Caso clínico

Caso clínico

Uma menina de 10 anos, de Samoa, apresenta história de 2 dias de febre e dor nas articulações. Um questionamento adicional revela que ela teve faringite há 3 semanas, mas não procurou ajuda médica naquele momento. A doença atual começou com febre e o joelho direito edemaciado e bastante dolorido. No dia seguinte, o joelho havia melhorado, porém, o cotovelo esquerdo começou a doer e ficou edemaciado. Enquanto a menina aguardava na sala de espera, o joelho esquerdo também começou a doer e a edemaciar.

Outras apresentações

Os pacientes, com frequência do sexo feminino, podem apresentar coreia isolada após um período de latência de até 6 meses após a infecção inicial por estreptococos do grupo A. A história pode ser a de uma criança que fica inquieta na escola, seguida por um aparente desajeitamento com movimentos descoordenados e erráticos, muitas vezes correlacionada com história de instabilidade emocional e outras alterações de personalidade. Os movimentos coreiformes podem afetar todo o corpo ou apenas um lado do corpo (hemicoreia). Muitas vezes, a cabeça também é afetada, com movimentos erráticos da face que parecem caretas, sorrisos e carrancas. A língua, se afetada, pode parecer um “saco de vermes” quando estendida. Nos casos graves, a coreia pode prejudicar a capacidade de comer, a legibilidade da escrita ou caminhada sem auxílio, ou causar lesões. A coreia desaparece durante o sono, e se torna mais acentuada com movimentos intencionais. A recorrência da coreia reumática é comum, sendo com frequência correlacionada com doenças intercorrentes, estresse, gestação ou contracepção oral. A doença cardíaca reumática é comumente associada à coreia. Nos casos leves, é possível detectar um sopro ao exame clínico; casos mais graves podem apresentar insuficiência cardíaca. Sintomas neuropsiquiátricos também foram associados à coreia.[3]

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