Caso clínico

Caso clínico #1

Um homem de 19 anos de idade é trazido ao pronto-socorro pelos paramédicos depois de cair de uma escada de 6 m no trabalho. Ele está consciente e alerta, mas amnésico do evento e relata ter perdido a consciência no momento do impacto. No pronto-socorro, o paciente tem um único episódio de êmese e algum questionamento repetitivo, perguntando várias vezes aos enfermeiros se a sua irmã foi avisada. No exame, existe um hematoma esponjoso em forma de uma bola de tênis sobre a têmpora esquerda. Há sangue no canal auditivo, mas não há hemotímpano. As pupilas estão com 4 mm e reativas, e o escore na escala de coma de Glasgow é 14.

Caso clínico #2

Um menino de 7 anos de idade é trazido ao pronto-socorro pela mãe, depois de ter caído de um trepa-trepa no parque sobre o concreto. Ela diz que ele pode ter ficado inconsciente por alguns segundos antes de começar a chorar. Na apresentação, o menino está chorando, mas está consolável. Ele tem equimose periorbital ao redor do olho esquerdo e uma pequena quantidade de sangue no canal auditivo esquerdo. Ele descreve sua audição como “confusa” na orelha esquerda. Seu escore na escala de coma de Glasgow é 15, apropriado para a idade, e ele move todos os 4 membros sob o comando da mãe.

Outras apresentações

Geralmente, as fraturas cranianas resultam de um trauma de força contusa como quedas, acidentes de trânsito ou agressões. Os sinais clínicos podem ser ausentes ou inespecíficos, como lacerações no couro cabeludo ou edemas ou dor à palpação. A única exceção é a fratura da base do crânio, que pode ser associada a sinais clínicos altamente específicos, como acúmulo de sangue que resulte em equimose sobre a mastoide (sinal de Battle), áreas periorbitais (olhos de guaxinim), hemotímpano, vazamento de líquido cefalorraquidiano que resulte em rinorreia ou otorreia clara ou lesão dos nervos cranianos que resulte em paralisia facial ou perda auditiva.[1]​ No entanto, é necessário lembrar que esses sinais são específicos, mas não sensíveis. Ocasionalmente, as fraturas cranianas podem ser secundárias a um traumatismo penetrante, como os ferimentos por arma de fogo. Nesses casos, o tipo da fratura depende da proximidade da arma e do tipo de munição usada. Armas de alta velocidade e calibre pequeno resultam em lesões perfuradas, enquanto os projéteis maiores frequentemente resultam em fraturas em formato de cunha, com projeção dos fragmentos.

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