A base do tratamento da TVP é a anticoagulação. Deve-se iniciar uma anticoagulação terapêutica provisória (desde que não haja contraindicações) enquanto se aguardam os resultados das investigações se:[19]National Institute for Health and Care Excellence. Venous thromboembolic diseases: diagnosis, management and thrombophilia testing. Aug 2023 [internet publication].
https://www.nice.org.uk/guidance/ng158
O paciente for categorizado como “provável TVP” (escore de Wells ≥2) e o resultado da ultrassonografia venosa não estiver disponível no prazo de 4 horas
O paciente for categorizado como “TVP improvável” (escore de Wells <2) e:
O nível de dímero D tiver sido medido, mas o resultado não estiver disponível no prazo de 4 horas OU
O resultado do dímero D for positivo e uma ultrassonografia venosa tiver sido providenciada com o resultado disponível em 24 horas
Houver suspeita clínica de TVP em uma gestante.[41]Mazzolai L, Ageno W, Alatri A, et al. Second consensus document on diagnosis and management of acute deep vein thrombosis: updated document elaborated by the ESC Working Group on aorta and peripheral vascular diseases and the ESC Working Group on pulmonary circulation and right ventricular function. Eur J Prev Cardiol. 2022 May 27;29(8):1248-63.
https://academic.oup.com/eurjpc/article/29/8/1248/6319853
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/34254133?tool=bestpractice.com
Antes de iniciar a anticoagulação terapêutica provisória em caso de suspeita de TVP, exames de sangue basais deverão ser solicitados, inclusive hemograma completo, função renal e hepática, tempo de protrombina e tempo de tromboplastina parcial ativada (TTPa).[19]National Institute for Health and Care Excellence. Venous thromboembolic diseases: diagnosis, management and thrombophilia testing. Aug 2023 [internet publication].
https://www.nice.org.uk/guidance/ng158
[40]Kakkos SK, Gohel M, Baekgaard N, et al. Editor's choice - European Society for Vascular Surgery (ESVS) 2021 clinical practice guidelines on the management of venous thrombosis. Eur J Vasc Endovasc Surg. 2021 Jan;61(1):9-82.
https://www.ejves.com/article/S1078-5884(20)30868-6/fulltext
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/33334670?tool=bestpractice.com
Os resultados desses exames não precisam ser avaliados antes de iniciar a anticoagulação.[19]National Institute for Health and Care Excellence. Venous thromboembolic diseases: diagnosis, management and thrombophilia testing. Aug 2023 [internet publication].
https://www.nice.org.uk/guidance/ng158
Os resultados devem ser avaliados (e, se necessário, medidas deverão ser tomadas) dentro de 24 horas após o início da anticoagulação.[19]National Institute for Health and Care Excellence. Venous thromboembolic diseases: diagnosis, management and thrombophilia testing. Aug 2023 [internet publication].
https://www.nice.org.uk/guidance/ng158
Se possível, deve-se escolher um anticoagulante provisório que possa ser continuado se a TVP for confirmada.[19]National Institute for Health and Care Excellence. Venous thromboembolic diseases: diagnosis, management and thrombophilia testing. Aug 2023 [internet publication].
https://www.nice.org.uk/guidance/ng158
Se a ultrassonografia venosa for negativa, pode-se interromper a anticoagulação.[19]National Institute for Health and Care Excellence. Venous thromboembolic diseases: diagnosis, management and thrombophilia testing. Aug 2023 [internet publication].
https://www.nice.org.uk/guidance/ng158
Flegmasia cerulea dolens
A flegmasia cerulea dolens é uma emergência que afeta os membros e impõe risco de vida. Se houver suspeita, é necessário agir rapidamente; deve-se iniciar o tratamento mesmo que os resultados das investigações ainda não tenham sido divulgados.[40]Kakkos SK, Gohel M, Baekgaard N, et al. Editor's choice - European Society for Vascular Surgery (ESVS) 2021 clinical practice guidelines on the management of venous thrombosis. Eur J Vasc Endovasc Surg. 2021 Jan;61(1):9-82.
https://www.ejves.com/article/S1078-5884(20)30868-6/fulltext
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/33334670?tool=bestpractice.com
As terapias de suporte e a anticoagulação devem ser iniciadas imediatamente, e o paciente deve ser encaminhado para um cirurgião vascular ou um radiologista intervencionista. As opções de tratamento incluem trombólise dirigida por cateter, trombólise dirigida por farmacomecânica e trombectomia cirúrgica (que pode ser combinada com fasciotomia e implante de stent ilíaco), embora, geralmente, essas opções sejam usadas para flegmasia cerulea dolens devida a uma TVP da veia ilíaca.[40]Kakkos SK, Gohel M, Baekgaard N, et al. Editor's choice - European Society for Vascular Surgery (ESVS) 2021 clinical practice guidelines on the management of venous thrombosis. Eur J Vasc Endovasc Surg. 2021 Jan;61(1):9-82.
https://www.ejves.com/article/S1078-5884(20)30868-6/fulltext
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/33334670?tool=bestpractice.com
[154]Chinsakchai K, Ten Duis K, Moll FL, et al. Trends in management of phlegmasia cerulea dolens. Vasc Endovascular Surg. 2011 Jan;45(1):5-14.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/21193462?tool=bestpractice.com
[155]Patel NH, Plorde JJ, Meissner M. Catheter-directed thrombolysis in the treatment of phlegmasia cerulea dolens. Ann Vasc Surg. 1998 Sep;12(5):471-5.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/9732427?tool=bestpractice.com
[156]Zhang X, Chen Z, Sun Y, et al. Surgical thrombectomy and simultaneous stenting for phlegmasia cerulea dolens caused by iliac vein occlusion. Ann Vasc Surg. 2018 Aug;51:239-45.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/29518511?tool=bestpractice.com
O membro afetado deve ser elevado. Os protocolos locais de ressuscitação devem ser seguidos, devendo-se buscar junto à equipe de cuidados intensivos aconselhamento urgente sobre as medidas de ressuscitação adequadas.[40]Kakkos SK, Gohel M, Baekgaard N, et al. Editor's choice - European Society for Vascular Surgery (ESVS) 2021 clinical practice guidelines on the management of venous thrombosis. Eur J Vasc Endovasc Surg. 2021 Jan;61(1):9-82.
https://www.ejves.com/article/S1078-5884(20)30868-6/fulltext
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/33334670?tool=bestpractice.com
Terapias intervencionistas
A maioria dos casos de TVP é tratada apenas com anticoagulação. As diretrizes diferem em relação à seleção de pacientes para os quais se justifica uma terapia intervencionista, geralmente trombólise dirigida por cateter ou intervenção farmacomecânica. Além dos pacientes com flegmasia cerulea dolens que afeta os membros (para os quais a terapia intervencionista é indicada), os pacientes devem ser selecionados com base na grande carga de trombos que afetam as veias ileofemorais, sintomas significativos, baixo risco de sangramento e preferência pela intervenção.[18]Stevens SM, Woller SC, Kreuziger LB, et al. Antithrombotic therapy for VTE disease: second update of the CHEST guideline and expert panel report. Chest. 2021 Dec;160(6):e545-608.
https://journal.chestnet.org/article/S0012-3692(21)01506-3/fulltext
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/34352278?tool=bestpractice.com
[157]Farsad K, Kapoor BS, Fidelman N, et al; Expert Panel on Interventional Radiology. ACR appropriateness criteria® radiologic management of iliofemoral venous thrombosis. J Am Coll Radiol. 2020 May;17(5s):S255-64.
https://www.jacr.org/article/S1546-1440(20)30123-X/fulltext
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/32370969?tool=bestpractice.com
Os desfechos no longo prazo provavelmente serão semelhantes em pacientes tratados com intervenção, em comparação com aqueles tratados apenas com anticoagulação.[158]Vedantham S, Goldhaber SZ, Julian JA, et al; ATTRACT Trial Investigators. Pharmacomechanical catheter-directed thrombolysis for deep-vein thrombosis. N Engl J Med. 2017 Dec 7;377(23):2240-52.
https://www.nejm.org/doi/10.1056/NEJMoa1615066
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/29211671?tool=bestpractice.com
A terapia intervencionista, mesmo com resolução completa do trombo, não elimina a necessidade de terapia anticoagulante padrão.
TVP proximal versus distal dos membros inferiores
TVP proximal do membro inferior
Para pacientes com TVP proximal do membro inferior, recomenda-se terapia anticoagulante.[18]Stevens SM, Woller SC, Kreuziger LB, et al. Antithrombotic therapy for VTE disease: second update of the CHEST guideline and expert panel report. Chest. 2021 Dec;160(6):e545-608.
https://journal.chestnet.org/article/S0012-3692(21)01506-3/fulltext
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/34352278?tool=bestpractice.com
TVP distal isolada do membro inferior
Para pacientes com sintomas graves ou fatores de risco para extensão, é recomendada a anticoagulação.
Fatores de risco para extensão incluem:[18]Stevens SM, Woller SC, Kreuziger LB, et al. Antithrombotic therapy for VTE disease: second update of the CHEST guideline and expert panel report. Chest. 2021 Dec;160(6):e545-608.
https://journal.chestnet.org/article/S0012-3692(21)01506-3/fulltext
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/34352278?tool=bestpractice.com
Dímero D positivo
Trombose extensa (por exemplo, >5 cm de comprimento; envolvendo várias veias; >7 mm de diâmetro máximo)
Trombose perto das veias proximais
Ausência de qualquer fator precipitante reversível
Câncer ativo
História prévia de tromboembolismo venoso
Status de paciente hospitalizado.
Para pacientes com TVP distal isolada aguda do membro inferior, mas sem sintomas graves nem fatores de risco para extensão, ou com um alto risco de sangramento, sugere-se estudos de imagem em série (por exemplo, uma vez por semana ou em decorrência do agravamento dos sintomas) das veias profundas por 2 semanas em vez de anticoagulação.[18]Stevens SM, Woller SC, Kreuziger LB, et al. Antithrombotic therapy for VTE disease: second update of the CHEST guideline and expert panel report. Chest. 2021 Dec;160(6):e545-608.
https://journal.chestnet.org/article/S0012-3692(21)01506-3/fulltext
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[159]Kitchen L, Lawrence M, Speicher M, et al. Emergency department management of suspected calf-vein deep venous thrombosis: a diagnostic algorithm. West J Emerg Med. 2016 Jul;17(4):384-90.
https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC4944794
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/27429688?tool=bestpractice.com
A anticoagulação é administrada somente se o trombo se propagar em exames de ultrassonografia em série.[18]Stevens SM, Woller SC, Kreuziger LB, et al. Antithrombotic therapy for VTE disease: second update of the CHEST guideline and expert panel report. Chest. 2021 Dec;160(6):e545-608.
https://journal.chestnet.org/article/S0012-3692(21)01506-3/fulltext
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/34352278?tool=bestpractice.com
Terapia com anticoagulantes: princípios gerais
A anticoagulação é a base de tratamento da TVP, tanto nos membros inferiores quanto nos superiores.[41]Mazzolai L, Ageno W, Alatri A, et al. Second consensus document on diagnosis and management of acute deep vein thrombosis: updated document elaborated by the ESC Working Group on aorta and peripheral vascular diseases and the ESC Working Group on pulmonary circulation and right ventricular function. Eur J Prev Cardiol. 2022 May 27;29(8):1248-63.
https://academic.oup.com/eurjpc/article/29/8/1248/6319853
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/34254133?tool=bestpractice.com
Os pacientes são tratados com anticoagulantes para:
Impedir a propagação/progressão do trombo nas veias profundas dos membros inferiores
Reduzir o risco de embolia pulmonar (EP)
Reduzir o risco de trombose TVP recorrente.
A terapia anticoagulante para TVP foi descrita em três fases: iniciação, tratamento (também chamado de "longo prazo") e prolongada.[18]Stevens SM, Woller SC, Kreuziger LB, et al. Antithrombotic therapy for VTE disease: second update of the CHEST guideline and expert panel report. Chest. 2021 Dec;160(6):e545-608.
https://journal.chestnet.org/article/S0012-3692(21)01506-3/fulltext
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/34352278?tool=bestpractice.com
[22]Konstantinides SV, Meyer G, Becattini C, et al. 2019 ESC guidelines for the diagnosis and management of acute pulmonary embolism developed in collaboration with the European Respiratory Society (ERS). Eur Heart J. 2020 Jan 21;41(4):543-603.
https://academic.oup.com/eurheartj/article/41/4/543/5556136
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/31504429?tool=bestpractice.com
[41]Mazzolai L, Ageno W, Alatri A, et al. Second consensus document on diagnosis and management of acute deep vein thrombosis: updated document elaborated by the ESC Working Group on aorta and peripheral vascular diseases and the ESC Working Group on pulmonary circulation and right ventricular function. Eur J Prev Cardiol. 2022 May 27;29(8):1248-63.
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[160]Kearon C. A conceptual framework for two phases of anticoagulant treatment of venous thromboembolism. J Thromb Haemost. 2012 Apr;10(4):507-11.
https://onlinelibrary.wiley.com/doi/full/10.1111/j.1538-7836.2012.04629.x
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/22497864?tool=bestpractice.com
Início (desde a apresentação até 5-21 dias após o diagnóstico): os objetivos do tratamento são interromper o estado protrombótico ativo e inibir a propagação e a embolização do trombo.
Tratamento (iniciação aos 3 meses): os objetivos são prevenir novos trombos enquanto o coágulo original está estabilizado e a trombólise intrínseca está em andamento.
Prolongado (3 meses a indefinido): o objetivo é a prevenção secundária de um novo tromboembolismo venoso.
Os esquemas de tratamento recomendados para pacientes com TVP mudaram rapidamente conforme novos anticoagulantes se tornaram disponíveis. Cuidados devem ser tomados para minimizar o risco de hemorragia importante durante o período de tratamento e monitorar o desenvolvimento de trombocitopenia induzida por heparina (TIH) caso se utilize heparina não fracionada (HNF) ou heparina de baixo peso molecular (HBPM).[23]Turpie AG, Chin BS, Lip GY. Venous thromboembolism: pathophysiology, clinical features, and prevention. BMJ. 2002 Oct 19;325(7369):887-90.
https://pmc.ncbi.nlm.nih.gov/articles/PMC1124386
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/12386044?tool=bestpractice.com
[80]Turpie AG, Chin BS, Lip GY. Venous thromboembolism: treatment strategies. BMJ. 2002 Oct 26;325(7370):948-50. [Errata in: BMJ. 2003 Jan 18;326(7381):156; BMJ. 2003 Jun 21;326(7403):1362.]
https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC1124446
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/12399348?tool=bestpractice.com
Fase de iniciação da anticoagulação (desde a suspeita diagnóstica até 21 dias)
Pacientes diagnosticados com TVP ou com suspeita de TVP e com alta probabilidade da doença devem receber um anticoagulante dosado de acordo com a fase inicial da terapia, a menos que haja contraindicação.[18]Stevens SM, Woller SC, Kreuziger LB, et al. Antithrombotic therapy for VTE disease: second update of the CHEST guideline and expert panel report. Chest. 2021 Dec;160(6):e545-608.
https://journal.chestnet.org/article/S0012-3692(21)01506-3/fulltext
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/34352278?tool=bestpractice.com
A escolha do agente depende de fatores do paciente, como estabilidade clínica, risco de sangramento, função hepática, função renal, gravidez, presença de câncer, obesidade, medicamentos concomitantes, capacidade de monitorar interações medicamentosas e risco de sangramento. A escolha também pode depender da preferência do médico ou do paciente ou de recomendações das diretrizes locais.[18]Stevens SM, Woller SC, Kreuziger LB, et al. Antithrombotic therapy for VTE disease: second update of the CHEST guideline and expert panel report. Chest. 2021 Dec;160(6):e545-608.
https://journal.chestnet.org/article/S0012-3692(21)01506-3/fulltext
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/34352278?tool=bestpractice.com
Se o tratamento tiver sido iniciado antes da confirmação diagnóstica e a TVP for posteriormente descartada, a anticoagulação poderá ser descontinuada.[18]Stevens SM, Woller SC, Kreuziger LB, et al. Antithrombotic therapy for VTE disease: second update of the CHEST guideline and expert panel report. Chest. 2021 Dec;160(6):e545-608.
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http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/34352278?tool=bestpractice.com
Recomendações para escolha inicial de terapia antitrombótica
A HNF é recomendada quando for possível utilizar terapias intervencionistas (por exemplo, trombólise dirigida por cateter ou intervenção farmacomecânica) ou se o paciente apresentar alto risco de sangramento.
Em pacientes estáveis, a escolha do anticoagulante inicial é guiada pela escolha da terapia de longo prazo mais apropriada. Geralmente, este será um anticoagulante oral direto (AOD), mas há exceções para populações específicas de pacientes.
Os AODs (por exemplo, apixabana, edoxabana, rivaroxabana, dabigatrana) são geralmente recomendados em vez de um antagonista da vitamina K (geralmente varfarina). Se um AOD for escolhido, há uma fase de iniciação com uma dose oral mais alta (apixabana e rivaroxabana) ou um tratamento introdutório com um anticoagulante parenteral por 5-10 dias enquanto o tratamento é estabelecido (edoxabana e dabigatrana). Em seguida, é realizada a monoterapia oral na fase de tratamento com a dosagem do agente escolhido.
Para pacientes nos quais a varfarina é mais apropriada, é necessário tratamento com HBPM ou fondaparinux junto com a dose inicial de varfarina na fase de iniciação, enquanto a anticoagulação terapêutica é estabelecida.
Em geral, o fondaparinux e a argatrobana são reservados para pacientes com TIH ou com uma história dessa condição.[161]Kelton JG, Arnold DM, Bates SM. Nonheparin anticoagulants for heparin-induced thrombocytopenia. N Engl J Med. 2013 Feb 21;368(8):737-44.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/23425166?tool=bestpractice.com
[162]Cuker A, Arepally GM, Chong BH, et al. American Society of Hematology 2018 guidelines for management of venous thromboembolism: heparin-induced thrombocytopenia. Blood Adv. 2018 Nov 27;2(22):3360-92; reaffirmed 2022.
https://ashpublications.org/bloodadvances/article/2/22/3360/16129/American-Society-of-Hematology-2018-guidelines-for
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/30482768?tool=bestpractice.com
Considerações para anticoagulantes específicos
AODs
Os AODs são tão eficazes quanto a HNF, a HBPM e a varfarina para o tratamento da TVP e, geralmente, são mais recomendados do que esses medicamentos fora de populações especiais.[163]Bauersachs R, Berkowitz SD, Brenner B, et al; EINSTEIN Investigators. Oral rivaroxaban for symptomatic venous thromboembolism. N Engl J Med. 2010 Dec 23;363(26):2499-510.
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Não é necessário monitoramento do perfil de coagulação, e as complicações hemorrágicas são semelhantes ou menores que as da varfarina, mas há uma incidência menor ou semelhante de tromboembolismo venoso.[164]Wang X, Ma Y, Hui X, et al. Oral direct thrombin inhibitors or oral factor Xa inhibitors versus conventional anticoagulants for the treatment of deep vein thrombosis. Cochrane Database Syst Rev. 2023 Apr 14;(4):CD010956.
https://www.cochranelibrary.com/cdsr/doi/10.1002/14651858.CD010956.pub3/full
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[165]Su X, Yan B, Wang L, et al. Comparative efficacy and safety of oral anticoagulants for the treatment of venous thromboembolism in the patients with different renal functions: a systematic review, pairwise and network meta-analysis. BMJ Open. 2022 Feb 21;12(2):e048619.
https://bmjopen.bmj.com/content/12/2/e048619
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/35190410?tool=bestpractice.com
Todas têm meia-vida maior que a da HNF ou da HBPM e uma meia-vida menor que a da varfarina, e todas têm rápido início de ação.
A apixabana e a rivaroxabana são iniciadas com uma dose oral inicial mais alta, sem necessidade de terapia introdutória com anticoagulante parenteral. A edoxabana e a dabigatrana requerem terapia introdutória com um anticoagulante parenteral por 5-10 dias antes da monoterapia oral.
Os AODs não interagem com alimentos; no entanto, eles sofrem algumas interações medicamentosas. Interações medicamentosas importantes incluem: inibidores ou indutores fortes da glicoproteína P (com edoxabana e dabigatrana); e inibidores ou indutores fortes da glicoproteína P e CYP3A4 (com apixabana e rivaroxabana).
Agentes de reversão específicos para dabigatrana (idarucizumabe) e os AODs, apixabana e rivaroxabana (fator de coagulação Xa recombinante [andexanete alfa]), foram aprovados. A reversão da varfarina, no contexto de sangramento importante ou com risco de vida, é recomendado com vitamina K e concentrado de complexo protrombínico.[166]Schulman S, Kearon C, Kakkar AK, et al; RE-COVER Study Group. Dabigatran versus warfarin in the treatment of acute venous thromboembolism. N Engl J Med. 2009 Dec 10;361(24):2342-52.
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Varfarina
Em pacientes que farão a transição de HNF, HBPM ou fondaparinux para varfarina, a varfarina deverá ser iniciada no mesmo dia em que esses medicamentos forem iniciados, a menos que haja um risco muito alto de sangramento. Se o risco de sangramento for alto, é aconselhável observar o paciente por 1-2 dias apenas com HNF.
Três estratégias podem ser usadas para selecionar a dose inicial de varfarina:[167]Klein TE, Altman RB, Eriksson N, et al; International Warfarin Pharmacogenetics Consortium. Estimation of the warfarin dose with clinical and pharmacogenetic data. N Engl J Med. 2009 Feb 19;360(8):753-64.
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[168]Anderson JL, Horne BD, Stevens SM, et al; Couma-Gen Investigators. Randomized trial of genotype-guided versus standard warfarin dosing in patients initiating oral anticoagulation. Circulation. 2007 Nov 27;116(22):2563-70.
https://www.ahajournals.org/doi/10.1161/CIRCULATIONAHA.107.737312
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[
]
How do different warfarin loading doses affect the ability to reach the target international normalized ratio in people newly prescribed anticoagulation?/cca.html?targetUrl=https://cochranelibrary.com/cca/doi/10.1002/cca.927/fullMostre-me a resposta
Um algoritmo clínico calcula a dose estável e inicial estimada com base em várias características do paciente.
Um algoritmo genético calcula a dose estável e inicial estimada com base nos resultados de testes genéticos, como o genótipo CYP450-2C9 e o haplótipo VKOR-C1, bem como em variáveis clínicas.
Uma abordagem de dose fixa usa nomogramas de iniciação.
O uso de um nomograma individualizado para selecionar a dose inicial e varfarina e para titulações subsequentes tende a resultar em desfechos melhores do que os da iniciação com dose fixa, sendo preferido.[168]Anderson JL, Horne BD, Stevens SM, et al; Couma-Gen Investigators. Randomized trial of genotype-guided versus standard warfarin dosing in patients initiating oral anticoagulation. Circulation. 2007 Nov 27;116(22):2563-70.
https://www.ahajournals.org/doi/10.1161/CIRCULATIONAHA.107.737312
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[169]Kheiri B, Abdalla A, Haykal T, et al. Meta-analysis of genotype-guided versus standard dosing of vitamin K antagonists. Am J Cardiol. 2018 Apr 1;121(7):879-87.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/29402419?tool=bestpractice.com
Existem testes para determinar o genótipo do paciente quanto às variantes do citocromo 2C9 e variantes da epóxi-redutase da vitamina K. Entretanto, no geral, a disponibilidade desta informação não leva a uma anticoagulação mais rápida ou segura quando comparada com a dosagem de rotina. A genotipagem é cara, e o resultado só é fornecido após vários dias.[170]Verhoef TI, Ragia G, de Boer A, et al; EU-PACT Group. A randomized trial of genotype-guided dosing of acenocoumarol and phenprocoumon. N Engl J Med. 2013 Dec 12;369(24):2304-12.
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[171]Pirmohamed M, Burnside G, Eriksson N, et al; EU-PACT Group. A randomized trial of genotype-guided dosing of warfarin. N Engl J Med. 2013 Dec 12;369(24):2294-303.
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[172]Kimmel SE, French B, Kasner SE, et al; COAG Investigators. A pharmacogenetic versus a clinical algorithm for warfarin dosing. N Engl J Med. 2013 Dec 12;369(24):2283-93.
https://www.nejm.org/doi/10.1056/NEJMoa1310669
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[173]Zineh I, Pacanowski M, Woodcock J. Pharmacogenetics and coumarin dosing: recalibrating expectations. N Engl J Med. 2013 Dec 12;369(24):2273-5.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/24328463?tool=bestpractice.com
Quando disponível, pode ser preferível empregar uma abordagem individualizada para iniciação da varfarina. Existe uma ferramenta online para ajudar na dosagem de iniciação da varfarina que utiliza variáveis clínicas com ou sem a adição de informações genéticas.
Warfarin dosing
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Depois de iniciada a varfarina, ela é mantida concomitantemente com o anticoagulante parenteral enquanto a dose é ajustada. A dosagem subsequente de varfarina é baseada na resposta da razão normalizada internacional (INR) a cada dose. A faixa de INR terapêutica é de 2-3 (meta de 2.5, a menos que seja usada concomitantemente para anticoagulação de valvas cardíacas mecânicas). A HNF, a HBPM ou o fondaparinux devem ser mantidos por um mínimo de 5 dias e até a INR ser igual a 2 ou mais por, no mínimo, 24 horas, quando a HNF, a HBPM ou o fondaparinux poderão então ser descontinuados.[18]Stevens SM, Woller SC, Kreuziger LB, et al. Antithrombotic therapy for VTE disease: second update of the CHEST guideline and expert panel report. Chest. 2021 Dec;160(6):e545-608.
https://journal.chestnet.org/article/S0012-3692(21)01506-3/fulltext
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[174]Witt DM, Clark NP, Kaatz S, et al. Guidance for the practical management of warfarin therapy in the treatment of venous thromboembolism. J Thromb Thrombolysis. 2016 Jan;41(1):187-205.
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http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/26780746?tool=bestpractice.com
Heparina
O tratamento com HNF geralmente é iniciado com uma dose de ataque intravenosa em bolus com a dose calculada de acordo com o peso, seguida imediatamente de uma infusão contínua com a dose calculada de acordo com o peso. O tratamento requer também monitoramento do TTPa ou da atividade de anti-Xa calibrada com heparina, que é usada para ajustar a dose até a faixa-alvo.
HBPM e fondaparinux são dosados por via subcutânea, de acordo com o peso do paciente.
A contagem plaquetária é medida regularmente durante o tratamento com qualquer terapia de heparina (por exemplo, HNF, HBPM) devido à possibilidade de trombocitopenia induzida por heparina (TIH) como complicação.
Populações específicas de pacientes
Doença grave
Para pacientes com maior gravidade da doença nos quais a terapia intervencionista está sendo planejada ou considerada, a HNF é preferida, pois a maioria dos estudos sobre terapias intervencionistas foi realizada com esse anticoagulante. Ela também pode ser ajustada, se necessário, durante a intervenção e tem uma meia-vida relativamente curta caso ocorra sangramento.[18]Stevens SM, Woller SC, Kreuziger LB, et al. Antithrombotic therapy for VTE disease: second update of the CHEST guideline and expert panel report. Chest. 2021 Dec;160(6):e545-608.
https://journal.chestnet.org/article/S0012-3692(21)01506-3/fulltext
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/34352278?tool=bestpractice.com
[175]Stevens SM, Woller SC, Baumann Kreuziger L, et al. Antithrombotic therapy for VTE disease: compendium and review of CHEST guidelines 2012-2021. Chest. 2024 Aug;166(2):388-404.
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http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/38458430?tool=bestpractice.com
Uma vez estabilizado, o paciente pode passar a receber um anticoagulante, guiado pela escolha da terapia de longo prazo mais apropriada.
Aumento do risco de sangramento
Pode ser preferível tratar os pacientes com aumento do risco de sangramento (por exemplo, cirurgia recente, ulceração péptica) inicialmente com HNF intravenosa, pois ela tem meia-vida curta e seu efeito pode ser rapidamente revertido com protamina.[41]Mazzolai L, Ageno W, Alatri A, et al. Second consensus document on diagnosis and management of acute deep vein thrombosis: updated document elaborated by the ESC Working Group on aorta and peripheral vascular diseases and the ESC Working Group on pulmonary circulation and right ventricular function. Eur J Prev Cardiol. 2022 May 27;29(8):1248-63.
https://academic.oup.com/eurjpc/article/29/8/1248/6319853
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/34254133?tool=bestpractice.com
Uma vez que esteja claro que a anticoagulação é tolerada, a seleção de um esquema apropriado de anticoagulação pode ser feita.
Câncer ativo
Em pacientes com tromboembolismo venoso e câncer ativo (trombose associada ao câncer), as diretrizes do American College of Chest Physicians (ACCP) e do National Institute for Health and Care Excellence (NICE) do Reino Unido recomendam um AOD (apixabana, edoxabana, rivaroxabana) em vez de HBPM.[18]Stevens SM, Woller SC, Kreuziger LB, et al. Antithrombotic therapy for VTE disease: second update of the CHEST guideline and expert panel report. Chest. 2021 Dec;160(6):e545-608.
https://journal.chestnet.org/article/S0012-3692(21)01506-3/fulltext
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/34352278?tool=bestpractice.com
[19]National Institute for Health and Care Excellence. Venous thromboembolic diseases: diagnosis, management and thrombophilia testing. Aug 2023 [internet publication].
https://www.nice.org.uk/guidance/ng158
As orientações da American Society of Clinical Oncology sugerem o uso de HBPM, HNF, fondaparinux, rivaroxabana ou apixabana para a anticoagulação inicial.[42]Key NS, Khorana AA, Kuderer NM, et al. Venous thromboembolism prophylaxis and treatment in patients with cancer: ASCO guideline update. J Clin Oncol. 2023 Jun 1;41(16):3063-71.
https://ascopubs.org/doi/10.1200/JCO.23.00294
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AODs (particularmente edoxabana e rivaroxabana) estão associados a um alto risco de hemorragia digestiva do que a HBPM. Em pacientes com câncer gastrointestinal luminal, o ACCP recomenda apixabana ou HBPM como os agentes de preferência.[18]Stevens SM, Woller SC, Kreuziger LB, et al. Antithrombotic therapy for VTE disease: second update of the CHEST guideline and expert panel report. Chest. 2021 Dec;160(6):e545-608.
https://journal.chestnet.org/article/S0012-3692(21)01506-3/fulltext
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/34352278?tool=bestpractice.com
[176]Ageno W, Vedovati MC, Cohen A, et al. Bleeding with apixaban and dalteparin in patients with cancer-associated venous thromboembolism: results from the Caravaggio study. Thromb Haemost. 2021 May;121(5):616-24.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/33202447?tool=bestpractice.com
Disfunção renal
Para pacientes com comprometimento renal (isto é, clearance da creatinina <30 mL/minuto), HNF intravenosa ou subcutânea, seguida por varfarina, é atualmente o anticoagulante de escolha.
A apixabana é aprovada para uso em doença renal grave e tem desfechos semelhantes aos da HNF seguida por varfarina, além de representar uma opção alternativa.[177]Ifeanyi J, See S. A review of the safety and efficacy of apixaban in patients with severe renal impairment. Sr Care Pharm. 2023 Mar 1;38(3):86-94.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/36803700?tool=bestpractice.com
A HBPM apresenta um clearance renal imprevisível entre os pacientes com insuficiência renal. Para pacientes que recebem HBPM, o monitoramento laboratorial do efeito anticoagulante (isto é, pelo teste antifator Xa) geralmente não é necessário, mas deve ser considerado em pacientes com comprometimento renal grave e em pacientes com comprometimento renal moderado se o uso da HBPM for prolongado (ou seja, >10 dias).[178]Nutescu EA, Spinler SA, Wittkowsky A, et al. Low-molecular-weight heparins in renal impairment and obesity: available evidence and clinical practice recommendations across medical and surgical settings. Ann Pharmacother. 2009 Jun;43(6):1064-83.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/19458109?tool=bestpractice.com
Fondaparinux, rivaroxabana, edoxabana e dabigatrana geralmente não são recomendados em pessoas com comprometimento renal grave, e pacientes com clearance de creatinina <25 a 30 mL/minuto foram excluídos dos grandes ensaios clínicos randomizados e controlados. Apixabana, edoxabana e rivaroxabana podem ser usadas em alguns pacientes com comprometimento renal; no entanto, consulte as orientações locais, pois as recomendações variam entre os países.
Comprometimento hepático
A HBPM ou a HNF são recomendadas nesses pacientes e devem ser combinadas com varfarina, a menos que haja câncer.[18]Stevens SM, Woller SC, Kreuziger LB, et al. Antithrombotic therapy for VTE disease: second update of the CHEST guideline and expert panel report. Chest. 2021 Dec;160(6):e545-608.
https://journal.chestnet.org/article/S0012-3692(21)01506-3/fulltext
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/34352278?tool=bestpractice.com
A varfarina deve ser usada com cautela se a INR basal estiver elevada; a HBPM de duração prolongada pode ser preferencial.[20]Witt DM, Nieuwlaat R, Clark NP, et al. American Society of Hematology 2018 guidelines for management of venous thromboembolism: optimal management of anticoagulation therapy. Blood Adv. 2018 Nov 27;2(22):3257-91; reaffirmed 2022.
https://ashpublications.org/bloodadvances/article/2/22/3257/16107/American-Society-of-Hematology-2018-guidelines-for
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[179]Ribic C, Crowther M. Thrombosis and anticoagulation in the setting of renal or liver disease. Hematology Am Soc Hematol Educ Program. 2016 Dec 2;2016(1):188-95.
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http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/27913479?tool=bestpractice.com
Os AODs geralmente não são recomendados em pacientes com comprometimento hepático, especialmente naqueles com comprometimento moderado a grave (classe B ou C de Child-Pugh).[18]Stevens SM, Woller SC, Kreuziger LB, et al. Antithrombotic therapy for VTE disease: second update of the CHEST guideline and expert panel report. Chest. 2021 Dec;160(6):e545-608.
https://journal.chestnet.org/article/S0012-3692(21)01506-3/fulltext
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/34352278?tool=bestpractice.com
[41]Mazzolai L, Ageno W, Alatri A, et al. Second consensus document on diagnosis and management of acute deep vein thrombosis: updated document elaborated by the ESC Working Group on aorta and peripheral vascular diseases and the ESC Working Group on pulmonary circulation and right ventricular function. Eur J Prev Cardiol. 2022 May 27;29(8):1248-63.
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http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/34254133?tool=bestpractice.com
Obesidade
A HNF ou a HBPM são opções em pacientes com obesidade. O uso do peso corporal real é adequado para o cálculo da dose terapêutica em pacientes obesos. O monitoramento laboratorial do efeito anticoagulante da HBPM (isto é, pelo teste de antifator Xa) geralmente não é necessário, mas deve ser considerado em pacientes com obesidade classe III (índice de massa corporal [IMC] 40 ou superior).[20]Witt DM, Nieuwlaat R, Clark NP, et al. American Society of Hematology 2018 guidelines for management of venous thromboembolism: optimal management of anticoagulation therapy. Blood Adv. 2018 Nov 27;2(22):3257-91; reaffirmed 2022.
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http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/30482765?tool=bestpractice.com
[81]Gigante B, Tamargo J, Agewall S, et al. Update on antithrombotic therapy and body mass: a clinical consensus statement of the European Society of Cardiology Working Group on Cardiovascular Pharmacotherapy and the European Society of Cardiology Working Group on Thrombosis. Eur Heart J Cardiovasc Pharmacother. 2024 Nov 6;10(7):614-45.
https://academic.oup.com/ehjcvp/article/10/7/614/7750039
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[178]Nutescu EA, Spinler SA, Wittkowsky A, et al. Low-molecular-weight heparins in renal impairment and obesity: available evidence and clinical practice recommendations across medical and surgical settings. Ann Pharmacother. 2009 Jun;43(6):1064-83.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/19458109?tool=bestpractice.com
Não há limite de peso conhecido para o uso de anticoagulantes orais diretos (AODs); entretanto, eles não foram amplamente estudados em pacientes com pesos extremos. O Comitê Científico e de Padronização da International Society on Thrombosis and Haemostasis recomenda que a dabigatrana e a edoxabana sejam evitadas em pacientes com IMC >40 kg/m² ou peso >120 kg devido à falta de dados de desfechos clínicos. A rivaroxabana e a apixabana podem ser consideradas nesses pacientes.[180]Martin KA, Beyer-Westendorf J, Davidson BL, et al. Use of direct oral anticoagulants in patients with obesity for treatment and prevention of venous thromboembolism: updated communication from the ISTH SSC Subcommittee on Control of Anticoagulation. J Thromb Haemost. 2021 Aug;19(8):1874-82.
https://www.jthjournal.org/article/S1538-7836(22)01848-7/fulltext
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/34259389?tool=bestpractice.com
Dois grandes estudos de coorte retrospectivos pareados demonstraram desfechos semelhantes em pacientes que receberam rivaroxabana, apixabana ou dabigatrana versus varfarina, embora não exista nenhuma evidência comparativa prospectiva.[181]Spyropoulos AC, Ashton V, Chen YW, et al. Rivaroxaban versus warfarin treatment among morbidly obese patients with venous thromboembolism: comparative effectiveness, safety, and costs. Thromb Res. 2019 Oct;182:159-66.
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http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/31493618?tool=bestpractice.com
[182]Coons JC, Albert L, Bejjani A, et al. Effectiveness and safety of direct oral anticoagulants versus warfarin in obese patients with acute venous thromboembolism. Pharmacotherapy. 2020 Mar;40(3):204-10.
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Se AODs forem usados nesses pacientes, o monitoramento específico do medicamento apropriado poderá ser considerado, embora haja evidências limitadas de que os níveis específicos do medicamento predigam desfechos clínicos importantes.[81]Gigante B, Tamargo J, Agewall S, et al. Update on antithrombotic therapy and body mass: a clinical consensus statement of the European Society of Cardiology Working Group on Cardiovascular Pharmacotherapy and the European Society of Cardiology Working Group on Thrombosis. Eur Heart J Cardiovasc Pharmacother. 2024 Nov 6;10(7):614-45.
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Gestação
Mulheres que desenvolvem tromboembolismo venoso e que estão grávidas ou podem ficar grávidas podem ser tratadas com monoterapia subcutânea com HNF ou HBPM.[183]Royal College of Obstetricians and Gynaecologists. Thromboembolic disease in pregnancy and the puerperium: acute management (Green-top Guideline no. 37b). Apr 2015 [internet publication].
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Em decorrência das alterações na farmacodinâmica da HNF subcutânea durante a gestação, a HBPM é preferida.[18]Stevens SM, Woller SC, Kreuziger LB, et al. Antithrombotic therapy for VTE disease: second update of the CHEST guideline and expert panel report. Chest. 2021 Dec;160(6):e545-608.
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[184]Linnemann B, Scholz U, Rott H, et al. Treatment of pregnancy-associated venous thromboembolism - position paper from the Working Group in Women's Health of the Society of Thrombosis and Haemostasis (GTH). Vasa. 2016;45(2):103-18.
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A medição de rotina da intensidade máxima da atividade anti-Xa para pacientes gestantes ou no período pós-parto tratadas com HBPM não é recomendada, exceto em mulheres com extremos de peso corporal (ou seja, <50 kg ou >90 kg) ou com outros fatores complicadores (por exemplo, comprometimento renal ou tromboembolismo venoso recorrente) que as colocam sob alto risco.
Sabe-se que a varfarina causa efeitos teratogênicos quando utilizada na gravidez e deve ser evitada.
Se o aleitamento materno for planejado, então a HBPM é o agente de escolha. A varfarina é uma alternativa; ela é minimamente secretada no leite materno, nas existe experiência clínica extensa sugerindo que não há nenhum efeito negativo no lactente.[153]Bates SM, Greer IA, Middeldorp S, et al. VTE, thrombophilia, antithrombotic therapy, and pregnancy: antithrombotic therapy and prevention of thrombosis, 9th ed: American College of Chest Physicians evidence-based clinical practice guidelines. Chest. 2012 Feb;141(suppl 2):e691S-736S.
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[185]Ageno W, Gallus AS, Wittkowsky A, et al. Oral anticoagulant therapy: antithrombotic therapy and prevention of thrombosis, 9th ed: American College of Chest Physicians evidence-based clinical practice guidelines. Chest. 2012 Feb;141(suppl 2):e44S-88S.
https://journal.chestnet.org/article/S0012-3692(12)60119-6/fulltext
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/22315269?tool=bestpractice.com
A segurança dos AODs na gravidez e na lactação é desconhecida, devendo-se evitá-los em ambas as situações (mas eles podem ser usados no período pós-parto se a paciente não estiver amamentando).
Trombocitopenia induzida por heparina (TIH)
Em pacientes com TIH, o anticoagulante recomendado é a argatrobana. Fondaparinux, apixabana, rivaroxabana e dabigatrana também foram sugeridos, embora não sejam aprovados para pacientes com TIH ativa.[161]Kelton JG, Arnold DM, Bates SM. Nonheparin anticoagulants for heparin-induced thrombocytopenia. N Engl J Med. 2013 Feb 21;368(8):737-44.
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[162]Cuker A, Arepally GM, Chong BH, et al. American Society of Hematology 2018 guidelines for management of venous thromboembolism: heparin-induced thrombocytopenia. Blood Adv. 2018 Nov 27;2(22):3360-92; reaffirmed 2022.
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A argatrobana é preferível para pacientes com TIH com alto risco de sangramento ou comprometimento renal. Consulte Trombocitopenia associada à heparina.
Fase de tratamento da anticoagulação (iniciação aos 3 meses)
As diretrizes do ACCP recomendam que os pacientes que não tenham contraindicação recebam uma fase de tratamento de 3 meses de anticoagulação. Os AODs são recomendados em vez da varfarina.[18]Stevens SM, Woller SC, Kreuziger LB, et al. Antithrombotic therapy for VTE disease: second update of the CHEST guideline and expert panel report. Chest. 2021 Dec;160(6):e545-608.
https://journal.chestnet.org/article/S0012-3692(21)01506-3/fulltext
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/34352278?tool=bestpractice.com
Durante a fase de tratamento, o acompanhamento e a reavaliação se baseiam no nível de risco de sangramento do paciente, nas comorbidades e no agente anticoagulante selecionado.[18]Stevens SM, Woller SC, Kreuziger LB, et al. Antithrombotic therapy for VTE disease: second update of the CHEST guideline and expert panel report. Chest. 2021 Dec;160(6):e545-608.
https://journal.chestnet.org/article/S0012-3692(21)01506-3/fulltext
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/34352278?tool=bestpractice.com
Os pacientes que tomam dabigatrana ou endoxabana devem continuar com a mesma dose administrada durante a fase de iniciação com um agente parenteral, a menos que a função renal piore substancialmente, justificando a descontinuação.[41]Mazzolai L, Ageno W, Alatri A, et al. Second consensus document on diagnosis and management of acute deep vein thrombosis: updated document elaborated by the ESC Working Group on aorta and peripheral vascular diseases and the ESC Working Group on pulmonary circulation and right ventricular function. Eur J Prev Cardiol. 2022 May 27;29(8):1248-63.
https://academic.oup.com/eurjpc/article/29/8/1248/6319853
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/34254133?tool=bestpractice.com
Pacientes que tomam apixabana e rivaroxabana devem ter a dose ajustada à dose da fase de tratamento.[41]Mazzolai L, Ageno W, Alatri A, et al. Second consensus document on diagnosis and management of acute deep vein thrombosis: updated document elaborated by the ESC Working Group on aorta and peripheral vascular diseases and the ESC Working Group on pulmonary circulation and right ventricular function. Eur J Prev Cardiol. 2022 May 27;29(8):1248-63.
https://academic.oup.com/eurjpc/article/29/8/1248/6319853
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/34254133?tool=bestpractice.com
Pacientes tratados com varfarina devem continuar a realizar medições de INR. A frequência das medições depende da estabilidade dos valores de INR em cada consulta. Comumente, a INR é medida 1-2 vezes semanalmente após o ajuste da dose inicial, com o tempo entre medições estendendo-se progressivamente se os valores permanecerem no intervalo. O intervalo-alvo de 2-3 (INR-alvo de 2.5) é mantido, a menos que seja usado concomitantemente para anticoagulação de valvas cardíacas mecânicas.[41]Mazzolai L, Ageno W, Alatri A, et al. Second consensus document on diagnosis and management of acute deep vein thrombosis: updated document elaborated by the ESC Working Group on aorta and peripheral vascular diseases and the ESC Working Group on pulmonary circulation and right ventricular function. Eur J Prev Cardiol. 2022 May 27;29(8):1248-63.
https://academic.oup.com/eurjpc/article/29/8/1248/6319853
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/34254133?tool=bestpractice.com
Se a HBPM prolongada for usada (por exemplo, em pacientes que não podem tomar medicamentos orais, pacientes com câncer com medicamentos concomitantes que têm interação medicamentosa significativa que impede o uso de AODs, pacientes com neoplasia maligna gastrointestinal intraluminal e alto risco de sangramento gastrointestinal e pacientes com doença hepática grave nos quais nem a varfarina nem AODs podem ser usados), a dose dependerá do agente:
Se for escolhida a dalteparina, a dose é reduzida após 1 mês.
Se for escolhida a enoxaparina, alguns especialistas sugerem reduzir a dose inicial após 1 mês, embora isso se baseie apenas em opiniões, e a dose inicial pode ser mantida.
A dose de HBPM deve ser ajustada a mudanças no peso ou no clearance da creatinina do paciente.
A fase de tratamento da anticoagulação difere em pacientes grávidas. Pacientes com tromboembolismo venoso associado à gravidez são submetidas à anticoagulação na fase de tratamento por pelo menos 3 meses ou até 6 semanas pós-parto, o que for mais longo.[183]Royal College of Obstetricians and Gynaecologists. Thromboembolic disease in pregnancy and the puerperium: acute management (Green-top Guideline no. 37b). Apr 2015 [internet publication].
https://www.rcog.org.uk/media/wj2lpco5/gtg-37b-1.pdf
[184]Linnemann B, Scholz U, Rott H, et al. Treatment of pregnancy-associated venous thromboembolism - position paper from the Working Group in Women's Health of the Society of Thrombosis and Haemostasis (GTH). Vasa. 2016;45(2):103-18.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/27058796?tool=bestpractice.com
Ao concluir essa fase no período pós-parto, as decisões são tomadas de acordo com os planos da paciente de amamentar ou não. As diretrizes diferem quanto à oferta de anticoagulação prolongada para tromboembolismo venoso associado à gravidez, pois há um risco intermediário de futuro tromboembolismo venoso sem fatores precipitantes.[21]Ortel TL, Neumann I, Ageno W, et al. American Society of Hematology 2020 guidelines for management of venous thromboembolism: treatment of deep vein thrombosis and pulmonary embolism. Blood Adv. 2020 Oct 13;4(19):4693-738; reaffirmed 2022.
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http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/33007077?tool=bestpractice.com
[175]Stevens SM, Woller SC, Baumann Kreuziger L, et al. Antithrombotic therapy for VTE disease: compendium and review of CHEST guidelines 2012-2021. Chest. 2024 Aug;166(2):388-404.
https://journal.chestnet.org/article/S0012-3692(24)00292-7/fulltext
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/38458430?tool=bestpractice.com
Uma vez que a fase de tratamento tenha sido concluída, todos os pacientes devem ser avaliados para terapia de fase prolongada.[18]Stevens SM, Woller SC, Kreuziger LB, et al. Antithrombotic therapy for VTE disease: second update of the CHEST guideline and expert panel report. Chest. 2021 Dec;160(6):e545-608.
https://journal.chestnet.org/article/S0012-3692(21)01506-3/fulltext
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/34352278?tool=bestpractice.com
Fase estendida da anticoagulação (3 meses até um tempo indeterminado)
A meta para a continuação da terapia anticoagulante na fase prolongada (ou seja, além dos primeiros 3 meses, e sem data de interrupção programada) é a prevenção secundária do tromboembolismo venoso.
As diretrizes do ACCP recomendam que pacientes diagnosticados com TVP na ausência de fatores precipitantes transitórios (TVP sem fator precipitante ou provocada por um fator de risco persistente) recebam anticoagulação de fase prolongada.[18]Stevens SM, Woller SC, Kreuziger LB, et al. Antithrombotic therapy for VTE disease: second update of the CHEST guideline and expert panel report. Chest. 2021 Dec;160(6):e545-608.
https://journal.chestnet.org/article/S0012-3692(21)01506-3/fulltext
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/34352278?tool=bestpractice.com
Esses pacientes devem receber um AOD, a menos que haja contraindicação, em cujo caso devem receber varfarina.
A anticoagulação de fase prolongada não é recomendada em pacientes com TVP diagnosticados no contexto de um fator de risco transitório maior ou menor.[18]Stevens SM, Woller SC, Kreuziger LB, et al. Antithrombotic therapy for VTE disease: second update of the CHEST guideline and expert panel report. Chest. 2021 Dec;160(6):e545-608.
https://journal.chestnet.org/article/S0012-3692(21)01506-3/fulltext
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/34352278?tool=bestpractice.com
As diretrizes do ACCP recomendam o uso de apixabana ou rivaroxabana em dose reduzida para pacientes que recebem apixabana ou rivaroxabana; a escolha de um determinado medicamento e dose deve considerar o IMC, a função renal e a adesão terapêutica ao esquema posológico do paciente.[18]Stevens SM, Woller SC, Kreuziger LB, et al. Antithrombotic therapy for VTE disease: second update of the CHEST guideline and expert panel report. Chest. 2021 Dec;160(6):e545-608.
https://journal.chestnet.org/article/S0012-3692(21)01506-3/fulltext
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/34352278?tool=bestpractice.com
A decisão de iniciar ou continuar a terapia prolongada deve ser baseada na preferência do paciente e no risco predito de tromboembolismo venoso recorrente ou sangramento.[18]Stevens SM, Woller SC, Kreuziger LB, et al. Antithrombotic therapy for VTE disease: second update of the CHEST guideline and expert panel report. Chest. 2021 Dec;160(6):e545-608.
https://journal.chestnet.org/article/S0012-3692(21)01506-3/fulltext
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/34352278?tool=bestpractice.com
A continuação do tratamento com anticoagulação de fase prolongada deve ser reavaliada pelo menos anualmente, assim como sempre que houver mudança significativa no estado de saúde do paciente.[18]Stevens SM, Woller SC, Kreuziger LB, et al. Antithrombotic therapy for VTE disease: second update of the CHEST guideline and expert panel report. Chest. 2021 Dec;160(6):e545-608.
https://journal.chestnet.org/article/S0012-3692(21)01506-3/fulltext
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/34352278?tool=bestpractice.com
As evidências para continuar a terapia prolongada além de 4 anos são incertas. O ACCP recomenda a tomada de decisão compartilhada, levando em consideração os valores e as preferências do paciente. Os pacientes devem ser reavaliados periodicamente quanto ao risco de sangramento, as sobrecargas da terapia e qualquer mudança nos valores e preferências.[18]Stevens SM, Woller SC, Kreuziger LB, et al. Antithrombotic therapy for VTE disease: second update of the CHEST guideline and expert panel report. Chest. 2021 Dec;160(6):e545-608.
https://journal.chestnet.org/article/S0012-3692(21)01506-3/fulltext
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/34352278?tool=bestpractice.com
TVP com fatores precipitantes (fatores de risco transitórios importantes ou não importantes)
A anticoagulação é descontinuada após um ciclo de pelo menos 3 meses. Há um consenso de que pacientes com um episódio índice de TVP provocado apresentam um risco relativamente baixo de evoluírem para tromboembolismo venoso recorrente nos próximos 5 anos, com estimativas ao redor de 15%.[18]Stevens SM, Woller SC, Kreuziger LB, et al. Antithrombotic therapy for VTE disease: second update of the CHEST guideline and expert panel report. Chest. 2021 Dec;160(6):e545-608.
https://journal.chestnet.org/article/S0012-3692(21)01506-3/fulltext
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/34352278?tool=bestpractice.com
Nesses pacientes, sugere-se um ciclo de coagulação por tempo limitado de, pelo menos, 3 meses.[18]Stevens SM, Woller SC, Kreuziger LB, et al. Antithrombotic therapy for VTE disease: second update of the CHEST guideline and expert panel report. Chest. 2021 Dec;160(6):e545-608.
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http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/34352278?tool=bestpractice.com
A presença de uma trombofilia hereditária não altera esta recomendação e as diretrizes recomendam não testar a trombofilia em pacientes com uma TVP ocorrendo após um fator precipitante transiente importante.[55]Society for Vascular Medicine. Five things physicians and patients should question. Choosing Wisely, an initiative of the ABIM Foundation. 2022 [internet publication].
https://web.archive.org/web/20230209062506/https://www.choosingwisely.org/societies/society-for-vascular-medicine
[56]American Society of Hematology. Ten things physicians and patients should question. Choosing Wisely, an initiative of the ABIM Foundation. 2021.
https://web.archive.org/web/20230316185857/https://www.choosingwisely.org/societies/american-society-of-hematology
O risco de tromboembolismo venoso recorrente é modestamente maior em pacientes que apresentam TVP no cenário de um fator precipitante transitório menor. As diretrizes diferem quanto à oferta de anticoagulação prolongada para tromboembolismo venoso associada a fatores de risco precipitantes transitórios menores.[21]Ortel TL, Neumann I, Ageno W, et al. American Society of Hematology 2020 guidelines for management of venous thromboembolism: treatment of deep vein thrombosis and pulmonary embolism. Blood Adv. 2020 Oct 13;4(19):4693-738; reaffirmed 2022.
https://ashpublications.org/bloodadvances/article/4/19/4693/463998/American-Society-of-Hematology-2020-Guidelines-for
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/33007077?tool=bestpractice.com
[175]Stevens SM, Woller SC, Baumann Kreuziger L, et al. Antithrombotic therapy for VTE disease: compendium and review of CHEST guidelines 2012-2021. Chest. 2024 Aug;166(2):388-404.
https://journal.chestnet.org/article/S0012-3692(24)00292-7/fulltext
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/38458430?tool=bestpractice.com
TVP sem fatores precipitantes (sem fator de risco identificável)
Pacientes com TVP da perna sem fatores precipitantes que foram iniciados na terapia de anticoagulação devem ser avaliados após 3 meses para continuação do tratamento.[18]Stevens SM, Woller SC, Kreuziger LB, et al. Antithrombotic therapy for VTE disease: second update of the CHEST guideline and expert panel report. Chest. 2021 Dec;160(6):e545-608.
https://journal.chestnet.org/article/S0012-3692(21)01506-3/fulltext
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/34352278?tool=bestpractice.com
Para pacientes com uma primeira TVP proximal sem fatores precipitantes e com risco de sangramento baixo ou moderado, a terapia anticoagulante prolongada é recomendada (sem data de interrupção programada e reavaliação da terapia em andamento em intervalos regulares, como anualmente). Para os pacientes com alto risco de sangramento, recomenda-se um tratamento de apenas 3 meses.
Para pacientes com um segundo episódio de TVP sem fatores precipitantes que apresentem um risco de sangramento baixo ou moderado, recomenda-se a terapia anticoagulante prolongada (sem data de interrupção programada) por mais de 3 meses. Em pacientes com alto risco de sangramento, recomenda-se um tratamento de apenas 3 meses.
Muitos estudos tentaram identificar subgrupos de pacientes com tromboembolismo venoso não provocado que não precisam de tratamento por tempo indeterminado com anticoagulação oral. Há evidências robustas de que o risco de tromboembolismo venoso recorrente seja maior nos seguintes pacientes: sexo masculino; pacientes com diagnóstico de TVP proximal (em vez de um coágulo na panturrilha); pacientes com evidências de coágulo residual à ultrassonografia; pacientes com níveis elevados de dímero D 1 mês após a interrupção de um curso de anticoagulação oral de 3 a 6 meses; e aqueles que apresentaram TVP sem fatores precipitantes.[18]Stevens SM, Woller SC, Kreuziger LB, et al. Antithrombotic therapy for VTE disease: second update of the CHEST guideline and expert panel report. Chest. 2021 Dec;160(6):e545-608.
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[41]Mazzolai L, Ageno W, Alatri A, et al. Second consensus document on diagnosis and management of acute deep vein thrombosis: updated document elaborated by the ESC Working Group on aorta and peripheral vascular diseases and the ESC Working Group on pulmonary circulation and right ventricular function. Eur J Prev Cardiol. 2022 May 27;29(8):1248-63.
https://academic.oup.com/eurjpc/article/29/8/1248/6319853
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/34254133?tool=bestpractice.com
Vários modelos de avaliação de risco foram desenvolvidos para esta finalidade, incluindo o escore DASH, o Modelo de Predição de Viena e o modelo "Men Continue and HER-DOO2".[186]Kyrle PA, Eichinger S. Clinical scores to predict recurrence risk of venous thromboembolism. Thromb Haemost. 2012 Dec;108(6):1061-4.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/22872143?tool=bestpractice.com
O último modelo identifica um subconjunto de mulheres com baixo risco de tromboembolismo venoso recorrente após um evento inicial sem fatores precipitantes, já tendo sido publicado um estudo prospectivo de validação deste modelo.[187]Rodger MA, Le Gal G, Anderson DR; REVERSE II Study Investigators. Validating the HERDOO2 rule to guide treatment duration for women with unprovoked venous thrombosis: multinational prospective cohort management study. BMJ. 2017 Mar 17;356:j1065.
https://www.bmj.com/content/356/bmj.j1065.long
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/28314711?tool=bestpractice.com
Tromboembolismo venoso associado ao câncer
O câncer representa um fator precipitante persistente para o tromboembolismo venoso até ser curado. Entre os pacientes diagnosticados com TVP e que têm um câncer ativo (por exemplo, câncer sob qualquer forma de terapia ativa ou paliação) existe um risco muito alto de tromboembolismo venoso recorrente e a anticoagulação indefinida é recomendada. As diretrizes recomendam o uso de um AOD (por exemplo, apixabana, edoxabana, rivaroxabana) ou HBPM por pelo menos os 6 meses iniciais de terapia.[18]Stevens SM, Woller SC, Kreuziger LB, et al. Antithrombotic therapy for VTE disease: second update of the CHEST guideline and expert panel report. Chest. 2021 Dec;160(6):e545-608.
https://journal.chestnet.org/article/S0012-3692(21)01506-3/fulltext
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[19]National Institute for Health and Care Excellence. Venous thromboembolic diseases: diagnosis, management and thrombophilia testing. Aug 2023 [internet publication].
https://www.nice.org.uk/guidance/ng158
Um AOD (apixabana, edoxabana, rivaroxabana) ou HBPM é o agente preferencial para pacientes com maior risco de sangramento, especialmente aqueles com cânceres gastrointestinais. A HBPM é preferencial para aqueles com possíveis interações medicamentosas com AODs.[18]Stevens SM, Woller SC, Kreuziger LB, et al. Antithrombotic therapy for VTE disease: second update of the CHEST guideline and expert panel report. Chest. 2021 Dec;160(6):e545-608.
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[176]Ageno W, Vedovati MC, Cohen A, et al. Bleeding with apixaban and dalteparin in patients with cancer-associated venous thromboembolism: results from the Caravaggio study. Thromb Haemost. 2021 May;121(5):616-24.
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[188]Mai V, Tanguay VF, Guay CA, et al. DOAC compared to LMWH in the treatment of cancer related-venous thromboembolism: a systematic review and meta-analysis. J Thromb Thrombolysis. 2020 Oct;50(3):661-7.
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[189]Haykal T, Zayed Y, Deliwala S, et al. Direct oral anticoagulant versus low-molecular-weight heparin for treatment of venous thromboembolism in cancer patients: an updated meta-analysis of randomized controlled trials. Thromb Res. 2020 Oct;194:57-65.
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[190]Mulder FI, Bosch FTM, Young AM, et al. Direct oral anticoagulants for cancer-associated venous thromboembolism: a systematic review and meta-analysis. Blood. 2020 Sep 17;136(12):1433-41.
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http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/32396939?tool=bestpractice.com
Risco de sangramento
Ao avaliar o risco de sangramento, deve-se considerar os seguintes fatores:[18]Stevens SM, Woller SC, Kreuziger LB, et al. Antithrombotic therapy for VTE disease: second update of the CHEST guideline and expert panel report. Chest. 2021 Dec;160(6):e545-608.
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http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/34352278?tool=bestpractice.com
Idade >65 anos
Sangramento prévio
Câncer (especialmente câncer gastrointestinal com AODs)
Insuficiência renal
Insuficiência hepática
Trombocitopenia
AVC prévio
Diabetes mellitus
Anemia
Terapia antiagregante plaquetária
Baixo controle do anticoagulante
Comorbidade com capacidade funcional reduzida
Cirurgia recente
Quedas frequentes
Abuso de álcool
Uso de anti-inflamatórios não esteroidais
Hipertensão descontrolada.
Os pacientes sem nenhum desses fatores de risco são considerados em baixo risco; um fator de risco confere risco moderado a um paciente; e dois ou mais fatores de risco conferem alto risco a um paciente.
Não se sabe se os modelos de avaliação de risco para avaliar o risco de sangramento derivados de populações de fibrilação atrial são precisos em pacientes com TVP. Modelos de avaliação de risco de sangramento específicos para tromboembolismo venoso foram desenvolvidos.[191]Guman NAM, Becking AL, Weijers SS, et al. Risk assessment tools for bleeding in patients with unprovoked venous thromboembolism: an analysis of the PLATO-VTE study. J Thromb Haemost. 2024 Sep;22(9):2470-81.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/38866248?tool=bestpractice.com
[192]Badescu MC, Ciocoiu M, Badulescu OV, et al. Prediction of bleeding events using the VTE-BLEED risk score in patients with venous thromboembolism receiving anticoagulant therapy (review). Exp Ther Med. 2021 Nov;22(5):1344.
https://www.spandidos-publications.com/10.3892/etm.2021.10779
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[193]Nishimoto Y, Yamashita Y, Morimoto T, et al; COMMAND VTE Registry Group. Validation of the VTE-BLEED score's long-term performance for major bleeding in patients with venous thromboembolisms: from the COMMAND VTE registry. J Thromb Haemost. 2020 Mar;18(3):624-32.
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As interações medicamentosas podem aumentar o risco de sangramento em pacientes recebendo anticoagulantes e as interações farmacodinâmicas (por exemplo, medicamentos anti-inflamatórios não esteroidais, inibidores seletivos de recaptação de serotonina) e farmacocinéticas (por exemplo, amiodarona, rifampicina) devem ser totalmente avaliadas antes da iniciação.[194]Petersen SR, Bonnesen K, Grove EL, et al. Bleeding risk using non-steroidal anti-inflammatory drugs with anticoagulants after venous thromboembolism: a nationwide Danish study. Eur Heart J. 2025 Jan 3;46(1):58-68.
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[195]Wiggins BS, Dixon DL, Neyens RR, et al. Select drug-drug interactions with direct oral anticoagulants: JACC review topic of the week. J Am Coll Cardiol. 2020 Mar 24;75(11):1341-50.
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Filtros de veia cava inferior
Um filtro de veia cava inferior (VCI) pode ser colocado em pacientes com:[18]Stevens SM, Woller SC, Kreuziger LB, et al. Antithrombotic therapy for VTE disease: second update of the CHEST guideline and expert panel report. Chest. 2021 Dec;160(6):e545-608.
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http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/34352278?tool=bestpractice.com
[22]Konstantinides SV, Meyer G, Becattini C, et al. 2019 ESC guidelines for the diagnosis and management of acute pulmonary embolism developed in collaboration with the European Respiratory Society (ERS). Eur Heart J. 2020 Jan 21;41(4):543-603.
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[41]Mazzolai L, Ageno W, Alatri A, et al. Second consensus document on diagnosis and management of acute deep vein thrombosis: updated document elaborated by the ESC Working Group on aorta and peripheral vascular diseases and the ESC Working Group on pulmonary circulation and right ventricular function. Eur J Prev Cardiol. 2022 May 27;29(8):1248-63.
https://academic.oup.com/eurjpc/article/29/8/1248/6319853
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/34254133?tool=bestpractice.com
[196]Konstantinides SV, Barco S. Systemic thrombolytic therapy for acute pulmonary embolism: who is a candidate? Semin Respir Crit Care Med. 2017 Feb;38(1):56-65.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/28208199?tool=bestpractice.com
[197]Kaufman JA, Barnes GD, Chaer RA, et al. Society of Interventional Radiology clinical practice guideline for inferior vena cava filters in the treatment of patients with venous thromboembolic disease. Developed in collaboration with the American College of Cardiology, American College of Chest Physicians, American College of Surgeons Committee on Trauma, American Heart Association, Society for Vascular Surgery, and Society for Vascular Medicine. J Vasc Interv Radiol. 2020 Oct;31(10):1529-44.
https://www.jvir.org/article/S1051-0443(20)30531-5/fulltext
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/32919823?tool=bestpractice.com
TVP proximal aguda (por exemplo, diagnosticada no mês anterior) que tenham uma contraindicação à terapia de anticoagulação (contraindicações absolutas à anticoagulação incluem sangramento importante ativo, trombocitopenia grave, alto risco de sangramento, lesão do sistema nervoso central)
EP aguda e uma contraindicação absoluta à terapia anticoagulante, como sangramento importante ativo
EP recorrente confirmada apesar da anticoagulação adequada.
As diretrizes do ACCP recomendam o uso de um filtro de VCI apenas para pacientes com EP aguda (por exemplo, diagnosticada no mês anterior) e uma contraindicação absoluta à terapia anticoagulante (por exemplo, sangramento importante ativo, trombocitopenia grave, alto risco de sangramento, lesão do sistema nervoso central). O ACCP não recomenda o uso de filtros de VCI em associação com a anticoagulação em pacientes com TVP aguda dos membros inferiores.[18]Stevens SM, Woller SC, Kreuziger LB, et al. Antithrombotic therapy for VTE disease: second update of the CHEST guideline and expert panel report. Chest. 2021 Dec;160(6):e545-608.
https://journal.chestnet.org/article/S0012-3692(21)01506-3/fulltext
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/34352278?tool=bestpractice.com
Outras diretrizes consideram que as indicações relativas para o uso de filtro de VCI incluem a EP maciça com trombo venoso profundo residual em um paciente em risco de EP adicional, trombo iliofemoral ou de VCI flutuante e doença cardiopulmonar grave e TVP (por exemplo, cor pulmonale com hipertensão pulmonar).[198]American College of Radiology. ACR-SIR-SPR practice parameter for the performance of inferior vena cava (IVC) filter placement for the prevention of pulmonary embolism. 2021 [internet publication].
https://gravitas.acr.org/PPTS/GetDocumentView?docId=177+&releaseId=2
Alguns centros inserem filtros de VCI de maneira intraoperatória ou imediatamente no pós-operatório em pacientes submetidos a embolectomia pulmonar cirúrgica.[199]Leacche M, Unic D, Goldhaber SZ, et al. Modern surgical treatment of massive pulmonary embolism: results in 47 consecutive patients after rapid diagnosis and aggressive surgical approach. J Thorac Cardiovasc Surg. 2005 May;129(5):1018-23.
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[200]Aklog L, Williams CS, Byrne JG, et al. Acute pulmonary embolectomy: a contemporary approach. Circulation. 2002 Mar 26;105(12):1416-9.
https://www.ahajournals.org/doi/10.1161/01.CIR.0000012526.21603.25
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/11914247?tool=bestpractice.com
[201]Greelish JP, Leacche M, Solenkova NS, et al. Improved midterm outcomes for type A (central) pulmonary emboli treated surgically. J Thorac Cardiovasc Surg. 2011 Dec;142(6):1423-9.
https://www.jtcvs.org/article/S0022-5223(11)00280-7/fulltext
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/21481423?tool=bestpractice.com
A colocação do filtro de VCI deve ocorrer assim que possível, caso seja o único tratamento que possa ser iniciado. Há pouca evidência disponível para sugerir o momento ideal da colocação. Estudos observacionais sugerem que a colocação de um filtro venoso pode reduzir as taxas de mortalidade relacionadas à EP na fase aguda, mas com um aumento do risco de tromboembolismo venoso associado ao filtro.[202]Stein PD, Matta F, Keyes DC, et al. Impact of vena cava filters on in-hospital case fatality rate from pulmonary embolism. Am J Med. 2012 May;125(5):478-84.
https://www.amjmed.com/article/S0002-9343(11)00481-5/fulltext
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/22310013?tool=bestpractice.com
[203]Muriel A, Jiménez D, Aujesky D, et al; RIETE Investigators. Survival effects of inferior vena cava filter in patients with acute symptomatic venous thromboembolism and a significant bleeding risk. J Am Coll Cardiol. 2014 Apr 29;63(16):1675-83.
https://www.jacc.org/doi/10.1016/j.jacc.2014.01.058
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Complicações associadas aos filtros de VCI permanentes são comuns, embora raramente sejam fatais.[203]Muriel A, Jiménez D, Aujesky D, et al; RIETE Investigators. Survival effects of inferior vena cava filter in patients with acute symptomatic venous thromboembolism and a significant bleeding risk. J Am Coll Cardiol. 2014 Apr 29;63(16):1675-83.
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http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/24576432?tool=bestpractice.com
Complicações precoces (inclusive trombose no local da colocação) ocorrem em aproximadamente 10% dos pacientes. Complicações tardias são mais frequentes e incluem TVP recorrente (aproximadamente 20% dos pacientes) e síndrome pós-trombótica (até 40% dos pacientes).[204]Rajasekhar A, Streiff MB. Vena cava filters for management of venous thromboembolism: a clinical review. Blood Rev. 2013 Sep;27(5):225-41.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/23932118?tool=bestpractice.com
[205]PREPIC Study Group. Eight-year follow-up of patients with permanent vena cava filters in the prevention of pulmonary embolism: the PREPIC (Prevention du Risque d'Embolie Pulmonaire par Interruption Cave) randomized study. Circulation. 2005 Jul 19;112(3):416-22.
https://www.ahajournals.org/doi/10.1161/CIRCULATIONAHA.104.512834
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/16009794?tool=bestpractice.com
A oclusão do filtro da VCI afeta aproximadamente 22% dos pacientes em 5 anos e 33% em 9 anos, independente do uso e da duração de anticoagulação.[205]PREPIC Study Group. Eight-year follow-up of patients with permanent vena cava filters in the prevention of pulmonary embolism: the PREPIC (Prevention du Risque d'Embolie Pulmonaire par Interruption Cave) randomized study. Circulation. 2005 Jul 19;112(3):416-22.
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A anticoagulação pós-filtro deve ser considerada caso a caso, de acordo com as contraindicações relativas e absolutas.[206]Decousus H, Leizorovicz A, Parent F, et al; Prévention du Risque d'Embolie Pulmonaire par Interruption Cave Study Group. A clinical trial of vena caval filters in the prevention of pulmonary embolism in patients with proximal deep-vein thrombosis. N Engl J Med. 1998 Feb 12;338(7):409-16.
https://www.nejm.org/doi/full/10.1056/NEJM199802123380701
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/9459643?tool=bestpractice.com
A anticoagulação deve ser iniciada se a contraindicação for resolvida ou se uma análise de risco/benefício sugerir que essa é uma conduta razoável.[18]Stevens SM, Woller SC, Kreuziger LB, et al. Antithrombotic therapy for VTE disease: second update of the CHEST guideline and expert panel report. Chest. 2021 Dec;160(6):e545-608.
https://journal.chestnet.org/article/S0012-3692(21)01506-3/fulltext
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/34352278?tool=bestpractice.com
Quando forem usados filtros recuperáveis, eles deverão ser removidos se a anticoagulação tiver sido instituída e quando ela estiver sendo claramente tolerada.[22]Konstantinides SV, Meyer G, Becattini C, et al. 2019 ESC guidelines for the diagnosis and management of acute pulmonary embolism developed in collaboration with the European Respiratory Society (ERS). Eur Heart J. 2020 Jan 21;41(4):543-603.
https://academic.oup.com/eurheartj/article/41/4/543/5556136
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/31504429?tool=bestpractice.com
Hospitalização versus terapia ambulatorial
A maioria dos casos de TVP pode ser tratada em casa em vez de no hospital.[41]Mazzolai L, Ageno W, Alatri A, et al. Second consensus document on diagnosis and management of acute deep vein thrombosis: updated document elaborated by the ESC Working Group on aorta and peripheral vascular diseases and the ESC Working Group on pulmonary circulation and right ventricular function. Eur J Prev Cardiol. 2022 May 27;29(8):1248-63.
https://academic.oup.com/eurjpc/article/29/8/1248/6319853
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/34254133?tool=bestpractice.com
Os desfechos são tão bons quanto os obtidos com hospitalização, inclusive com maior satisfação do paciente.[207]Othieno R, Okpo E, Forster R. Home versus in-patient treatment for deep vein thrombosis. Cochrane Database Syst Rev. 2018 Jan 9;(1):CD003076.
https://www.cochranelibrary.com/cdsr/doi/10.1002/14651858.CD003076.pub3/full
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/29315455?tool=bestpractice.com
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How does home treatment compare with inpatient treatment in people with deep vein thrombosis?/cca.html?targetUrl=https://cochranelibrary.com/cca/doi/10.1002/cca.2058/fullMostre-me a resposta[Evidência C]98eea5e3-df9e-4680-85fc-5229abf07e6fccaCComo o tratamento domiciliar se compara ao tratamento hospitalar em pessoas com trombose venosa profunda (TVP)?
Uma minoria de pacientes com TVP aguda necessita de hospitalização. Critérios para internação:
TVP que é melhor tratada com HNF intravenosa.
EP suspeita ou confirmada concomitante, especialmente com comprometimento cardiopulmonar (taquicardia, taquipneia, sinais de insuficiência cardíaca direita); em muitos centros, os pacientes com EP são hospitalizados somente se houver um alto Índice de Gravidade de Embolia Pulmonar (86 ou mais).[19]National Institute for Health and Care Excellence. Venous thromboembolic diseases: diagnosis, management and thrombophilia testing. Aug 2023 [internet publication].
https://www.nice.org.uk/guidance/ng158
[208]Nordenholz K, Ryan J, Atwood B, et al. Pulmonary embolism risk stratification: pulse oximetry and pulmonary embolism severity index. J Emerg Med. 2011 Jan;40(1):95-102.
https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC2889188
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[209]Aujesky D, Obrosky DS, Stone RA, et al. Derivation and validation of a prognostic model for pulmonary embolism. Am J Respir Crit Care Med. 2005 Oct 15;172(8):1041-6.
https://www.atsjournals.org/doi/10.1164/rccm.200506-862OC
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[210]Bledsoe JR, Woller SC, Stevens SM, et al. Management of low-risk pulmonary embolism patients without hospitalization: the low-risk pulmonary embolism prospective management study. Chest. 2018 Aug;154(2):249-56.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/29410163?tool=bestpractice.com
[211]Bledsoe J, Aston V, Patten R, et al. Low-risk pulmonary embolism (LOPE) patients can be safely managed as outpatients. Ann Emerg Med. 2016 Oct;68(4):S2-3.[212]Howard LSGE, Barden S, Condliffe R, et al. British Thoracic Society guideline for the initial outpatient management of pulmonary embolism (PE). Thorax. 2018 Jul;73(suppl 2):ii1-29.
https://thorax.bmj.com/content/73/Suppl_2/ii1
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/29898978?tool=bestpractice.com
Consulte Embolia pulmonar.
TVP que será submetida a terapia intervencionista (por exemplo, trombólise dirigida por cateter).
TVP altamente sintomática (por exemplo, dor intensa e edema na presença de TVP aguda que requer analgesia com paciente hospitalizado) ou flegmasia cerulea dolens.
Incapacidade de educar o paciente de forma adequada no ambiente ambulatorial ou no ambiente do pronto-socorro em relação à terapia anticoagulante em andamento.
Comorbidade coexistente que requer manejo hospitalar.
Presença de fator de risco para sangramento que exija observação estrita no hospital (por exemplo, doença hepática crônica com ou sem varizes, sangramento gastrointestinal recente ou prévio, doença hemorrágica, neoplasia maligna, AVC recente ou hemorragia intracraniana prévia).
Terapia antiagregante plaquetária
Se a decisão for interromper a anticoagulação de fase prolongada em pacientes com TVP proximal sem fatores precipitantes, as diretrizes do ACCP recomendam aspirina (a menos que seja contraindicada) para prevenir TVP recorrente.[18]Stevens SM, Woller SC, Kreuziger LB, et al. Antithrombotic therapy for VTE disease: second update of the CHEST guideline and expert panel report. Chest. 2021 Dec;160(6):e545-608.
https://journal.chestnet.org/article/S0012-3692(21)01506-3/fulltext
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/34352278?tool=bestpractice.com
Os benefícios do uso de aspirina devem ser ponderados com o risco de sangramento e inconveniência do uso. No entanto, a aspirina não deve ser considerada uma alternativa razoável para pacientes dispostos a se submeter à terapia de anticoagulação de ação prolongada, pois a aspirina é muito menos eficaz. Em todo caso, o uso de aspirina deve ser reavaliado quando os pacientes interrompem a terapia anticoagulante, pois ela pode ter sido interrompida quando a terapia anticoagulante foi iniciada.[18]Stevens SM, Woller SC, Kreuziger LB, et al. Antithrombotic therapy for VTE disease: second update of the CHEST guideline and expert panel report. Chest. 2021 Dec;160(6):e545-608.
https://journal.chestnet.org/article/S0012-3692(21)01506-3/fulltext
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/34352278?tool=bestpractice.com
Meias de compressão graduada e atividade física
Meias de compressão graduada não são recomendadas para prevenção de síndrome pós-trombótica nas diretrizes do ACCP. Não há evidências de que o uso delas reduza o risco de TVP recorrente, e o ensaio clínico randomizado e controlado de mais alta qualidade sobre o assunto não demonstrou nenhuma redução na incidência da síndrome pós-trombótica.[213]Kahn SR, Shapiro S, Wells PS, et al; SOX trial investigators. Compression stockings to prevent post-thrombotic syndrome: a randomised placebo-controlled trial. Lancet. 2014 Mar 8;383(9920):880-8.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/24315521?tool=bestpractice.com
No entanto, elas podem ser úteis para pacientes com sintomas agudos ou crônicos de TVP.[18]Stevens SM, Woller SC, Kreuziger LB, et al. Antithrombotic therapy for VTE disease: second update of the CHEST guideline and expert panel report. Chest. 2021 Dec;160(6):e545-608.
https://journal.chestnet.org/article/S0012-3692(21)01506-3/fulltext
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/34352278?tool=bestpractice.com
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What are the effects of compression stockings for prevention of post-thrombotic syndrome in adults with deep vein thrombosis?/cca.html?targetUrl=https://cochranelibrary.com/cca/doi/10.1002/cca.1916/fullMostre-me a resposta Estudos sobre meias de compressão graduada têm geralmente se baseado em meias de 30-40 mmHg, usadas quando em posição vertical, por 2 anos. No entanto, os pacientes podem ter dificuldade em cumprir esse esquema, podendo-se considerar uma terapia de menor duração ou menores graus de compressão.[214]Dawson AJ, Akaberi A, Galanaud JP, et al; SOX Trial investigators. Patient-reported reasons for and predictors of noncompliance with compression stockings in a randomized trial of stockings to prevent postthrombotic syndrome. Res Pract Thromb Haemost. 2020 Feb;4(2):269-77.
https://www.rpthjournal.org/article/S2475-0379(22)01972-0/fulltext
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/32110758?tool=bestpractice.com
É importante lembrar que existem possíveis riscos e complicações associados ao uso de meias de compressão; elas só devem ser usadas se os benefícios superarem os riscos.[215]Rabe E, Partsch H, Morrison N, et al. Risks and contraindications of medical compression treatment - a critical reappraisal. An international consensus statement. Phlebology. 2020 Aug;35(7):447-60.
https://journals.sagepub.com/doi/10.1177/0268355520909066
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/32122269?tool=bestpractice.com
Exercícios precoces de caminhada são considerados seguros em pacientes com TVP aguda.[41]Mazzolai L, Ageno W, Alatri A, et al. Second consensus document on diagnosis and management of acute deep vein thrombosis: updated document elaborated by the ESC Working Group on aorta and peripheral vascular diseases and the ESC Working Group on pulmonary circulation and right ventricular function. Eur J Prev Cardiol. 2022 May 27;29(8):1248-63.
https://academic.oup.com/eurjpc/article/29/8/1248/6319853
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/34254133?tool=bestpractice.com
[216]Kahn SR, Shrier I, Kearon C. Physical activity in patients with deep venous thrombosis: a systematic review. Thromb Res. 2008;122(6):763-73.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/18078981?tool=bestpractice.com
As caminhadas não aumentam agudamente os sintomas nos membros inferiores em pacientes com TVP prévia e podem ajudar a reduzir a síndrome pós-trombótica.[216]Kahn SR, Shrier I, Kearon C. Physical activity in patients with deep venous thrombosis: a systematic review. Thromb Res. 2008;122(6):763-73.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/18078981?tool=bestpractice.com
[217]Romera-Villegas A, Cairols-Castellote MA, Vila-Coll R, et al. Early mobilisation in patients with acute deep vein thrombosis does not increase the risk of a symptomatic pulmonary embolism. Int Angiol. 2008 Dec;27(6):494-9.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/19078912?tool=bestpractice.com
[218]Aissaoui N, Martins E, Mouly S, et al. A meta-analysis of bed rest versus early ambulation in the management of pulmonary embolism, deep vein thrombosis, or both. Int J Cardiol. 2009 Sep 11;137(1):37-41.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/18691773?tool=bestpractice.com
[219]Anderson CM, Overend TJ, Godwin J, et al. Ambulation after deep vein thrombosis: a systematic review. Physiother Can. 2009 Summer;61(3):133-40.
https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC2787576
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/20514175?tool=bestpractice.com
Pacientes com tromboembolismo venoso recorrente que recebem terapia anticoagulante
O tromboembolismo venoso recorrente é incomum entre os pacientes que recebem terapia anticoagulante com dose terapêutica, exceto no câncer (7% a 9% de recorrência na terapia com HBPM).[18]Stevens SM, Woller SC, Kreuziger LB, et al. Antithrombotic therapy for VTE disease: second update of the CHEST guideline and expert panel report. Chest. 2021 Dec;160(6):e545-608.
https://journal.chestnet.org/article/S0012-3692(21)01506-3/fulltext
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/34352278?tool=bestpractice.com
[22]Konstantinides SV, Meyer G, Becattini C, et al. 2019 ESC guidelines for the diagnosis and management of acute pulmonary embolism developed in collaboration with the European Respiratory Society (ERS). Eur Heart J. 2020 Jan 21;41(4):543-603.
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[220]Posch F, Königsbrügge O, Zielinski C, et al. Treatment of venous thromboembolism in patients with cancer: a network meta-analysis comparing efficacy and safety of anticoagulants. Thromb Res. 2015 Sep;136(3):582-9.
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Além de estabelecer definitivamente a presença de tromboembolismo venoso recorrente, deve-se considerar a adesão terapêutica ao anticoagulante ou a presença de neoplasia maligna subjacente e a presença de quaisquer medicamentos que possam diminuir o efeito anticoagulante da terapia.[18]Stevens SM, Woller SC, Kreuziger LB, et al. Antithrombotic therapy for VTE disease: second update of the CHEST guideline and expert panel report. Chest. 2021 Dec;160(6):e545-608.
https://journal.chestnet.org/article/S0012-3692(21)01506-3/fulltext
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/34352278?tool=bestpractice.com
As diretrizes do ACCP recomendam uma mudança temporária para HBPM (por, pelo menos, 1 mês) para pacientes com tromboembolismo venoso recorrente que, acredita-se, aderiram a um anticoagulante não HBPM (ou dentro da faixa terapêutica se estiverem recebendo terapia com varfarina).[18]Stevens SM, Woller SC, Kreuziger LB, et al. Antithrombotic therapy for VTE disease: second update of the CHEST guideline and expert panel report. Chest. 2021 Dec;160(6):e545-608.
https://journal.chestnet.org/article/S0012-3692(21)01506-3/fulltext
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/34352278?tool=bestpractice.com
O aumento da dose de HBPM é apropriado para pacientes com tromboembolismo venoso recorrente que estão recebendo HBPM.[18]Stevens SM, Woller SC, Kreuziger LB, et al. Antithrombotic therapy for VTE disease: second update of the CHEST guideline and expert panel report. Chest. 2021 Dec;160(6):e545-608.
https://journal.chestnet.org/article/S0012-3692(21)01506-3/fulltext
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/34352278?tool=bestpractice.com
Tromboembolismo venoso recorrente após a descontinuação da terapia anticoagulante
Para pacientes que não estão mais recebendo terapia anticoagulante e apresentam um segundo tromboembolismo venoso sem fator de risco identificável (ou seja, sem fator precipitante), as diretrizes recomendam as seguintes durações de tratamento com anticoagulante:[18]Stevens SM, Woller SC, Kreuziger LB, et al. Antithrombotic therapy for VTE disease: second update of the CHEST guideline and expert panel report. Chest. 2021 Dec;160(6):e545-608.
https://journal.chestnet.org/article/S0012-3692(21)01506-3/fulltext
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[22]Konstantinides SV, Meyer G, Becattini C, et al. 2019 ESC guidelines for the diagnosis and management of acute pulmonary embolism developed in collaboration with the European Respiratory Society (ERS). Eur Heart J. 2020 Jan 21;41(4):543-603.
https://academic.oup.com/eurheartj/article/41/4/543/5556136
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/31504429?tool=bestpractice.com
Risco de sangramento baixo ou moderado: terapia anticoagulante prolongada com reavaliação periódica para rever a relação risco-benefício
Alto risco de sangramento: interromper a anticoagulação após 3 meses.