Complicações
Ocorre em 14% a 37% dos pacientes com fraturas de costela.[8][9][10] Apresenta-se principalmente como uma dispneia súbita, tosse seca, cianose e dor no tórax, nas costas e/ou nos braços.
Em feridas torácicas penetrantes, o som de ar fluindo pela perfuração pode indicar pneumotórax, daí o termo "ferida torácica aspirativa". Ocasionalmente, ouve-se também o som de "flip-flop" de um pulmão perfurado. Pode ocorrer enfisema subcutâneo. Se não forem tratados, a hipóxia e o retorno venoso sistêmico comprometido (pneumotórax hipertensivo) podem causar perda de consciência e coma.
O tratamento envolve drenagem do pneumotórax, com a inserção de um dreno torácico ou de um cateter pleural. A toracotomia pode ser necessária em alguns pacientes para reparar lacerações nos pulmões ou nas vias aéreas.
Ocorre frequentemente com fraturas de costela. São achados típicos ao exame físico: taquipneia, cianose, murmúrio vesicular reduzido ou ausente no lado afetado, desvio traqueal para o lado não afetado, ressonância maciça à percussão, elevação desigual do tórax, taquicardia, hipotensão e pele pálida, fria e sudorética. O tratamento envolve drenagem do hemotórax, geralmente com dreno torácico, mas ocasionalmente requer cirurgia toracoscópica videoassistida ou toracotomia. A cirurgia também pode ser necessária para hemostasia.
Ocorre em cerca de 17% dos pacientes com fraturas de costela.[8] Resulta do trauma torácico contuso de alto impacto, causando edema, acúmulo de sangue nos espaços alveolares e perda da estrutura e da função pulmonares normais. Desenvolve-se ao longo de 24 horas, causando troca gasosa deficiente, aumento da resistência vascular pulmonar e complacência pulmonar reduzida. A contusão pulmonar está associada a um aumento do risco de pneumonia, síndrome do desconforto respiratório agudo (SDRA) e hipoxemia com necessidade de suporte ventilatório.[75] Radiografia torácica ou tomografia computadorizada (TC) são usadas para determinar a complicação.
Ocorre frequentemente como resultado de trauma torácico contuso significativo. O tratamento de pacientes hemodinamicamente instáveis com potencial lesão aórtica inclui identificar e controlar rapidamente qualquer hemorragia contínua proveniente de outros locais e minimizar a labilidade da pressão arterial e grande estresse de cisalhamento na parede da aorta. Sinais clínicos de lesão aórtica traumática raramente estão presentes, e o diagnóstico é baseado no mecanismo da lesão e nos resultados dos estudos de imagem. São utilizadas radiografia torácica, tomografia computadorizada (TC), angiotomografia e angiograma.
A radiografia torácica pode mostrar alargamento do mediastino, borramento do botão aórtico, depressão do brônquio principal esquerdo e desvio traqueal/esofágico para a direita.[76]
Em pacientes com fraturas isoladas de costela, a dor está presente, mas diminui gradualmente ao longo de 4 meses. O tempo médio de afastamento do trabalho é de cerca de 70 dias depois do trauma torácico com ou sem lesões concomitantes.[73]
Dados retrospectivos sugerem que aproximadamente 30% dos pacientes que trabalhavam antes do trauma maior com fraturas nas costela só regressarão ao trabalho depois de 24 meses após a lesão.[74]
A formação de um trombo no sistema venoso pode ocorrer depois de um trauma, causando embolia pulmonar; podem ocorrer insuficiência cardíaca direita e parada cardíaca se a condição não for tratada de maneira agressiva.
A não consolidação de uma fratura de costela é rara, mas pode ocorrer. Pode ser tratada com fixação por placas.[77]
Trauma grave pode causar síndrome do desconforto respiratório agudo (SDRA). Há um aumento significativo de pneumotórax, pneumonia e síndrome do desconforto respiratório agudo (SDRA), bem como de mortalidade, com o aumento do número de costelas fraturadas. Com 6 costelas fraturadas, há um ponto de ruptura para complicações significativas.[70][71] Os sintomas sugestivos da SDRA incluem início agudo de dispneia e hipoxemia causando insuficiência respiratória aguda.
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