A decisão de tratar uma ruptura do manguito rotador cirurgicamente ou não deve ser baseada em vários fatores, incluindo tamanho da ruptura, idade do paciente, nível de atividade esperado, grau de retração do tendão e presença de atrofia muscular do manguito rotador e substituição gordurosa.
Uma intervenção cirúrgica precoce pode ser necessária quando há fraqueza e incapacidade funcional substancial ou ainda se a dor continuar apesar de vários meses de fisioterapia e terapia medicamentosa.[32]Oh LS, Wolf BR, Hall MP, et al. Indications for rotator cuff repair: a systematic review. Clin Orthop Relat Res. 2007 Feb;455:52-63.
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Além disso, se o paciente precisar usar totalmente o braço para necessidades vocacionais ou recreativas, o reparo deve ser considerado.
Também é importante considerar o tempo transcorrido desde a lesão, pois a função e a aparência de uma ruptura do manguito rotador geralmente deterioram-se com o tempo. Com rupturas crônicas, o tecido muscular pode atrofiar com o tempo e ser substituído por tecido gorduroso, geralmente chamado degeneração gordurosa.[31]Melis B, DeFranco MJ, Chuinard C, et al. Natural history of fatty infiltration and atrophy of the supraspinatus muscle in rotator cuff tears. Clin Orthop Relat Res. 2010 Jun;468(6):1498-505.
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Os fatores de risco para nova ruptura após o reparo artroscópico (minimamente invasivo) do manguito rotador incluem infiltração gordurosa (subescapular e infraespinhal) e duração dos sintomas.[35]Zhao J, Luo M, Pan J, et al. Risk factors affecting rotator cuff retear after arthroscopic repair: a meta-analysis and systematic review. J Shoulder Elbow Surg. 2021 Nov;30(11):2660-70.
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Foi descrita uma correlação direta entre a extensão da degeneração gordurosa do músculo do manguito rotador e o tempo desde a lesão.[36]Goutallier D, Postel JM, Bernageau J, et al. Fatty muscle degeneration in cuff ruptures: pre- and postoperative evaluation by CT scan. Clin Orthop. 1994 Jul;(304):78-83.
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Pesquisadores encontraram desfechos mais favoráveis e uma taxa reduzida de recorrência de ruptura quando o reparo foi realizado no período em que a degeneração gordurosa era mínima. Em pacientes com mais de 60 anos de idade, um desfecho favorável ainda pode ser esperado após o reparo, desde que a qualidade do tecido permaneça suficiente.[37]Downie BK, Miller BS. Treatment of rotator cuff tears in older individuals: a systematic review. J Shoulder Elbow Surg. 2012 Sep;21(9):1255-61.
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Rupturas agudas (identificadas dentro de 6 semanas após um trauma significativo conhecido)
As opções de tratamento para rupturas agudas são determinadas em grande parte pelo tamanho da ruptura e por quão sintomático o paciente se mostra no momento da apresentação. Geralmente, é útil o envolvimento de um fisioterapeuta. Se houver fraqueza na rotação externa, o envolvimento do infraespinhal está presente e há maior probabilidade da cirurgia ser necessária, já que a biomecânica do ombro é afetada negativamente na presença de duas rupturas de tendão.
Correção cirúrgica de pequenas rupturas agudas
O reparo cirúrgico é o tratamento de primeira linha para pacientes com bom estado funcional, especialmente se as demandas funcionais forem altas. Quando a cirurgia é realizada antes do início da atrofia, resultados mais previsíveis são garantidos. Um ensaio clínico randomizado e controlado de pessoas com ruptura do manguito rotador não superior a 3 cm revelou que o reparo primário do tendão melhorou a dor, o movimento e a força em 10 anos em comparação com a fisioterapia.[38]Moosmayer S, Lund G, Seljom US, et al. At a 10-year follow-up, tendon repair is superior to physiotherapy in the treatment of small and medium-sized rotator cuff tears. J Bone Joint Surg Am. 2019 Jun 19;101(12):1050-60.
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As opções cirúrgicas incluem artroscopia, mini-incisão e reparo por técnica aberta. O objetivo primário é permitir uma articulação indolor e com boa função.
Medidas conservadoras para pequenas rupturas agudas
Opções não cirúrgicas devem ser as primeiras a serem consideradas para pacientes idosos e sedentários com rupturas pequenas com leve perda de amplitude de movimentos (ADM) e força, e para pacientes com baixas demandas funcionais. Gelo, alongamento e anti-inflamatórios não esteroidais (AINEs) são os tratamentos iniciais. Quando a ADM é restabelecida (geralmente em cerca de 4 semanas), podem ser iniciados exercícios de tonificação, enquanto o alongamento continua. Uma única injeção subacromial de corticosteroide poderá ser usada para controlar a inflamação e reduzir a dor se a terapia de reabilitação e os AINEs não forem eficazes.[39]Weber S, Chahal J. Management of rotator cuff injuries. J Am Acad Orthop Surg. 2020 Mar 1;28(5):e193-201.
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A reabilitação pode ser retomada alguns dias após a injeção.[40]Coombes BK, Bisset L, Vicenzino B. Efficacy and safety of corticosteroid injections and other injections for management of tendinopathy: a systematic review of randomised controlled trials. Lancet. 2010 Nov 20;376(9754):1751-67.
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Injeções repetidas devem ser evitadas, pois a cicatrização de um possível reparo cirúrgico pode ser comprometida.[41]Puzzitiello RN, Patel BH, Nwachukwu BU, et al. Adverse impact of corticosteroid injection on rotator cuff tendon health and repair: a systematic review. Arthroscopy. 2020 May;36(5):1468-75.
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As contraindicações para injeções subacromiais de corticosteroides incluem artrite séptica, reação adversa anterior ou infecção sistêmica.[41]Puzzitiello RN, Patel BH, Nwachukwu BU, et al. Adverse impact of corticosteroid injection on rotator cuff tendon health and repair: a systematic review. Arthroscopy. 2020 May;36(5):1468-75.
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Uma revisão sistemática e metanálise sugeriram que os AINEs são menos eficazes do que a injeção de corticosteroides na obtenção de remissão em pacientes com dor no ombro em 4-6 semanas após o tratamento.[42]Zheng XQ, Li K, Wei YD, et al. Nonsteroidal anti-inflammatory drugs versus corticosteroid for treatment of shoulder pain: a systematic review and meta-analysis. Arch Phys Med Rehabil. 2014 Oct;95(10):1824-31.
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No entanto, como esta revisão incluiu um número limitado de pequenos estudos, os resultados devem ser interpretados com cautela.[42]Zheng XQ, Li K, Wei YD, et al. Nonsteroidal anti-inflammatory drugs versus corticosteroid for treatment of shoulder pain: a systematic review and meta-analysis. Arch Phys Med Rehabil. 2014 Oct;95(10):1824-31.
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A atividade deve ser modificada para reduzir o levantamento acima do nível da cabeça. Quando a ADM for restabelecida (geralmente por volta de 4 semanas), os exercícios de tonificação deverão ser adicionados, enquanto o alongamento continua.
A ausência de resposta à, pelo menos, 10-12 semanas de terapia medicamentosa e fisioterapia deve suscitar a consideração por reparo aberto, mini-incisão ou artroscopia para pacientes com tratamento não cirúrgico para rupturas menores ou parciais. Os cirurgiões geralmente devem realizar a abordagem que fornecer os melhores e mais confiáveis resultados que estejam a seu alcance.
[Figure caption and citation for the preceding image starts]: Injeção subacromial. Insira a agulha bem abaixo da borda posterior do acrômio (x), apontando paralelamente à superfície inferior do acrômioDo acervo do Dr. Daniel J. Solomon, MD; usado com permissão [Citation ends].
Manejo de rupturas reparáveis agudas médias, grandes ou maciças
O reparo cirúrgico é o tratamento de primeira linha para pacientes com boa capacidade funcional, especialmente se as demandas funcionais forem altas ou se a lesão for no lado dominante. As opções incluem artroscopia, mini-incisão e reparo por técnica aberta. O objetivo primário é permitir uma articulação indolor e com boa função.
Se o paciente for idoso e sedentário, uma terapia de reabilitação com AINEs, gelo, alongamento e exercícios deve ser considerada antes de cirurgia. A reabilitação deve ser manejada por um fisioterapeuta. O foco deve estar no fortalecimento do manguito remanescente, deltoide e estabilizadores escapulares, bem como no alongamento da cápsula posterior.
Rupturas irreparáveis
O desbridamento pode ser adequado para pacientes com dor como o sintoma predominante e baixas demandas por força no ombro. O paciente ideal para desbridamento apresenta boa função deltoide e um arco coracoacromial intacto.
O desbridamento artroscópico pode incluir bursectomia, ressecção da articulação acromioclavicular e alisamento da tuberosidade maior. A descompressão subacromial isolada para o tratamento da doença sintomática do manguito rotador que apresenta características de pinçamento e sem ruptura completa do manguito rotador não fornece benefícios clinicamente importantes em comparação com a cirurgia placebo em relação à dor, função ou qualidade de vida e não é mais recomendada rotineiramente.[39]Weber S, Chahal J. Management of rotator cuff injuries. J Am Acad Orthop Surg. 2020 Mar 1;28(5):e193-201.
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BMJ: subacromial decompression surgery for adults with shoulder pain: a clinical practice guideline
Opens in new window Entretanto, a descompressão na presença de reparo do manguito rotador pode, em alguns casos, diminuir as taxas de ruptura recorrente.[45]MacDonald P, McRae S, Leiter J, et al. Arthroscopic rotator cuff repair with and without acromioplasty in the treatment of full-thickness rotator cuff tears: a multicenter, randomized controlled trial. J Bone Joint Surg Am. 2011 Nov 2;93(21):1953-60.
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A artroplastia reversa de ombro (ARO) é uma opção cirúrgica estabelecida, usada para o tratamento de ruptura maciça e irreparável do manguito rotador, com ou sem artrite, em situações de artropatia de ruptura do manguito, em pacientes idosos com luxação e ruptura do manguito que não respondem ao tratamento não cirúrgico, ou na ruptura do manguito rotador.[46]St Pierre P. When is a reverse shoulder arthroplasty indicated for a rotator cuff tear? Sports Med Arthrosc Rev. 2024 Mar 1;32(1):17-21.
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Revisões sistemáticas e metanálises indicam que próteses com desenho mais recente que oferecem uma ARO com centro de rotação lateralizado podem ser a abordagem preferencial.[48]Berton A, Gulotta LV, Longo UG, et al. Medialized versus lateralized center of rotation in reverse total shoulder arthroplasty: a systematic review and meta-analysis. J Clin Med. 2021 Dec 14;10(24):5868.
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A transferência de tendão é adequada para pacientes com altas demandas por força no ombro. Os pacientes devem ser capazes e estarem dispostos a realizar uma reabilitação pós-operatória extensa. As transferências de músculo têm sido eficazes em rupturas anterossuperiores envolvendo o subescapular e o supraespinhal e para rupturas posterossuperiores envolvendo o supraespinhal e o infraespinhal. Doadores efetivos são o músculo peitoral maior para rupturas anterossuperiores e o músculo grande dorsal para rupturas posterossuperiores.[50]Warner JJ. Management of massive irreparable rotator cuff tears: the role of tendon transfer. Instr Course Lect. 2001 Feb;50(6):63-71.
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A transferência do trapézio inferior está se tornando cada vez mais popular, porque essa transferência mimetiza rigorosamente a linha de tração do infraespinhal.[52]Wagner ER, Elhassan BT. Surgical management of massive irreparable posterosuperior rotator cuff tears: arthroscopic-assisted lower trapezius transfer. Curr Rev Musculoskelet Med. 2020 Oct;13(5):592-604.
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A reconstrução capsular superior previne a migração superior da cabeça do úmero, resultando em função deltoide aprimorada. Este procedimento pode ser oferecido a pacientes com ruptura irreparável isolada do supraespinhal, nos quais o tratamento clínico não obteve sucesso.[54]Werthel JD, Vigan M, Schoch B, et al. Superior capsular reconstruction - a systematic review and meta-analysis. Orthop Traumatol Surg Res. 2021 Dec;107(8s):103072.
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Outras indicações incluem uma ruptura maciça e irreparável do manguito rotador ou de um tendão subescapular intacto ou reparável (se houver dor intolerável apesar do tratamento conservador e evidência mínima ou ausente de artrite) ou para pacientes que não desejam se submeter a uma artroplastia.[54]Werthel JD, Vigan M, Schoch B, et al. Superior capsular reconstruction - a systematic review and meta-analysis. Orthop Traumatol Surg Res. 2021 Dec;107(8s):103072.
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[55]Claro R, Fonte H. Superior capsular reconstruction: current evidence and limits. EFORT Open Rev. 2023 May 9;8(5):340-50.
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Os resultados têm sido inconsistentes, mas os pesquisadores sustentam que o sucesso da técnica depende do tipo e da espessura do enxerto.[54]Werthel JD, Vigan M, Schoch B, et al. Superior capsular reconstruction - a systematic review and meta-analysis. Orthop Traumatol Surg Res. 2021 Dec;107(8s):103072.
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Rupturas crônicas
Em geral, as rupturas crônicas devem ser tratadas inicialmente com terapias conservadoras (por exemplo, gelo e alongamento, fortalecimento do manguito, estabilização escapular, AINEs e injeções subacromiais de corticosteroides). Geralmente, é útil o envolvimento de um fisioterapeuta.
A cirurgia pode ser realizada se a ruptura não responder ao tratamento conservador após 10 a 12 semanas. Pacientes mais jovens geralmente são tratados com uma abordagem mais agressiva, considerando cirurgia precocemente na evolução do tratamento, especialmente se eles se queixam de fraqueza.[32]Oh LS, Wolf BR, Hall MP, et al. Indications for rotator cuff repair: a systematic review. Clin Orthop Relat Res. 2007 Feb;455:52-63.
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Os pacientes devem estar envolvidos em seu tratamento. A crença do paciente no sucesso da reabilitação é o preditor mais forte do desfecho não cirúrgico, mais do que o tamanho da ruptura.[57]Dunn WR, Kuhn JE, Sanders R, et al. 2013 Neer Award: predictors of failure of nonoperative treatment of chronic, symptomatic, full-thickness rotator cuff tears. J Shoulder Elbow Surg. 2016 Aug;25(8):1303-11.
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Em um paciente idoso com uma ruptura crônica grande, a qualidade do tecido geralmente é menos ideal para a cicatrização. Frequentemente, esses pacientes e outros com baixas demandas funcionais têm menor interesse em atividades vigorosas acima do nível da cabeça e maior interesse no alívio da dor com um arco de movimento funcional. Um programa de reabilitação não cirúrgico bem desenhado consistindo em alongamento e fortalecimento pode, com frequência, alcançar esses objetivos.[57]Dunn WR, Kuhn JE, Sanders R, et al. 2013 Neer Award: predictors of failure of nonoperative treatment of chronic, symptomatic, full-thickness rotator cuff tears. J Shoulder Elbow Surg. 2016 Aug;25(8):1303-11.
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[58]Williams GR Jr, Rockwood CA Jr, Bigliani LU, et al. Rotator cuff tears: why do we repair them? J Bone Joint Surg. 2004 Dec;86(12):2764-76
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O foco dessa reabilitação é o controle da dor, restauração do movimento passivo completo e otimização da força e coordenação do manguito rotador e do músculo periescapular.
A injeção subacromial de corticosteroide pode ser usada se os sintomas limitarem os exercícios de reabilitação, mas deve ser usada com cautela se a cirurgia for uma possibilidade razoável devido aos efeitos adversos dos corticosteroides na cicatrização do manguito e no risco de infecção.[41]Puzzitiello RN, Patel BH, Nwachukwu BU, et al. Adverse impact of corticosteroid injection on rotator cuff tendon health and repair: a systematic review. Arthroscopy. 2020 May;36(5):1468-75.
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Os exercícios podem ser retomados alguns dias após as injeções.
Uma metanálise constatou que o bloqueio do nervo supraescapular apresentou eficácia semelhante comparado com injeções intra-articulares de corticosteroides para dor no ombro, e pode ser usado como terapia adjuvante se a injeção de corticosteroide isoladamente não fornecer alívio sustentado da dor.[59]Chang KV, Hung CY, Wu WT, et al. Comparison of the effectiveness of suprascapular nerve block with physical therapy, placebo, and intra-articular injection in management of chronic shoulder pain: a meta-analysis of randomized controlled trials. Arch Phys Med Rehabil. 2016 Aug;97(8):1366-80.
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Para pacientes com dor considerável após 10 a 12 semanas de terapia, as opções cirúrgicas a seguir devem ser consideradas com base em cada caso.[32]Oh LS, Wolf BR, Hall MP, et al. Indications for rotator cuff repair: a systematic review. Clin Orthop Relat Res. 2007 Feb;455:52-63.
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Artroscopia, mini-incisão ou reparo por técnica aberta: geralmente, consideradas para pacientes tanto com dor quanto limitações funcionais, que estão prevendo retorno a um estilo de vida ativo.
Desbridamento: geralmente usado para pacientes com mínimas limitações funcionais, mas com dor como queixa primária e para pacientes com objetivos e expectativas funcionais limitados. A tuberoplastia pode ser realizada quando há uma tuberosidade maior proeminente, que pode encostar no acrômio em abdução.
Hemiartroplastia e artroplastia total reversa do ombro: procedimentos de resgate para pacientes com rupturas de longa duração e que desenvolvem artropatia por ruptura do manguito.
Reconstrução da cápsula superior: normalmente usada para pacientes ativos mais jovens com rupturas irreparáveis. O procedimento emprega um enxerto para reconstruir a cápsula superior e pode inibir a migração umeral proximal. Esta técnica não deve ser usada na presença de artropatia avançada ou ruptura subescapular irreparável.
Balão espaçador: indicado para rupturas irreparáveis em pacientes que não são candidatos adequados para artroplastia. Um balão inflável biodegradável é inserido sob o acrômio para atuar como uma barreira física para reduzir o atrito subacromial. Este dispositivo pode ajudar a melhorar a reabilitação do deltoide; no entanto, o sucesso relatado desta intervenção tem sido inconsistente.[63]Sirignano M, Nyland J, Krupp R. Subacromial balloon spacer massive rotator cuff tear treatment systematic review and meta-analysis: patient selection and physical therapy may be keys to outcome success. Knee Surg Sports Traumatol Arthrosc. 2024 Sep;32(9):2346-57.
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[65]Liu F, Dong J, Kang Q, et al. Subacromial balloon spacer implantation for patients with massive irreparable rotator cuff tears achieves satisfactory clinical outcomes in the short and middle of follow-up period: a meta-analysis. Knee Surg Sports Traumatol Arthrosc. 2021 Jan;29(1):143-53.
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Um balão também pode ser usado para “proteger” um reparo de manguito, bem como prevenir adesões subacromiais.[66]Garofalo R, De Crescenzo A, Fontanarosa A, et al. Rotator cuff repair protected with subacromial balloon spacer shows a low rate of non-healing. Knee Surg Sports Traumatol Arthrosc. 2022 Jun;30(6):2123-9.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/35022825?tool=bestpractice.com
Transferência de tendão: apropriada para pacientes com alta demanda de força no ombro e considerada quando o tecido do ventre muscular é frágil e pode não funcionar, mesmo na presença de um reparo de tendão bem-sucedido.
Artrodese glenoumeral: pode ser considerada como um último recurso para dor intolerável, mas eliminará todo o movimento glenoumeral. Raramente usada em pacientes mais jovens, mas pode ser considerada naqueles que falharam na artroplastia total reversa do ombro, especialmente na presença de infecção persistente.
[Figure caption and citation for the preceding image starts]: Injeção subacromial. Insira a agulha bem abaixo da borda posterior do acrômio (x), apontando paralelamente à superfície inferior do acrômioDo acervo do Dr. Daniel J. Solomon, MD; usado com permissão [Citation ends].
Fisioterapia
A evolução pós-operatória típica normalmente envolve um período de fisioterapia/reabilitação formal. A duração e o tipo de reabilitação variam com base no tipo de intervenção realizada.
O tamanho da ruptura pode ser um fator de influência na taxa de repetição de ruptura após realização de ADM passiva precoce.[67]Kluczynski MA, Nayyar S, Marzo JM, et al. Early versus delayed passive range of motion after rotator cuff repair: a systematic review and meta-analysis. Am J Sports Med. 2015 Aug;43(8):2057-63.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/25296646?tool=bestpractice.com
Um estudo demonstrou que o movimento precoce não leva necessariamente a um aumento do risco de repetição da ruptura comparado a 6 semanas de imobilização em reparos de fileira dupla de rupturas menores (ou seja, <3 cm).[68]Keener JD, Galatz LM, Stobbs-Cucchi G, et al. Rehabilitation following arthroscopic rotator cuff repair: a prospective randomized trial of immobilization compared with early motion. J Bone Joint Surg Am. 2014 Jan 1;96(1):11-9.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/24382719?tool=bestpractice.com
No entanto, para rupturas maiores e na presença de tecidos de baixa qualidade, a mobilização tardia é preferível.[69]Berton A, De Salvatore S, Candela V, et al. Delayed rehabilitation protocol after rotator cuff repair. Osteology. 2021;1(1):29-38.
https://www.mdpi.com/2673-4036/1/1/3
Cuidados pós-operatórios podem ser acelerados de forma segura para 4 semanas de imobilização em rupturas médias a grandes. Um estudo revelou que 8 semanas de imobilização não oferecem vantagens em comparação com períodos mais curtos em pacientes com lesões de tamanho médio.[70]Koh KH, Lim TK, Shon MS, et al. Effect of immobilization without passive exercise after rotator cuff repair: randomized clinical trial comparing four and eight weeks of immobilization. J Bone Joint Surg Am. 2014 Mar 19;96(6):e44.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/24647511?tool=bestpractice.com
Os exercícios de ADM precoces aceleravam a recuperação de rigidez pós-operatória nos pacientes após reparo artroscópico do manguito rotador, mas tendiam a resultar em cicatrização imprópria do tendão em ombros com rupturas grandes.[71]Chang KV, Hung CY, Han DS, et al. Early versus delayed passive range of motion exercise for arthroscopic rotator cuff repair: a meta-analysis of randomized controlled trials. Am J Sports Med. 2015 May;43(5):1265-73.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/25143489?tool=bestpractice.com
Para desbridamento/tuberoplastia subacromial, a fisioterapia normalmente envolve 6-12 semanas de movimento passivo/ativo, fortalecimento do manguito rotador e outras modalidades de fisioterapia. Após um reparo no manguito rotador, o cronograma pode envolver 6-12 meses de reabilitação (por exemplo, movimento, força, outras modalidades de fisioterapia) com progressão mais lenta para permitir cicatrização adequada do reparo. Após artroplastia, pode haver um programa de 4 a 6 meses com ênfase em recuperar o movimento, a força e a função.
A reconstrução da cápsula superior necessita de 6 semanas de imobilização seguida por ADM assistida ativa por mais 6 semanas.
Após a inserção do balão espaçador, os pacientes devem se envolver na reabilitação precoce com foco no fortalecimento do deltoide e escapular.
Geralmente, após os procedimentos de transferência de tendões ou músculos, pode seguir um programa extensivo de 12 meses de reabilitação, com o objetivo de retreinar os músculos para proporcionarem função ao ombro.
Em cirurgias mais complexas, anestesia regional com um bloqueio interescalênico fornece um bom controle imediato da dor para as primeiras 12-24 horas.[72]Aksu R, Biçer C, Ülgey A, et al. Comparison of interscalene brachial plexus block and intra-articular local anesthetic administration on postoperative pain management in arthroscopic shoulder surgery. Braz J Anesthesiol. 2015 May-Jun;65(3):222-9.
https://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0104001414001687
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/25925036?tool=bestpractice.com
[73]Saito M, Tsukada S, Fujita N, et al. Post-operative pain control following arthroscopic rotator cuff repair: peri-articular injection versus interscalene brachial plexus block. Int Orthop. 2019 Jun;43(6):1435-41.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/30112680?tool=bestpractice.com
Depois disso, a maioria dos pacientes recebe inicialmente analgésicos opioidesdurante as primeiras 2 a 4 semanas. A maioria dos pacientes consegue parar de tomar opioides na segunda consulta pós-operatória.
Técnicas para reparo cirúrgico
As opções cirúrgicas incluem artroscopia, mini-incisão e reparo por técnica aberta. O objetivo primário é permitir uma articulação indolor e com boa função.
Em reparos abertos do manguito rotador, o cirurgião fica limitado à área visualizada dentro da incisão para realizar o reparo. A artroscopia, uma técnica minimamente invasiva, permite ao cirurgião abordar e avaliar a ruptura de vários ângulos para melhor definir a ruptura e repará-la anatomicamente. A capacidade de abordar a patologia glenoumeral no momento do reparo do manguito rotador, em conjunto com a visualização aprimorada, é um grande benefício.
Ensaios clínicos randomizados e controlados, revisões sistemáticas e metanálises relatam desfechos semelhantes após reparo aberto, por mini-incisão ou artroscópico.[74]MacDermid JC, Bryant D, Holtby R, et al. Arthroscopic versus mini-open rotator cuff repair: a randomized trial and meta-analysis. Am J Sports Med. 2021 Oct;49(12):3184-95.
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[75]Morse K, Davis AD, Afra R, et al. Arthroscopic versus mini-open rotator cuff repair: a comprehensive review and meta-analysis. Am J Sports Med. 2008 Sep;36(9):1824-8.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/18753683?tool=bestpractice.com
[76]Lindley K, Jones GL. Outcomes of arthroscopic versus open rotator cuff repair: a systematic review of the literature. Am J Orthop (Belle Mead NJ). 2010 Dec;39(12):592-600.
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[77]Huang R, Wang S, Wang Y, et al. Systematic review of all-arthroscopic versus mini-open repair of rotator cuff tears: a meta-analysis. Sci Rep. 2016 Mar 7;6:22857.
https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC4780011
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/26947557?tool=bestpractice.com
A artroscopia pode estar associada à diminuição da dor em curto prazo.[76]Lindley K, Jones GL. Outcomes of arthroscopic versus open rotator cuff repair: a systematic review of the literature. Am J Orthop (Belle Mead NJ). 2010 Dec;39(12):592-600.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/21720577?tool=bestpractice.com
Os resultados de revisões sistemáticas com metanálises geralmente indicam que os reparos de sutura de fileira dupla facilitam melhores taxas de cicatrização, mas não há diferenças reconhecíveis nos escores dos desfechos.[39]Weber S, Chahal J. Management of rotator cuff injuries. J Am Acad Orthop Surg. 2020 Mar 1;28(5):e193-201.
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[78]Chen M, Xu W, Dong Q, et al. Outcomes of single-row versus double-row arthroscopic rotator cuff repair: a systematic review and meta-analysis of current evidence. Arthroscopy. 2013 Aug;29(8):1437-49.
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[79]Ying ZM, Lin T, Yan SG. Arthroscopic single-row versus double-row technique for repairing rotator cuff tears: a systematic review and meta-analysis. Orthop Surg. 2014 Nov;6(4):300-12.
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http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/25430714?tool=bestpractice.com
[80]Millett PJ, Warth RJ, Dornan GJ, et al. Clinical and structural outcomes after arthroscopic single-row versus double-row rotator cuff repair: a systematic review and meta-analysis of level I randomized clinical trials. J Shoulder Elbow Surg. 2014 Apr;23(4):586-97.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/24411671?tool=bestpractice.com
[81]Sheibani-Rad S, Giveans MR, Arnoczky SP, et al. Arthroscopic single-row versus double-row rotator cuff repair: a meta-analysis of the randomized clinical trials. Arthroscopy. 2013 Feb;29(2):343-8.
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[82]Xu C, Zhao J, Li D. Meta-analysis comparing single-row and double-row repair techniques in the arthroscopic treatment of rotator cuff tears. J Shoulder Elbow Surg. 2014 Feb;23(2):182-8.
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O reparo com sutura em fileira dupla é uma técnica mais exigente do que o reparo em fileira única. O reparo de fileira única aumentado com microfratura pode oferecer algum benefício ao melhorar a biologia da cicatrização por microfratura ou abrasão da tuberosidade maior.[83]Pulatkan A, Anwar W, Tokdemir S, et al. The clinical and radiologic outcome of microfracture on arthroscopic repair for full-thickness rotator cuff tear. J Shoulder Elbow Surg. 2020 Feb;29(2):252-7.
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Patologia associada e aumento biológico
Rupturas do lábio superior anterior para posterior (SLAP) e patologia do tendão do bíceps frequentemente acompanham as rupturas do manguito rotador. Rupturas subescapulares também podem estar presentes e muitas vezes são difíceis de reconhecer. O subescapular é o maior músculo do manguito e as rupturas podem estar associadas a dor e disfunção significativas. O reconhecimento e o tratamento concomitante dessas lesões podem contribuir para melhorar a função pós-operatória.[84]Ticker JB, Burkhart SS. Why repair the subscapularis? A logical rationale. Arthroscopy. 2011 Aug;27(8):1123-8.
https://www.arthroscopyjournal.org/article/S0749-8063(11)00217-9/fulltext
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/21704473?tool=bestpractice.com
O plasma rico em plaquetas (PRP) tem sido usado para aumentar o reparo do manguito rotador após lesões de espessura total com resultados inconsistentes.[85]Longo UG, Loppini M, Berton A, et al. Platelet-rich plasma augmentation in rotator cuff surgery: state of art. Op Tech Orthopaedics. 2012 May 26;22(2):86-90.[86]Moraes VY, Lenza M, Tamaoki MJ, et al. Platelet-rich therapies for musculoskeletal soft tissue injuries. Cochrane Database Syst Rev. 2014 Apr 29;(4):CD010071.
https://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1002/14651858.CD010071.pub3/full
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/24782334?tool=bestpractice.com
[87]Chen X, Jones IA, Togashi R, et al. Use of platelet-rich plasma for the improvement of pain and function in rotator cuff tears: a systematic review and meta-analysis with bias assessment. Am J Sports Med. 2020 Jul;48(8):2028-41.
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[88]A Hamid MS, Sazlina SG. Platelet-rich plasma for rotator cuff tendinopathy: a systematic review and meta-analysis. PLoS One. 2021;16(5):e0251111.
https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC8109792
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/33970936?tool=bestpractice.com
As diretrizes práticas concluem que o uso de PRP em pacientes submetidos ao reparo do manguito rotador não melhora os desfechos relatados pelo paciente.[39]Weber S, Chahal J. Management of rotator cuff injuries. J Am Acad Orthop Surg. 2020 Mar 1;28(5):e193-201.
https://journals.lww.com/jaaos/Fulltext/2020/03010/Management_of_Rotator_Cuff_Injuries.4.aspx
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/31599763?tool=bestpractice.com
As taxas de repetição da ruptura em longo prazo podem ser reduzidas em pacientes que recebem PRP.[87]Chen X, Jones IA, Togashi R, et al. Use of platelet-rich plasma for the improvement of pain and function in rotator cuff tears: a systematic review and meta-analysis with bias assessment. Am J Sports Med. 2020 Jul;48(8):2028-41.
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