Investigações

Primeiras investigações a serem solicitadas

estudos das fezes para patógenos infecciosos

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Patógenos infecciosos devem ser pesquisados ativamente tanto para as primeiras apresentações de uma possível doença quanto naqueles com colite ulcerativa conhecida e que apresentam sintomas de recrudescimento (já que os pacientes com doença inflamatória intestinal [DII] apresentam maior risco de infecção por organismos patogênicos).

Entre 5% e 47% dos casos de DII em recidiva ou recém-diagnosticada estão associados à infecção por Clostridium difficile.[23]

Devem ser obtidos estudos de fezes, incluindo cultura abrangente e imunoensaio das toxinas A e B do C difficile, mesmo em pacientes com recidiva de colite ulcerativa conhecida.[7][23][27]​​ Podem estar presentes leucócitos nas fezes com coprocultura negativa.

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cultura negativa e toxinas A e B de Clostridium difficile; leucócitos presente

calprotectina fecal (CF)

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A CF pode ser usada em pacientes com colite ulcerativa como um marcador não invasivo da atividade da doença e para avaliar a resposta à terapia e a recidiva.[23]​ No Reino Unido, o teste de CF é recomendado em pacientes com <60 anos para descartar causas inflamatórias de sintomas gastrointestinais inferiores de início recente.[7][27][28]​​​[29]​ Seu nível estará elevado quando houver inflamação intestinal e isso estiver correlacionado com as classificações endoscópicas e histológicas da gravidade da doença.

O teste de CF é útil ao ajudar os médicos no diagnóstico diferencial da síndrome do intestino irritável/doença inflamatória intestinal (DII) e pode prevenir encaminhamentos desnecessários para colonoscopia. Naqueles com diagnóstico de DII estabelecido, esse exame pode ser útil para avaliar a inflamação intestinal persistente.[27]​​[28][29][30]​​​

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calprotectina fecal elevada

Hemograma completo

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De fácil realização, baixo custo e amplamente disponível. O hemograma completo pode revelar leucocitose, trombocitose e anemia.[27]​​

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grau variável de anemia, leucocitose ou trombocitose

perfil metabólico completo (incluindo testes da função hepática)

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De fácil realização, baixo custo e amplamente disponível; testes hepáticos devem ser verificados a cada 6 a 12 meses para vigilância de colangite esclerosante primária.

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acidose metabólica hipocalêmica; sódio e ureia elevados; fosfatase alcalina, bilirrubina, aspartato transaminase e alanina aminotransferase elevadas; hipoalbuminemia

velocidade de hemossedimentação (VHS)

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De fácil realização, baixo custo e amplamente disponível. A velocidade de hemossedimentação (VHS) pode ser elevada.[27]

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grau variável de elevação, embora >30 mm/hora seja sugestivo de um recrudescimento grave

proteína C-reativa

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De fácil realização, baixo custo e amplamente disponível. Uma proteína C-reativa persistentemente elevada >45 mg/L durante um recrudescimento grave e após um ciclo de 3 dias de hidrocortisona intravenosa sugere que, a menos que o tratamento seja alterado, pode haver necessidade de cirurgia.

A proteína C-reativa ≥12 mg/L foi sugerida como um ponto de corte sensível para determinar a gravidade da colite ulcerativa.[31]

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grau variável de elevação

radiografia abdominal simples

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Esse exame fornece uma estimativa aproximada da extensão da doença porque um cólon ulcerado geralmente não contém fezes sólidas. De fácil realização, baixo custo e amplamente disponível; requisitado quando a apresentação inicial ou as recidivas subsequentes estão associadas a sinais e sintomas de um abdome agudo.[27]

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alças dilatadas com nível hidroaéreo secundário ao íleo paralítico; ar livre consistente com a perfuração; no megacólon tóxico, o cólon transverso encontra-se dilatado a ≥6 cm de diâmetro

sigmoidoscopia flexível

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Menos dispendiosa que a colonoscopia; não requer sedação; pode ser realizada durante cirurgia.

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os achados são semelhantes aos da colonoscopia, mas o exame está limitado ao cólon distal

colonoscopia

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A colonoscopia é dispendiosa, requer preparo completo do intestino e sedação, e deve ser realizada em um ambiente especial (sala de endoscopia).

Indicada para avaliar a extensão da doença se a sigmoidoscopia sugerir extensão proximal. Usado em pacientes com colite ulcerativa que não respondem bem ao tratamento para descartar infecções (particularmente citomegalovírus e Clostridium difficile) e para avaliar a necessidade de cirurgia.[36]

A intubação e a biópsia do íleo terminal devem ser possíveis na maioria dos pacientes com doença inflamatória intestinal.

Além disso, é essencial para o rastreamento de câncer em casos de longa duração.

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envolvimento retal, envolvimento uniforme contínuo, perda dos contornos vasculares, eritema difuso, granularidade da mucosa, íleo paralítico terminal normal (ou ileíte de refluxo leve na pancolite)

biópsias

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Biópsias devem ser obtidas no momento da endoscopia até mesmo se a mucosa tiver aparência normal. As biópsias são essenciais para o diagnóstico principal e diagnóstico diferencial.[19]

Um mínimo de 2 biópsias em pelo menos 5 localizações no cólon, incluindo o reto e o íleo terminal, devem ser obtidas.[32][33][34]

A doença inflamatória intestinal pode ser diferenciada da colite infecciosa aguda pela presença de alterações arquiteturais de criptas, como ramificação ou escassez das criptas; essas características levam várias semanas para se desenvolver e geralmente não estão presentes na colite infecciosa.

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doença distal contínua, depleção de mucina, plasmocitose basal, atrofia difusa da mucosa, ausência de granulomas e preservação anal

Investigações a serem consideradas

Tomografia computadorizada (TC)

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Contraste oral e intravenoso é necessário. Deve ser evitada em pacientes com insuficiência renal significativa.

Solicitada quando complicações ou outros diagnósticos estão sob consideração.

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dilatação biliar sugere colangite esclerosante primária

ultrassonografia intestinal

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O uso da ultrassonografia intestinal tem crescido nos últimos anos como uma ferramenta para avaliar e monitorar objetivamente a atividade da DII, inclusive na colite ulcerativa. É uma alternativa não invasiva e livre de radiação às endoscopias e biomarcadores, que permite o exame em tempo real e de alta resolução da parede intestinal, do mesentério e das estruturas adjacentes.[35]​ A American Gastroenterology Association (AGA) sugere que ela poderia ser usada como uma ferramenta de rastreamento de forma semelhante à CF, para descartar DII ou monitorar a atividade da doença.[35]

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aumento da espessura da parede intestinal ou hiperemia

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