Prognóstico

A morte em países desenvolvidos é rara, mas bem documentada, e ocorre principalmente devido a complicações infecciosas e trombóticas.[4][5][37]​ No mundo em desenvolvimento, apesar das limitações das unidades terapêuticas, metade dos pacientes com síndrome nefrótica (SN) se beneficia de corticosteroides, mas foi demonstrado que a resistência a corticosteroides resulta em alta mortalidade.[38] A falta de recursos, os encaminhamentos tardios e o alto custo da terapia renal substitutiva nesses países levam ao desfecho insatisfatório da doença renal crônica decorrente de todas as causas, incluindo SN e doença de lesão mínima (DLM).[38]

A remissão da proteinúria após a corticoterapia tem maior valor prognóstico que a histologia renal precisa em relação ao desfecho em longo prazo.

Transição para a idade adulta

A maioria das crianças supera a DLM e para de ter recidivas na adolescência, embora mais de 10% dos pacientes com SN sensível a corticosteroide iniciada na infância ainda apresentem recidivas na vida adulta.[2]​ No entanto, a função renal pode ser normal, e a morbidade global é baixa.[39] A SN resistente a corticosteroide tem desfecho renal desfavorável, com 34% a 64% evoluindo para doença renal em estágio terminal (DRET) em 10 anos após o diagnóstico.[40]​ A transição para um nefrologista de adultos é recomendada para todas as crianças que estão chegando à fase adulta.

Mesmo em adultos, a DLM tem prognóstico favorável, e mais de 80% dos pacientes alcançam a remissão com corticosteroides para o episódio inicial.[3]​​ No entanto, conforme observado em crianças, a maioria dos adultos que entram em remissão apresentará recidiva, precisando de imunossupressão de longo prazo, com morbidade significativa devido aos efeitos colaterais.[1] Uma minoria dos adultos com DLM acaba desenvolvendo glomeruloesclerose segmentar focal, que pode causar uma eventual insuficiência renal.[1][3]​​ Além disso, adultos com DLM costumam responder mais lentamente, com mais de 25% dos pacientes que respondem à terapia levando 3-4 meses ou mais para uma remissão completa.[25]

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