Epididimite aguda
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Algoritmo de tratamento
Observe que as formulações/vias e doses podem diferir entre nomes e marcas de medicamentos, formulários de medicamentos ou localidades. As recomendações de tratamento são específicas para os grupos de pacientes:ver aviso legal
infecção bacteriana
antibioticoterapia
Os homens sexualmente ativos, independentemente da idade, devem ser avaliados quanto aos fatores de risco para ISTs e tratados empiricamente com ceftriaxona e doxiciclina para cobrir infecções gonocócicas ou por clamídia, caso haja uma alta probabilidade de infecção gonocócica.[2]Workowski KA, Bachmann LH, Chan PA, et al. Sexually transmitted infections treatment guidelines, 2021. MMWR Recomm Rep. 2021 Jul 23;70(4):1-187. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC8344968 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/34292926?tool=bestpractice.com [4]European Association of Urology. Guidelines on urological infections. Mar 2025 [internet publication]. https://uroweb.org/guidelines/urological-infections
Para os homens que praticam penetração anal insertiva desprotegida com outros homens, os organismos entéricos também podem ser uma causa de epididimite, e deve-se administrar tratamento com ceftriaxona e levofloxacino.[2]Workowski KA, Bachmann LH, Chan PA, et al. Sexually transmitted infections treatment guidelines, 2021. MMWR Recomm Rep. 2021 Jul 23;70(4):1-187. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC8344968 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/34292926?tool=bestpractice.com
Nos pacientes em que houver probabilidade de gonorreia (presença de fatores de risco: secreção uretral, contato conhecido com infecção gonorreica, homens que fazem sexo com homens), a diretriz europeia da International Union Against Sexually Transmitted Infections sobre epidídimo-orquite recomenda a adição de azitromicina à ceftriaxona e à doxiciclina.[3]Street EJ, Justice ED, Kopa Z, et al. The 2016 European guideline on the management of epididymo-orchitis. Int J STD AIDS. 2017 Jul;28(8):744-9. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/28632112?tool=bestpractice.com
Se houver probabilidade de infecção por organismos entéricos (por exemplo, instrumentação recente do trato urinário, doença sistêmica ou imunossupressão), recomenda-se o uso de levofloxacino.[2]Workowski KA, Bachmann LH, Chan PA, et al. Sexually transmitted infections treatment guidelines, 2021. MMWR Recomm Rep. 2021 Jul 23;70(4):1-187. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC8344968 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/34292926?tool=bestpractice.com
Caso o teste para Mycoplasma genitalium tenha sido realizado e haja suspeita (por exemplo, parceiro com teste positivo para M genitalium) ou confirmação do organismo, o tratamento deve incluir a fluoroquinolona moxifloxacino.[3]Street EJ, Justice ED, Kopa Z, et al. The 2016 European guideline on the management of epididymo-orchitis. Int J STD AIDS. 2017 Jul;28(8):744-9. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/28632112?tool=bestpractice.com [31]Soni S, Fifer H, Al-Shakarchi Y, et al. British association of sexual health and HIV national guideline for the management of infection with Mycoplasma genitalium, 2025. Int J STD AIDS. 2025 Jul 17:9564624251359054. https://journals.sagepub.com/doi/10.1177/09564624251359054 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/40673484?tool=bestpractice.com [32]Jensen JS, Cusini M, Gomberg M, et al. 2021 European guideline on the management of Mycoplasma genitalium infections. J Eur Acad Dermatol Venereol. 2022 May;36(5):641-50. https://www.doi.org/10.1111/jdv.17972 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/35182080?tool=bestpractice.com
Os antibióticos sistêmicos do tipo fluoroquinolonas, como moxifloxacino e levofloxacino, podem causar eventos adversos graves, incapacitantes e potencialmente duradouros ou irreversíveis. Isso inclui, mas não está limitado a: tendinopatia/ruptura de tendão; neuropatia periférica; artropatia/artralgia; aneurisma e dissecção da aorta; regurgitação de valva cardíaca; disglicemia; e efeitos sobre o sistema nervoso central, incluindo convulsões, depressão, psicose e pensamentos e comportamento suicidas.[40]Rusu A, Munteanu AC, Arbănași EM, et al. Overview of side-effects of antibacterial fluoroquinolones: new drugs versus old drugs, a step forward in the safety profile? Pharmaceutics. 2023 Mar 1;15(3):804. https://www.mdpi.com/1999-4923/15/3/804 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/36986665?tool=bestpractice.com Aplicam-se restrições de prescrição ao uso de fluoroquinolonas, e essas restrições podem variar entre os países. Em geral, o uso das fluoroquinolonas deve ser restrito apenas nas infecções bacterianas graves e com risco à vida. Algumas agências regulatórias também podem recomendar que eles sejam usados apenas em situações em que outros antibióticos comumente recomendados para a infecção sejam inadequados (por exemplo, resistência, contraindicações, falha do tratamento, indisponibilidade). Consulte as diretrizes locais e o formulário de medicamentos para obter mais informações sobre adequação, contraindicações e precauções.
Quando os resultados dos testes estiverem disponíveis, os antibióticos podem ser ajustados para atacar o organismo causador.
Se os pacientes estiverem sistemicamente doentes com sinais de sepse, umaa antibioticoterapia intravenosa inicial pode ser indicada. Recomenda-se o encaminhamento a um infectologista caso sejam necessários antibióticos por via parenteral. Consulte Sepse em adultos.
Os pacientes devem ser orientados a evitar relações sexuais sem proteção até que eles, e seus parceiros, tenham concluído o tratamento.
Opções primárias
Suspeita de gonorreia/clamídia
ceftriaxona: peso corporal <150 kg: 500 mg por via intramuscular em dose única; peso corporal ≥150 kg: 1000 mg por via intramuscular em dose única
e
doxiciclina: 100 mg por via oral duas vezes ao dia por 10 dias
ou
Suspeita de gonorreia/clamídia; provavelmente gonorreia
ceftriaxona: peso corporal <150 kg: 500 mg por via intramuscular em dose única; peso corporal ≥150 kg: 1000 mg por via intramuscular em dose única
e
doxiciclina: 100 mg por via oral duas vezes ao dia por 10 dias
e
azitromicina: 1 g por via oral em dose única
ou
Suspeita de gonorreia/clamídia/organismos entéricos
ceftriaxona: peso corporal <150 kg: 500 mg por via intramuscular em dose única; peso corporal ≥150 kg: 1000 mg por via intramuscular em dose única
e
levofloxacino: 500 mg por via oral uma vez ao dia por 10 dias
ou
Suspeita de organismos entéricos
levofloxacino: 500 mg por via oral uma vez ao dia por 10 dias
ou
Suspeita de M genitalium
moxifloxacino: 400 mg por via oral uma vez ao dia por 14 dias
medidas de suporte
Tratamento recomendado para TODOS os pacientes no grupo de pacientes selecionado
Repouso no leito e elevação escrotal são recomendados até os sinais de inflamação local ou febre remitirem.
Analgésicos como paracetamol devem continuar sendo administrados até o desaparecimento da febre e da inflamação local.
Os anti-inflamatórios não esteroidais (AINEs; por exemplo, naproxeno, ibuprofeno) podem ser benéficos. Os AINEs podem ser adicionados ao paracetamol para reduzir a dor. Os AINEs estão associados a um aumento dos riscos de eventos cardiovasculares trombóticos e toxicidade gastrointestinal (sangramento, ulceração, perfuração), e devem ser usados à menor dose efetiva pelo ciclo de tratamento efetivo mais curto.
Se os pacientes apresentarem doença sistêmica com sinais de sepse, a fluidoterapia intravenosa pode ser indicada.
Opções primárias
paracetamol: 500-1000 mg por via oral a cada 4-6 horas quando necessário, máximo de 4000 mg/dia
ou
naproxeno: 250-500 mg a cada 12 horas quando necessário, máximo de 1250 mg/dia
ou
ibuprofeno: 200-400 mg a cada 4-6 horas quando necessário, máximo de 2400 mg/dia
infecção viral
medidas de suporte
Repouso no leito e elevação escrotal são recomendados até os sinais de inflamação local ou febre remitirem.
Analgésicos como paracetamol devem continuar sendo administrados até o desaparecimento da febre e da inflamação local.
Os anti-inflamatórios não esteroidais (AINEs; por exemplo, naproxeno, ibuprofeno) podem ser benéficos. Os AINEs podem ser adicionados ao paracetamol para reduzir a dor. Os AINEs estão associados a um aumento do risco de eventos trombóticos cardiovasculares e toxicidade gastrointestinal (sangramento, ulceração, perfuração), e devem ser usados na menor dose efetiva pelo ciclo de tratamento efetivo mais curto.
Consulte Sepse em adultos se os pacientes estiverem sistemicamente doentes com sinais de sepse.
Opções primárias
paracetamol: 500-1000 mg por via oral a cada 4-6 horas quando necessário, máximo de 4000 mg/dia
ou
naproxeno: 250-500 mg a cada 12 horas quando necessário, máximo de 1250 mg/dia
ou
ibuprofeno: 200-400 mg a cada 4-6 horas quando necessário, máximo de 2400 mg/dia
tuberculosa
encaminhamento para especialista + terapia antituberculose
A epididimite tuberculosa deve ser tratada com medicamentos antituberculose sistêmicos de acordo com as diretrizes locais, devido às cepas altamente variáveis da tuberculose e aos padrões de resistência antibiótica. Recomenda-se o encaminhamento a um infectologista ou especialista em tuberculose.
Consulte Sepse em adultos se os pacientes estiverem sistemicamente doentes com sinais de sepse.
medidas de suporte
Tratamento recomendado para TODOS os pacientes no grupo de pacientes selecionado
Repouso no leito e elevação escrotal são recomendados até os sinais de inflamação local ou febre remitirem.
Analgésicos como paracetamol devem continuar sendo administrados até o desaparecimento da febre e da inflamação local.
Os anti-inflamatórios não esteroidais (AINEs; por exemplo, naproxeno, ibuprofeno) podem ser benéficos. Os AINEs podem ser adicionados ao paracetamol para reduzir a dor. Os AINEs estão associados a um aumento do risco de eventos trombóticos cardiovasculares e toxicidade gastrointestinal (sangramento, ulceração, perfuração), e devem ser usados na menor dose efetiva pelo ciclo de tratamento efetivo mais curto.
Se os pacientes apresentarem doença sistêmica com sinais de sepse, a fluidoterapia intravenosa pode ser indicada.
Opções primárias
paracetamol: 500-1000 mg por via oral a cada 4-6 horas quando necessário, máximo de 4000 mg/dia
ou
naproxeno: 250-500 mg a cada 12 horas quando necessário, máximo de 1250 mg/dia
ou
ibuprofeno: 200-400 mg a cada 4-6 horas quando necessário, máximo de 2400 mg/dia
vasculite subjacente
encaminhamento a especialista
A vasculite do epidídimo é rara, mas pode acontecer por causa de síndrome de Behçet ou púrpura de Henoch-Schönlein. O encaminhamento a um reumatologista é aconselhado para estabelecer o diagnóstico e determinar se o envolvimento do epidídimo faz parte de um processo vasculítico sistêmico, e para planejar o tratamento apropriado.
medidas de suporte
Tratamento recomendado para TODOS os pacientes no grupo de pacientes selecionado
Repouso no leito e elevação escrotal são recomendados até os sinais de inflamação local ou febre remitirem.
Analgésicos como paracetamol devem continuar sendo administrados até o desaparecimento da febre e da inflamação local.
Os anti-inflamatórios não esteroidais (AINEs; por exemplo, naproxeno, ibuprofeno) podem ser benéficos. Os AINEs podem ser adicionados ao paracetamol para reduzir a dor. Os AINEs estão associados a um aumento do risco de eventos trombóticos cardiovasculares e toxicidade gastrointestinal (sangramento, ulceração, perfuração), e devem ser usados na menor dose efetiva pelo ciclo de tratamento efetivo mais curto.
Opções primárias
paracetamol: 500-1000 mg por via oral a cada 4-6 horas quando necessário, máximo de 4000 mg/dia
ou
naproxeno: 250-500 mg a cada 12 horas quando necessário, máximo de 1250 mg/dia
ou
ibuprofeno: 200-400 mg a cada 4-6 horas quando necessário, máximo de 2400 mg/dia
induzido por amiodarona
redução da dose ou descontinuação do medicamento
Os efeitos adversos da amiodarona, incluindo a epididimite, dependem da dose e da duração.[8]Shen Y, Liu H, Cheng J, et al. Amiodarone-induced epididymitis: a pathologically confirmed case report and review of the literature. Cardiology. 2014 Jun 18;128(4):349-51. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/24942374?tool=bestpractice.com
Os sinais e sintomas remitem rapidamente depois da redução da dose ou da interrupção da terapia.
medidas de suporte
Tratamento recomendado para TODOS os pacientes no grupo de pacientes selecionado
Repouso no leito e elevação escrotal são recomendados até os sinais de inflamação local ou febre remitirem.
Analgésicos como paracetamol devem continuar sendo administrados até o desaparecimento da febre e da inflamação local.
Os anti-inflamatórios não esteroidais (AINEs; por exemplo, naproxeno, ibuprofeno) podem ser benéficos. Os AINEs podem ser adicionados ao paracetamol para reduzir a dor. Os AINEs estão associados a um aumento do risco de eventos trombóticos cardiovasculares e toxicidade gastrointestinal (sangramento, ulceração, perfuração), e devem ser usados na menor dose efetiva pelo ciclo de tratamento efetivo mais curto.
Opções primárias
paracetamol: 500-1000 mg por via oral a cada 4-6 horas quando necessário, máximo de 4000 mg/dia
ou
naproxeno: 250-500 mg a cada 12 horas quando necessário, máximo de 1250 mg/dia
ou
ibuprofeno: 200-400 mg a cada 4-6 horas quando necessário, máximo de 2400 mg/dia
idiopática
medidas de suporte
Repouso no leito e elevação escrotal são recomendados até os sinais de inflamação local ou febre remitirem.
Analgésicos como paracetamol devem continuar sendo administrados até o desaparecimento da febre e da inflamação local.
Os anti-inflamatórios não esteroidais (AINEs; por exemplo, naproxeno, ibuprofeno) podem ser benéficos. Os AINEs podem ser adicionados ao paracetamol para reduzir a dor. Os AINEs estão associados a um aumento do risco de eventos trombóticos cardiovasculares e toxicidade gastrointestinal (sangramento, ulceração, perfuração), e devem ser usados na menor dose efetiva pelo ciclo de tratamento efetivo mais curto.
Opções primárias
paracetamol: 500-1000 mg por via oral a cada 4-6 horas quando necessário, máximo de 4000 mg/dia
ou
naproxeno: 250-500 mg a cada 12 horas quando necessário, máximo de 1250 mg/dia
ou
ibuprofeno: 200-400 mg a cada 4-6 horas quando necessário, máximo de 2400 mg/dia
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