Caso clínico
Caso clínico #1
Uma menina de 5 anos de idade apresenta uma história de 1 ano de desvio do olho direito intermitente. Seus pais não notaram qualquer deficiência em sua visão, e a criança não se queixa de nenhum problema. Ela nasceu a termo e é saudável. O exame revela acuidade visual de 20/100 no olho direito e 20/25 no olho esquerdo. O teste de cobertura mostra uma esotropia direita constante (desvio para dentro). Ela não mantém a fixação com o olho direito. A motilidade ocular é completa. É feito o encaminhamento para um oftalmologista para confirmar diagnóstico.
Caso clínico #2
Um menino de 6 semanas de vida é encaminhado para o oftalmologista por causa de um reflexo vermelho anormal nos dois olhos. A mãe acha que o filho não rastreia seu rosto. Ele nasceu a termo e é saudável. Não há história de infecção intrauterina nem de exposição a medicamentos. No exame, o bebê não fixa nem segue com os olhos, mas responde à luz piscando. As pupilas são igualmente reativas sem defeito pupilar aferente. Não há nistagmo. Os olhos são exotrópicos (desviados para fora), detectados pelo teste de reflexo da luz na córnea. Não há reflexo vermelho na retinoscopia nem visão do fundo do olho.
Outras apresentações
Os sinais de alerta de que a ambliopia pode estar presente incluem estrabismo, resultado anormal no teste de visão (incapacidade de fixar e seguir com cada olho em uma criança na fase pré-verbal, acuidade visual monocular e binocular reduzida em uma criança na fase verbal), uma anormalidade estrutural visível do olho (como uma córnea opaca ou ausência de reflexo vermelho) e nistagmo. Fadiga ocular não é uma apresentação comum de ambliopia.[4] A ambliopia não ocorre em pacientes com visão subnormal devido à miopia (vista curta) baixa a moderada. Crianças com hipermetropia (vista longa) leve igual nos dois olhos em geral também não desenvolvem ambliopia nem têm visão subnormal. A prevalência de ambliopia não varia com a idade.[5] Entretanto, sua detecção é mais desafiadora em crianças na fase pré-verbal que nas mais velhas. A ambliopia anisometrópica costuma ser diagnosticada mais tarde que a ambliopia estrabísmica porque as crianças anisometrópicas só exibem sinais de um problema de visão quando se testa a acuidade visual monocular.[6][7]
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