Algoritmo de tratamento

Observe que as formulações/vias e doses podem diferir entre nomes e marcas de medicamentos, formulários de medicamentos ou localidades. As recomendações de tratamento são específicas para os grupos de pacientes:ver aviso legal

AGUDA

ruptura pequena aguda

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1ª linha – 

terapia cirúrgica

Rupturas agudas são aquelas identificadas até 6 semanas após um trauma significativo conhecido. Pequenas rupturas geralmente envolvem uma perda modesta de amplitude de movimentos e força.

O reparo cirúrgico é o tratamento de primeira linha para pacientes com bom estado funcional, especialmente se as demandas funcionais forem altas. Quando a cirurgia é realizada antes do início da atrofia, resultados mais previsíveis são garantidos. Um ensaio clínico randomizado e controlado de pessoas com ruptura do manguito rotador não superior a 3 cm revelou que o reparo primário do tendão melhorou a dor, o movimento e a força em 10 anos em comparação com a fisioterapia.[38]

As opções incluem artroscopia, mini-incisão e reparo por técnica aberta. Os cirurgiões geralmente devem realizar a abordagem que fornecer os melhores e mais confiáveis resultados que estejam a seu alcance.

Ensaios clínicos randomizados e controlados, revisões sistemáticas e metanálises relatam desfechos semelhantes após reparo aberto, por mini-incisão ou artroscópico.[74][75][76][77] A artroscopia pode estar associada à diminuição da dor em curto prazo.[76]

Os resultados de revisões sistemáticas com metanálises geralmente indicam que os reparos de sutura de fileira dupla facilitam melhores taxas de cicatrização, mas não há diferenças reconhecíveis nos escores dos desfechos.[39][78][79][80][81][82]​​​​​​​ O reparo com sutura em fileira dupla é uma técnica mais exigente do que o reparo em fileira única. O reparo de fileira única aumentado com microfratura pode oferecer algum benefício ao melhorar a biologia da cicatrização por microfratura ou abrasão da tuberosidade maior.[83]

Rupturas do lábio superior anterior para posterior (SLAP) e patologia do tendão do bíceps frequentemente acompanham as rupturas do manguito rotador. Rupturas subescapulares também podem estar presentes e muitas vezes são difíceis de reconhecer. O subescapular é o maior músculo do manguito e as rupturas podem estar associadas a dor e disfunção significativas. O reconhecimento e o tratamento concomitante dessas lesões podem contribuir para melhorar a função pós-operatória.[84]

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associado a – 

fisioterapia

Tratamento recomendado para TODOS os pacientes no grupo de pacientes selecionado

A evolução pós-operatória típica normalmente envolve um período de fisioterapia/reabilitação formal. A duração e o tipo de reabilitação variam com base no tipo de intervenção realizada.

O tamanho da ruptura pode ser um fator de influência na taxa de repetição da ruptura após realização de amplitude de movimentos (ADM) passiva precoce.[67]​ Um estudo demonstrou que o movimento precoce não leva necessariamente a um aumento do risco de repetição da ruptura comparado a 6 semanas de imobilização em reparos de fileira dupla de rupturas menores (ou seja, <3 cm).[68] No entanto, para rupturas maiores e na presença de tecidos de baixa qualidade, a mobilização tardia é preferível.[69]

Cuidados pós-operatórios podem ser acelerados de forma segura para 4 semanas de imobilização em rupturas médias a grandes. Um estudo revelou que 8 semanas de imobilização não oferecem vantagens em comparação com períodos mais curtos em pacientes com lesões de tamanho médio.[70]

​Exercícios de ADM precoces aceleravam a recuperação de rigidez pós-operatória nos pacientes após reparo artroscópico do manguito rotador, mas tendiam a resultar em cicatrização imprópria do tendão em ombros com rupturas grandes.[71]

Para desbridamento/tuberoplastia subacromial, a fisioterapia normalmente envolve 6-12 semanas de movimento passivo/ativo, fortalecimento do manguito rotador e outras modalidades de fisioterapia. Após um reparo no manguito rotador, o cronograma pode envolver 6-12 meses de reabilitação (por exemplo, movimento, força, outras modalidades de fisioterapia) com progressão mais lenta para permitir cicatrização adequada do reparo. Após artroplastia, pode haver um programa de 4 a 6 meses com ênfase em recuperar o movimento, a força e a função.

A reconstrução da cápsula superior necessita de 6 semanas de imobilização seguida por ADM assistida ativa por mais 6 semanas.

Após a inserção do balão espaçador, os pacientes devem se envolver na reabilitação precoce com foco no fortalecimento do deltoide e escapular.

Geralmente, após os procedimentos de transferência de tendões ou músculos, pode seguir um programa extensivo de 12 meses de reabilitação, com o objetivo de retreinar os músculos para proporcionarem função ao ombro.

Em cirurgias mais complexas, anestesia regional com um bloqueio interescalênico fornece um bom controle imediato da dor para as primeiras 12-24 horas.[72][73]​​ Depois disso, a maioria dos pacientes recebe inicialmente analgésicos opioides durante as primeiras 2 a 4 semanas. A maioria dos pacientes consegue parar de tomar opioides na segunda consulta pós-operatória.

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1ª linha – 

medidas conservadoras

Opções não cirúrgicas devem ser as primeiras a serem consideradas para pacientes idosos e sedentários com rupturas pequenas com leve perda de amplitude de movimentos (ADM) e força, e para pacientes com baixas demandas funcionais. Gelo, alongamento e anti-inflamatórios não esteroidais (AINEs) são os tratamentos iniciais. Quando a ADM é restabelecida (geralmente em cerca de 4 semanas), podem ser iniciados exercícios de tonificação, enquanto o alongamento continua.

Metanálises sugerem que AINEs são menos eficazes que a injeção de corticosteroide para atingir a remissão em pacientes com dor no ombro nas 4-6 semanas após o tratamento.[42]​ No entanto, o número limitado de estudos e o tamanho pequeno de cada ensaio requerem interpretações feitas com cuidado.[42]

Os AINEs estão associados a um aumento do risco de eventos trombóticos cardiovasculares e toxicidade gastrointestinal (sangramento, ulceração, perfuração). Os AINEs devem ser usados na menor dose eficaz para o menor período de tratamento eficaz.

A atividade deve ser modificada para reduzir o levantamento acima do nível da cabeça. Quando a amplitude de movimentos for restabelecida (geralmente em cerca de 4 semanas), os exercícios de tonificação deverão ser adicionados, enquanto o alongamento continua.

Opções primárias

diclofenaco potássico: 50 mg por via oral (liberação imediata) três vezes ao dia quando necessário

ou

ibuprofeno: 200-400 mg por via oral a cada 4-6 horas quando necessário, máximo de 2400 mg/dia

ou

naproxeno: 500 mg por via oral inicialmente, seguidos por 250 mg a cada 6-8 horas quando necessário, máximo de 1250 mg/dia

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2ª linha – 

injeção subacromial de corticosteroide ± bloqueio do nervo supraescapular

Uma única injeção subacromial de corticosteroide pode ser realizada se o paciente não responder à terapia de reabilitação e aos anti-inflamatórios não esteroidais (AINEs).[39]​ É especialmente útil se houver rigidez significativa e se os sintomas de tendinite limitarem os exercícios de reabilitação. A reabilitação poderá ser retomada após alguns dias de repouso.[40]

Um corticosteroide (por exemplo, metilprednisolona ou triancinolona) pode ser combinado com um anestésico local (por exemplo, lidocaína e/ou bupivacaína), permitindo irrigar um maior volume (8-9 mL) na superfície do manguito rotador.[Figure caption and citation for the preceding image starts]: Injeção subacromial. Insira a agulha bem abaixo da borda posterior do acrômio (x), apontando paralelamente à superfície inferior do acrômioDo acervo do Dr. Daniel J. Solomon, MD; usado com permissão [Citation ends].com.bmj.content.model.Caption@40c0ffeb Os regimes variam de instituição à instituição.

As contraindicações incluem artrite séptica, reação adversa prévia ou infecção sistêmica. Além disso, se a cirurgia for antecipada, não deve ser administrada mais do que uma injeção no ombro e deve haver um intervalo de várias semanas entre a injeção e a cirurgia.[41]

Injeções de corticosteroides podem ser repetidas 3-4 vezes ao ano em uma única articulação se a intervenção cirúrgica não for justificada ou desejada. Os pacientes devem ser informados sobre o potencial efeito catabólico no tecido.

Uma metanálise constatou que o bloqueio do nervo supraescapular apresentou eficácia semelhante comparado com injeções intra-articulares de corticosteroides para dor no ombro, e pode ser usado como terapia adjuvante se a injeção de corticosteroide isoladamente não fornecer alívio sustentado da dor.[59]

Opções primárias

triancinolona acetonida: consulte um especialista para obter orientação quanto à dose

ou

acetato de metilprednisolona: consulte um especialista para obter orientação quanto à dose

--E--

lidocaína: consulte um especialista para obter orientação quanto à dose

E/OU

bupivacaína: consulte um especialista para obter orientação quanto à dose

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3ª linha – 

reparo cirúrgico

A ausência de resposta à, pelo menos, 10-12 semanas de terapia medicamentosa e fisioterapia deve suscitar a consideração por reparo aberto, mini-incisão ou artroscopia. Os cirurgiões geralmente devem realizar a abordagem que fornecer os melhores e mais confiáveis resultados que estejam a seu alcance.

Ensaios clínicos randomizados e controlados, revisões sistemáticas e metanálises relatam desfechos semelhantes após reparo aberto, por mini-incisão ou artroscópico.[74][75][76][77]​ A artroscopia pode estar associada à diminuição da dor em curto prazo.[76]

Os resultados de revisões sistemáticas com metanálises geralmente indicam que os reparos de sutura de fileira dupla facilitam melhores taxas de cicatrização, mas não há diferenças reconhecíveis nos escores dos desfechos.[39][78][79][80][81][82]​​​​​​​ O reparo com sutura em fileira dupla é uma técnica mais exigente do que o reparo em fileira única. O reparo de fileira única aumentado com microfratura pode oferecer algum benefício ao melhorar a biologia da cicatrização por microfratura ou abrasão da tuberosidade maior.[83]

Rupturas do lábio superior anterior para posterior (SLAP) e patologia do tendão do bíceps frequentemente acompanham as rupturas do manguito rotador. Rupturas subescapulares também podem estar presentes e muitas vezes são difíceis de reconhecer. O subescapular é o maior músculo do manguito e as rupturas podem estar associadas a dor e disfunção significativas. O reconhecimento e o tratamento concomitante dessas lesões podem contribuir para melhorar a função pós-operatória.[84]

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associado a – 

fisioterapia

Tratamento recomendado para TODOS os pacientes no grupo de pacientes selecionado

A evolução pós-operatória típica normalmente envolve um período de fisioterapia/reabilitação formal. A duração e o tipo de reabilitação variam com base no tipo de intervenção realizada.

O tamanho da ruptura pode ser um fator de influência na taxa de repetição da ruptura após realização de amplitude de movimentos (ADM) passiva precoce.[67]​ Um estudo demonstrou que o movimento precoce não leva necessariamente a um aumento do risco de repetição da ruptura comparado a 6 semanas de imobilização em reparos de fileira dupla de rupturas menores (ou seja, <3 cm).[68] No entanto, para rupturas maiores e na presença de tecidos de baixa qualidade, a mobilização tardia é preferível.[69]

Cuidados pós-operatórios podem ser acelerados de forma segura para 4 semanas de imobilização em rupturas médias a grandes. Um estudo revelou que 8 semanas de imobilização não oferecem vantagens em comparação com períodos mais curtos em pacientes com lesões de tamanho médio.[70]

​Exercícios de ADM precoces aceleravam a recuperação de rigidez pós-operatória nos pacientes após reparo artroscópico do manguito rotador, mas tendiam a resultar em cicatrização imprópria do tendão em ombros com rupturas grandes.[71]

Para desbridamento/tuberoplastia subacromial, a fisioterapia normalmente envolve 6-12 semanas de movimento passivo/ativo, fortalecimento do manguito rotador e outras modalidades de fisioterapia. Após um reparo no manguito rotador, o cronograma pode envolver 6-12 meses de reabilitação (por exemplo, movimento, força, outras modalidades de fisioterapia) com progressão mais lenta para permitir cicatrização adequada do reparo. Após artroplastia, pode haver um programa de 4 a 6 meses com ênfase em recuperar o movimento, a força e a função.

A reconstrução da cápsula superior necessita de 6 semanas de imobilização seguida por ADM assistida ativa por mais 6 semanas.

Após a inserção do balão espaçador, os pacientes devem se envolver na reabilitação precoce com foco no fortalecimento do deltoide e escapular.

Geralmente, após os procedimentos de transferência de tendões ou músculos, pode seguir um programa extensivo de 12 meses de reabilitação, com o objetivo de retreinar os músculos para proporcionarem função ao ombro.

Em cirurgias mais complexas, anestesia regional com um bloqueio interescalênico fornece um bom controle imediato da dor para as primeiras 12-24 horas.[72][73]​​ Depois disso, a maioria dos pacientes recebe inicialmente analgésicos opioides durante as primeiras 2 a 4 semanas. A maioria dos pacientes consegue parar de tomar opioides na segunda consulta pós-operatória.

rupturas médias/grandes/maciças reparáveis agudas

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1ª linha – 

reparo cirúrgico

O reparo cirúrgico é o tratamento de primeira linha para pacientes com boa capacidade funcional, especialmente se as demandas funcionais forem altas ou se a lesão for no lado dominante.

Rupturas agudas são aquelas identificadas até 6 semanas após um trauma significativo conhecido. Geralmente, rupturas médias, grandes e maciças reduzem grandemente a força de abdução e limitam significativamente a capacidade de erguer o braço acima do ombro (embora a função através do deltoide ou de outros músculos possa ser preservada no início).

As opções incluem artroscopia, mini-incisão e reparo por técnica aberta. Os cirurgiões geralmente devem realizar a abordagem que fornecer os melhores e mais confiáveis resultados que estejam a seu alcance. Entretanto, uma ruptura maciça ou uma ruptura que afete o subescapular pode ser mais bem abordada com uma exposição aberta, a não ser que o cirurgião seja um especialista em artroscopia.

Ensaios clínicos randomizados e controlados, revisões sistemáticas e metanálises relatam desfechos semelhantes após reparo aberto, por mini-incisão ou artroscópico.[74][75][76][77]​ A artroscopia pode estar associada à diminuição da dor em curto prazo.[76]

Os resultados de revisões sistemáticas com metanálises geralmente indicam que os reparos de sutura de fileira dupla facilitam melhores taxas de cicatrização, mas não há diferenças reconhecíveis nos escores dos desfechos.[39][78][79][80][81][82]​​​​​​​ O reparo com sutura em fileira dupla é uma técnica mais exigente do que o reparo em fileira única. O reparo de fileira única aumentado com microfratura pode oferecer algum benefício ao melhorar a biologia da cicatrização por microfratura ou abrasão da tuberosidade maior.[83]

Rupturas do lábio superior anterior para posterior (SLAP) e patologia do tendão do bíceps frequentemente acompanham as rupturas do manguito rotador. Rupturas subescapulares também podem estar presentes e muitas vezes são difíceis de reconhecer. O subescapular é o maior músculo do manguito e as rupturas podem estar associadas a dor e disfunção significativas. O reconhecimento e o tratamento concomitante dessas lesões podem contribuir para melhorar a função pós-operatória.[84]

Os desfechos cirúrgicos são melhores até 6 semanas após a lesão; portanto, a intervenção precoce é necessária.

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associado a – 

fisioterapia

Tratamento recomendado para TODOS os pacientes no grupo de pacientes selecionado

A evolução pós-operatória típica normalmente envolve um período de fisioterapia/reabilitação formal. A duração e o tipo de reabilitação variam com base no tipo de intervenção realizada.

O tamanho da ruptura pode ser um fator de influência na taxa de repetição da ruptura após realização de amplitude de movimentos (ADM) passiva precoce.[67]​ Um estudo demonstrou que o movimento precoce não leva necessariamente a um aumento do risco de repetição da ruptura comparado a 6 semanas de imobilização em reparos de fileira dupla de rupturas menores (ou seja, <3 cm).[68] No entanto, para rupturas maiores e na presença de tecidos de baixa qualidade, a mobilização tardia é preferível.[69]

Cuidados pós-operatórios podem ser acelerados de forma segura para 4 semanas de imobilização em rupturas médias a grandes. Um estudo revelou que 8 semanas de imobilização não oferecem vantagens em comparação com períodos mais curtos em pacientes com lesões de tamanho médio.[70]

​Exercícios de ADM precoces aceleravam a recuperação de rigidez pós-operatória nos pacientes após reparo artroscópico do manguito rotador, mas tendiam a resultar em cicatrização imprópria do tendão em ombros com rupturas grandes.[71]

Para desbridamento/tuberoplastia subacromial, a fisioterapia normalmente envolve 6-12 semanas de movimento passivo/ativo, fortalecimento do manguito rotador e outras modalidades de fisioterapia. Após um reparo no manguito rotador, o cronograma pode envolver 6-12 meses de reabilitação (por exemplo, movimento, força, outras modalidades de fisioterapia) com progressão mais lenta para permitir cicatrização adequada do reparo. Após artroplastia, pode haver um programa de 4 a 6 meses com ênfase em recuperar o movimento, a força e a função.

A reconstrução da cápsula superior necessita de 6 semanas de imobilização seguida por ADM assistida ativa por mais 6 semanas.

Após a inserção do balão espaçador, os pacientes devem se envolver na reabilitação precoce com foco no fortalecimento do deltoide e escapular.

Geralmente, após os procedimentos de transferência de tendões ou músculos, pode seguir um programa extensivo de 12 meses de reabilitação, com o objetivo de retreinar os músculos para proporcionarem função ao ombro.

Em cirurgias mais complexas, anestesia regional com um bloqueio interescalênico fornece um bom controle imediato da dor para as primeiras 12-24 horas.[72][73]​​ Depois disso, a maioria dos pacientes recebe inicialmente analgésicos opioides durante as primeiras 2 a 4 semanas. A maioria dos pacientes consegue parar de tomar opioides na segunda consulta pós-operatória.

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1ª linha – 

reabilitação e anti-inflamatórios não esteroidais (AINEs)

Para os pacientes idosos e sedentários, o tratamento de primeira linha deve ser terapia de reabilitação com gelo, alongamento, exercícios e AINEs para controle da dor, conforme necessário.

Os AINEs estão associados a um aumento do risco de eventos trombóticos cardiovasculares e toxicidade gastrointestinal (sangramento, ulceração, perfuração). Os AINEs devem ser usados na menor dose eficaz para o menor período de tratamento eficaz.

A reabilitação deve ser manejada por um fisioterapeuta. O foco deve estar no fortalecimento do manguito remanescente, deltoide e estabilizadores escapulares, bem como no alongamento da cápsula posterior.

Se a lesão ocorrer no lado dominante ou se as demandas funcionais forem altas, a cirurgia poderá ser considerada subsequentemente.

Opções primárias

diclofenaco potássico: 50 mg por via oral (liberação imediata) três vezes ao dia quando necessário

ou

ibuprofeno: 200-400 mg por via oral a cada 4-6 horas quando necessário, máximo de 2400 mg/dia

ou

naproxeno: 500 mg por via oral inicialmente, seguidos por 250 mg a cada 6-8 horas quando necessário, máximo de 1250 mg/dia

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2ª linha – 

reparo cirúrgico

Geralmente, rupturas médias, grandes e maciças reduzem grandemente a força de abdução e limitam significativamente a capacidade de erguer o braço acima do ombro (embora a função através do deltoide ou de outros músculos possa ser preservada no início).

A opção de primeira linha deve ser a terapia de reabilitação em pacientes idosos e sedentários.

Se a lesão ocorrer no lado dominante ou se as demandas funcionais forem altas, a cirurgia poderá ser considerada subsequentemente. As opções incluem artroscopia, mini-incisão e reparo por técnica aberta. Os cirurgiões geralmente devem realizar a abordagem que fornecer os melhores e mais confiáveis resultados que estejam a seu alcance.

Ensaios clínicos randomizados e controlados, revisões sistemáticas e metanálises relatam desfechos semelhantes após reparo aberto, por mini-incisão ou artroscópico.[74][75][76][77]​​ A artroscopia pode estar associada à diminuição da dor em curto prazo.[76]

Os resultados de revisões sistemáticas com metanálises geralmente indicam que os reparos de sutura de fileira dupla facilitam melhores taxas de cicatrização, mas não há diferenças reconhecíveis nos escores dos desfechos.[39][78][79][80][81][82]​​​​​​​​ O reparo com sutura em fileira dupla é uma técnica mais exigente do que o reparo em fileira única. O reparo de fileira única aumentado com microfratura pode oferecer algum benefício ao melhorar a biologia da cicatrização por microfratura ou abrasão da tuberosidade maior.[83]

Rupturas do lábio superior anterior para posterior (SLAP) e patologia do tendão do bíceps frequentemente acompanham as rupturas do manguito rotador. Rupturas subescapulares também podem estar presentes e muitas vezes são difíceis de reconhecer. O subescapular é o maior músculo do manguito e as rupturas podem estar associadas a dor e disfunção significativas. O reconhecimento e o tratamento concomitante dessas lesões podem contribuir para melhorar a função pós-operatória.[84]

Uma ruptura maciça ou uma ruptura que afete o subescapular pode ser mais bem abordada com uma exposição aberta, a não ser que o cirurgião seja um especialista em artroscopia.

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associado a – 

fisioterapia

Tratamento recomendado para TODOS os pacientes no grupo de pacientes selecionado

A evolução pós-operatória típica normalmente envolve um período de fisioterapia/reabilitação formal. A duração e o tipo de reabilitação variam com base no tipo de intervenção realizada.

O tamanho da ruptura pode ser um fator de influência na taxa de repetição da ruptura após realização de amplitude de movimentos (ADM) passiva precoce.[67]​ Um estudo demonstrou que o movimento precoce não leva necessariamente a um aumento do risco de repetição da ruptura comparado a 6 semanas de imobilização em reparos de fileira dupla de rupturas menores (ou seja, <3 cm).[68] No entanto, para rupturas maiores e na presença de tecidos de baixa qualidade, a mobilização tardia é preferível.[69]

Cuidados pós-operatórios podem ser acelerados de forma segura para 4 semanas de imobilização em rupturas médias a grandes. Um estudo revelou que 8 semanas de imobilização não oferecem vantagens em comparação com períodos mais curtos em pacientes com lesões de tamanho médio.[70]

​Exercícios de ADM precoces aceleravam a recuperação de rigidez pós-operatória nos pacientes após reparo artroscópico do manguito rotador, mas tendiam a resultar em cicatrização imprópria do tendão em ombros com rupturas grandes.[71]

Para desbridamento/tuberoplastia subacromial, a fisioterapia normalmente envolve 6-12 semanas de movimento passivo/ativo, fortalecimento do manguito rotador e outras modalidades de fisioterapia. Após um reparo no manguito rotador, o cronograma pode envolver 6-12 meses de reabilitação (por exemplo, movimento, força, outras modalidades de fisioterapia) com progressão mais lenta para permitir cicatrização adequada do reparo. Após artroplastia, pode haver um programa de 4 a 6 meses com ênfase em recuperar o movimento, a força e a função.

A reconstrução da cápsula superior necessita de 6 semanas de imobilização seguida por ADM assistida ativa por mais 6 semanas.

Após a inserção do balão espaçador, os pacientes devem se envolver na reabilitação precoce com foco no fortalecimento do deltoide e escapular.

Geralmente, após os procedimentos de transferência de tendões ou músculos, pode seguir um programa extensivo de 12 meses de reabilitação, com o objetivo de retreinar os músculos para proporcionarem função ao ombro.

Em cirurgias mais complexas, anestesia regional com um bloqueio interescalênico fornece um bom controle imediato da dor para as primeiras 12-24 horas.[72][73]​​ Depois disso, a maioria dos pacientes recebe inicialmente analgésicos opioides durante as primeiras 2 a 4 semanas. A maioria dos pacientes consegue parar de tomar opioides na segunda consulta pós-operatória.

ruptura irreparável aguda

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1ª linha – 

reconstrução da cápsula superior

A reconstrução capsular superior previne a migração superior da cabeça do úmero, resultando em função deltoide aprimorada. Este procedimento pode ser oferecido a pacientes com ruptura irreparável isolada do supraespinhal, nos quais o tratamento clínico não obteve sucesso.[54]​ Outras indicações incluem uma ruptura maciça e irreparável do manguito rotador ou de um tendão subescapular intacto ou reparável (se houver dor intolerável apesar do tratamento conservador e evidência mínima ou ausente de artrite) ou para pacientes que não desejam se submeter a uma artroplastia.[54][55][56]​ Os resultados têm sido inconsistentes, mas os pesquisadores sustentam que o sucesso da técnica depende do tipo e da espessura do enxerto.[54][55]

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fisioterapia

Tratamento recomendado para TODOS os pacientes no grupo de pacientes selecionado

A evolução pós-operatória típica normalmente envolve um período de fisioterapia/reabilitação formal. A duração e o tipo de reabilitação variam com base no tipo de intervenção realizada.

O tamanho da ruptura pode ser um fator de influência na taxa de repetição da ruptura após realização de amplitude de movimentos (ADM) passiva precoce.[67]​ Um estudo demonstrou que o movimento precoce não leva necessariamente a um aumento do risco de repetição da ruptura comparado a 6 semanas de imobilização em reparos de fileira dupla de rupturas menores (ou seja, <3 cm).[68] No entanto, para rupturas maiores e na presença de tecidos de baixa qualidade, a mobilização tardia é preferível.[69]

Cuidados pós-operatórios podem ser acelerados de forma segura para 4 semanas de imobilização em rupturas médias a grandes. Um estudo revelou que 8 semanas de imobilização não oferecem vantagens em comparação com períodos mais curtos em pacientes com lesões de tamanho médio.[70]

A reconstrução da cápsula superior necessita de 6 semanas de imobilização seguida por ADM assistida ativa por mais 6 semanas.

Em cirurgias mais complexas, anestesia regional com um bloqueio interescalênico fornece um bom controle imediato da dor para as primeiras 12-24 horas.[72][73]​ Depois disso, a maioria dos pacientes recebe inicialmente analgésicos opioides durante as primeiras 2 a 4 semanas. A maioria dos pacientes consegue parar de tomar opioides na segunda consulta pós-operatória.

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1ª linha – 

transferência de músculo

O paciente ideal para a transferência de tendão tem altas demandas físicas por força no ombro. A fraqueza é o sintoma primário.

O tratamento requer capacidade de realizar uma reabilitação pós-operatória extensa.

As transferências de músculo têm sido eficazes em rupturas ântero-superiores envolvendo o subescapular e o supraespinhal e para rupturas posterossuperiores envolvendo o supraespinhal e o infraespinhal. Doadores efetivos são o músculo peitoral maior para rupturas ântero-superiores e o músculo grande dorsal para rupturas posterossuperiores.[50][51] A transferência do trapézio inferior está se tornando cada vez mais popular, porque essa transferência mimetiza rigorosamente a linha de tração do infraespinhal.[52][53]​​

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fisioterapia

Tratamento recomendado para TODOS os pacientes no grupo de pacientes selecionado

A evolução pós-operatória típica normalmente envolve um período de fisioterapia/reabilitação formal. A duração e o tipo de reabilitação variam com base no tipo de intervenção realizada. Para transferências do músculo grande dorsal ou do trapézio inferior, geralmente é recomendado um período de imobilização em rotação externa, em um esforço para diminuir a tensão no reparo.

O tamanho da ruptura pode ser um fator de influência na taxa de repetição da ruptura após realização de amplitude de movimentos (ADM) passiva precoce.[67]​ Um estudo demonstrou que o movimento precoce não leva necessariamente a um aumento do risco de repetição da ruptura comparado a 6 semanas de imobilização em reparos de fileira dupla de rupturas menores (ou seja, <3 cm).[68] No entanto, para rupturas maiores e na presença de tecidos de baixa qualidade, a mobilização tardia é preferível.[69]

Cuidados pós-operatórios podem ser acelerados de forma segura para 4 semanas de imobilização em rupturas médias a grandes. Um estudo revelou que 8 semanas de imobilização não oferecem vantagens em comparação com períodos mais curtos em pacientes com lesões de tamanho médio.[70]

Geralmente, após os procedimentos de transferência de tendões ou músculos, pode seguir um programa extensivo de 12 meses de reabilitação, com o objetivo de retreinar os músculos para proporcionarem função ao ombro.

Em cirurgias mais complexas, anestesia regional com um bloqueio interescalênico fornece um bom controle imediato da dor para as primeiras 12-24 horas.[72][73]​​ Depois disso, a maioria dos pacientes recebe inicialmente analgésicos opioides durante as primeiras 2 a 4 semanas. A maioria dos pacientes consegue parar de tomar opioides na segunda consulta pós-operatória.

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1ª linha – 

artroplastia reversa de ombro (ARO)

A ARO é uma opção cirúrgica estabelecida, usada para o tratamento de ruptura maciça e irreparável do manguito rotador, com ou sem artrite, em situações de artropatia de ruptura do manguito, em pacientes idosos com luxação e ruptura do manguito que não respondem ao tratamento não cirúrgico, ou na ruptura do manguito rotador.[46][47]​ Revisões sistemáticas e metanálises indicam que próteses com desenho mais recente que oferecem uma ARO com centro de rotação lateralizado podem ser a abordagem preferencial.[48][49]

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associado a – 

fisioterapia

Tratamento recomendado para TODOS os pacientes no grupo de pacientes selecionado

A evolução pós-operatória típica normalmente envolve um período de fisioterapia/reabilitação formal. A duração e o tipo de reabilitação variam com base no tipo de intervenção realizada.

O tamanho da ruptura pode ser um fator de influência na taxa de repetição da ruptura após realização de amplitude de movimentos (ADM) passiva precoce.[67]​ Um estudo demonstrou que o movimento precoce não leva necessariamente a um aumento do risco de repetição da ruptura comparado a 6 semanas de imobilização em reparos de fileira dupla de rupturas menores (ou seja, <3 cm).[68]​ No entanto, para rupturas maiores e na presença de tecidos de baixa qualidade, a mobilização tardia é preferível.[69]

Cuidados pós-operatórios podem ser acelerados de forma segura para 4 semanas de imobilização em rupturas médias a grandes. Um estudo revelou que 8 semanas de imobilização não oferecem vantagens em comparação com períodos mais curtos em pacientes com lesões de tamanho médio.[70]

Os exercícios de ADM precoces aceleravam a recuperação de rigidez pós-operatória nos pacientes após reparo artroscópico do manguito rotador, mas tendiam a resultar em cicatrização imprópria do tendão em ombros com rupturas grandes.[71]

Após artroplastia, pode haver um programa de reabilitação de 4 a 6 meses com ênfase em recuperar o movimento, a força e a função.

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1ª linha – 

desbridamento

Pode beneficiar pacientes que tenham demandas funcionais mais baixas por levantamento acima do nível da cabeça e nos quais a maior limitação funcional seja a dor.

O desbridamento artroscópico pode incluir bursectomia, ressecção da articulação acromioclavicular e alisamento da tuberosidade maior. A descompressão subacromial isolada para o tratamento da doença sintomática do manguito rotador que apresenta características de pinçamento e sem ruptura total do manguito rotador não fornece benefícios clinicamente importantes em comparação com a cirurgia placebo em relação à dor, função ou qualidade de vida e não é mais recomendada rotineiramente.[39][43]​​​[44]​​​ BMJ: subacromial decompression surgery for adults with shoulder pain: a clinical practice guideline Opens in new window​ Entretanto, a descompressão na presença de reparo do manguito rotador pode, em alguns casos, diminuir as taxas de ruptura recorrente.[45]

Deve haver cuidado para preservar o ligamento coracoacromial, pois o arco coracoacromial tem demonstrado ser importante para preservar no cenário de rupturas maciças irreparáveis.

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associado a – 

fisioterapia

Tratamento recomendado para TODOS os pacientes no grupo de pacientes selecionado

A evolução pós-operatória típica normalmente envolve um período de fisioterapia/reabilitação formal. A duração e o tipo de reabilitação variam com base no tipo de intervenção realizada.

O tamanho da ruptura pode ser um fator de influência na taxa de repetição da ruptura após realização de amplitude de movimentos (ADM) passiva precoce.[67]​ Um estudo demonstrou que o movimento precoce não leva necessariamente a um aumento do risco de repetição da ruptura comparado a 6 semanas de imobilização em reparos de fileira dupla de rupturas menores (ou seja, <3 cm).[68] No entanto, para rupturas maiores e na presença de tecidos de baixa qualidade, a mobilização tardia é preferível.[69]

Cuidados pós-operatórios podem ser acelerados de forma segura para 4 semanas de imobilização em rupturas médias a grandes. Um estudo revelou que 8 semanas de imobilização não oferecem vantagens em comparação com períodos mais curtos em pacientes com lesões de tamanho médio.[70]

​Exercícios de ADM precoces aceleravam a recuperação de rigidez pós-operatória nos pacientes após reparo artroscópico do manguito rotador, mas tendiam a resultar em cicatrização imprópria do tendão em ombros com rupturas grandes.[71]

Para desbridamento/tuberoplastia subacromial, a fisioterapia normalmente envolve 6-12 semanas de movimento passivo/ativo, fortalecimento do manguito rotador e outras modalidades de fisioterapia.

Em cirurgias mais complexas, anestesia regional com um bloqueio interescalênico fornece um bom controle imediato da dor para as primeiras 12-24 horas.[72][73]​​ Depois disso, a maioria dos pacientes recebe inicialmente analgésicos opioides durante as primeiras 2 a 4 semanas. A maioria dos pacientes consegue parar de tomar opioides na segunda consulta pós-operatória.

CONTÍNUA

ruptura sintomática crônica

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1ª linha – 

medidas conservadoras

As rupturas crônicas devem ser tratadas inicialmente com terapias conservadoras (por exemplo, gelo e alongamento, fortalecimento do manguito, estabilização escapular, anti-inflamatórios não esteroidais [AINEs]) antes que a cirurgia seja considerada, especialmente em pessoas com baixa demanda funcional.

Envolve de 2 a 4 semanas de gelo e alongamento, com uso de AINEs para controlar a dor, quando necessário. O foco deve estar no fortalecimento do manguito remanescente, deltoide e estabilizadores escapulares, bem como no alongamento da cápsula posterior.

Metanálises sugerem que AINEs são menos eficazes que a injeção de corticosteroide para atingir a remissão em pacientes com dor no ombro nas 4-6 semanas após o tratamento. No entanto, o número limitado de estudos e o tamanho pequeno de cada ensaio requerem interpretações feitas com cuidado.[42]

Os AINEs estão associados a um aumento do risco de eventos trombóticos cardiovasculares e toxicidade gastrointestinal (sangramento, ulceração, perfuração). Os AINEs devem ser usados na menor dose eficaz para o menor período de tratamento eficaz.

A atividade deve ser modificada para reduzir qualquer levantamento acima do nível da cabeça. Quando a amplitude de movimentos for restabelecida (geralmente em cerca de 4 semanas), os exercícios de tonificação deverão ser adicionados, enquanto o alongamento continua.

O objetivo é aliviar a dor e restaurar o movimento funcional do arco, incluindo otimização da força e coordenação do manguito rotador e do músculo periescapular.

Opções primárias

diclofenaco potássico: 50 mg por via oral (liberação imediata) três vezes ao dia quando necessário

ou

ibuprofeno: 200-400 mg por via oral a cada 4-6 horas quando necessário, máximo de 2400 mg/dia

ou

naproxeno: 500 mg por via oral inicialmente, seguidos por 250 mg a cada 6-8 horas quando necessário, máximo de 1250 mg/dia

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2ª linha – 

injeção subacromial de corticosteroide ± bloqueio do nervo supraescapular

A injeção subacromial de corticosteroide pode ser usada se os sintomas limitarem os exercícios de reabilitação, mas deve ser usada com cautela se a cirurgia for uma possibilidade razoável devido aos efeitos adversos dos corticosteroides na cicatrização do manguito e no risco de infecção.[41]​ Os exercícios podem ser retomados alguns dias após as injeções.

Útil se os sintomas de tendinite limitarem os exercícios de reabilitação; seguida de imobilização por alguns dias antes do retorno à fisioterapia.

Um corticosteroide (por exemplo, metilprednisolona ou triancinolona) pode ser combinado com um anestésico local (por exemplo, lidocaína e/ou bupivacaína), permitindo irrigar um maior volume (8-9 mL) na superfície do manguito rotador. [Figure caption and citation for the preceding image starts]: Injeção subacromial. Insira a agulha bem abaixo da borda posterior do acrômio (x), apontando paralelamente à superfície inferior do acrômioDo acervo do Dr. Daniel J. Solomon, MD; usado com permissão [Citation ends].com.bmj.content.model.Caption@697e7030​ Os esquemas variam de instituição à instituição.

As contraindicações incluem artrite séptica, reação adversa prévia ou infecção sistêmica. Além disso, se a cirurgia for antecipada, não deve ser administrada mais do que uma injeção no ombro.[41]

Injeções de corticosteroides podem ser repetidas 3-4 vezes ao ano em uma única articulação se a intervenção cirúrgica não for justificada ou desejada. Os pacientes devem ser informados sobre o potencial efeito catabólico no tecido.

Uma metanálise constatou que o bloqueio do nervo supraescapular apresentou eficácia semelhante comparado com injeções intra-articulares de corticosteroides para dor no ombro, e pode ser usado como terapia adjuvante se a injeção de corticosteroide isoladamente não fornecer alívio sustentado da dor.[59]

Opções primárias

triancinolona acetonida: consulte um especialista para obter orientação quanto à dose

ou

acetato de metilprednisolona: consulte um especialista para obter orientação quanto à dose

--E--

lidocaína: consulte um especialista para obter orientação quanto à dose

E/OU

bupivacaína: consulte um especialista para obter orientação quanto à dose

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3ª linha – 

intervenção cirúrgica

A cirurgia pode ser realizada se a ruptura não responder ao tratamento conservador após 10 a 12 semanas. Pacientes mais jovens geralmente são tratados com uma abordagem mais agressiva, considerando cirurgia precocemente na evolução do tratamento, especialmente se eles se queixam de fraqueza.[32]

As opções cirúrgicas de primeira linha incluem artroscopia, mini-incisão ou reparo por técnica aberta. Entretanto, mesmo com rupturas reparáveis, a atrofia muscular e a migração da cabeça do úmero indicam desfechos cirúrgicos desfavoráveis e prováveis novas rupturas pós-operatórias.

As opções cirúrgicas de segunda linha incluem desbridamento, que pode resultar em alívio da dor em lesões irreparáveis; reconstrução da cápsula superior, para rupturas retraídas maciças consideradas irreparáveis; um balão espaçador, para rupturas irreparáveis do manguito em pacientes não candidatos à artroplastia.

A artroplastia ou a artrodese glenoumeral são opções cirúrgicas de terceira linha. Hemiartroplastia, artroplastia total reversa de ombro e artroplastia de ruptura do manguito rotador são procedimentos de resgate para pacientes que apresentam rupturas de longa duração e que desenvolvem artropatia de ruptura do manguito. Esses procedimentos podem fornecer alívio da dor para rupturas irreparáveis, mas podem não restaurar a força e o movimento. Bons resultados de flexão e abdução foram descritos (até 140°), embora a força de rotação externa permaneça limitada. A artrodese glenoumeral é um procedimento de resgate para lesões irreparáveis que visa a redução da dor às custas de uma amplitude de movimentos permanentemente reduzida.

Pacientes com rupturas irreparáveis do manguito e muito jovens para artroplastia podem ser candidatos à reconstrução da cápsula superior. O procedimento emprega um enxerto para reconstruir a cápsula superior e pode inibir a migração umeral proximal.[56] Esta técnica não deve ser usada na presença de artropatia avançada ou ruptura subescapular irreparável.

A transferência de tendão pode ser apropriada para pacientes com alta demanda de força no ombro e considerada quando o tecido do ventre muscular é frágil e pode não funcionar, mesmo na presença de um reparo de tendão bem-sucedido.

O controle da dor é a indicação primária para intervenção cirúrgica.

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associado a – 

fisioterapia

Tratamento recomendado para TODOS os pacientes no grupo de pacientes selecionado

A evolução pós-operatória típica normalmente envolve um período de fisioterapia/reabilitação formal. A duração e o tipo de reabilitação variam com base no tipo de intervenção realizada.

O tamanho da ruptura pode ser um fator de influência na taxa de repetição da ruptura após realização de amplitude de movimentos (ADM) passiva precoce.[67]​ Um estudo demonstrou que o movimento precoce não leva necessariamente a um aumento do risco de repetição da ruptura comparado a 6 semanas de imobilização em reparos de fileira dupla de rupturas menores (ou seja, <3 cm).[68] No entanto, para rupturas maiores e na presença de tecidos de baixa qualidade, a mobilização tardia é preferível.[69]

Cuidados pós-operatórios podem ser acelerados de forma segura para 4 semanas de imobilização em rupturas médias a grandes. Um estudo revelou que 8 semanas de imobilização não oferecem vantagens em comparação com períodos mais curtos em pacientes com lesões de tamanho médio.[70]

​Exercícios de ADM precoces aceleravam a recuperação de rigidez pós-operatória nos pacientes após reparo artroscópico do manguito rotador, mas tendiam a resultar em cicatrização imprópria do tendão em ombros com rupturas grandes.[71]

Para desbridamento/tuberoplastia subacromial, a fisioterapia normalmente envolve 6-12 semanas de movimento passivo/ativo, fortalecimento do manguito rotador e outras modalidades de fisioterapia. Após um reparo no manguito rotador, o cronograma pode envolver 6-12 meses de reabilitação (por exemplo, movimento, força, outras modalidades de fisioterapia) com progressão mais lenta para permitir cicatrização adequada do reparo. Após artroplastia, pode haver um programa de 4 a 6 meses com ênfase em recuperar o movimento, a força e a função.

A reconstrução da cápsula superior necessita de 6 semanas de imobilização seguida por ADM assistida ativa por mais 6 semanas.

Após a inserção do balão espaçador, os pacientes devem se envolver na reabilitação precoce com foco no fortalecimento do deltoide e escapular.

Geralmente, após os procedimentos de transferência de tendões ou músculos, pode seguir um programa extensivo de 12 meses de reabilitação, com o objetivo de retreinar os músculos para proporcionarem função ao ombro.

Em cirurgias mais complexas, anestesia regional com um bloqueio interescalênico fornece um bom controle imediato da dor para as primeiras 12-24 horas.[72][73]​​ Depois disso, a maioria dos pacientes recebe inicialmente analgésicos opioides durante as primeiras 2 a 4 semanas. A maioria dos pacientes consegue parar de tomar opioides na segunda consulta pós-operatória.

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