[5]

A principal causa isolada é a infecção por nematódeos (filariose) que, apesar das melhoras recentes, estima-se que cause mais de 16 milhões de casos de linfedema nos países em desenvolvimento. O objetivo da Organização Mundial da Saúde (OMS) é erradicar a filariose por meio da coordenação de um programa de fornecimento de medicamentos em massa; em 2018, havia aproximadamente 51 milhões de pessoas em regiões endêmicas para o mosquito, com filariose linfática, representando uma queda de 74% desde o início do programa de fornecimento de medicamentos em massa da OMS em 2000.[9]

Nos países desenvolvidos, o tratamento do câncer (por exemplo, ressecção linfática, irradiação) é a causa mais comum.[10] A incidência de linfedema relacionado ao câncer varia de acordo com o tipo de câncer e o tratamento, e as estimativas precisas são limitadas pelas diferenças nas definições de linfedema e nos critérios de diagnóstico.[11][12]​​​​ A estimativa de linfedema nos sobreviventes de câncer de mama é de aproximadamente 20%, e de sobreviventes de câncer ginecológico, melanoma e neoplasias de cabeça e pescoço é de 10% a 40%.[13] Após tratamento de câncer de mama, o risco de linfedema é proporcional à extensão do tratamento e ao estádio do câncer.[11][12]​ De 936 mulheres com câncer de mama, a prevalência de linfedema 5 anos após biópsia do linfonodo sentinela foi de 5%, comparado com 16% em mulheres que realizaram biópsia do linfonodo sentinela seguida por dissecção dos linfonodos axilares.[14] Taxas crescentes de obesidade levaram a níveis mais altos de diagnóstico de linfedema em um subgrupo de pessoas que não têm outras fontes de comprometimento linfático.[15]

Linfedema primário é raro; a prevalência foi estimada em 1.15 por 100,000 pessoas em crianças.[2][16] Pessoas do sexo masculino e feminino são igualmente afetadas; contudo, as do sexo masculino normalmente apresentam a doença na primeira infância, ao passo que as do sexo feminino a apresentam na adolescência.[3] A incidência de linfedema primário em adultos é difícil de discernir devido à sobreposição temporal com o linfedema secundário.[17]

O uso deste conteúdo está sujeito ao nosso aviso legal