Fraturas das costelas
- Visão geral
- Teoria
- Diagnóstico
- Tratamento
- ACOMPANHAMENTO
- Recursos
Algoritmo de tratamento
Observe que as formulações/vias e doses podem diferir entre nomes e marcas de medicamentos, formulários de medicamentos ou localidades. As recomendações de tratamento são específicas para os grupos de pacientes:ver aviso legal
todos os pacientes
analgesia
O controle da dor é essencial, pois melhora a função pulmonar e diminui o risco de complicações pulmonares, como atelectasia, má oxigenação e comprometimento respiratório, além de reduzir o risco de pneumonia, síndrome do desconforto respiratório agudo (SDRA) e insuficiência respiratória.[27]Brasel KJ, Moore EE, Albrecht RA, et al. Western Trauma Association critical decisions in trauma: management of rib fractures. J Trauma Acute Care Surg. 2017 Jan;82(1):200-3. https://www.westerntrauma.org/wp-content/uploads/2020/07/WTACriticalDecisionsManagementOfRibFractures.pdf http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/27779590?tool=bestpractice.com [45]American College of Surgeons. ACS trauma quality programs: best practices guidelines for acute pain management in trauma patients. Nov 2020 [internet publication]. https://www.facs.org/media/exob3dwk/acute_pain_guidelines.pdf
Recomenda-se analgesia multimodal individualizada com base na idade, nível de dor e extensão da lesão em pacientes com várias costelas fraturadas.[45]American College of Surgeons. ACS trauma quality programs: best practices guidelines for acute pain management in trauma patients. Nov 2020 [internet publication]. https://www.facs.org/media/exob3dwk/acute_pain_guidelines.pdf [46]Karmakar MK, Ho AM. Acute pain management of patients with multiple fractured ribs. J Trauma. 2003 Mar;54(3):615-25. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/12634549?tool=bestpractice.com
Inicie a analgesia programada o mais rápido possível com paracetamol e um anti-inflamatório não esteroidal (AINE), como o ibuprofeno (ou, se houver probabilidade de ser necessário um bloqueio regional, selecione um inibidor da ciclo-oxigenase-2 [COX-2], como o celecoxibe, para evitar a inibição plaquetária).[45]American College of Surgeons. ACS trauma quality programs: best practices guidelines for acute pain management in trauma patients. Nov 2020 [internet publication]. https://www.facs.org/media/exob3dwk/acute_pain_guidelines.pdf
Outros analgésicos que podem ser usados incluem relaxantes musculares (por exemplo, metocarbamol) e opioides orais (por exemplo, oxicodona), com escalonamento para opioides intravenosos (por exemplo, morfina) e analgesia controlada pelo paciente, conforme necessário (útil especialmente para dor aguda).[45]American College of Surgeons. ACS trauma quality programs: best practices guidelines for acute pain management in trauma patients. Nov 2020 [internet publication]. https://www.facs.org/media/exob3dwk/acute_pain_guidelines.pdf Maior ênfase em opções não opioides, como AINEs, paracetamol, gabapentina, adesivos tópicos de lidocaína e metocarbamol (isto é, "analgesia multimodal") pode reduzir o uso de opioides.[45]American College of Surgeons. ACS trauma quality programs: best practices guidelines for acute pain management in trauma patients. Nov 2020 [internet publication]. https://www.facs.org/media/exob3dwk/acute_pain_guidelines.pdf [47]Burton SW, Riojas C, Gesin G, et al; PRIMUM Group. Multimodal analgesia reduces opioid requirements in trauma patients with rib fractures. J Trauma Acute Care Surg. 2022 Mar 1;92(3):588-96. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC8866226 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/34882599?tool=bestpractice.com [48]Martin TJ, Eltorai AS, Dunn R, et al. Clinical management of rib fractures and methods for prevention of pulmonary complications: a review. Injury. 2019 Jun;50(6):1159-65. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/31047683?tool=bestpractice.com
Uma variedade de analgesia pode ser usada para pacientes com fraturas de costela complicadas, múltiplas ou bilaterais, incluindo bloqueios nervosos regionais (por exemplo, bloqueios do serrátil anterior, paravertebrais ou intercostais) ou anestesia peridural torácica.[45]American College of Surgeons. ACS trauma quality programs: best practices guidelines for acute pain management in trauma patients. Nov 2020 [internet publication]. https://www.facs.org/media/exob3dwk/acute_pain_guidelines.pdf Existem muitas opções de anestesia regional, que podem ser adaptadas ao paciente. O uso precoce de anestesia regional pode evitar as complicações potenciais associadas ao uso de opioides.[45]American College of Surgeons. ACS trauma quality programs: best practices guidelines for acute pain management in trauma patients. Nov 2020 [internet publication]. https://www.facs.org/media/exob3dwk/acute_pain_guidelines.pdf Em uma metanálise, a analgesia peridural melhorou o alívio da dor em comparação com outras intervenções analgésicas.[27]Brasel KJ, Moore EE, Albrecht RA, et al. Western Trauma Association critical decisions in trauma: management of rib fractures. J Trauma Acute Care Surg. 2017 Jan;82(1):200-3. https://www.westerntrauma.org/wp-content/uploads/2020/07/WTACriticalDecisionsManagementOfRibFractures.pdf http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/27779590?tool=bestpractice.com [49]Peek J, Smeeing DPJ, Hietbrink F, et al. Comparison of analgesic interventions for traumatic rib fractures: a systematic review and meta-analysis. Eur J Trauma Emerg Surg. 2018 Feb 6;45(4):597-622. https://link.springer.com/article/10.1007/s00068-018-0918-7 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/29411048?tool=bestpractice.com Entretanto, metanálises adicionais relatam que, comparada a outras modalidades analgésicas, a anestesia epidural não reduz significativamente a mortalidade, o tempo de internação em unidade de terapia intensiva (UTI) ou hospitalar, o tempo de ventilação mecânica ou as complicações pulmonares em pacientes com múltiplas fraturas traumáticas de costela.[49]Peek J, Smeeing DPJ, Hietbrink F, et al. Comparison of analgesic interventions for traumatic rib fractures: a systematic review and meta-analysis. Eur J Trauma Emerg Surg. 2018 Feb 6;45(4):597-622. https://link.springer.com/article/10.1007/s00068-018-0918-7 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/29411048?tool=bestpractice.com [50]Carrier FM, Turgeon AF, Nicole PC, et al. Effect of epidural analgesia in patients with traumatic rib fractures: a systematic review and meta-analysis of randomized controlled trials. Can J Anaesth. 2009 Mar;56(3):230-42. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/19247744?tool=bestpractice.com Um adesivo tópico de lidocaína pode ser uma alternativa à anestesia regional.[45]American College of Surgeons. ACS trauma quality programs: best practices guidelines for acute pain management in trauma patients. Nov 2020 [internet publication]. https://www.facs.org/media/exob3dwk/acute_pain_guidelines.pdf [51]Cheng YJ. Lidocaine skin patch (Lidopat® 5%) is effective in the treatment of traumatic rib fractures: a prospective double-blinded and vehicle-controlled study. Med Princ Pract. 2016;25(1):36-9. https://karger.com/mpp/article/25/1/36/204208/Lidocaine-Skin-Patch-LidopatR-5-Is-Effective-in http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/26539836?tool=bestpractice.com [52]Johnson M, Strait L, Ata A, et al. Do lidocaine patches reduce opioid use in acute rib fractures? Am Surg. 2020 Sep;86(9):1153-8. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/32812770?tool=bestpractice.com
Considere também alternativas não farmacológicas, especialmente para fraturas de costela não complicadas (por exemplo, posicionamento, estimulação elétrica transcutânea do nervo [TENS] e gelo).[45]American College of Surgeons. ACS trauma quality programs: best practices guidelines for acute pain management in trauma patients. Nov 2020 [internet publication]. https://www.facs.org/media/exob3dwk/acute_pain_guidelines.pdf [53]Oncel M, Sencan S, Yildiz H, et al. Transcutaneous electrical nerve stimulation for pain management in patients with uncomplicated minor rib fractures. Eur J Cardiothorac Surg. 2002 Jul;22(1):13-7. https://academic.oup.com/ejcts/article/22/1/13/514939 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/12103366?tool=bestpractice.com [54]Hsu JR, Mir H, Wally MK, et al; Orthopaedic Trauma Association Musculoskeletal Pain Task Force. Clinical practice guidelines for pain management in acute musculoskeletal injury. J Orthop Trauma. 2019 May;33(5):e158-82. https://journals.lww.com/jorthotrauma/fulltext/2019/05000/clinical_practice_guidelines_for_pain_management.11.aspx http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/30681429?tool=bestpractice.com
Fraturas de estresse, que ocorrem frequentemente em atletas, inicialmente são tratadas com períodos de repouso, analgesia e modificação das atividades até a remissão dos sintomas.[44]Reeder MT, Dick BH, Atkins JK, et al. Stress fractures: current concepts of diagnosis and treatment. Sports Med. 1996 Sep;22(3):198-212. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/8883216?tool=bestpractice.com
Opções primárias
paracetamol: crianças: consulte a bula do produto para obter orientação quanto à dose; adultos: 500-1000 mg por via oral a cada 4-6 horas quando necessário, máximo de 4000 mg/dia
--E--
ibuprofeno: crianças ≥6 meses de idade: 5-10 mg/kg por via oral a cada 6-8 horas quando necessário, máximo de 40 mg/kg/dia; crianças ≥12 anos de idade e adultos: 400 mg por via oral a cada 4-6 horas quando necessário, máximo de 2400 mg/dia
ou
celecoxibe: adultos: 100-200 mg por via oral duas vezes ao dia
ou
lidocaína tópica: adultos: a dose depende da marca do adesivo transdérmico; consulte a bula do produto para obter orientação quanto à dose
ou
gabapentina: adultos: 300 mg por via oral uma vez ao dia no dia 1, seguido de 300 mg duas vezes ao dia no dia 2, em seguida, 300 mg três vezes ao dia, aumentar gradualmente de acordo com a resposta, máximo de 3600 mg/dia
ou
metocarbamol: adultos: 1500 mg por via oral quatro vezes ao dia por 2 a 3 dias, seguidos por 1000 mg quatro vezes ao dia ou 1500 mg três vezes ao dia ou 750 mg a cada 4 horas, máximo de 8000 mg/dia (dose inicial) ou 4500 mg/dia (dose subsequente)
Opções secundárias
oxicodona: crianças: consulte um especialista para obter orientação quanto à dose; adultos: 5-15 mg por via oral (liberação imediata) a cada 4-6 horas, quando necessário, ajustar a dose de acordo com a resposta
Opções terciárias
sulfato de morfina: crianças: consulte um especialista para obter orientação quanto à dose; adultos: 2.5 a 10 mg por via subcutânea/intravenosa/intramuscular a cada 2-6 horas, quando necessário, ajustar a dose de acordo com a resposta
fisioterapia respiratória
Tratamento recomendado para TODOS os pacientes no grupo de pacientes selecionado
Fraturas de costela comprometem a ventilação adequada, resultando em atelectasia, oxigenação insuficiente e comprometimento respiratório.[27]Brasel KJ, Moore EE, Albrecht RA, et al. Western Trauma Association critical decisions in trauma: management of rib fractures. J Trauma Acute Care Surg. 2017 Jan;82(1):200-3. https://www.westerntrauma.org/wp-content/uploads/2020/07/WTACriticalDecisionsManagementOfRibFractures.pdf http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/27779590?tool=bestpractice.com É de salientar que a fisioterapia torácica e mobilidade precoces melhoram a higiene pulmonar (técnicas de remoção de muco e secreções). Exercícios respiratórios avaliados com espirometria de incentivo e tosse assistida podem ajudar a prevenir complicações.[42]Battle C, Pelo C, Hsu J, et al. Expert consensus guidance on respiratory physiotherapy and rehabilitation of patients with rib fractures: an international, multidisciplinary e-Delphi study. J Trauma Acute Care Surg. 2023 Apr 1;94(4):578-83. https://journals.lww.com/jtrauma/fulltext/2023/04000/expert_consensus_guidance_on_respiratory.12.aspx http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/36728349?tool=bestpractice.com [56]Mukherjee K, Schubl SD, Tominaga G, et al. Non-surgical management and analgesia strategies for older adults with multiple rib fractures: a systematic review, meta-analysis, and joint practice management guideline from the Eastern Association for the Surgery of Trauma and the Chest Wall Injury Society. J Trauma Acute Care Surg. 2023 Mar 1;94(3):398-407. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/36730672?tool=bestpractice.com
oxigênio
Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado
Administre oxigênio conforme indicado para tratar hipóxia.[55]Williams A, Bigham C, Marchbank A. Anaesthetic and surgical management of rib fractures. BJA Educ. 2020 Oct;20(10):332-40. https://www.bjaed.org/article/S2058-5349(20)30081-0/fulltext http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/33456914?tool=bestpractice.com O comprometimento da oxigenação pode ocorrer em decorrência do esforço de ventilação comprometido por dor na parede torácica ou ser indicativo de pneumotórax, hemotórax ou contusão pulmonar subjacentes.[27]Brasel KJ, Moore EE, Albrecht RA, et al. Western Trauma Association critical decisions in trauma: management of rib fractures. J Trauma Acute Care Surg. 2017 Jan;82(1):200-3. https://www.westerntrauma.org/wp-content/uploads/2020/07/WTACriticalDecisionsManagementOfRibFractures.pdf http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/27779590?tool=bestpractice.com
tratamento específico de causa subjacente
Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado
Se o paciente apresentar uma história prévia de neoplasia maligna, deve-se suspeitar de doença metastática. Metástases de câncer pulmonar, de próstata, de mama e hepático também podem comprometer as costelas, perfazendo 12.6% das lesões metastáticas.[15]Xu DL, Zhang XT, Wang GH, et al. Clinical features of pathologically confirmed metastatic bone tumors: a report of 390 cases [in Chinese]. Ai Zheng. 2005 Nov;24(11):1404-7. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/16552972?tool=bestpractice.com Há vários tumores ósseos primários que podem se apresentar como fraturas patológicas de costela, incluindo osteocondroma, encondroma, plasmacitoma, condrossarcoma e osteossarcoma; cerca de 37% dessas lesões são malignas.[16]Aydoğdu K, Findik G, Agackiran Y, et al. Primary tumors of the ribs; experience with 78 patients. Interact Cardiovasc Thorac Surg. 2009 Aug;9(2):251-4. https://academic.oup.com/icvts/article/9/2/251/729805 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/19447801?tool=bestpractice.com Essas lesões devem ser manejadas com encaminhamento e tratamento por um especialista adequado.
Com o avanço da idade, o risco absoluto de ocorrência de fratura por fragilidade é inversamente proporcional à densidade mineral óssea do paciente, com cerca de 27% dessas fraturas ocorrendo nas costelas.[4]Siris ES, Brenneman SK, Barrett-Connor E, et al. The effect of age and bone mineral density on the absolute, excess, and relative risk of fracture in postmenopausal women aged 50-99: results from the National Osteoporosis Risk Assessment (NORA). Osteoporos Int. 2006;17(4):565-74. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/16392027?tool=bestpractice.com Portanto, a osteoporose deve ser tratada se presente.
Em crianças, a presença de fraturas de costela sem trauma associado tem a mais alta probabilidade de ser atribuída a abuso físico em comparação com todas as outras fraturas.[14]Kemp AM, Dunstan F, Harrison S, et al. Patterns of skeletal fractures in child abuse: systematic review. BMJ. 2008 Oct 2;337:a1518. https://www.bmj.com/content/337/bmj.a1518 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/18832412?tool=bestpractice.com Entre crianças com menos de 12 meses de vida que apresentaram fraturas de costela, 82% sofreram essas lesões por abuso físico.[2]Bulloch B, Schubert CJ, Brophy PD, et al. Cause and clinical characteristics of rib fractures in infants. Pediatrics. 2000 Apr;105(4):E48. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/10742369?tool=bestpractice.com [3]Paine CW, Fakeye O, Christian CW, et al. Prevalence of abuse among young children with rib fractures: a systematic review. Pediatr Emerg Care. 2019 Feb;35(2):96-103. https://pmc.ncbi.nlm.nih.gov/articles/PMC5378682 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/27749806?tool=bestpractice.com Uma consulta com os serviços de proteção à criança deve ser considerada para todas as crianças com suspeita de abuso físico.
Manejo de complicações
Tratamento recomendado para TODOS os pacientes no grupo de pacientes selecionado
Pneumotórax ocorre em cerca de 14% a 37% das fraturas de costela, hemopneumotórax em 20% a 27%, contusões pulmonares em 17% e tórax instável em até 6%.[8]Sirmali M, Türüt H, Topçu S, et al. A comprehensive analysis of traumatic rib fractures: morbidity, mortality and management. Eur J Cardiothorac Surg. 2003 Jul;24(1):133-8. https://academic.oup.com/ejcts/article/24/1/133/375481 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/12853057?tool=bestpractice.com [9]Keel M, Meier C. Chest injuries - what is new? Curr Opin Crit Care. 2007 Dec;13(6):674-9. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/17975389?tool=bestpractice.com [10]Liman ST, Kuzucu A, Tastepe AI, et al. Chest injury due to blunt trauma. Eur J Cardiothorac Surg. 2003 Mar;23(3):374-8. https://academic.oup.com/ejcts/article/23/3/374/521809 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/12614809?tool=bestpractice.com Lesões traumáticas na primeira costela apresentam um risco de 3% de lesão concomitante de grandes vasos.[23]Gupta A, Jamshidi M, Rubin JR. Traumatic first rib fracture: is angiography necessary? A review of 730 cases. Cardiovasc Surg. 1997 Feb;5(1):48-53. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/9158123?tool=bestpractice.com
Uma toracotomia tubular pode ser necessária para descomprimir um pneumotórax ou drenar o hemotórax. Consulte Pneumotórax.[Figure caption and citation for the preceding image starts]: Tomografia computadorizada (TC) mostrando grande pneumotórax do lado esquerdoDo acervo do Dr. Paul Novakovich; usado com permissão [Citation ends].[Figure caption and citation for the preceding image starts]: Radiografia torácica retratando o mesmo pneumotórax mostrado na tomografia computadorizada (TC)Do acervo do Dr. Paul Novakovich; usado com permissão [Citation ends].
Pela grande variedade de lesões associadas, o médico assistente deve ter alta suspeita de traumatismo cranioencefálico, lesões de órgãos sólidos, lesões da coluna e fraturas dos membros. A consulta com um serviço assistencial adequado não deve ser protelada quando for encontrada qualquer lesão associada.
Como inserir um dreno intercostal (torácico) usando a técnica aberta. Demonstração em vídeo: seleção do tubo, como identificar o local para inserção do dreno, como fazer a incisão correta, como inserir o dreno intercostal, como fixar o dreno e cuidados pós-procedimento.
ventilação mecânica
Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado
Ventilação mecânica pode ser necessária para pacientes instáveis.[56]Mukherjee K, Schubl SD, Tominaga G, et al. Non-surgical management and analgesia strategies for older adults with multiple rib fractures: a systematic review, meta-analysis, and joint practice management guideline from the Eastern Association for the Surgery of Trauma and the Chest Wall Injury Society. J Trauma Acute Care Surg. 2023 Mar 1;94(3):398-407. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/36730672?tool=bestpractice.com
As fraturas isoladas de costela raramente exigem ventilação mecânica, exceto quando associadas a outras lesões, como contusão pulmonar.[60]Chest trauma. In: Hess DR, Kacmarek RM, eds. Essentials of mechanical ventilation. 3rd ed. New York: McGraw-Hill Education; 2014.
Para pacientes com tórax instável, a ventilação mecânica só é necessária se apresentarem choque, traumatismo cranioencefálico, disfunção pulmonar grave ou agravamento do estado respiratório, ou se houver necessidade imediata de cirurgia.[60]Chest trauma. In: Hess DR, Kacmarek RM, eds. Essentials of mechanical ventilation. 3rd ed. New York: McGraw-Hill Education; 2014.
A fixação interna de costelas/tórax instável poderá ser considerada quando houver dificuldade de desmame do paciente em relação à ventilação mecânica ou quando uma toracotomia for necessária por outros motivos.[61]Simon B, Ebert J, Bokhari F, et al; Eastern Association for the Surgery of Trauma. Management of pulmonary contusion and flail chest: an Eastern Association for the Surgery of Trauma practice management guideline. J Trauma Acute Care Surg. 2012 Nov;73(5 Suppl 4):S351-61. https://journals.lww.com/jtrauma/fulltext/2012/11004/management_of_pulmonary_contusion_and_flail_chest_.13.aspx http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/23114493?tool=bestpractice.com [62]Leinicke JA, Elmore L, Freeman BD, et al. Operative management of rib fractures in the setting of flail chest: a systematic review and meta-analysis. Ann Surg. 2013 Dec;258(6):914-21. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/23511840?tool=bestpractice.com [63]Marasco SF, Davies AR, Cooper J, et al. Prospective randomized controlled trial of operative rib fixation in traumatic flail chest. J Am Coll Surg. 2013 May;216(5):924-32. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/23415550?tool=bestpractice.com
Revisões sistemáticas constataram que o tratamento cirúrgico de fraturas de costela em tórax instável está associado a menor necessidade de uso de ventilador e à alta precoce da terapia intensiva.[62]Leinicke JA, Elmore L, Freeman BD, et al. Operative management of rib fractures in the setting of flail chest: a systematic review and meta-analysis. Ann Surg. 2013 Dec;258(6):914-21. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/23511840?tool=bestpractice.com [63]Marasco SF, Davies AR, Cooper J, et al. Prospective randomized controlled trial of operative rib fixation in traumatic flail chest. J Am Coll Surg. 2013 May;216(5):924-32. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/23415550?tool=bestpractice.com [64]Kasotakis G, Hasenboehler EA, Streib EW, et al. Operative fixation of rib fractures after blunt trauma: a practice management guideline from the Eastern Association for the Surgery of Trauma. J Trauma Acute Care Surg. 2017 Mar;82(3):618-26. https://journals.lww.com/jtrauma/Fulltext/2017/03000/Operative_fixation_of_rib_fractures_after_blunt.25.aspx http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/28030502?tool=bestpractice.com [65]Schuurmans J, Goslings JC, Schepers T. Operative management versus non-operative management of rib fractures in flail chest injuries: a systematic review. Eur J Trauma Emerg Surg. 2017 Apr;43(2):163-8. https://link.springer.com/article/10.1007/s00068-016-0721-2 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/27572897?tool=bestpractice.com Este efeito pode ser menos pronunciado na presença de contusão pulmonar.[62]Leinicke JA, Elmore L, Freeman BD, et al. Operative management of rib fractures in the setting of flail chest: a systematic review and meta-analysis. Ann Surg. 2013 Dec;258(6):914-21. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/23511840?tool=bestpractice.com
estabilização cirúrgica
Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado
A estabilização cirúrgica de fraturas de costela pode ser considerada para pacientes com tórax instável, com várias fraturas de costela com deslocamento intenso, ou para pacientes que não respondem ao tratamento não cirúrgico ideal.[66]Pieracci FM, Majercik S, Ali-Osman F, et al. Consensus statement: surgical stabilization of rib fractures rib fracture colloquium clinical practice guidelines. Injury. 2017 Feb;48(2):307-21. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/27912931?tool=bestpractice.com
O tratamento cirúrgico de fraturas de costela em casos de tórax instável está associado a reduções no(a): número de dias sob ventilação mecânica; tempo de permanência no hospital e na unidade de terapia intensiva; índice de pneumonia; necessidade de traqueostomia; nível de deformidade da parede torácica; e custo do tratamento.[64]Kasotakis G, Hasenboehler EA, Streib EW, et al. Operative fixation of rib fractures after blunt trauma: a practice management guideline from the Eastern Association for the Surgery of Trauma. J Trauma Acute Care Surg. 2017 Mar;82(3):618-26. https://journals.lww.com/jtrauma/Fulltext/2017/03000/Operative_fixation_of_rib_fractures_after_blunt.25.aspx http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/28030502?tool=bestpractice.com [67]Lucena-Amaro S, Cole E, Zolfaghari P. Long term outcomes following rib fracture fixation in patients with major chest trauma. Injury. 2022 Sep;53(9):2947-52. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/35513938?tool=bestpractice.com [69]Wang Z, Jia Y, Li M. The effectiveness of early surgical stabilization for multiple rib fractures: a multicenter randomized controlled trial. J Cardiothorac Surg. 2023 Apr 10;18(1):118. https://cardiothoracicsurgery.biomedcentral.com/articles/10.1186/s13019-023-02203-7 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/37038166?tool=bestpractice.com No entanto, os efeitos sobre a mortalidade continuam incertos.[64]Kasotakis G, Hasenboehler EA, Streib EW, et al. Operative fixation of rib fractures after blunt trauma: a practice management guideline from the Eastern Association for the Surgery of Trauma. J Trauma Acute Care Surg. 2017 Mar;82(3):618-26. https://journals.lww.com/jtrauma/Fulltext/2017/03000/Operative_fixation_of_rib_fractures_after_blunt.25.aspx http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/28030502?tool=bestpractice.com Além disso, a qualidade das evidências nas quais se baseiam essas recomendações é relativamente baixa.[66]Pieracci FM, Majercik S, Ali-Osman F, et al. Consensus statement: surgical stabilization of rib fractures rib fracture colloquium clinical practice guidelines. Injury. 2017 Feb;48(2):307-21. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/27912931?tool=bestpractice.com
Embora a estabilização cirúrgica agora seja considerada um tratamento padrão, ela não é muito praticada e requer exames contínuos em centros especializados.
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