História e exame físico
Principais fatores diagnósticos
comuns
presença de fatores de risco
Os fortes fatores de risco incluem exposição a alimentos contaminados, gestação, idade >45-50 anos ou neonatal, ou imunocomprometimento.
Incomuns
Outros fatores diagnósticos
comuns
febre
diarreia e dor abdominal
Observadas na gastroenterite febril.
A listeriose invasiva é rara em pessoas imunocompetentes. As coproculturas podem ser positivas em 5% da população assintomática saudável e em até 87% em surtos de gastroenterite febril devidos à Listeria.[1]
Quando adultos saudáveis estiverem sintomaticamente infectados, o quadro clínico mimetiza a gastroenterite febril, que ocorre esporadicamente ou na forma de epidemia.[5][31][32][35]
mal-estar generalizado
São observados sintomas generalizados e atípicos ou sutis em idosos e neonatos.
sintomas tipo gripe na gestação
Febre, artralgias, mialgias, cefaleia, fadiga, diarreia, vômitos e dor abdominal são apresentações comuns de listeriose na gravidez.[2]
baixa aceitação alimentar (neonatos)
Pode ser o único indicativo de infecção nesta faixa etária.
Incomuns
meningismo
deficit dos nervos cranianos
Podem ocorrer deficits motores e sensoriais na meningite complicada e na romboencefalite.[6]
sinais cerebelares
Podem ser observados na encefalite do tronco encefálico.
sinais neurológicos focais
Podem ser observados nos abscessos cerebrais.
convulsões
Geralmente ocorrem tardiamente na evolução da infecção do SNC.
hipotensão
Pode ser observada no choque séptico.
febre intraparto
diátese hemorrágica
Observada em infecções graves com coagulação intravascular disseminada. A mortalidade é alta.
sopro cardíaco
A Listeria pode afetar valvas protéticas e nativas. A endocardite é mais comum entre pacientes com imunossupressão.
Fatores de risco
Fortes
exposição a alimentos contaminados
Os alimentos podem estar contaminados por Listeria, que é disseminada na natureza. Carne, legumes e verduras crus, malcozidos ou processados, queijos frescos e restos de alimentos podem carregar a bactéria.[7][30][31][35][36] A ingestão da bactéria é a principal e mais comum via de transmissão.[30]
A presença de mais de 100 unidades formadoras de colônia por g de espécies de Listeria é considerada insatisfatória, e é necessária uma investigação imediata.[37]
idade >45-50 anos
Em adultos mais velhos, a Listeria tem uma afinidade para o sistema nervoso central, causando meningite, meningoencefalite, abscessos, encefalite no tronco encefálico e convulsões.[1]
gestação
Gestantes são mais suscetíveis à infecção por Listeria devido à imunidade celular relativamente comprometida e à acidificação inadequada do estômago. A infecção foi associada a um aumento na incidência de aborto espontâneo.[4]
O aborto séptico devido à granulomatose infantisséptica (transmissão transplacentária que causa microabscessos disseminados) é uma complicação grave.[4]
neonatos
estados imunocomprometidos
Câncer, neoplasias hematológicas, quimioterapia, corticosteroides, transplante, síndrome de imunodeficiência adquirida (AIDS) com contagem de CD4 <100/mm³ e esplenectomia estão fortemente correlacionados à deficiência da imunidade celular e são fatores epidemiológicos para a infecção por Listeria.[1][18][19] O ferro é necessário para o metabolismo e o crescimento da bactéria; dessa forma, a infecção pode ser observada em estados de sobrecarga de ferro (que também são uma forma de imunocomprometimento).[5][29][34]
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