Prevenção primária
O uso de capacete durante atividades recreativas aumentou a segurança da população civil. Estudos sobre esportes como futebol americano, hóquei no gelo e rúgbi (em que pode-se fazer uso de capacetes acolchoados), demonstraram uma redução significativa no trauma cranioencefálico grave e nas fraturas faciais e cranianas.[15][16] Estudos sobre atividades recreativas, como snowboarding, esqui, veículos para todos os terrenos e ciclismo, também demonstraram uma redução significativa no risco de trauma cranioencefálico com o uso de capacete.[17][18][19][20][21] Estudos sobre o uso do capacete por ciclistas, usuários de veículos para todos os terrenos e motociclistas demonstraram consistentemente uma redução significativa na morte e no traumatismo cranioencefálico.[21][22] Em motoqueiros que sofrem acidentes, uma redução de quase 70% nos traumatismos cranioencefálicos foi relatada como resultado do uso de capacete.[23][24]
No entanto, dados das forças armadas demonstraram uma taxa perturbadoramente alta de lesão cerebral traumática, incluindo fraturas cranianas, mesmo com a presença do equipamento de proteção pessoal, incluindo capacete.[8] Na verdade, em militares que sofreram ferimentos por arma de fogo, o uso do capacete aumentou em vez de diminuir o dano causado pelo projétil e a gravidade do traumatismo cranioencefálico.[25] Uma possível explicação é que o traumatismo cranioencefálico relacionado com o combate frequentemente resulta de projéteis de alta velocidade ou explosões. Os projéteis de alta velocidade serão capazes de penetrar mais profundamente através de um capacete que os de baixa velocidade. Mesmo que uma bala de alta velocidade não penetre no capacete, a força por trás do projétil é capaz de fraturar o crânio através do capacete e danificar o cérebro. Além disso, as lesões causadas por explosões são, em parte, causadas pelo efeito do estouro e essas ondas de pressão podem não ser detidas pelos equipamentos de proteção pessoal.
A política de prevenção primária para fortalecer as dinâmicas familiares, como programas intensos de visitas em domicílio com treinamento dos pais, pode ser benéfica.[26] Os programas familiares específicos para a prevenção do traumatismo cranioencefálico infligido, envolvendo vídeos educacionais nas unidades neonatais com um acordo assinado pelos pais de não sacudir o bebê, também mostraram alguns benefícios.[27] As campanhas de conscientização do público e de profissionais também podem ser benéficas, embora a avaliação do efeito seja difícil.
Prevenção secundária
Para crianças com fraturas cranianas como consequência de possível abuso infantil, é importante consultar a equipe de proteção infantil do hospital e os serviços de assistência social assim que possível. Consulte Abuso infantil. Os serviços de proteção à criança analisam o risco de recorrência da lesão do paciente e de outras crianças sob o mesmo cuidador. Depois de analisar a família e outros cuidadores, os serviços de proteção à criança podem tomar medidas para remover a criança da exposição ao cuidador agressor. Além disso, a maioria dos casos de lesão cerebral infligida é encaminhada à polícia para uma investigação criminal.
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