Os principais fatores de risco para fraturas cranianas incluem queda, acidente com veículo automotor (AVA), agressão resultando em trauma cranioencefálico, ferimento por arma de fogo na cabeça e sexo masculino.[2]Servadei F, Ciucci G, Pagano F, et al. Skull fracture as a risk factor of intracranial complications in minor head injuries: a prospective CT study in a series of 98 adult patients. J Neurol Neurosurg Psychiatry. 1988 Apr;51(4):526-8.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/3379426?tool=bestpractice.com
[4]Besenski N. Traumatic injuries: imaging of head injuries. Eur Radiol. 2002 Jun;12(6):1237-52.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/12042929?tool=bestpractice.com
[5]Ersahin Y, Mutluer S, Mirzai H, et al. Pediatric depressed skull fractures: analysis of 530 cases. Childs Nerv Syst. 1996 Jun;12(6):323-31.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/8816297?tool=bestpractice.com
[7]Smits M, Dippel DW, de Haan GG, et al. Minor head injury: guidelines for the use of CT - a multicenter validation study. Radiology. 2007 Dec;245(3):831-8.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/17911536?tool=bestpractice.com
[8]Galarneau MR, Woodruff SI, Dye JL, et al. Traumatic brain injury during Operation Iraqi Freedom: findings from the United States Navy-Marine Corps Combat Trauma Registry. J Neurosurg. 2008 May;108(5):950-7.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/18447712?tool=bestpractice.com
[11]Al-Haddad SA, Kirollos R. A 5-year study of the outcome of surgically treated depressed skull fractures. Ann R Coll Surg Engl. 2002 May;84(3):196-200.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC2503833/pdf/annrcse01637-0060.pdf
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/12092875?tool=bestpractice.com
No entanto, as fraturas cranianas podem ser encontradas até mesmo em pacientes com trauma cranioencefálico leve, e podem estar presentes em 2% a 20% de todos os traumas cranioencefálicos pediátricos apresentados ao pronto-socorro, e em 5.8% dos traumas cranioencefálicos adultos leves.[2]Servadei F, Ciucci G, Pagano F, et al. Skull fracture as a risk factor of intracranial complications in minor head injuries: a prospective CT study in a series of 98 adult patients. J Neurol Neurosurg Psychiatry. 1988 Apr;51(4):526-8.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/3379426?tool=bestpractice.com
[7]Smits M, Dippel DW, de Haan GG, et al. Minor head injury: guidelines for the use of CT - a multicenter validation study. Radiology. 2007 Dec;245(3):831-8.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/17911536?tool=bestpractice.com
Portanto, mesmo na presença de um traumatismo cranioencefálico leve, um alto nível de suspeita deve ser mantido. Com a exceção das fraturas da base do crânio, as fraturas cranianas isoladas raramente manifestam quaisquer sinais clínicos. Em um estudo, apenas 2.1% dos pacientes com fraturas tinham sinais clínicos de lesão; e os sinais, quando presentes, eram inespecíficos.[7]Smits M, Dippel DW, de Haan GG, et al. Minor head injury: guidelines for the use of CT - a multicenter validation study. Radiology. 2007 Dec;245(3):831-8.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/17911536?tool=bestpractice.com
É muito importante identificar precocemente os pacientes com lesão intracraniana associada, a fim de instituir o manejo de emergência. O estado neurológico do paciente deve ser avaliado na apresentação inicial e monitorado subsequentemente, para ajudar a orientar as decisões sobre o manejo. A tomografia computadorizada (TC) do crânio e do cérebro deve ser considerada em pacientes de alto risco ou nos que apresentam deterioração do estado neurológico.[28]National Institute for Health and Care Excellence. Head injury: assessment and early management. May 2023 [internet publication].
https://www.nice.org.uk/guidance/ng232
[29]Haydel MJ, Preston CA, Mills TJ, et al. Indications for computed tomography in patients with minor head injury. N Engl J Med. 2000 Jul 13;343(2):100-5.
http://www.nejm.org/doi/full/10.1056/NEJM200007133430204#t=article
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/10891517?tool=bestpractice.com
[30]Stiell IG, Wells GA, Vandemheen K, et al. The Canadian CT head rule for patients with minor head injury. Lancet. 2001;357(9266):1391-6.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/11356436?tool=bestpractice.com
História
Os pacientes podem relatar uma história de trauma. Isso pode incluir uma queda (especialmente de altura), AVA ou agressão.[2]Servadei F, Ciucci G, Pagano F, et al. Skull fracture as a risk factor of intracranial complications in minor head injuries: a prospective CT study in a series of 98 adult patients. J Neurol Neurosurg Psychiatry. 1988 Apr;51(4):526-8.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/3379426?tool=bestpractice.com
[4]Besenski N. Traumatic injuries: imaging of head injuries. Eur Radiol. 2002 Jun;12(6):1237-52.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/12042929?tool=bestpractice.com
[5]Ersahin Y, Mutluer S, Mirzai H, et al. Pediatric depressed skull fractures: analysis of 530 cases. Childs Nerv Syst. 1996 Jun;12(6):323-31.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/8816297?tool=bestpractice.com
[8]Galarneau MR, Woodruff SI, Dye JL, et al. Traumatic brain injury during Operation Iraqi Freedom: findings from the United States Navy-Marine Corps Combat Trauma Registry. J Neurosurg. 2008 May;108(5):950-7.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/18447712?tool=bestpractice.com
[11]Al-Haddad SA, Kirollos R. A 5-year study of the outcome of surgically treated depressed skull fractures. Ann R Coll Surg Engl. 2002 May;84(3):196-200.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC2503833/pdf/annrcse01637-0060.pdf
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/12092875?tool=bestpractice.com
O trauma pode ser relativamente leve.[7]Smits M, Dippel DW, de Haan GG, et al. Minor head injury: guidelines for the use of CT - a multicenter validation study. Radiology. 2007 Dec;245(3):831-8.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/17911536?tool=bestpractice.com
As queixas apresentadas podem ser decorrentes da própria fratura craniana ou da lesão associada.
As fraturas da base também podem afetar os nervos cranianos, resultando em deficit auditivo, paralisia facial (VII) ou dormência (V) e nistagmo.[1]Pretto Flores L, De Almeida CS, Casulari LA. Positive predictive values of selected clinical signs associated with skull base fractures. J Neurosurg Sci. 2000 Jun;44(2):77-82.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/11105835?tool=bestpractice.com
A lesão do nervo facial (VII) pode causar perda auditiva neurossensorial. A perda auditiva condutiva também pode estar presente no início (<3 semanas) por causa do hemotímpano nas fraturas do osso temporal, ou mais tarde (>6 semanas) na fratura longitudinal do osso temporal com interrupção da cadeia ossicular.
Características menos específicas incluem dor craniana e edema, e os pacientes podem se queixar de cefaleia e/ou náuseas. Eles podem relatar perda de consciência, que pode estar relacionada à patologia intracraniana associada, e não à fratura propriamente dita.
Em crianças, qualquer história de comparecimento prévio ao hospital por uma lesão não acidental deve ser considerada. Isto e quaisquer sinais e sintomas clínicos não condizentes com a história (por exemplo, hematomas não explicados, deficit no crescimento para a idade) devem levar o médico a considerar abuso infantil como etiologia subjacente. Consulte Abuso infantil.
Exame craniano
O crânio deve ser examinado manualmente para verificar a deformidade óssea. Uma laceração (ou ferida) na pele/tecido mole com osso fraturado visivelmente exposto ou fragmentos de osso é sugestiva de uma fratura do crânio. No entanto, as alterações palpáveis do contorno do córtex ósseo (proeminências) ou os fragmentos de fraturas palpáveis são raros.
A maioria dos pacientes se apresenta sem evidências de lesão ou com evidências inespecíficas de trauma, como edema do tecido mole, hematomas, crepitação, lacerações e dor à palpação. Estado mental alterado e perda da consciência estão relacionados à lesão intracraniana subjacente associada e são raros em fraturas cranianas isoladas. A presença de hematomas cranianos é mais sugestiva de uma fratura do crânio em crianças que em adultos.[31]Gravel J, Gouin S, Chalut D, et al. Derivation and validation of a clinical decision rule to identify young children with skull fracture following isolated head trauma. CMAJ. 2015 Nov 3;187(16):1202-8.
http://www.cmaj.ca/content/187/16/1202.long
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/26350911?tool=bestpractice.com
A lesão dentária não explicada e/ou a presença de freio lingual ou labial dilacerado devem levantar a consideração de abuso infantil.[32]Maguire S, Hunter B, Hunter L, et al. Diagnosing abuse: a systematic review of torn frenum and other intra-oral injuries. Arch Dis Child. 2007 Dec;92(12):1113-7.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/17468129?tool=bestpractice.com
Consulte Abuso infantil.
Muitas vezes, as fraturas da base do crânio têm características clínicas específicas. O acúmulo de sangue dessas fraturas pode resultar na equimose sobre a área da mastoide (por exemplo, sinal de Battle), equimose periorbital (olhos de guaxinim) particularmente se for unilateral; e otorreia sanguinolenta. O vazamento de líquido cefalorraquidiano (LCR) pode resultar em otorreia ou rinorreia liquórica. O valor preditivo positivo para detectar a fratura da base do crânio é 85% para um olho de guaxinim unilateral, 66% para o sinal de Battle e 46% para a otorreia sanguinolenta.[1]Pretto Flores L, De Almeida CS, Casulari LA. Positive predictive values of selected clinical signs associated with skull base fractures. J Neurosurg Sci. 2000 Jun;44(2):77-82.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/11105835?tool=bestpractice.com
Além disso, esses sinais podem ajudar na localização da fratura da base: o sinal de Battle e a otorreia são mais frequentemente associados às fraturas da porção pétrea do osso temporal; a equimose periorbital e a rinorreia liquórica são mais frequentemente associadas às fraturas da fossa craniana anterior.[1]Pretto Flores L, De Almeida CS, Casulari LA. Positive predictive values of selected clinical signs associated with skull base fractures. J Neurosurg Sci. 2000 Jun;44(2):77-82.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/11105835?tool=bestpractice.com
Não há dados para dar suporte ao uso do sinal do "halo", em que o LCR pode ser diferenciado do sangue/muco pela formação de um "halo" quando o fluido é depositado em um papel filtro, como um marcador específico ou sensível para o vazamento de LCR.[33]Dula D, Fales W. The "ring sign:" is it a reliable indicator for cerebral spinal fluid? Ann Emerg Med. 1993 Apr;22(4):718-20.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/8457102?tool=bestpractice.com
Exame neurológico
O estado neurológico do paciente deve ser avaliado na apresentação inicial e monitorado subsequentemente, para ajudar a orientar as decisões sobre o manejo. A escala de coma de Glasgow é comumente usada para avaliar qualquer lesão cerebral traumática.[34]Teasdale G, Jennett B. Assessment of coma and impaired consciousness: a practical scale. Lancet. 1974 Jul 13;2(7872):81-4.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/4136544?tool=bestpractice.com
Ela também atua como um guia para avaliar a necessidade de imagem por TC.[29]Haydel MJ, Preston CA, Mills TJ, et al. Indications for computed tomography in patients with minor head injury. N Engl J Med. 2000 Jul 13;343(2):100-5.
http://www.nejm.org/doi/full/10.1056/NEJM200007133430204#t=article
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/10891517?tool=bestpractice.com
[30]Stiell IG, Wells GA, Vandemheen K, et al. The Canadian CT head rule for patients with minor head injury. Lancet. 2001;357(9266):1391-6.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/11356436?tool=bestpractice.com
As pupilas devem ser examinadas quanto ao tamanho, simetria, reflexos diretos/consensuais à luz e duração da dilatação/fixação. Os reflexos pupilares anormais podem sugerir hérnia ou lesão do tronco encefálico.
A GCS tem 3 componentes: melhor resposta ocular (O), melhor resposta verbal (V) e melhor resposta motora (M).
Abertura do olho: espontânea (4 pontos), com estimulação verbal (3 pontos), com estimulação dolorosa (2 pontos), nenhuma (1 ponto)
Resposta verbal: orientada, fluente, coerente (5 pontos), desorientada, confusa (4 pontos), incoerente (3 pontos), incompreensível (2 pontos), nenhuma (1 ponto)
Resposta motora: obedece a comandos (6 pontos), localiza o estímulo (5 pontos), afasta-se do estímulo (4 pontos), postura descorticada ou flexora (3 pontos), postura descerebrada ou extensora (2 pontos), nenhuma (1 ponto).
O escore total da escala de coma de Glasgow é a soma dos pontos da abertura dos olhos, resposta verbal e resposta motora (variando de 3 a 15 pontos):
TC de crânio e crânio encefálica
A TC continua sendo a modalidade de imagem de primeira escolha, sendo superior à ressonância nuclear magnética (RNM) para detectar fraturas cranianas em pacientes pediátricos e adultos.[35]Roguski M, Morel B, Sweeney M, et al. Magnetic resonance imaging as an alternative to computed tomography in select patients with traumatic brain injury: a retrospective comparison. J Neurosurg Pediatr. 2015 May;15(5):529-34.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/25700122?tool=bestpractice.com
[36]Mulroy MH, Loyd AM, Frush DP, et al. Evaluation of pediatric skull fracture imaging techniques. Forensic Sci Int. 2012 Jun 10;214(1-3):167-72.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/21880443?tool=bestpractice.com
[37]Expert Panel on Neurological Imaging: Shih RY, Burns J, et al. ACR Appropriateness Criteria® head trauma: 2021 update. J Am Coll Radiol. 2021 May;18(5S):S13-36.
https://www.jacr.org/article/S1546-1440(21)00025-9/fulltext
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/33958108?tool=bestpractice.com
Todos os pacientes com características sugestivas de fratura craniana (por exemplo, sinal de Battle, equimoses periorbitais, rinorreia ou otorreia) devem submeter-se a uma TC de crânio. As fraturas da base do crânio são as mais difíceis de detectar; TCs de crânio devem ser realizadas com cortes finos e incluir algum tipo de reconstrução tridimensional.[38]Orman G, Wagner MW, Seeburg D, et al. Pediatric skull fracture diagnosis: should 3D CT reconstructions be added as routine imaging? J Neurosurg Pediatr. 2015 Oct;16(4):426-31.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/26186360?tool=bestpractice.com
[39]Provenzale J. CT and MR imaging of acute cranial trauma. Emerg Radiol. 2007 Apr;14(1):1-12.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/17318483?tool=bestpractice.com
[40]Ringl H, Schernthaner R, Philipp MO, et al. Three-dimensional fracture visualisation of multidetector CT of the skull base in trauma patients: comparison of three reconstruction algorithms. Eur Radiol. 2009 Oct;19(10):2416-24.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/19440716?tool=bestpractice.com
[41]Ringl H, Schernthaner RE, Schueller G, et al. The skull unfolded: a cranial CT visualization algorithm for fast and easy detection of skull fractures. Radiology. 2010 May;255(2):553-62.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/20332373?tool=bestpractice.com
Uma comparação retrospectiva de 3 técnicas reconstrutivas diferentes revelou a melhor sensibilidade na de alta resolução com reformatações multiplanares (TCRMP) que atualmente é o padrão de cuidados, em combinação com as reconstruções da projeção de máxima intensidade (PMI).[40]Ringl H, Schernthaner R, Philipp MO, et al. Three-dimensional fracture visualisation of multidetector CT of the skull base in trauma patients: comparison of three reconstruction algorithms. Eur Radiol. 2009 Oct;19(10):2416-24.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/19440716?tool=bestpractice.com
As reconstruções da PMI aumentam a taxa de detecção em 18% e podem detectar tipos diferentes de fraturas, em comparação com a TCRMP de alta resolução.[41]Ringl H, Schernthaner RE, Schueller G, et al. The skull unfolded: a cranial CT visualization algorithm for fast and easy detection of skull fractures. Radiology. 2010 May;255(2):553-62.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/20332373?tool=bestpractice.com
O rendimento da detecção das fraturas aumenta se mais de um radiologista revisar as imagens.[40]Ringl H, Schernthaner R, Philipp MO, et al. Three-dimensional fracture visualisation of multidetector CT of the skull base in trauma patients: comparison of three reconstruction algorithms. Eur Radiol. 2009 Oct;19(10):2416-24.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/19440716?tool=bestpractice.com
Outros auxiliares da TC convencional incluem o uso de meio de contraste intratecal para localizar a fonte do vazamento de LCR e a angiotomografia se houver qualquer suspeita de lesão vascular, como quando a fratura envolve um canal carotídeo ou passa por cima de um vaso (por exemplo, a artéria meníngea média, seio sagital).[37]Expert Panel on Neurological Imaging: Shih RY, Burns J, et al. ACR Appropriateness Criteria® head trauma: 2021 update. J Am Coll Radiol. 2021 May;18(5S):S13-36.
https://www.jacr.org/article/S1546-1440(21)00025-9/fulltext
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/33958108?tool=bestpractice.com
No entanto, como as fraturas cranianas frequentemente se apresentam sem sinais ou sintomas clínicos no exame físico, mas como constituem fator de risco significativo para a patologia intracraniana, a questão de qual paciente deve ser submetido ao exame de imagem é muito importante. Uma avaliação prospectiva sobre as diretrizes de imagem para o trauma cranioencefálico observou que a sensibilidade elevada para detectar a patologia foi associada a um número significativo de TCs desnecessárias.[7]Smits M, Dippel DW, de Haan GG, et al. Minor head injury: guidelines for the use of CT - a multicenter validation study. Radiology. 2007 Dec;245(3):831-8.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/17911536?tool=bestpractice.com
Os critérios de avaliação para orientar a imagem incluem os Critérios de Nova Orleans, a regra canadense de TC de crânio, os Critérios de Adequação do American College of Radiology® e os critérios do National Institute for Health and Care Excellence (NICE) do Reino Unido.[28]National Institute for Health and Care Excellence. Head injury: assessment and early management. May 2023 [internet publication].
https://www.nice.org.uk/guidance/ng232
[29]Haydel MJ, Preston CA, Mills TJ, et al. Indications for computed tomography in patients with minor head injury. N Engl J Med. 2000 Jul 13;343(2):100-5.
http://www.nejm.org/doi/full/10.1056/NEJM200007133430204#t=article
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/10891517?tool=bestpractice.com
[30]Stiell IG, Wells GA, Vandemheen K, et al. The Canadian CT head rule for patients with minor head injury. Lancet. 2001;357(9266):1391-6.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/11356436?tool=bestpractice.com
[37]Expert Panel on Neurological Imaging: Shih RY, Burns J, et al. ACR Appropriateness Criteria® head trauma: 2021 update. J Am Coll Radiol. 2021 May;18(5S):S13-36.
https://www.jacr.org/article/S1546-1440(21)00025-9/fulltext
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/33958108?tool=bestpractice.com
New Orleans criteria:[29]Haydel MJ, Preston CA, Mills TJ, et al. Indications for computed tomography in patients with minor head injury. N Engl J Med. 2000 Jul 13;343(2):100-5.
http://www.nejm.org/doi/full/10.1056/NEJM200007133430204#t=article
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/10891517?tool=bestpractice.com
A TC é exigida em pacientes com trauma cranioencefálico leve (definido como perda de consciência em pacientes com achados normais em um breve exame neurológico e um escore de 15 na escala de coma de Glasgow, conforme determinado por um médico na chegada ao pronto-socorro), com um dos seguintes:
Cefaleia
Vômitos
Idade >60 anos
Intoxicação por drogas ou bebidas alcoólicas
Amnésia anterógrada persistente (deficiência na memória de curto prazo)
Evidência de lesão traumática dos tecidos moles ou ossos acima das clavículas
Convulsão (suspeita ou testemunhada).
Canadian CT head rule:[30]Stiell IG, Wells GA, Vandemheen K, et al. The Canadian CT head rule for patients with minor head injury. Lancet. 2001;357(9266):1391-6.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/11356436?tool=bestpractice.com
A TC de crânio é necessária para pacientes com traumatismo cranioencefálico leve, definido como perda de consciência testemunhada, amnésia definida ou desorientação testemunhada em um paciente com um escore de 13 a 15 na escala de coma de Glasgow, com um dos seguintes:
Alto risco (de intervenção neurológica):
Qualquer sinal de fratura da base do crânio: hemotímpano, olhos de guaxinim (equimose periorbital), otorreia/rinorreia do LCR, sinal de Battle (equimose do processo mastoide)
Risco médio (de lesão cerebral na TC):
American College of Radiology Appropriateness Criteria®[37]Expert Panel on Neurological Imaging: Shih RY, Burns J, et al. ACR Appropriateness Criteria® head trauma: 2021 update. J Am Coll Radiol. 2021 May;18(5S):S13-36.
https://www.jacr.org/article/S1546-1440(21)00025-9/fulltext
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/33958108?tool=bestpractice.com
Os pacientes identificados como tendo um risco moderado ou alto de lesão intracraniana devem fazer uma TC sem contraste precocemente após a lesão, em busca de evidências de hematoma intracerebral, desvio na linha média ou pressão intracraniana elevada.
Imagens adicionais
Radiografia do crânio
Filmes simples eram previamente usados para ajudar na triagem dos pacientes que beneficiariam de uma TC. No entanto, eles não oferecem informações adicionais e são associados a uma baixa sensibilidade e falha em detectar qualquer patologia intracraniana associada.[36]Mulroy MH, Loyd AM, Frush DP, et al. Evaluation of pediatric skull fracture imaging techniques. Forensic Sci Int. 2012 Jun 10;214(1-3):167-72.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/21880443?tool=bestpractice.com
Com a ampla disponibilidade das TCs para ajudar a detectar a patologia intracraniana, as radiografias simples do crânio não são mais recomendadas como investigação de primeira linha em crianças ou adultos. No entanto, elas podem ser usadas como um auxiliar no ínterim em que a TC não estiver disponível.
ressonância nuclear magnética (RNM) cranioencefálica
Embora a TC seja considerada a modalidade de imagem de primeira linha para suspeita de lesão intracraniana, a ressonância nuclear magnética (RNM) é útil quando há deficits neurológicos persistentes que permanecem inexplicados após a TC, especialmente na fase subaguda ou crônica ou na ausência de história de trauma.[37]Expert Panel on Neurological Imaging: Shih RY, Burns J, et al. ACR Appropriateness Criteria® head trauma: 2021 update. J Am Coll Radiol. 2021 May;18(5S):S13-36.
https://www.jacr.org/article/S1546-1440(21)00025-9/fulltext
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/33958108?tool=bestpractice.com
O principal benefício da RNM é a elevada detecção de patologia intracraniana associada. A RNM pode detectar uma lesão axonal difusa não visualizada na TC e aumentar a detecção de hemorragias intracranianas (extradural/subdural) em até 30%.[4]Besenski N. Traumatic injuries: imaging of head injuries. Eur Radiol. 2002 Jun;12(6):1237-52.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/12042929?tool=bestpractice.com
[35]Roguski M, Morel B, Sweeney M, et al. Magnetic resonance imaging as an alternative to computed tomography in select patients with traumatic brain injury: a retrospective comparison. J Neurosurg Pediatr. 2015 May;15(5):529-34.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/25700122?tool=bestpractice.com
[39]Provenzale J. CT and MR imaging of acute cranial trauma. Emerg Radiol. 2007 Apr;14(1):1-12.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/17318483?tool=bestpractice.com
[42]Bruce DA. Imaging after head trauma: why, when and which. Childs Nerv Syst. 2000 Nov;16(10-11):755-9.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/11151728?tool=bestpractice.com
Portanto, a RNM pode ser considerada se houver uma preocupação contínua com a patologia intracraniana na ausência de achados na TC.
A RNM e a angiografia por RM também podem ser úteis se a fratura envolver estruturas vasculares importantes (por exemplo, o canal carotídeo ou o seio sagital superior), para avaliar a lesão/patologia vascular subjacente.[37]Expert Panel on Neurological Imaging: Shih RY, Burns J, et al. ACR Appropriateness Criteria® head trauma: 2021 update. J Am Coll Radiol. 2021 May;18(5S):S13-36.
https://www.jacr.org/article/S1546-1440(21)00025-9/fulltext
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/33958108?tool=bestpractice.com
[39]Provenzale J. CT and MR imaging of acute cranial trauma. Emerg Radiol. 2007 Apr;14(1):1-12.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/17318483?tool=bestpractice.com
[43]Dempewolf R, Gubbels S, Hansen MR. Acute radiographic workup of blunt temporal bone trauma: maxillofacial versus temporal bone CT. Laryngoscope. 2009 Mar;119(3):442-8.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/19235746?tool=bestpractice.com
[44]Zhao X, Rizzo A, Malek B, et al. Basilar skull fracture: a risk factor for transverse/sigmoid venous sinus obstruction. J Neurotrauma. 2008 Feb;25(2):104-11.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/18260793?tool=bestpractice.com
[45]Donovan DJ. Simple depressed skull fracture causing sagittal sinus stenosis and increased intracranial pressure: case report and review of the literature. Surg Neurol. 2005 Feb;63(2):380-3.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/15808730?tool=bestpractice.com
Imagem da coluna cervical
Historicamente, as fraturas cranianas (particularmente as fraturas condilares occipitais) eram associadas a um alto risco de lesão da coluna cervical. No entanto, vários estudos não encontraram essa associação.[46]Kim PD, Jennings JS, Fisher M, et al. Risk of cervical spine injury and other complications seen with skull fractures in the setting of mild closed head injury in young children: a retrospective study. Pediatr Neurosurg. 2008;44(2):124-7.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/18230926?tool=bestpractice.com
[47]Oller DW, Meredith JW, Rutledge R, et al. The relationship between face or skull fractures and cervical spine and spinal cord injuries: a review of 13,834 patients. Acid Anal Prev. 1992 Apr;24(2):1887-92.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/1558627?tool=bestpractice.com
A imagem da coluna cervical deve ser deixada ao critério do médico responsável, com base no exame clínico, nível de suspeita, idade do paciente e mecanismo da lesão.
Ultrassonografia craniana
Pode ser um auxiliar útil da TC cranioencefálica após a confirmação de uma fratura na população pediátrica, para detectar lacerações durais, hérnia cerebral ou uma fratura craniana crescente.[37]Expert Panel on Neurological Imaging: Shih RY, Burns J, et al. ACR Appropriateness Criteria® head trauma: 2021 update. J Am Coll Radiol. 2021 May;18(5S):S13-36.
https://www.jacr.org/article/S1546-1440(21)00025-9/fulltext
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/33958108?tool=bestpractice.com
Também pode haver uma função para a ultrassonografia na triagem de fraturas cranianas em pacientes pediátricos com trauma cranioencefálico leve.[48]Parri N, Crosby BJ, Glass C, et al. Ability of emergency ultrasonography to detect pediatric skull fractures: a prospective, observational study. J Emerg Med. 2013 Apr;44(2):135-41.
http://www.jem-journal.com/article/S0736-4679(12)00261-2/fulltext
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/22579023?tool=bestpractice.com
[49]Rabiner JE, Friedman LM, Khine H, et al. Accuracy of point-of-care ultrasound for diagnosis of skull fractures in children. Pediatrics. 2013 Jun;131(6):e1757-64.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/23690519?tool=bestpractice.com
[50]Masaeli M, Chahardoli M, Azizi S, et al. Point of care ultrasound in detection of brain hemorrhage and skull fracture following pediatric head trauma; a diagnostic accuracy study. Arch Acad Emerg Med. 2019;7(1):e53.
https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC6905422
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/31875207?tool=bestpractice.com
Radiografia do esqueleto
Deve ser considerada se houver suspeita de abuso infantil como etiologia subjacente.[51]Expert Panel on Pediatric Imaging: Wootton-Gorges SL, Soares BP, et al. ACR Appropriateness Criteria® suspected physical abuse-child. J Am Coll Radiol. 2017 May;14(5s):S338-49.
https://www.doi.org/10.1016/j.jacr.2017.01.036
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/28473090?tool=bestpractice.com
[52]American College of Radiology. ACR–SPR practice parameter for the performance and interpretation of skeletal surveys in children. 2021 [internet publication].
https://www.acr.org/-/media/ACR/Files/Practice-Parameters/Skeletal-Survey.pdf
A radiografia de esqueleto deve ser composta por vistas frontais e laterais do crânio, vistas laterais da coluna cervical e da coluna toracolombossacral e vistas frontais únicas dos ossos longos, mãos, pés, tórax e abdome. Imagens oblíquas das costelas devem ser obtidas para aumentar a precisão do diagnóstico de fraturas de costelas, que podem ser a única manifestação esquelética de abuso.[51]Expert Panel on Pediatric Imaging: Wootton-Gorges SL, Soares BP, et al. ACR Appropriateness Criteria® suspected physical abuse-child. J Am Coll Radiol. 2017 May;14(5s):S338-49.
https://www.doi.org/10.1016/j.jacr.2017.01.036
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/28473090?tool=bestpractice.com
Uma repetição da radiografia de esqueleto limitada após 2 semanas pode detectar fraturas adicionais e fornecer informações para datar as fraturas.[51]Expert Panel on Pediatric Imaging: Wootton-Gorges SL, Soares BP, et al. ACR Appropriateness Criteria® suspected physical abuse-child. J Am Coll Radiol. 2017 May;14(5s):S338-49.
https://www.doi.org/10.1016/j.jacr.2017.01.036
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/28473090?tool=bestpractice.com
A repetição da radiografia de esqueleto deve ser realizada quando forem encontrados achados anormais ou equívocos no estudo inicial e quando houver suspeita de abuso por motivos clínicos.[51]Expert Panel on Pediatric Imaging: Wootton-Gorges SL, Soares BP, et al. ACR Appropriateness Criteria® suspected physical abuse-child. J Am Coll Radiol. 2017 May;14(5s):S338-49.
https://www.doi.org/10.1016/j.jacr.2017.01.036
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/28473090?tool=bestpractice.com
[53]Section on Radiology, American Academy of Pediatrics. Diagnostic imaging of child abuse. Pediatrics. 2009 May;123(5):1430-5.
https://www.doi.org/10.1542/peds.2009-0558
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/19403511?tool=bestpractice.com
Para limitar a exposição à radiação, as radiografias da pelve, coluna e crânio podem ser omitidas se nenhuma lesão tiver sido inicialmente observada nessas regiões.[51]Expert Panel on Pediatric Imaging: Wootton-Gorges SL, Soares BP, et al. ACR Appropriateness Criteria® suspected physical abuse-child. J Am Coll Radiol. 2017 May;14(5s):S338-49.
https://www.doi.org/10.1016/j.jacr.2017.01.036
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/28473090?tool=bestpractice.com
angiotomografia
Deve ser considerada se houver suspeita de lesão vascular, como quando a fratura envolve o canal carotídeo ou se sobrepõe a um vaso (por exemplo, artéria meníngea média, seio sagital).[37]Expert Panel on Neurological Imaging: Shih RY, Burns J, et al. ACR Appropriateness Criteria® head trauma: 2021 update. J Am Coll Radiol. 2021 May;18(5S):S13-36.
https://www.jacr.org/article/S1546-1440(21)00025-9/fulltext
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/33958108?tool=bestpractice.com
Angiotomografia venosa
Do ponto de vista de imagem, o fator de risco mais importante para lesão venosa traumática é uma fratura do crânio (ou menos comumente um corpo estranho penetrante) que envolve um seio venoso dural ou bulbo ou forame jugular).[37]Expert Panel on Neurological Imaging: Shih RY, Burns J, et al. ACR Appropriateness Criteria® head trauma: 2021 update. J Am Coll Radiol. 2021 May;18(5S):S13-36.
https://www.jacr.org/article/S1546-1440(21)00025-9/fulltext
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/33958108?tool=bestpractice.com
No cenário agudo, a angiotomografia venosa é o estudo mais útil na avaliação por imagem de suspeita de lesão venosa intracraniana.[37]Expert Panel on Neurological Imaging: Shih RY, Burns J, et al. ACR Appropriateness Criteria® head trauma: 2021 update. J Am Coll Radiol. 2021 May;18(5S):S13-36.
https://www.jacr.org/article/S1546-1440(21)00025-9/fulltext
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/33958108?tool=bestpractice.com
[54]Bokhari R, You E, Bakhaidar M, et al. Dural venous sinus thrombosis in patients presenting with blunt traumatic brain injuries and skull fractures: a systematic review and meta-analysis. World Neurosurg. 2020 Oct;142:495-505.e3.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/32615287?tool=bestpractice.com
Investigações laboratoriais
Para qualquer paciente com trauma cranioencefálico e otorreia/rinorreia, um imunoensaio (ensaio da beta-2-transferrina) do fluido suspeito pode ter uma coloração positiva na presença da proteína.
O exame deve ser realizado se uma drenagem transparente ou sanguinolenta estiver presente no nariz ou nas orelhas.
Se positivo, ele indica vazamento do líquido cefalorraquidiano (LCR) e é confiável mesmo na presença de sangue ou muco. Tem sensibilidade de quase 100% e especificidade de 95%.[55]Abuabara A. Cerebrospinal fluid rhinorrhoea: diagnosis and management. Med Oral Patol Oral Cir Bucal. 2007 Sep 1;12(5):E397-400.
http://www.medicinaoral.com/medoralfree01/v12i5/medoralv12i5p397.pdf
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/17767107?tool=bestpractice.com