Complicações
A perda da função depressiva normal da cabeça umeral e da force-couple (força e torque) do manguito rotador resulta em migração superior da cabeça umeral com carga superior excêntrica da cartilagem glenoide e artrite progressiva da articulação glenoumeral.
Essa é a complicação mais comum associada ao reparo do manguito rotador. Verificou-se que a taxa de nova ruptura é de 15% em 3 meses após a cirurgia, 16% em 6 a 12 meses de acompanhamento e 21% em 12 a 24 meses de acompanhamento.[105] Entretanto, a falha na cicatrização do tendão pode não necessariamente se correlacionar com desfechos desfavoráveis ou com redução na satisfação do paciente.[99][100]
A artrite séptica pós-operatória é uma complicação incomum após cirurgia artroscópica, com uma incidência geral estimada de menos de 1%.[106]
A rigidez pós-operatória pode ocorrer com rupturas crônicas maciças como resultado de lesão ou incapacidade de movimentar o ombro (imobilização prolongada) após a cirurgia. Essa complicação é mais comum em pacientes com diabetes, distúrbios da tireoide ou doenças autoimunes.[107]
O manejo inicial consiste em fisioterapia para mobilização da articulação e alongamento capsular. Com frequência, o tratamento requer cirurgia, geralmente na forma de liberação capsular artroscópica, para garantir que a integridade do reparo não seja comprometida.
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