Infarto do miocárdio sem supradesnivelamento do segmento ST
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Algoritmo de tratamento
Observe que as formulações/vias e doses podem diferir entre nomes e marcas de medicamentos, formulários de medicamentos ou localidades. As recomendações de tratamento são específicas para os grupos de pacientes:ver aviso legal
apresentação aguda
terapia antiagregante plaquetária
Todos os pacientes devem receber terapia antiagregante plaquetária dupla com aspirina e um inibidor de P2Y12. Se o paciente é intolerante à aspirina ou se ela for contraindicada, um inibidor de P2Y12 pode ser fornecido de maneira isolada, mas deve-se evitar a administração simultânea de dois inibidores de P2Y12 diferentes. O ticagrelor é recomendado para pacientes submetidos a estratégias invasivas ou não invasivas.[2]Amsterdam EA, Wenger NK, Brindis RG, et al. 2014 AHA/ACC guideline for the management of patients with non-ST-elevation acute coronary syndromes: a report of the American College of Cardiology/American Heart Association Task Force on Practice Guidelines. J Am Coll Cardiol. 2014 Dec 23;64(24):e139-228. http://www.onlinejacc.org/content/64/24/e139 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/25260718?tool=bestpractice.com [5]Collet JP, Thiele H, Barbato E, et al. 2020 ESC guidelines for the management of acute coronary syndromes in patients presenting without persistent ST-segment elevation. Eur Heart J. 2021 Apr 7;42(14):1289-367. https://academic.oup.com/eurheartj/article/42/14/1289/5898842 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/32860058?tool=bestpractice.com O prasugrel é recomendado apenas para pacientes submetidos a uma estratégia invasiva.[2]Amsterdam EA, Wenger NK, Brindis RG, et al. 2014 AHA/ACC guideline for the management of patients with non-ST-elevation acute coronary syndromes: a report of the American College of Cardiology/American Heart Association Task Force on Practice Guidelines. J Am Coll Cardiol. 2014 Dec 23;64(24):e139-228. http://www.onlinejacc.org/content/64/24/e139 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/25260718?tool=bestpractice.com [5]Collet JP, Thiele H, Barbato E, et al. 2020 ESC guidelines for the management of acute coronary syndromes in patients presenting without persistent ST-segment elevation. Eur Heart J. 2021 Apr 7;42(14):1289-367. https://academic.oup.com/eurheartj/article/42/14/1289/5898842 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/32860058?tool=bestpractice.com O clopidogrel é recomendado a pacientes que não podem usar ticagrelor ou prasugrel.[5]Collet JP, Thiele H, Barbato E, et al. 2020 ESC guidelines for the management of acute coronary syndromes in patients presenting without persistent ST-segment elevation. Eur Heart J. 2021 Apr 7;42(14):1289-367. https://academic.oup.com/eurheartj/article/42/14/1289/5898842 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/32860058?tool=bestpractice.com
A aspirina deve ser fornecida na suspeita clínica ou no diagnóstico de síndrome coronariana aguda (SCA) e mantida indefinidamente. Os profissionais da saúde que fornecem serviços de emergência pré-hospitalares devem administrar uma única dose de ataque de aspirina a pacientes com dor torácica com suspeita de síndrome coronariana aguda, exceto se houver contraindicação ou se o paciente já fizer uso de aspirina.[2]Amsterdam EA, Wenger NK, Brindis RG, et al. 2014 AHA/ACC guideline for the management of patients with non-ST-elevation acute coronary syndromes: a report of the American College of Cardiology/American Heart Association Task Force on Practice Guidelines. J Am Coll Cardiol. 2014 Dec 23;64(24):e139-228. http://www.onlinejacc.org/content/64/24/e139 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/25260718?tool=bestpractice.com [95]National Institute for Health and Care Excellence. Acute coronary syndromes. November 2020 [internet publication]. https://www.nice.org.uk/guidance/ng185
A aspirina em altas doses está associada a risco acrescido de sangramento em comparação à aspirina em baixas doses e na ausência de melhoria nos desfechos.[2]Amsterdam EA, Wenger NK, Brindis RG, et al. 2014 AHA/ACC guideline for the management of patients with non-ST-elevation acute coronary syndromes: a report of the American College of Cardiology/American Heart Association Task Force on Practice Guidelines. J Am Coll Cardiol. 2014 Dec 23;64(24):e139-228. http://www.onlinejacc.org/content/64/24/e139 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/25260718?tool=bestpractice.com
Uma dose de ataque de um inibidor de P2Y12 deve ser administrada imediatamente após admissão hospitalar seguida pela dose de manutenção que deve ser mantida por até 12 meses.[127]Cuisset T, Frere C, Quilici J, et al. Benefit of a 600-mg loading dose of clopidogrel on platelet reactivity and clinical outcomes in patients with non-ST-segment elevation acute coronary syndrome undergoing coronary stenting. J Am Coll Cardiol. 2006 Oct 3;48(7):1339-45. http://www.onlinejacc.org/content/48/7/1339 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/17010792?tool=bestpractice.com Um estudo mostrou que adicionar clopidogrel à terapia com aspirina em infarto agudo do miocárdio (IAM) previne 10 eventos vasculares maiores para cada 1000 pacientes tratados.[128]Chen ZM, Jiang LX, Chen YP, et al. Addition of clopidogrel to aspirin in 45 852 patients with acute myocardial infarction: randomised placebo-controlled trial. Lancet. 2005 Nov 5;366(9497):1607-21. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/16271642?tool=bestpractice.com Inibidores de P2Y12 podem reduzir a mortalidade e a morbidade, mas podem estar associados a aumento do risco de sangramento.[80]Motovska Z, Kala P. Benefits and risks of clopidogrel use in patients with coronary artery disease: evidence from randomized studies and registries. Clin Ther. 2008;30 Pt 2:2191-202. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/19281914?tool=bestpractice.com [81]Squizzato A, Bellesini M, Takeda A, et al. Clopidogrel plus aspirin versus aspirin alone for preventing cardiovascular events. Cochrane Database Syst Rev. 2017 Dec 14;(12):CD005158. https://www.cochranelibrary.com/cdsr/doi/10.1002/14651858.CD005158.pub4/full http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/29240976?tool=bestpractice.com Ticagrelor e prasugrel são agentes P2Y12 mais recentes, que, em ensaios clínicos, demonstraram ter um início de ação mais rápido e maior eficácia em comparação ao clopidogrel, mas com risco acrescido de sangramento.[2]Amsterdam EA, Wenger NK, Brindis RG, et al. 2014 AHA/ACC guideline for the management of patients with non-ST-elevation acute coronary syndromes: a report of the American College of Cardiology/American Heart Association Task Force on Practice Guidelines. J Am Coll Cardiol. 2014 Dec 23;64(24):e139-228. http://www.onlinejacc.org/content/64/24/e139 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/25260718?tool=bestpractice.com [82]Mahaffey KW, Held C, Wojdyla DM, et al; PLATO Investigators. Ticagrelor effects on myocardial infarction and the impact of event adjudication in the PLATO (Platelet Inhibition and Patient Outcomes) trial. J Am Coll Cardiol. 2014 Apr 22;63(15):1493-9. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/24561148?tool=bestpractice.com [83]Pollack CV Jr, Davoudi F, Diercks DB, et al; PLATO Investigators. Relative efficacy and safety of ticagrelor vs clopidogrel as a function of time to invasive management in non-ST-segment elevation acute coronary syndrome in the PLATO trial. Clin Cardiol. 2017 Jun;40(6):390-8. https://onlinelibrary.wiley.com/doi/full/10.1002/clc.22733 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/28598510?tool=bestpractice.com
O pré-tratamento de rotina com um inibidor de P2Y12 não é recomendado se o manejo invasivo precoce tiver sido planejado e a anatomia coronária não for conhecida.[5]Collet JP, Thiele H, Barbato E, et al. 2020 ESC guidelines for the management of acute coronary syndromes in patients presenting without persistent ST-segment elevation. Eur Heart J. 2021 Apr 7;42(14):1289-367. https://academic.oup.com/eurheartj/article/42/14/1289/5898842 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/32860058?tool=bestpractice.com
Um AVC anterior é uma contraindicação para o prasugrel.[5]Collet JP, Thiele H, Barbato E, et al. 2020 ESC guidelines for the management of acute coronary syndromes in patients presenting without persistent ST-segment elevation. Eur Heart J. 2021 Apr 7;42(14):1289-367. https://academic.oup.com/eurheartj/article/42/14/1289/5898842 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/32860058?tool=bestpractice.com Para pacientes em uso crônico de clopidogrel antes da apresentação, há algumas evidências que sugerem diminuição do IAM periprocedimental com administração de uma nova dose de ataque de clopidogrel no momento da intervenção coronária percutânea.[88]Patti G, Pasceri V, Mangiacapra F, et al; ARMYDA-8 RELOAD-ACS Investigators. Efficacy of clopidogrel reloading in patients with acute coronary syndrome undergoing percutaneous coronary intervention during chronic clopidogrel therapy (from the Antiplatelet Therapy for Reduction of MYocardial Damage during Angioplasty [ARMYDA-8 RELOAD-ACS] trial). Am J Cardiol. 2013 Jul 15;112(2):162-8. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/23601577?tool=bestpractice.com
O prasugrel possivelmente será prejudicial como parte de um esquema terapêutico antiagregante plaquetário duplo para pacientes com angina instável/IAMSSST com história prévia de acidente vascular cerebral (AVC) e/ou ataque isquêmico transitório (AIT) que serão submetidos à intervenção coronária percutânea (ICP).[2]Amsterdam EA, Wenger NK, Brindis RG, et al. 2014 AHA/ACC guideline for the management of patients with non-ST-elevation acute coronary syndromes: a report of the American College of Cardiology/American Heart Association Task Force on Practice Guidelines. J Am Coll Cardiol. 2014 Dec 23;64(24):e139-228. http://www.onlinejacc.org/content/64/24/e139 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/25260718?tool=bestpractice.com [5]Collet JP, Thiele H, Barbato E, et al. 2020 ESC guidelines for the management of acute coronary syndromes in patients presenting without persistent ST-segment elevation. Eur Heart J. 2021 Apr 7;42(14):1289-367. https://academic.oup.com/eurheartj/article/42/14/1289/5898842 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/32860058?tool=bestpractice.com Um AVC anterior é uma contraindicação para o prasugrel.[5]Collet JP, Thiele H, Barbato E, et al. 2020 ESC guidelines for the management of acute coronary syndromes in patients presenting without persistent ST-segment elevation. Eur Heart J. 2021 Apr 7;42(14):1289-367. https://academic.oup.com/eurheartj/article/42/14/1289/5898842 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/32860058?tool=bestpractice.com Existem respostas variáveis para a inibição antiplaquetária com clopidogrel baseada na perda de função dos alelos para a enzima CYP219C , que é necessária para converter o clopidogrel para seu metabólito medicamentoso ativo. A presença de ao menos uma mutação de perda de função para CYP219C pode ser de até 30% em algumas populações. Em um ensaio prospectivo de um único centro sobre a resistência ao clopidogrel parece que os pacientes com resistência ao clopidogrel que continuam tomando este medicamento tem 4 vezes mais eventos adversos cardiovasculares ou cerebrovasculares em comparação com os que tomaram um inibidor do receptor P2Y12 diferente.[86]Lee CR, Sriramoju VB, Cervantes A, et al. Clinical outcomes and sustainability of using CYP2C19 genotype-guided antiplatelet therapy after percutaneous coronary intervention. Circ Genom Precis Med. 2018 Apr;11(4):e002069. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/29615454?tool=bestpractice.com
Dados conflitantes relacionados às interações entre os inibidores da bomba de prótons e o clopidogrel resultaram em extensas advertências das agências reguladoras. Há poucos dados documentando a responsividade de ensaios de diminuição de plaquetas e desfechos piores, em estudos clínicos retrospectivos de pacientes usando simultaneamente clopidogrel e inibidores da bomba de prótons. Os resultados do único estudo randomizado substancial parecem refutar os dados observacionais anteriores e não evidenciaram aumento no risco com a coadministração desses agentes. Os inibidores da bomba de prótons são recomendados para pacientes com história de IAMSSST que também requerem terapia tripla, principalmente quando há história de sangramento gastrointestinal. O discernimento clínico é aconselhável, pois as diretrizes não abordam completamente essa controvérsia.[129]O'Donoghue ML, Braunwald E, Antman EM, et al. Pharmacodynamic effect and clinical efficacy of clopidogrel and prasugrel with or without a proton-pump inhibitor: an analysis of two randomised trials. Lancet. 2009 Sep 19;374(9694):989-97. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/19726078?tool=bestpractice.com
Opções primárias
estratégia conservadora
aspirina: 162-325 mg por via oral como dose de ataque, seguidos por 81-162 mg uma vez ao dia
e
ticagrelor: 180 mg por via oral como dose de ataque, seguidos por 90 mg duas vezes ao dia
ou
ICP planejada
aspirina: 162-325 mg por via oral como dose de ataque, seguidos por 81-162 mg uma vez ao dia
--E--
prasugrel: 60 mg por via oral como dose de ataque, seguidos por 10 mg uma vez ao dia
ou
ticagrelor: 180 mg por via oral como dose de ataque, seguidos por 90 mg duas vezes ao dia
Opções secundárias
estratégia conservadora
aspirina: 162-325 mg por via oral como dose de ataque, seguidos por 81-162 mg uma vez ao dia
e
clopidogrel: 300 mg por via oral como dose de ataque, seguidos por 75 mg uma vez ao dia
ou
ICP planejada
aspirina: 162-325 mg por via oral como dose de ataque, seguidos por 81-162 mg uma vez ao dia
e
clopidogrel: 600 mg por via oral como dose de ataque (ou 300 mg antes da ICP e 300 mg durante a ICP), seguidos por 75 mg uma vez ao dia
ou
pacientes alérgicos à aspirina
ticagrelor: estratégia conservadora ou ICP planejada: 180 mg por via oral como dose de ataque, seguida por 90 mg duas vezes ao dia
ou
clopidogrel: estratégia conservadora: 300 mg por via oral como dose de ataque, seguida de 75 mg uma vez ao dia; ICP planejada: 600 mg por via oral como dose de ataque (ou 300 mg antes da ICP e 300 mg durante a ICP), seguida por 75 mg uma vez ao dia
ou
prasugrel: ICP planejada: 60 mg por via oral como dose de ataque, seguidos por 10 mg uma vez ao dia
oxigênio
Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado
Deve-se controlar a saturação de oxigênio pela oximetria de pulso em todos os pacientes.[2]Amsterdam EA, Wenger NK, Brindis RG, et al. 2014 AHA/ACC guideline for the management of patients with non-ST-elevation acute coronary syndromes: a report of the American College of Cardiology/American Heart Association Task Force on Practice Guidelines. J Am Coll Cardiol. 2014 Dec 23;64(24):e139-228. http://www.onlinejacc.org/content/64/24/e139 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/25260718?tool=bestpractice.com O oxigênio suplementar deve ser administrado apenas a pacientes com saturação de oxigênio no sangue arterial <90%, dificuldade respiratória ou outras características de alto risco de hipoxemia.[2]Amsterdam EA, Wenger NK, Brindis RG, et al. 2014 AHA/ACC guideline for the management of patients with non-ST-elevation acute coronary syndromes: a report of the American College of Cardiology/American Heart Association Task Force on Practice Guidelines. J Am Coll Cardiol. 2014 Dec 23;64(24):e139-228. http://www.onlinejacc.org/content/64/24/e139 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/25260718?tool=bestpractice.com [5]Collet JP, Thiele H, Barbato E, et al. 2020 ESC guidelines for the management of acute coronary syndromes in patients presenting without persistent ST-segment elevation. Eur Heart J. 2021 Apr 7;42(14):1289-367. https://academic.oup.com/eurheartj/article/42/14/1289/5898842 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/32860058?tool=bestpractice.com
O uso liberal do oxigênio está associado a aumento da mortalidade em pacientes com síndrome coronariana aguda.[75]Chu DK, Kim LH, Young PJ, et al. Mortality and morbidity in acutely ill adults treated with liberal versus conservative oxygen therapy (IOTA): a systematic review and meta-analysis. Lancet. 2018 Apr 28;391(10131):1693-705. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/29726345?tool=bestpractice.com
nitroglicerina ± morfina
Tratamento recomendado para TODOS os pacientes no grupo de pacientes selecionado
A nitroglicerina (NTG) é contraindicada se houver uma história de uso recente do inibidor de fosfodiesterase-5 (por exemplo, sildenafila); ela não deve ser fornecida se a pressão arterial (PA) sistólica for<90 mmHg ou se houver uma suspeita de infarto do ventrículo direito.
A nitroglicerina intravenosa está indicada se 3 doses de nitroglicerina sublingual não aliviarem a dor.
A morfina deve ser adicionada logo, se a nitroglicerina não for suficiente. A morfina, além das suas propriedades analgésicas e ansiolíticas, tem efeitos hemodinâmicos que são potencialmente benéficos na angina instável e no infarto do miocárdio sem supradesnivelamento do segmento ST (IAMSSST).
A morfina provoca a vasodilatação e pode diminuir a frequência cardíaca (por meio de tônus vagal aumentado) e a PA sistólica e reduzir ainda mais a demanda de oxigênio pelo miocárdio.[2]Amsterdam EA, Wenger NK, Brindis RG, et al. 2014 AHA/ACC guideline for the management of patients with non-ST-elevation acute coronary syndromes: a report of the American College of Cardiology/American Heart Association Task Force on Practice Guidelines. J Am Coll Cardiol. 2014 Dec 23;64(24):e139-228. http://www.onlinejacc.org/content/64/24/e139 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/25260718?tool=bestpractice.com Se a nitroglicerina (NTG) não for eficaz ou for contraindicada, pode-se administrar morfina como alternativa se não houver contraindicações. Dados limitados (principalmente estudos observacionais) investigam o uso de morfina para IAMSSST com evidência de possíveis preocupações de segurança; portanto, ela deve ser usada com cuidado.[89]Meine TJ, Roe MT, Chen AY, et al; CRUSADE Investigators. Association of intravenous morphine use and outcomes in acute coronary syndromes: results from the CRUSADE Quality Improvement Initiative. Am Heart J. 2005 Jun;149(6):1043-9. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/15976786?tool=bestpractice.com Um pequeno ensaio clínico duplo-cego randomizado constatou que a morfina atrasa e atenua a exposição ao ticagrelor e sua ação em pacientes com infarto do miocárdio.[90]Kubica J, Adamski P, Ostrowska M, et al. Morphine delays and attenuates ticagrelor exposure and action in patients with myocardial infarction: the randomized, double-blind, placebo-controlled IMPRESSION trial. Eur Heart J. 2016 Jan 14;37(3):245-52. https://academic.oup.com/eurheartj/article/37/3/245/2467204 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/26491112?tool=bestpractice.com
Opções primárias
nitroglicerina translingual: 400-800 microgramas (1-2 aplicações) a cada 5 minutos, máximo de 3 doses
ou
nitroglicerina: 0.3 a 0.6 mg por via sublingual a cada 5 minutos, máximo de 3 doses
Opções secundárias
nitroglicerina: 5 microgramas/min por via intravenosa inicialmente, aumentar em incrementos de 5-20 microgramas/min a cada 3-5 minutos, máximo de 200 microgramas/min
Opções terciárias
sulfato de morfina: 2-5 mg por via intravenosa a cada 5-30 minutos quando necessário
e
nitroglicerina: 5 microgramas/min por via intravenosa inicialmente, aumentar em incrementos de 5-20 microgramas/min a cada 3-5 minutos, máximo de 200 microgramas/min
ou
sulfato de morfina: 2-5 mg por via intravenosa a cada 5-30 minutos quando necessário
betabloqueador
Tratamento recomendado para TODOS os pacientes no grupo de pacientes selecionado
Os betabloqueadores orais são indicados para uso rotineiro em todos os pacientes, exceto se houver contraindicação.
O tratamento deve ser iniciado poucos dias após o evento, se não iniciado agudamente, e deve ser mantido indefinidamente, especialmente em pacientes com função ventricular esquerda reduzida.
As contraindicações à terapia com betabloqueadores incluem frequência cardíaca <60 bpm, PA sistólica <100 mmHg, insuficiência ventricular esquerda associada grave ou moderada, intervalo PR no eletrocardiograma (ECG) >0.24 segundo, bloqueio atrioventricular de segundo ou terceiro grau, asma ativa/doença reativa das vias aéreas, doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) grave, infarto do ventrículo direito e choque cardiogênico.[2]Amsterdam EA, Wenger NK, Brindis RG, et al. 2014 AHA/ACC guideline for the management of patients with non-ST-elevation acute coronary syndromes: a report of the American College of Cardiology/American Heart Association Task Force on Practice Guidelines. J Am Coll Cardiol. 2014 Dec 23;64(24):e139-228. http://www.onlinejacc.org/content/64/24/e139 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/25260718?tool=bestpractice.com [91]American College of Cardiology Foundation, American Health Association, Agency for Healthcare Research and Quality, et al. Fact sheet: beta-blockers for acute myocardial infarction. April 2005 [internet publication]. https://archive.ahrq.gov/clinic/commitfact.htm [92]American College of Cardiology Foundation, American Health Association, Agency for Healthcare Research and Quality, et al. Practice advisory: commitment to respond to COMMIT/CCS-2 trial beta blocker use for myocardial infarction (MI) within 24 hours of hospital arrival. Apr 2005 [internet publication]. https://archive.ahrq.gov/clinic/commitadvisory.htm
Estudos randomizados com IAM em evolução ou ameaça de IAM mostraram índices baixos de progressão para IAM com o uso de betabloqueadores.[91]American College of Cardiology Foundation, American Health Association, Agency for Healthcare Research and Quality, et al. Fact sheet: beta-blockers for acute myocardial infarction. April 2005 [internet publication]. https://archive.ahrq.gov/clinic/commitfact.htm [92]American College of Cardiology Foundation, American Health Association, Agency for Healthcare Research and Quality, et al. Practice advisory: commitment to respond to COMMIT/CCS-2 trial beta blocker use for myocardial infarction (MI) within 24 hours of hospital arrival. Apr 2005 [internet publication]. https://archive.ahrq.gov/clinic/commitadvisory.htm Não há estudos comparativos entre os vários betabloqueadores no cenário agudo. Entretanto, os betabloqueadores sem atividade simpatomimética intrínseca (por exemplo, metoprolol, propranolol e atenolol) são preferidos para o manejo inicial.
A seleção de um betabloqueador de longa duração frequentemente depende da familiaridade do clínico com o agente. A meta para a frequência cardíaca de repouso é de 50 a 60 bpm.[2]Amsterdam EA, Wenger NK, Brindis RG, et al. 2014 AHA/ACC guideline for the management of patients with non-ST-elevation acute coronary syndromes: a report of the American College of Cardiology/American Heart Association Task Force on Practice Guidelines. J Am Coll Cardiol. 2014 Dec 23;64(24):e139-228. http://www.onlinejacc.org/content/64/24/e139 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/25260718?tool=bestpractice.com
Opções primárias
metoprolol: 50-100 mg por via oral (liberação regular) duas vezes ao dia
ou
atenolol: 50-100 mg/dia por via oral
ou
propranolol: 180-320 mg/dia por via oral (liberação imediata) administrados em 3-4 doses fracionadas
bloqueador dos canais de cálcio
Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado
Os bloqueadores dos canais de cálcio podem ser administrados a pacientes com sintomas isquêmicos contínuos ou recorrentes, após o fornecimento suficiente de terapia com nitrato e betabloqueador ou em pacientes que não conseguem tolerar os betabloqueadores.[2]Amsterdam EA, Wenger NK, Brindis RG, et al. 2014 AHA/ACC guideline for the management of patients with non-ST-elevation acute coronary syndromes: a report of the American College of Cardiology/American Heart Association Task Force on Practice Guidelines. J Am Coll Cardiol. 2014 Dec 23;64(24):e139-228. http://www.onlinejacc.org/content/64/24/e139 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/25260718?tool=bestpractice.com Apesar de serem frequentemente usados, eles não são mais eficazes que o controle, na redução da mortalidade ou de índices de IAM, em pessoas com angina instável.
Os pacientes tratados agudamente com um bloqueador de canal de cálcio para angina aguda não precisam usar mais esses medicamentos, desde que não haja angina recorrente ao interrompê-los ou outra indicação para usá-los (isto é, hipertensão). Esses medicamentos podem ser reduzidos após 24 horas, ao critério do clínico.
Deve-se evitar as di-hidropiridinas de ação curta (por exemplo, o nifedipino) na ausência de terapias com betabloqueadores adequadas, pois elas podem estar associadas a desfechos adversos.[2]Amsterdam EA, Wenger NK, Brindis RG, et al. 2014 AHA/ACC guideline for the management of patients with non-ST-elevation acute coronary syndromes: a report of the American College of Cardiology/American Heart Association Task Force on Practice Guidelines. J Am Coll Cardiol. 2014 Dec 23;64(24):e139-228. http://www.onlinejacc.org/content/64/24/e139 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/25260718?tool=bestpractice.com
O verapamil ou o diltiazem devem ser evitados em disfunção ventricular esquerda grave.[2]Amsterdam EA, Wenger NK, Brindis RG, et al. 2014 AHA/ACC guideline for the management of patients with non-ST-elevation acute coronary syndromes: a report of the American College of Cardiology/American Heart Association Task Force on Practice Guidelines. J Am Coll Cardiol. 2014 Dec 23;64(24):e139-228. http://www.onlinejacc.org/content/64/24/e139 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/25260718?tool=bestpractice.com No Reino Unido, não é rotina o uso dos bloqueadores dos canais de cálcio como uma terapia complementar, a menos que os betabloqueadores não sejam tolerados ou estejam contraindicados.
Opções primárias
diltiazem: 30-90 mg por via oral (liberação imediata) quatro vezes ao dia
ou
verapamil: 80-120 mg por via oral (liberação imediata) três vezes ao dia
ou
anlodipino: 5-10 mg por via oral uma vez ao dia
necessidade de avaliação para abordagem invasiva ou conservadora
Tratamento recomendado para TODOS os pacientes no grupo de pacientes selecionado
As recomendações gerais para angiografia coronariana invasiva e revascularização nas síndromes coronarianas agudas sem supradesnivelamento do segmento ST incluem:[5]Collet JP, Thiele H, Barbato E, et al. 2020 ESC guidelines for the management of acute coronary syndromes in patients presenting without persistent ST-segment elevation. Eur Heart J. 2021 Apr 7;42(14):1289-367.
https://academic.oup.com/eurheartj/article/42/14/1289/5898842
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/32860058?tool=bestpractice.com
[64]Lawton JS, Tamis-Holland JE, Bangalore S, et al. 2021 ACC/AHA/SCAI guideline for coronary artery revascularization: a report of the American College of Cardiology/American Heart Association Joint Committee On Clinical Practice Guidelines. Circulation. 2022 Jan 18;145(3):e18-114.
https://www.ahajournals.org/doi/full/10.1161/CIR.0000000000001038
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/34882435?tool=bestpractice.com
[ ]
How do routine and selective invasive strategies compare for the treatment of unstable angina and non-ST elevation myocardial infarction?/cca.html?targetUrl=https://cochranelibrary.com/cca/doi/10.1002/cca.1452/fullMostre-me a resposta
1) Uma estratégia invasiva imediata (<2 horas) em pacientes com, pelo menos, um dos seguintes critérios de risco muito alto: instabilidade hemodinâmica ou choque cardiogênico; dor torácica recorrente ou contínua refratária ao tratamento clínico; arritmias com risco de vida; complicações mecânicas do infarto do miocárdio; insuficiência cardíaca aguda relacionada a síndrome coronariana aguda sem supradesnivelamento do segmento ST; infradesnivelamento do segmento ST >1 mm em >6 derivações, associado a supradesnivelamento do segmento ST nas derivações aVR e/ou V1.
2) Uma estratégia invasiva precoce (<24 horas) em pacientes com, pelo menos, um dos seguintes critérios de alto risco: IAMSSST; alterações dinâmicas da onda T ou segmento ST (sintomáticas ou silenciosas); escore Global Registry of Acute Coronary Events (GRACE) >140; parada cardíaca ressuscitada, sem supradesnivelamento do segmento ST ou choque cardiogênico.
Pacientes que não apresentam recorrência dos sintomas e que não apresentam nenhuma das características de risco alto ou muito alto são considerados de baixo risco para eventos isquêmicos agudos e podem ser tratados com uma estratégia invasiva seletiva.[5]Collet JP, Thiele H, Barbato E, et al. 2020 ESC guidelines for the management of acute coronary syndromes in patients presenting without persistent ST-segment elevation. Eur Heart J. 2021 Apr 7;42(14):1289-367. https://academic.oup.com/eurheartj/article/42/14/1289/5898842 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/32860058?tool=bestpractice.com [96]Knuuti J, Wijns W, Saraste A, et al. 2019 ESC guidelines for the diagnosis and management of chronic coronary syndromes. Eur Heart J. 2020 Jan 14;41(3):407-77. https://academic.oup.com/eurheartj/article/41/3/407/5556137 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/31504439?tool=bestpractice.com Pacientes que estejam em terapia medicamentosa ideal e que ainda estejam apresentando sintomas e/ou aqueles com grandes áreas de isquemia (>10% do miocárdio do ventrículo esquerdo) devem ser considerados para revascularização.[97]Task Force Members, Montalescot G, Sechtem U, et al. 2013 ESC guidelines on the management of stable coronary artery disease: the Task Force on the management of stable coronary artery disease of the European Society of Cardiology. Eur Heart J. 2013 Oct;34(38):2949-3003. https://academic.oup.com/eurheartj/article/34/38/2949/442952 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/23996286?tool=bestpractice.com Um exame não invasivo para isquemia (preferencialmente com imagem) é recomendado em pacientes sem nenhum dos critérios de risco mencionados acima e sem sintomas recorrentes antes de decidir sobre uma avaliação invasiva.[5]Collet JP, Thiele H, Barbato E, et al. 2020 ESC guidelines for the management of acute coronary syndromes in patients presenting without persistent ST-segment elevation. Eur Heart J. 2021 Apr 7;42(14):1289-367. https://academic.oup.com/eurheartj/article/42/14/1289/5898842 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/32860058?tool=bestpractice.com
Após uma estratégia invasiva seletiva, geralmente, realiza-se uma angiografia coronariana para sintomas recorrentes, evidências objetivas de isquemia em testes não invasivos ou detecção de doença arterial coronariana obstrutiva na angiotomografia computadorizada coronariana.
intervenção coronária percutânea (ICP)
Tratamento recomendado para TODOS os pacientes no grupo de pacientes selecionado
A angioplastia é acompanhada pela colocação de stents.[64]Lawton JS, Tamis-Holland JE, Bangalore S, et al. 2021 ACC/AHA/SCAI guideline for coronary artery revascularization: a report of the American College of Cardiology/American Heart Association Joint Committee On Clinical Practice Guidelines. Circulation. 2022 Jan 18;145(3):e18-114. https://www.ahajournals.org/doi/full/10.1161/CIR.0000000000001038 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/34882435?tool=bestpractice.com
As complicações da intervenção coronária percutânea (ICP) incluem infarto do miocárdio induzido pela ICP; perfuração coronária, dissecção ou ruptura; tamponamento cardíaco; arritmias malignas; êmbolos de colesterol; e sangramento no local de acesso. Em locais que experimentam grandes volumes, o acesso pela artéria radial é preferido devido ao menor número de complicações do sítio de acesso.[102]Vranckx P, Frigoli E, Rothenbühler M, et al; MATRIX Investigators. Radial versus femoral access in patients with acute coronary syndromes with or without ST-segment elevation. Eur Heart J. 2017 Apr 7;38(14):1069-80. https://academic.oup.com/eurheartj/article/38/14/1069/3058512 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/28329389?tool=bestpractice.com
A nefropatia induzida pelo contraste é uma complicação comum e potencialmente grave, especialmente em pacientes com insuficiência renal de base.[103]McCullough PA, Adam A, Becker C, et al. Epidemiology and prognostic implications of contrast-induced nephropathy. Am J Cardiol. 2006 Sep 18;98(6A):5-13K. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/16949375?tool=bestpractice.com As tromboses (precoces e tardias) do stent são complicações catastróficas.
anticoagulação
Tratamento recomendado para TODOS os pacientes no grupo de pacientes selecionado
A terapia de anticoagulação pode consistir em heparina de baixo peso molecular (HBPM) por via subcutânea (por exemplo, enoxaparina), heparina não fracionada (HNF) por via intravenosa ou bivalirudina, independentemente da estratégia de tratamento inicial, e a terapia pode ser continuada durante toda a hospitalização ou até o momento da intervenção coronária percutânea (ICP).[130]Mehta SR, Granger CB, Eikelboom JW, et al. Efficacy and safety of fondaparinux versus enoxaparin in patients with acute coronary syndromes undergoing percutaneous coronary intervention: results from the OASIS-5 trial. J Am Coll Cardiol. 2007 Oct 30;50(18):1742-51. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/17964037?tool=bestpractice.com O fondaparinux isolado não é mais recomendado por causa da maior incidência de trombose decorrente de cateter-guia.[64]Lawton JS, Tamis-Holland JE, Bangalore S, et al. 2021 ACC/AHA/SCAI guideline for coronary artery revascularization: a report of the American College of Cardiology/American Heart Association Joint Committee On Clinical Practice Guidelines. Circulation. 2022 Jan 18;145(3):e18-114. https://www.ahajournals.org/doi/full/10.1161/CIR.0000000000001038 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/34882435?tool=bestpractice.com A bivalirudina é uma alternativa razoável à heparina não fracionada para pacientes submetidos à ICP.[64]Lawton JS, Tamis-Holland JE, Bangalore S, et al. 2021 ACC/AHA/SCAI guideline for coronary artery revascularization: a report of the American College of Cardiology/American Heart Association Joint Committee On Clinical Practice Guidelines. Circulation. 2022 Jan 18;145(3):e18-114. https://www.ahajournals.org/doi/full/10.1161/CIR.0000000000001038 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/34882435?tool=bestpractice.com
HNF e HBPM são inibidores de trombina. Como a heparina, seu mecanismo de ação envolve a ligação da antitrombina III para aumentar a sua atividade anticoagulante.
HNF e HBPM são contraindicadas em pacientes com sangramento importante, história de reação adversa ao medicamento ou trombocitopenia induzida por heparina.
O clearance da creatinina deve ser avaliado antes da administração da enoxaparina. Os pacientes com comprometimento renal grave (clearance da creatinina <30 mL/min) devem ser considerados para HNF em vez de enoxaparina, ou uma redução da dose pode ser necessária nesses pacientes.
Opções primárias
heparina: 60 unidades/kg em bolus intravenoso inicialmente, seguidas por infusão de 12 unidades/kg/hora, ajustar a dose de acordo com o TTPa alvo de 50-75 segundos
ou
enoxaparina: 30 mg em bolus intravenoso inicialmente, seguidos por 1 mg/kg por via subcutânea a cada 12 horas
ou
dalteparina: 120 unidades/kg por via subcutânea a cada 12 horas, máximo de 10,000 unidades duas vezes ao dia
ou
bivalirudina: 0.1 mg/kg em bolus intravenoso, seguido por infusão intravenosa de 0.25 mg/kg/hora até a realização da angiografia diagnóstica ou ICP
inibidor da glicoproteína IIb/IIIa
Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado
Os inibidores da glicoproteína (GP) IIb/IIIa bloqueiam a ligação plaquetária do fibrinogênio ao receptor da GP IIb/IIIa.
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What are the effects of glycoprotein IIb/IIIa blockers as initial treatment in people with non-ST elevation acute coronary syndrome?/cca.html?targetUrl=https://cochranelibrary.com/cca/doi/10.1002/cca.469/fullMostre-me a resposta
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What are the effects of glycoprotein IIb/IIIa blockers during percutaneous coronary intervention?/cca.html?targetUrl=https://cochranelibrary.com/cca/doi/10.1002/cca.470/fullMostre-me a resposta Esse é o estágio final antes da agregação plaquetária e da formação de trombo.
O tirofiban ou o eptifibatide são os medicamentos de escolha se for planejada a administração de um inibidor da GP IIb/IIIa.[115]Cannon CP, Weintraub WS, Demopoulos LA, et al. Comparison of early invasive and conservative strategies in patients with unstable coronary syndromes treated with the glycoprotein IIb/IIIa inhibitor tirofiban. N Engl J Med. 2001 Jun 21;344(25):1879-87. https://www.nejm.org/doi/full/10.1056/NEJM200106213442501 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/11419424?tool=bestpractice.com [131]Brown DL, Fann CS, Chang CJ. Meta-analysis of effectiveness and safety of abciximab versus eptifibatide or tirofiban in percutaneous coronary intervention. Am J Cardiol. 2001 Mar 1;87(5):537-41. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/11230835?tool=bestpractice.com No entanto, a adição de um inibidor da GP IIb/IIIa é recomendada se houver uma grande carga de trombo, evidências de ausência de reperfusão ou fluxo lento.[64]Lawton JS, Tamis-Holland JE, Bangalore S, et al. 2021 ACC/AHA/SCAI guideline for coronary artery revascularization: a report of the American College of Cardiology/American Heart Association Joint Committee On Clinical Practice Guidelines. Circulation. 2022 Jan 18;145(3):e18-114. https://www.ahajournals.org/doi/full/10.1161/CIR.0000000000001038 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/34882435?tool=bestpractice.com
Opções primárias
eptifibatide: 180 microgramas/kg em bolus intravenoso inicialmente no momento da intervenção coronária percutânea, seguidos por infusão de 2 microgramas/kg/minuto por até 18-24 horas e um segundo bolus de 180 microgramas/kg/dose 10 minutos após o bolus inicial
ou
tirofiban: 0.4 micrograma/kg/min em infusão intravenosa por 30 minutos, seguido por 0.1 micrograma/kg/minuto
anticoagulação
Tratamento recomendado para TODOS os pacientes no grupo de pacientes selecionado
A terapia de anticoagulação pode consistir em heparina de baixo peso molecular subcutânea (por exemplo, enoxaparina), heparina não fracionada (HNF) intravenosa ou fondaparinux.
A anticoagulação é contraindicada em pacientes com sangramento importante, história de reação adversa ao medicamento ou trombocitopenia induzida por heparina.
O clearance da creatinina deve ser avaliado antes da administração de enoxaparina ou fondaparinux. Pacientes com comprometimento renal grave (clearance da creatinina <30 mL/min) devem ser considerados para HNF em vez de enoxaparina, ou uma redução da dose pode ser necessária nesses pacientes. A fondaparinux é contraindicada em pacientes com comprometimento renal grave.[2]Amsterdam EA, Wenger NK, Brindis RG, et al. 2014 AHA/ACC guideline for the management of patients with non-ST-elevation acute coronary syndromes: a report of the American College of Cardiology/American Heart Association Task Force on Practice Guidelines. J Am Coll Cardiol. 2014 Dec 23;64(24):e139-228. http://www.onlinejacc.org/content/64/24/e139 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/25260718?tool=bestpractice.com
Se o programa de tratamento mudar e a intervenção coronária percutânea for realizada enquanto o paciente estiver recebendo fondaparinux, um anticoagulante adicional com atividade anti-IIa (HNF ou bivalirudina) deverá ser administrado, por causa do risco de trombose de cateter.[2]Amsterdam EA, Wenger NK, Brindis RG, et al. 2014 AHA/ACC guideline for the management of patients with non-ST-elevation acute coronary syndromes: a report of the American College of Cardiology/American Heart Association Task Force on Practice Guidelines. J Am Coll Cardiol. 2014 Dec 23;64(24):e139-228. http://www.onlinejacc.org/content/64/24/e139 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/25260718?tool=bestpractice.com
Opções primárias
heparina: 60 unidades/kg em bolus intravenoso inicialmente, seguidas por infusão de 12-15 unidades/kg/hora, ajustar a dose de acordo com o TTPa alvo de 50-75 segundos
ou
enoxaparina: 30 mg em bolus intravenoso inicialmente, seguidos por 1 mg/kg por via subcutânea a cada 12 horas
ou
dalteparina: 120 unidades/kg por via subcutânea a cada 12 horas, máximo de 10,000 unidades duas vezes ao dia
ou
fondaparinux: 2.5 mg por via subcutânea uma vez ao dia por até 8 dias
após a estabilização
reabilitação cardíaca
Os objetivos da reabilitação cardíaca são aumentar a capacidade funcional; abandonar o tabagismo; modificar os lipídios e lipoproteínas; diminuir o peso corporal e o acúmulo de gordura; reduzir a pressão arterial; melhorar o bem-estar psicossocial; evitar a progressão e promover a estabilidade da placa; induzir a regressão da aterosclerose subjacente; e restaurar e manter o funcionamento ideal físico, psicológico, emocional, social e vocacional.[132]Leon AS, Franklin BA, Costa F, et al. Cardiac rehabilitation and secondary prevention of coronary heart disease. Circulation. 2005 Jan 25;111(3):369-76. https://www.ahajournals.org/doi/full/10.1161/01.cir.0000151788.08740.5c http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/15668354?tool=bestpractice.com
A reabilitação cardíaca deve ser iniciada no momento da alta e após a anuência de um médico ambulatorial. A prescrição básica deve incluir exercícios aeróbios e musculação 4 a 5 vezes por semana por >30 minutos. Há um risco de se desencadear um IAM recorrente com a atividade física. Entretanto, isso é reduzido com a adoção de um programa estruturado para minimizar (e tratar) esse risco.[132]Leon AS, Franklin BA, Costa F, et al. Cardiac rehabilitation and secondary prevention of coronary heart disease. Circulation. 2005 Jan 25;111(3):369-76. https://www.ahajournals.org/doi/full/10.1161/01.cir.0000151788.08740.5c http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/15668354?tool=bestpractice.com
continue terapia antiagregante plaquetária
Tratamento recomendado para TODOS os pacientes no grupo de pacientes selecionado
Nos pacientes tolerantes à aspirina, normalmente ela deve ser mantida indefinidamente em uma dose baixa. Além disso, um inibidor de P2Y12 deve ser mantido por até 12 meses nos pacientes tratados clinicamente (sem stent) ou com um stent metálico e por, no mínimo, 12 meses para os pacientes tratados com um stent farmacológico.[87]Bonaca MP, Bhatt DL, Cohen M, et al; PEGASUS-TIMI 54 Steering Committee and Investigators. Long-term use of ticagrelor in patients with prior myocardial infarction. N Engl J Med. 2015 May 7;372(19):1791-800. https://www.nejm.org/doi/full/10.1056/NEJMoa1500857 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/25773268?tool=bestpractice.com Em determinados pacientes submetidos a ICP, a terapia antiagregante plaquetária dupla de duração mais curta (1-3 meses) é razoável, com transição subsequente para monoterapia com inibidor de P2Y12 para reduzir o risco de eventos de sangramento.[64]Lawton JS, Tamis-Holland JE, Bangalore S, et al. 2021 ACC/AHA/SCAI guideline for coronary artery revascularization: a report of the American College of Cardiology/American Heart Association Joint Committee On Clinical Practice Guidelines. Circulation. 2022 Jan 18;145(3):e18-114. https://www.ahajournals.org/doi/full/10.1161/CIR.0000000000001038 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/34882435?tool=bestpractice.com O ticagrelor é recomendado para pacientes submetidos a estratégias invasivas ou não invasivas.[2]Amsterdam EA, Wenger NK, Brindis RG, et al. 2014 AHA/ACC guideline for the management of patients with non-ST-elevation acute coronary syndromes: a report of the American College of Cardiology/American Heart Association Task Force on Practice Guidelines. J Am Coll Cardiol. 2014 Dec 23;64(24):e139-228. http://www.onlinejacc.org/content/64/24/e139 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/25260718?tool=bestpractice.com [5]Collet JP, Thiele H, Barbato E, et al. 2020 ESC guidelines for the management of acute coronary syndromes in patients presenting without persistent ST-segment elevation. Eur Heart J. 2021 Apr 7;42(14):1289-367. https://academic.oup.com/eurheartj/article/42/14/1289/5898842 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/32860058?tool=bestpractice.com O prasugrel é recomendado apenas para pacientes submetidos a uma estratégia invasiva.[2]Amsterdam EA, Wenger NK, Brindis RG, et al. 2014 AHA/ACC guideline for the management of patients with non-ST-elevation acute coronary syndromes: a report of the American College of Cardiology/American Heart Association Task Force on Practice Guidelines. J Am Coll Cardiol. 2014 Dec 23;64(24):e139-228. http://www.onlinejacc.org/content/64/24/e139 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/25260718?tool=bestpractice.com [5]Collet JP, Thiele H, Barbato E, et al. 2020 ESC guidelines for the management of acute coronary syndromes in patients presenting without persistent ST-segment elevation. Eur Heart J. 2021 Apr 7;42(14):1289-367. https://academic.oup.com/eurheartj/article/42/14/1289/5898842 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/32860058?tool=bestpractice.com O clopidogrel é recomendado a pacientes que não podem usar ticagrelor ou prasugrel.[5]Collet JP, Thiele H, Barbato E, et al. 2020 ESC guidelines for the management of acute coronary syndromes in patients presenting without persistent ST-segment elevation. Eur Heart J. 2021 Apr 7;42(14):1289-367. https://academic.oup.com/eurheartj/article/42/14/1289/5898842 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/32860058?tool=bestpractice.com
Em pacientes intolerantes à aspirina, ou se ela for contraindicada, um inibidor de P2Y12 pode ser fornecido isoladamente, nesse caso, sendo mantido também indefinidamente. Dois inibidores de P2Y12 diferentes não devem ser fornecidos simultaneamente.
O prasugrel possivelmente será prejudicial como parte de um esquema terapêutico antiagregante plaquetário duplo para pacientes com angina instável/IAMSSST com história prévia de acidente vascular cerebral e/ou ataque isquêmico transitório que serão submetidos à intervenção coronária percutânea.[2]Amsterdam EA, Wenger NK, Brindis RG, et al. 2014 AHA/ACC guideline for the management of patients with non-ST-elevation acute coronary syndromes: a report of the American College of Cardiology/American Heart Association Task Force on Practice Guidelines. J Am Coll Cardiol. 2014 Dec 23;64(24):e139-228. http://www.onlinejacc.org/content/64/24/e139 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/25260718?tool=bestpractice.com [5]Collet JP, Thiele H, Barbato E, et al. 2020 ESC guidelines for the management of acute coronary syndromes in patients presenting without persistent ST-segment elevation. Eur Heart J. 2021 Apr 7;42(14):1289-367. https://academic.oup.com/eurheartj/article/42/14/1289/5898842 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/32860058?tool=bestpractice.com Um AVC anterior é uma contraindicação para o prasugrel.[5]Collet JP, Thiele H, Barbato E, et al. 2020 ESC guidelines for the management of acute coronary syndromes in patients presenting without persistent ST-segment elevation. Eur Heart J. 2021 Apr 7;42(14):1289-367. https://academic.oup.com/eurheartj/article/42/14/1289/5898842 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/32860058?tool=bestpractice.com Existem respostas variáveis para a inibição antiplaquetária com clopidogrel baseada na perda de função dos alelos para a enzima CYP219C , que é necessária para converter o clopidogrel para seu metabólito medicamentoso ativo. A presença de ao menos uma mutação de perda de função para CYP219C pode ser de até 30% em algumas populações. Em um ensaio prospectivo de um único centro sobre a resistência ao clopidogrel parece que os pacientes com resistência ao clopidogrel que continuam tomando este medicamento tem 4 vezes mais eventos adversos cardiovasculares ou cerebrovasculares em comparação com os que tomaram um inibidor do receptor P2Y12 diferente.[86]Lee CR, Sriramoju VB, Cervantes A, et al. Clinical outcomes and sustainability of using CYP2C19 genotype-guided antiplatelet therapy after percutaneous coronary intervention. Circ Genom Precis Med. 2018 Apr;11(4):e002069. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/29615454?tool=bestpractice.com
Opções primárias
tolerância à aspirina
aspirina: 75 mg por via oral uma vez ao dia
--E--
clopidogrel: 75 mg por via oral uma vez ao dia
ou
ticagrelor: 90 mg por via oral duas vezes ao dia
ou
prasugrel: 10 mg por via oral uma vez ao dia
ou
intolerância à aspirina
clopidogrel: 75 mg por via oral uma vez ao dia
ou
ticagrelor: 90 mg por via oral duas vezes ao dia
ou
prasugrel: 10 mg por via oral uma vez ao dia
continuar com betabloqueador
Tratamento recomendado para TODOS os pacientes no grupo de pacientes selecionado
O uso indefinido de betabloqueadores orais demonstrou beneficiar pacientes com infarto agudo e/ou redução da função do ventrículo esquerdo.
Os betabloqueadores cardiosseletivos são preferidos no manejo inicial do IAMSSST, mas as diretrizes recomendam o metoprolol, bisoprolol ou carvedilol para o manejo pós-IAMSSST em pacientes com insuficiência cardíaca estabilizada e função sistólica reduzida.[2]Amsterdam EA, Wenger NK, Brindis RG, et al. 2014 AHA/ACC guideline for the management of patients with non-ST-elevation acute coronary syndromes: a report of the American College of Cardiology/American Heart Association Task Force on Practice Guidelines. J Am Coll Cardiol. 2014 Dec 23;64(24):e139-228. http://www.onlinejacc.org/content/64/24/e139 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/25260718?tool=bestpractice.com [64]Lawton JS, Tamis-Holland JE, Bangalore S, et al. 2021 ACC/AHA/SCAI guideline for coronary artery revascularization: a report of the American College of Cardiology/American Heart Association Joint Committee On Clinical Practice Guidelines. Circulation. 2022 Jan 18;145(3):e18-114. https://www.ahajournals.org/doi/full/10.1161/CIR.0000000000001038 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/34882435?tool=bestpractice.com A decisão de continuar com os betabloqueadores por longo prazo após a revascularização deve ser tomada de forma individualizada.[64]Lawton JS, Tamis-Holland JE, Bangalore S, et al. 2021 ACC/AHA/SCAI guideline for coronary artery revascularization: a report of the American College of Cardiology/American Heart Association Joint Committee On Clinical Practice Guidelines. Circulation. 2022 Jan 18;145(3):e18-114. https://www.ahajournals.org/doi/full/10.1161/CIR.0000000000001038 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/34882435?tool=bestpractice.com
Opções primárias
metoprolol: 25-200 mg por via oral (liberação prolongada) uma vez ao dia
ou
bisoprolol: 1.25 a 10 mg por via oral uma vez ao dia
ou
carvedilol: 12.5 mg por via oral duas vezes ao dia por 2 dias, seguidos por 25 mg duas vezes ao dia
estatina
Tratamento recomendado para TODOS os pacientes no grupo de pacientes selecionado
Todos os pacientes com IAMSSST devem receber estatina de alta intensidade (intensidade moderada se não for candidato a estatina de alta intensidade) no hospital, independente dos níveis de colesterol e se não houver contraindicações.[5]Collet JP, Thiele H, Barbato E, et al. 2020 ESC guidelines for the management of acute coronary syndromes in patients presenting without persistent ST-segment elevation. Eur Heart J. 2021 Apr 7;42(14):1289-367. https://academic.oup.com/eurheartj/article/42/14/1289/5898842 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/32860058?tool=bestpractice.com [28]Grundy SM, Stone NJ, Bailey AL, et al. 2018 AHA/ACC/AACVPR/AAPA/ABC/ACPM/ADA/AGS/APhA/ASPC/NLA/PCNA guideline on the management of blood cholesterol: a report of the American College of Cardiology/American Heart Association Task Force on Clinical Practice Guidelines. Circulation. 2019 Jun 18;139(25):e1082-143. https://www.ahajournals.org/doi/10.1161/CIR.0000000000000625?url_ver=Z39.88-2003&rfr_id=ori:rid:crossref.org&rfr_dat=cr_pub%20%200pubmed http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/30586774?tool=bestpractice.com Uma estatina de alta intensidade é definida como uma dose diária que diminui o colesterol da lipoproteína de baixa densidade (LDL-C) em aproximadamente >50%, enquanto a dose diária de uma estatina de intensidade moderada diminui o LDL-C em aproximadamente 30% a 50%.
As estatinas inibem a etapa de limitação de taxa na síntese do colesterol. Elas também reduzem a inflamação vascular, melhoram a função endotelial e diminuem a formação de trombo, além de reduzir a LDL.[29]Sposito AC, Chapman MJ. Statin therapy in acute coronary syndromes: mechanistic insight into clinical benefit. Arterioscler Thromb Vasc Biol. 2002 Oct 1;22(10):1524-34. https://www.ahajournals.org/doi/full/10.1161/01.atv.0000032033.39301.6a http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/12377727?tool=bestpractice.com
Para prevenção secundária, o tratamento de pacientes com doença cardiovascular (DCV) aterosclerótica depende do risco de futuros eventos de doença cardiovascular aterosclerótica.[28]Grundy SM, Stone NJ, Bailey AL, et al. 2018 AHA/ACC/AACVPR/AAPA/ABC/ACPM/ADA/AGS/APhA/ASPC/NLA/PCNA guideline on the management of blood cholesterol: a report of the American College of Cardiology/American Heart Association Task Force on Clinical Practice Guidelines. Circulation. 2019 Jun 18;139(25):e1082-143. https://www.ahajournals.org/doi/10.1161/CIR.0000000000000625?url_ver=Z39.88-2003&rfr_id=ori:rid:crossref.org&rfr_dat=cr_pub%20%200pubmed http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/30586774?tool=bestpractice.com Os pacientes são considerados de risco muito alto de eventos futuros se apresentarem história de vários eventos importantes de DCV aterosclerótica (síndrome coronariana aguda recente [nos últimos 12 meses], infarto do miocárdio que não seja a síndrome coronariana aguda recente, AVC isquêmico, doença arterial periférica sintomática [claudicação com índice tornozelo-braquial <0.85, revascularização prévia ou amputação]) ou um evento importante de DCV aterosclerótica e várias condições de alto risco (idade ≥65 anos, história familiar heterozigota, história de cirurgia de revascularização miocárdica prévia ou intervenção coronária percutânea, diabetes mellitus, hipertensão, doença renal crônica, tabagismo atual, LDL-C persistentemente elevado [≥2.6 mmol/L {≥100 mg/dL}] apesar da terapia mais tolerada, história de insuficiência cardíaca congestiva). Pacientes com risco muito alto de eventos futuros devem receber terapia com estatinas de alta intensidade ou terapia com estatinas em dose máxima. Em pacientes com risco muito alto de eventos futuros, a terapia com estatinas de alta intensidade deve ser iniciada e mantida naqueles com até 75 anos de idade, com o objetivo de atingir uma redução de 50% ou mais nos níveis de colesterol LDL. A terapia com estatinas de intensidade moderada pode ser usada (reduzindo o colesterol LDL em 30% a <50%) se a terapia com estatinas de alta intensidade não for tolerada. Em pacientes com mais de 75 anos, deve-se considerar a terapia com estatinas de intensidade moderada ou alta.[28]Grundy SM, Stone NJ, Bailey AL, et al. 2018 AHA/ACC/AACVPR/AAPA/ABC/ACPM/ADA/AGS/APhA/ASPC/NLA/PCNA guideline on the management of blood cholesterol: a report of the American College of Cardiology/American Heart Association Task Force on Clinical Practice Guidelines. Circulation. 2019 Jun 18;139(25):e1082-143. https://www.ahajournals.org/doi/10.1161/CIR.0000000000000625?url_ver=Z39.88-2003&rfr_id=ori:rid:crossref.org&rfr_dat=cr_pub%20%200pubmed http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/30586774?tool=bestpractice.com
Os pacientes devem ser monitorados quanto à icterícia, mal-estar, fadiga e letargia.[133]McKenney JM, Davidson MH, Jacobson TA, et al. Final conclusions and recommendations of the National Lipid Association Statin Safety Assessment Task Force. Am J Cardiol. 2006 Apr 17;97(8A):89-94C. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/16581336?tool=bestpractice.com
A bilirrubina fracionada deve ser usada, em vez de alanina aminotransferase (ALT) ou aspartato transaminase (AST), para detectar a disfunção hepática. Se houver evidência de lesão hepática, o uso de estatina deve ser interrompido. Se a ALT ou a AST ultrapassar 3 vezes o limite superior do normal, os níveis podem ser repetidos, mas não há necessidade de interromper o uso da estatina.[133]McKenney JM, Davidson MH, Jacobson TA, et al. Final conclusions and recommendations of the National Lipid Association Statin Safety Assessment Task Force. Am J Cardiol. 2006 Apr 17;97(8A):89-94C. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/16581336?tool=bestpractice.com
Opções primárias
estatina de alta intensidade
atorvastatina: 40-80 mg por via oral uma vez ao dia
ou
estatina de alta intensidade
rosuvastatina: 20-40 mg por via oral uma vez ao dia
Opções secundárias
estatina de intensidade moderada
atorvastatina: 10-20 mg por via oral uma vez ao dia
ou
estatina de intensidade moderada
rosuvastatina: 5-10 mg por via oral uma vez ao dia
ou
estatina de intensidade moderada
lovastatina: 40 mg por via oral uma vez ao dia
ou
estatina de intensidade moderada
fluvastatina: 40 mg por via oral (liberação imediata) duas vezes ao dia; 80 mg por via oral (liberação prolongada) uma vez ao dia
ou
estatina de intensidade moderada
sinvastatina: 20-40 mg por via oral uma vez ao dia
Mais sinvastatinaDoses maiores que 40 mg/dia não são recomendadas em virtude do aumento do risco de miopatia.
ou
estatina de intensidade moderada
pravastatina: 40-80 mg por via oral uma vez ao dia
ou
estatina de intensidade moderada
pitavastatina: 2-4 mg por via oral uma vez ao dia
ezetimiba adicionada à terapia com estatina
Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado
Para pacientes com risco muito alto de eventos futuros, e para aqueles com até 75 anos e risco não muito alto, a ezetimiba pode ser adicionada se o paciente estiver fazendo terapia com a dose máxima tolerada de estatina e o nível do colesterol LDL permanecer ≥1.8 mmol/L (≥70 mg/dL).[5]Collet JP, Thiele H, Barbato E, et al. 2020 ESC guidelines for the management of acute coronary syndromes in patients presenting without persistent ST-segment elevation. Eur Heart J. 2021 Apr 7;42(14):1289-367. https://academic.oup.com/eurheartj/article/42/14/1289/5898842 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/32860058?tool=bestpractice.com [28]Grundy SM, Stone NJ, Bailey AL, et al. 2018 AHA/ACC/AACVPR/AAPA/ABC/ACPM/ADA/AGS/APhA/ASPC/NLA/PCNA guideline on the management of blood cholesterol: a report of the American College of Cardiology/American Heart Association Task Force on Clinical Practice Guidelines. Circulation. 2019 Jun 18;139(25):e1082-143. https://www.ahajournals.org/doi/10.1161/CIR.0000000000000625?url_ver=Z39.88-2003&rfr_id=ori:rid:crossref.org&rfr_dat=cr_pub%20%200pubmed http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/30586774?tool=bestpractice.com [110]Cannon CP, Blazing MA, Giugliano RP, et al. Ezetimibe added to statin therapy after acute coronary syndromes. N Engl J Med. 2015 Jun 18;372(25):2387-97. https://www.nejm.org/doi/full/10.1056/NEJMoa1410489 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/26039521?tool=bestpractice.com [111]Tsujita K, Sugiyama S, Sumida H, et al. Impact of dual lipid-lowering strategy with ezetimibe and atorvastatin on coronary plaque regression in patients with percutaneous coronary intervention: the multicentre randomized controlled PRECISE-IVUS Trial. J Am Coll Cardiol. 2015 Aug 4;66(5):495-507. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/26227186?tool=bestpractice.com
Opções primárias
ezetimiba: 10 mg por via oral uma vez ao dia
inibidor da pró-proteína convertase subtilisina/kexin tipo 9 (PCSK-9)
Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado
A adição de alirocumabe e evolocumabe à terapia com estatina e ezetimiba máxima tolerada também pode ser considerada para pacientes com risco muito alto de eventos futuros se o nível de colesterol LDL permanecer ≥1.8 mmol/L (≥70 mg/dL) ou colesterol não HDL ≥2.6 mmol/L (≥100 mg/dL).[5]Collet JP, Thiele H, Barbato E, et al. 2020 ESC guidelines for the management of acute coronary syndromes in patients presenting without persistent ST-segment elevation. Eur Heart J. 2021 Apr 7;42(14):1289-367. https://academic.oup.com/eurheartj/article/42/14/1289/5898842 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/32860058?tool=bestpractice.com [28]Grundy SM, Stone NJ, Bailey AL, et al. 2018 AHA/ACC/AACVPR/AAPA/ABC/ACPM/ADA/AGS/APhA/ASPC/NLA/PCNA guideline on the management of blood cholesterol: a report of the American College of Cardiology/American Heart Association Task Force on Clinical Practice Guidelines. Circulation. 2019 Jun 18;139(25):e1082-143. https://www.ahajournals.org/doi/10.1161/CIR.0000000000000625?url_ver=Z39.88-2003&rfr_id=ori:rid:crossref.org&rfr_dat=cr_pub%20%200pubmed http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/30586774?tool=bestpractice.com [112]Sabatine MS, Giugliano RP, Keech AC, et al; FOURIER Steering Committee and Investigators. Evolocumab and clinical outcomes in patients with cardiovascular disease. N Engl J Med. 2017 May 4;376(18):1713-22. https://www.nejm.org/doi/10.1056/NEJMoa1615664?url_ver=Z39.88-2003&rfr_id=ori:rid:crossref.org&rfr_dat=cr_pub%20%200www.ncbi.nlm.nih.gov http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/28304224?tool=bestpractice.com [113]Schwartz GG, Steg PG, Szarek M, et al. Alirocumab and cardiovascular outcomes after acute coronary syndrome. N Engl J Med. 2018 Nov 29;379(22):2097-107. https://www.nejm.org/doi/10.1056/NEJMoa1801174?url_ver=Z39.88-2003&rfr_id=ori:rid:crossref.org&rfr_dat=cr_pub%20%200pubmed http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/30403574?tool=bestpractice.com
O alirocumabe é aprovado para uso como terapia adjuvante à dieta e à terapia com dose máxima tolerada de estatina para pacientes com hipercolesterolemia familiar heterozigótica (HFHe), ou com doença cardiovascular aterosclerótica clínica, que requerem redução adicional do LDL e redução do risco de parada cardíaca, AVC e angina instável que exige hospitalização em adultos com doença cardiovascular estabelecida.
O evolocumabe é aprovado como adjuvante à dieta e a outras terapias hipolipemiantes (por exemplo, estatinas, ezetimiba) em pacientes com hiperlipidemia primária (incluindo hipercolesterolemia heterozigótica) e hipercolesterolemia familiar homozigótica para redução de LDL. Agora também está aprovado para reduzir o risco de infarto do miocárdio em pacientes com doença cardiovascular estabelecida, e pode ser usado para essa indicação sem terapias adjuvantes à dieta e hipolipemiantes.
O evolocumabe e alirocumabe também podem ser usados como uma alternativa às estatinas se elas forem contraindicadas ou o paciente for intolerante a estatinas.
Opções primárias
alirocumabe: 75-150 mg por via subcutânea uma vez a cada duas semanas, ou 300 mg por via subcutânea uma vez ao mês
ou
evolocumabe: 140 mg por via subcutânea uma vez a cada duas semanas, ou 420 mg por via subcutânea uma vez ao mês
inibidor da enzima conversora da angiotensina (IECA) ou antagonista do receptor de angiotensina II
Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado
Os inibidores da enzima conversora da angiotensina (IECA) devem ser iniciados em todos os pacientes com disfunção sistólica ventricular esquerda (fração de ejeção <40%), insuficiência cardíaca, hipertensão, diabetes, doença renal crônica estável ou outras características de alto risco, como isquemia contínua com agravamento da insuficiência cardíaca, terceira bulha cardíaca (B3) em galope, regurgitação mitral recente ou agravada ou instabilidade hemodinâmica, sem evidência de choque cardiogênico.[2]Amsterdam EA, Wenger NK, Brindis RG, et al. 2014 AHA/ACC guideline for the management of patients with non-ST-elevation acute coronary syndromes: a report of the American College of Cardiology/American Heart Association Task Force on Practice Guidelines. J Am Coll Cardiol. 2014 Dec 23;64(24):e139-228. http://www.onlinejacc.org/content/64/24/e139 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/25260718?tool=bestpractice.com [5]Collet JP, Thiele H, Barbato E, et al. 2020 ESC guidelines for the management of acute coronary syndromes in patients presenting without persistent ST-segment elevation. Eur Heart J. 2021 Apr 7;42(14):1289-367. https://academic.oup.com/eurheartj/article/42/14/1289/5898842 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/32860058?tool=bestpractice.com [114]Mehta SR, Cannon CP, Fox KA, et al. Routine vs selective invasive strategies in patients with acute coronary syndromes: a collaborative meta-analysis of randomized trials. JAMA. 2005 Jun 15;293(23):2908-17. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/15956636?tool=bestpractice.com [115]Cannon CP, Weintraub WS, Demopoulos LA, et al. Comparison of early invasive and conservative strategies in patients with unstable coronary syndromes treated with the glycoprotein IIb/IIIa inhibitor tirofiban. N Engl J Med. 2001 Jun 21;344(25):1879-87. https://www.nejm.org/doi/full/10.1056/NEJM200106213442501 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/11419424?tool=bestpractice.com [116]Bavry AA, Kumbhani DJ, Rassi AN, et al. Benefit of early invasive therapy in acute coronary syndromes: a meta-analysis of contemporary randomized clinical trials. J Am Coll Cardiol. 2006 Oct 3;48(7):1319-25. http://www.onlinejacc.org/content/48/7/1319.full http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/17010789?tool=bestpractice.com
Antagonistas do receptor de angiotensina II podem ser usados em casos de intolerância ao inibidor da enzima conversora de angiotensina (IECA).[118]Pfeffer MA, McMurray JJ, Velazquez EJ, et al. Valsartan, captopril, or both in myocardial infarction complicated by heart failure, left ventricular dysfunction, or both. N Engl J Med. 2003 Nov 13;349(20):1893-906. https://www.nejm.org/doi/full/10.1056/NEJMoa032292 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/14610160?tool=bestpractice.com [119]Granger CB, McMurray JJ, Yusuf S, et al. Effects of candesartan in patients with chronic heart failure and reduced left-ventricular systolic function intolerant to angiotensin-converting-enzyme inhibitors: the CHARM-Alternative trial. Lancet. 2003 Sep 6;362(9386):772-6. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/13678870?tool=bestpractice.com [120]Dickstein K, Kjekshus J; OPTIMAAL Steering Committee of the OPTIMAAL Study Group. Effects of losartan and captopril on mortality and morbidity in high-risk patients after acute myocardial infarction: the OPTIMAAL randomised trial. Optimal Trial in Myocardial Infarction with Angiotensin II Antagonist Losartan. Lancet. 2002;360:752-760. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/12241832?tool=bestpractice.com
Os inibidores da enzima conversora da angiotensina (IECA) ou antagonistas do receptor de angiotensina II podem ser iniciados 24 horas após um infarto do miocárdio.
A PA desejada é de, no mínimo, <140/90 mmHg (incluindo pacientes com doença renal crônica ou diabetes).[117]James PA, Oparil S, Carter BL, et al. 2014 evidence-based guideline for the management of high blood pressure in adults: report from the panel members appointed to the Eighth Joint National Committee (JNC 8). JAMA. 2014 Feb 5;311(5):507-20. https://jamanetwork.com/journals/jama/fullarticle/1791497 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/24352797?tool=bestpractice.com
Opções primárias
enalapril: 2.5 mg por via oral uma vez ao dia por 48 horas, aumentar gradualmente para 10 mg duas vezes ao dia
ou
lisinopril: 5 mg por via oral uma vez ao dia por 48 horas, seguidos por 5-10 mg uma vez ao dia
ou
captopril: 6.25 mg por via oral três vezes ao dia iniciando no dia 3 após o IAM, aumentar gradualmente para 50 mg três vezes ao dia
Opções secundárias
valsartana: 20 mg por via oral duas vezes ao dia inicialmente, aumentar gradualmente para 160 mg duas vezes ao dia
ou
losartana: 50 mg por via oral uma vez ao dia inicialmente, aumentar gradualmente para 100 mg uma vez ao dia
ou
candesartana: 4 mg por via oral uma vez ao dia inicialmente, aumentar gradualmente para 32 mg uma vez ao dia
antagonistas da aldosterona
Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado
Antagonistas da aldosterona (por exemplo, eplerenona, espironolactona) devem ser usados em todos os pacientes com disfunção ventricular esquerda (fração de ejeção ≤40%), uma história de diabetes mellitus ou evidência de insuficiência cardíaca congestiva (B3 em galope, estertores). Eles devem ser iniciados em pacientes que recebem doses direcionadas de inibidores da enzima conversora da angiotensina (ECA) ou antagonistas do receptor de angiotensina II. O bloqueio da aldosterona não deve ser usado em pacientes com creatinina sérica >221 micromoles/L (2.5 mg/dL) em homens ou >177 micromoles/L (2.0 mg/dL) em mulheres, assim como em pacientes com hipercalemia (potássio >5.0 mmol/L [5.0mEq/L]).[121]Pitt B, Remme W, Zannad F, et al. Eplerenone, a selective aldosterone blocker, in patients with left ventricular dysfunction after myocardial infarction. N Engl J Med. 2003 Apr 3;348(14):1309-21. https://www.nejm.org/doi/full/10.1056/NEJMoa030207 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/12668699?tool=bestpractice.com
Opções primárias
eplerenona: 25 mg por via oral uma vez ao dia inicialmente, aumentar gradualmente para 50 mg uma vez ao dia em 4 semanas
ou
espironolactona: 12.5 a 25 mg por via oral uma vez ao dia
anticoagulação
Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado
A maioria dos pacientes não precisa continuar a anticoagulação após a hospitalização. Um subconjunto de pacientes que apresentam um risco alto de repetição do evento trombótico pode receber a anticoagulação crônica por via oral.
A rivaroxabana pode ser administrada a pacientes que tenham tido uma síndrome coronariana aguda, a critério do médico. Dados do ensaio clínico ATLAS ACS 2-TIMI 51 (Anti-Xa Therapy to Lower Cardiovascular Events in Addition to Aspirin with/without Thienopyridine Therapy in Subjects with Acute Coronary Syndrome 2-Thrombolysis in Myocardial Infarction 51) indicaram que doses baixas de rivaroxabana (isto é, 5 mg/dia) reduziram o risco do desfecho composto de morte por causas cardiovasculares, infarto do miocárdio ou AVC, em associação com aspirina e clopidogrel. Foi observado nesses ensaios um risco maior de sangramento não fatal.[123]Mega JL, Braunwald E, Wiviott SD, et al; ATLAS ACS 2–TIMI 51 Investigators. Rivaroxaban in patients with a recent acute coronary syndrome. N Engl J Med. 2012 Jan 5;366(1):9-19. https://www.nejm.org/doi/10.1056/NEJMoa1112277 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/22077192?tool=bestpractice.com [124]Mega JL, Braunwald E, Wiviott SD, et al. Comparison of the efficacy and safety of two rivaroxaban doses in acute coronary syndrome (from ATLAS ACS 2-TIMI 51). Am J Cardiol. 2013 Aug 15;112(4):472-8. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/23711804?tool=bestpractice.com
Os pacientes com história prévia de AVC/ataque isquêmico transitório, idade superior a 75 anos ou peso corporal <60 kg não devem começar a tomar rivaroxabana para esta indicação.
Opções primárias
varfarina: consulte um especialista para obter orientação quanto à dose
ou
rivaroxabana: consulte um especialista para obter orientação quanto à dose
ou
apixabana: consulte um especialista para obter orientação quanto à dose
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