Critérios
Critérios de diagnóstico da American Heart Association (AHA)[1]
O diagnóstico é baseado em sinais e sintomas clínicos. Não há testes diagnósticos laboratoriais exclusivos para a doença. Os principais sinais foram reconhecidos e relatados em 1974, e esses critérios foram atualizados pela AHA (Comitê de Febre Reumática, Endocardite e Doença de Kawasaki; o Conselho sobre a Doença Cardiovascular no Jovem) e aprovados pela American Academy of Pediatrics.[1][28]
Os pacientes com DK clássica devem ter 5 dias de febre refratária à antibioticoterapia (se administrada) e 4 dos 5 sinais e sintomas:
Hiperemia conjuntival bilateral
Erupção cutânea polimorfa
Pelo menos uma das seguintes alterações da membrana mucosa:
Lábios injetados (e/ou secura, fissura, descamação, rachaduras e sangramento dos lábios)
Faringe injetada
Língua em morango (com eritema e papilas fungiformes proeminentes)
Pelo menos uma das seguintes alterações nos membros:
Eritema das palmas das mãos e solas dos pés (induração dolorosa é comum)
Descamação periungueal dos dedos das mãos e dos pés (2-3 semanas após o início da febre)
Linfadenopatia cervical (pelo menos um linfonodo >1.5 cm de diâmetro), geralmente unilateral
Também foi proposta a estratificação de riscos para risco relativo de futura isquemia miocárdica:[1]
Nível de baixo risco: pacientes sem aneurismas de artéria coronária detectáveis
Nível de risco baixo a moderado: pacientes com aneurismas de artéria coronária regredidos
Nível de alto risco: pacientes com evidência angiográfica de aneurismas grandes ou gigantes, ou obstrução coronariana.
Embora não faça parte dos critérios diagnósticos formais, as diretrizes de 2017 da AHA ressaltaram a utilidade do Z-score para refletir as dimensões padronizadas das artérias coronárias em relação à área de superfície corporal para permitir a classificação e comparações entre diferentes momentos e populações.[31] As diretrizes sugerem utilizar os Z-scores máximos anteriores e atuais e quaisquer outras características clínicas ao decidir sobre estratificação de risco para o manejo em longo prazo.[1]
Classificação do Z-score[1]
Sem comprometimento: sempre <2
Apenas dilatação: 2.0 a <2.5; ou se inicialmente <2, uma redução no Z-score durante o acompanhamento ≥1
Aneurisma pequeno: ≥2.5 a <5.0
Aneurisma médio: ≥5 a <10, e dimensão absoluta <8 mm
Aneurisma grande ou gigante: ≥10, ou dimensão absoluta ≥8 mm.
As características clínicas adicionais que indicam risco de isquemia miocárdica incluem maior número total, comprimento, número de ramificações e localização distal de aneurismas; anormalidades estruturais e funcionais da parede vascular; poucos vasos colaterais; revascularização prévia, trombose arterial coronariana ou infarto do miocárdio; e disfunção ventricular.[1]
O uso deste conteúdo está sujeito ao nosso aviso legal