História e exame físico

Principais fatores diagnósticos

comuns

presença de fatores de risco

Os principais fatores de risco para o desenvolvimento de câncer de mama incluem: sexo feminino, idade >50 anos, história familiar de câncer de mama e/ou ovário e história familiar e/ou pessoal de genes de suscetibilidade ao câncer de mama.[16][18][8][20][21][22][27][28][46]

Os fatores de risco para o desenvolvimento de doença metastática na presença de câncer de mama incluem tumor >5 cm de diâmetro, alto número de linfonodos axilares positivos (por exemplo, >10), invasão linfovascular e assinaturas genéticas de alto risco.[29][30][31][32][33][34][35][36]

dor óssea

Pode ser decorrente da disseminação da doença para os ossos.[47]

derrame pleural

O derrame pleural em uma paciente com câncer de mama metastático confirmado sugere uma possível doença na cavidade pleural.

Uma amostra de líquido pleural deve ser enviada para avaliação citológica para se determinar se células malignas estão presentes. No entanto, uma citologia pleural negativa não descarta um derrame pleural maligno.

Incomuns

massa palpável após tratamento do tumor primário

Pode demonstrar doença recorrente.[48]

Outros fatores diagnósticos

comuns

dispneia

Comumente secundária a derrames pleurais.[47]

Menos comumente decorrente de metástases do pulmão.

tosse (não produtiva)

Pode ocorrer secundariamente a derrames pleurais ou devido a metástases pulmonares ou carcinomatose linfangítica.

anorexia

Sintoma geral de câncer de mama metastático.

Comum no estádio terminal da doença, mas menos comum nos estádios iniciais.

perda de peso

Sinal geral de câncer de mama metastático.

Frequentemente relacionada à falta de apetite.

Incomuns

sintomas neurológicos (por exemplo, dor nevrálgica, fraqueza, cefaleias, convulsões)

Sugere possíveis metástases no cérebro ou sistema nervoso periférico.[47]

Fatores de risco

Fortes

sexo feminino

As mulheres desenvolvem 99% de todos os cânceres de mama.​[16][18]

idade >50 anos

O risco de câncer de mama aumenta com a idade.[16]

A idade mediana no momento do diagnóstico de câncer de mama em mulheres nos EUA é de 63 anos.[19]

história familiar de câncer de mama e/ou de ovário

O risco de câncer de mama aumenta se houver história familiar de múltiplos parentes de primeiro grau com câncer de mama e/ou de ovário de início precoce.[20][21]

A testagem para genes de suscetibilidade ao câncer de mama de alta penetrância (BRCA1, BRCA2, CDH1, PALB2, PTEN, STK11 e TP53) é indicada em certas pacientes com história familiar de câncer de mama e/ou ovário (ver Câncer de mama invasivo primário [Rastreamento])​.[22][23][24][25][26]​​​​

genes de suscetibilidade ao câncer de mama (BRCA1, BRCA2, CDH1, PALB2, PTEN, STK11 e TP53)

Estima-se que 5% a 10% dos casos de câncer de mama sejam hereditários.[27]​ As mutações das linhas germinativas de BRCA1 e BRCA2 são a causa mais comum de câncer de mama hereditário.[21]

A testagem para genes de suscetibilidade ao câncer de mama de alta penetrância (BRCA1, BRCA2, CDH1, PALB2, PTEN, STK11 e TP53) é indicada em certas pacientes com história pessoal de câncer de mama ou que têm história familiar de câncer de mama e/ou ovário (ver Câncer de mama invasivo primário [rastreamento]).​[22][23][24][25][26]​​​​​

As pacientes com câncer de mama metastático (CMM) devem ser testadas para genes de suscetibilidade ao câncer de mama de alta penetrância.[22][28]​​​ Mutações nesses genes podem informar o prognóstico e orientar o tratamento, como o uso de terapia com inibidor de poli(adenosina difosfato [ADP]-ribose) polimerase (PARP).[22][28]

tumor >5 cm de diâmetro

Os tumores maiores estão mais frequentemente associados ao câncer de mama metastático (CMM).[29][30]

Os tumores ≤2 cm de diâmetro têm o menor risco de disseminação metastática; os tumores de 2.1 a 5.0 cm estão associados a risco intermediário; e os tumores >5 cm têm o maior risco de disseminação.[31]

alto número de linfonodos axilares positivos (por exemplo, >10)

O estadiamento nodal patológico classifica os tumores como tendo: ausência de disseminação nodal; disseminação para 1-3 linfonodos axilares; disseminação para 4-9 linfonodos axilares; ou disseminação para ≥10 linfonodos axilares.[31]

Um maior número de linfonodos axilares positivos aumenta o risco de metástases à distância.[32]

invasão linfovascular

A presença desse achado na histologia aumenta o risco de recorrência de tumores (locais ou metastáticos) e morte.[33]

assinatura de 70 genes de alto risco

O ensaio de assinatura de 70 genes (Mammaprint®) pode predizer o risco de recorrência da doença (metástase) em mulheres menopausadas ou mulheres com idade >50 anos com câncer de mama em estádio inicial com linfonodos negativos.[34]

assinatura de 21 genes de alto risco

O ensaio de assinatura de 21 genes (Oncotype DX®) pode predizer o risco de recorrência da doença (metástase) em pacientes com câncer de mama em estádio inicial, positivo para receptor hormonal, negativo para receptor tipo 2 do fator de crescimento epidérmico humano (HER2) e linfonodos negativos.[35]

O escore de recorrência pelo ensaio de 21 genes varia de 0 a 100. Um escore de recorrência (≥26) indica características tumorais mais agressivas e é preditivo de benefício pela quimioterapia. O baixo escore de recorrência (0 a 10) é prognóstico para risco reduzido de recorrência à distância (2% a 3%) em 10 anos, o qual provavelmente não será influenciado por quimioterapia adjuvante.[35]​ Entre mulheres com escore médio de recorrência (11 a 25), a terapia endócrina adjuvante e a terapia quimioendócrina foram igualmente efetivas.[35]

assinatura de gene PAM50 de alto risco

O ensaio de assinatura do gene PAM50 (Prosigna®) pode predizer o risco de recorrência da doença (metástase) em pacientes com câncer de mama com receptor hormonal positivo.[36]

O escore varia de 0 a 100. Os cânceres com linfonodos negativos são classificados como de baixo risco (0-40), risco intermediário (41-60) ou alto risco (61-100). Os cânceres com linfonodos positivos (1-3 linfonodos) são classificados como de baixo risco (0-40) ou alto risco (41-100).

Em pacientes com linfonodos negativos, os riscos de recorrência à distância em 10 anos foram de 5.0% e 17.8% para pacientes com escores de riscos baixo ou alto de recorrência, respectivamente.[36]​ Em pacientes com linfonodos positivos (1-3), os riscos de recorrência à distância em 10 anos foram de 3.5% no grupo de baixo risco e 22.1% para pacientes de alto risco.

Fracos

Síndrome de Lynch (câncer colorretal hereditário sem polipose)

Pacientes com síndrome de Lynch (câncer colorretal hereditário sem polipose) apresentam um aumento do risco de desenvolvimento de câncer de mama geneticamente relacionado.[37]

mutações CHEK2

Foi relatado que mutações em CHEK2 aumentam significativamente o risco de câncer de mama em comparação com controles pareadas da população (razão de chances de 3.90).[38]

​O CHEK2 tem uma associação mais forte com câncer de mama positivo para receptor estrogênico (RE) do que com o câncer de mama RE-negativo.[39]

mutações ATM

As mutações do ATM estão associadas a um modesto aumento do risco para câncer de mama. Uma metanálise de 7 estudos do tipo caso-controle relatou uma razão de chances ajustada de 1.67.[40]

​O ATM tem uma associação mais forte com o câncer de mama positivo para receptor estrogênico (RE) do que com o câncer de mama RE-negativo.[39]

doença residual mínima (DRM)

A detecção de DRM na medula óssea de pacientes com câncer de mama, após terapia adjuvante, foi associada a uma menor sobrevida livre de doença em alguns estudos, mas não em todos.[41]

assinaturas de genes de metástase óssea e metástase no pulmão

Foram identificadas assinaturas genéticas que predizem a recidiva distante preferencial do câncer de mama primário para os ossos ou os pulmões.[42][43][44]​​​​​​ Estudos adicionais são necessários para estabelecer sua utilidade prognóstica, diagnóstica e terapêutica.[45]

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