Epidemiologia

A doença de Kawasaki (DK) atinge quase exclusivamente crianças pequenas, com o pico de incidência entre 13-24 meses de idade.[2] É rara nos primeiros 6 meses de vida e 80% de todos os casos ocorrem antes dos 5 anos.[3] Ela afeta aproximadamente 5000 crianças por ano nos EUA, com uma incidência no país de 24.7 a cada 100,000 crianças <5 anos em 2010, com base em dados de hospitalizações.[4] A incidência no Reino Unido é de 4.5 por 100,000 crianças <5 anos.[5]

A doença de Kawasaki (DK) foi descrita em todas as etnias ao redor do mundo.[6] A maior incidência é em pacientes do nordeste da Ásia, principalmente Japão e Coreia, o que sugere um papel significativo da genética do hospedeiro na patogênese. Nos EUA, crianças de origem asiática e das Ilhas do Pacífico apresentaram a taxa mais alta (50.4 por 100,000) de DK, seguidas pelas crianças negras (29.8) e brancas (22.5).[4] Um relatório anterior de 1997 a 2000 mostrou uma incidência anual de 16.9, 11.1 e 9.1 por 100,000 nos EUA para crianças negras, hispânicas e caucasianas <5 anos, respectivamente.[7] No entanto, a incidência anual da DK entre as crianças norte-americanas de origem indígena e as nativas do Alasca <5 anos em 1999 mostrou ser de apenas 4.3 por 100,000, apesar da origem asiática ancestral dessas crianças.[8] Há relatos de que os números relativos às crianças de origem asiática-americana e das Ilhas do Pacífico são 32.5 por 100,000.[7]

A incidência anual no Japão foi estimada em 1999 entre 75-125 casos por 100,000 em crianças <5 anos.[9] No entanto, um estudo mais recente mostrou que as crianças de ascendência japonesa apresentam uma incidência muito mais alta, de 243.1 a 264.8 por 100,000 crianças.[4][10] A taxa de recorrência em crianças japonesas é 3%.[4]

Estudos japoneses de vigilância da DK mostraram que a incidência da DK tem aumentado em relação ao índice de natalidade em declínio.[11]

Há uma crescente conscientização sobre a morbidade e a mortalidade em longo prazo associadas com o desenvolvimento de aneurismas de artéria coronária; com risco vitalício de trombose de artéria coronária, ruptura e infarto do miocárdio.[12]

Acredita-se que a incidência de aneurisma de artéria coronária seja de 20% a 25%, se não tratada. Uma pesquisa da British Paediatric Surveillance Unit relata que 19% dos pacientes com DK tratados no Reino Unido desenvolveram aneurisma de artéria coronária; esse número sobe para 39% nos pacientes com menos de 1 ano de idade, apesar da administração de imunoglobulina intravenosa.[5]

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