Algoritmo de tratamento

Observe que as formulações/vias e doses podem diferir entre nomes e marcas de medicamentos, formulários de medicamentos ou localidades. As recomendações de tratamento são específicas para os grupos de pacientes:ver aviso legal

AGUDA

doença não complicada

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antibioticoterapia dupla

A brucelose é considerada não complicada quando ocorrem achados agudos inespecíficos e ausência de infecção focal.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda que adultos e crianças com 8 anos ou mais de idade devem ser tratados com uma tetraciclina por 6 semanas (a doxiciclina é preferida devido à sua administração menos frequente e risco mais baixo de efeitos adversos), associada a um aminoglicosídeo parenteral (estreptomicina por 2-3 semanas ou gentamicina por 7-10 dias) ou rifampicina oral por 6 semanas.[75]

Os Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) recomendam um esquema oral para doença não complicada (uma tetraciclina ou sulfametoxazol/trimetoprima associado a rifampicina por um mínimo de 6 semanas).[62]

Em geral, as recidivas são tratadas com o mesmo esquema utilizado inicialmente, já que a causa raramente é a resistência aos antimicrobianos.

Opções primárias

doxiciclina: 100 mg por via oral duas vezes ao dia

ou

tetraciclina: 500 mg por via oral quatro vezes ao dia

--E--

gentamicina: 5 mg/kg por via intramuscular/intravenosa uma vez ao dia

ou

estreptomicina: 1 g por via intramuscular uma vez ao dia

Opções secundárias

doxiciclina: 100 mg por via oral duas vezes ao dia

ou

tetraciclina: 500 mg por via oral quatro vezes ao dia

--E--

rifampicina: 600-900 mg/dia por via oral administrados em 1-2 doses fracionadas

ou

sulfametoxazol/trimetoprima: 800/160 mg por via oral duas vezes ao dia

e

rifampicina: 600-900 mg/dia por via oral administrados em 1-2 doses fracionadas

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antibioticoterapia dupla ou monoterapia

A brucelose é considerada não complicada quando ocorrem achados agudos inespecíficos e ausência de infecção focal.

O tratamento ideal de gestantes e lactantes é baseado em relatórios anedóticos.[58] Geralmente, recomenda-se um ciclo de 6 semanas de rifampicina oral.[41][42] Rifampicina associada a sulfametoxazol/trimetoprima por 4 semanas é uma alternativa aceitável.[58]

O sulfametoxazol/trimetoprima não é recomendado no primeiro trimestre de gestação, pois foi associado a um aumento do risco de malformações congênitas. O esquema recomendado só deve ser usado se os benefícios do tratamento forem superiores aos riscos.

Um especialista deve ser consultado para orientação sobre escolha dos antibióticos no tratamento desses pacientes.

Opções primárias

rifampicina: 600-900 mg/dia por via oral administrados em 1-2 doses fracionadas

ou

rifampicina: 600-900 mg/dia por via oral administrados em 1-2 doses fracionadas

e

sulfametoxazol/trimetoprima: 800/160 mg por via oral duas vezes ao dia

Mais
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1ª linha – 

antibioticoterapia dupla

A brucelose é considerada não complicada quando ocorrem achados agudos inespecíficos e ausência de infecção focal.

As tetraciclinas geralmente são contraindicadas em crianças <8 anos de idade devido ao risco de descoloração dos dentes e inibição do crescimento ósseo. Portanto, as tetraciclinas podem ser substituídas por sulfametoxazol/trimetoprima em crianças com menos de 8 anos de idade. A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda sulfametoxazol/trimetoprima por 6 semanas, associada a um aminoglicosídeo (estreptomicina por 3 semanas ou gentamicina por 7-10 dias) ou rifampicina por 6 semanas.[75]

Os Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) recomendam um esquema oral para doença não complicada (sulfametoxazol/trimetoprima associado a rifampicina por 4-6 semanas).[62]

Opções primárias

sulfametoxazol/trimetoprima: 8-10 mg/kg/dia por via oral administrados em 2 doses fracionadas

Mais

e

rifampicina: 15-20 mg/kg/dia por via oral administrados em 1-2 doses fracionadas, máximo de 900 mg/dia

ou

sulfametoxazol/trimetoprima: 8-10 mg/kg/dia por via oral administrados em 2 doses fracionadas

Mais

--E--

gentamicina: 5 mg/kg por via intramuscular/intravenosa uma vez ao dia

ou

estreptomicina: 30 mg/kg por via intramuscular uma vez ao dia

doença complicada

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antibioticoterapia tripla incluindo um aminoglicosídeo

Um esquema triplo de antibioticoterapia geralmente é recomendado para infecção complicada, e pode ser necessário prolongar os ciclos por períodos mais longos de tempo de acordo com a resposta clínica e radiológica.[138]

Existem poucas evidências em relação à duração ideal do tratamento em casos de doença focal ou complicada (orquite, sacroileíte, espondilite, endocardite), mas a maioria dos autores favorece a antibioticoterapia tripla para adultos ou adolescentes com doxiciclina e rifampicina (por pelo menos 3-6 meses) e um aminoglicosídeo (somente nas duas primeiras semanas).[41][42][75][126][127]

Na ausência de evidências, considerações semelhantes podem ser aplicadas para crianças e devem ser avaliadas individualmente para gestantes e lactantes. Logo, recomenda-se uma consulta com um especialista em doenças infecciosas antes de começar o tratamento em gestantes, lactantes e crianças.

Geralmente, a doxiciclina não é recomendada na gestação devido a preocupações relativas ao desenvolvimento do esqueleto fetal e ao crescimento ósseo. Os aminoglicosídeos também não são recomendados na gestação devido à possibilidade de ototoxicidade fetal e toxicidade renal. O esquema recomendado só deve ser usado se os benefícios do tratamento forem superiores aos riscos.

Em geral, as recidivas são tratadas com o mesmo esquema utilizado inicialmente, já que a causa raramente é a resistência aos antimicrobianos.

Opções primárias

doxiciclina: adultos: 100 mg por via oral duas vezes ao dia

--E--

rifampicina: adultos: 600-900 mg/dia por via oral administrados em 1-2 doses fracionadas

--E--

gentamicina: adultos: 5 mg/kg por via intramuscular/intravenosa uma vez ao dia

ou

estreptomicina: adultos: 1 g por via intramuscular uma vez ao dia

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Considerar – 

substituição da valva

Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado

A endocardite por Brucella geralmente afeta a valva aórtica e é responsável por uma grande proporção da taxa de 1% a 5% de mortalidade da brucelose.[86]

A maioria dos pacientes acaba precisando de substituição valvar apesar do tratamento com antibióticos por 6 meses ou mais.[5][41][42] Existem evidências de que uma cirurgia precoce melhore a mortalidade.[134]

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antibioticoterapia tripla excluindo um aminoglicosídeo

Um esquema triplo de antibioticoterapia geralmente é recomendado para infecção complicada, e pode ser necessário prolongar os ciclos por períodos mais longos de tempo de acordo com a resposta clínica e radiológica.[138]

Em casos de manifestações neurológicas (meningoencefalite, lesões focais no cérebro ou no nervo craniano), geralmente o uso da estreptomicina ou da gentamicina é desencorajado em virtude da capacidade questionável dos aminoglicosídeos em penetrar no líquido cefalorraquidiano (LCR) e do potencial para neurotoxicidade, o que pode complicar ainda mais o quadro clínico.[135] A ceftriaxona ou sulfametoxazol/trimetoprima pode ser adicionada como um terceiro medicamento para uma melhor penetração no sistema nervoso central.[41][42][48][135][136][137] O tratamento é necessário por pelo menos 6 meses.

Na ausência de evidências, considerações semelhantes podem ser aplicadas para crianças e devem ser avaliadas individualmente para gestantes e lactantes. Logo, recomenda-se uma consulta com um especialista em doenças infecciosas antes de começar o tratamento em gestantes, lactantes e crianças.

Geralmente, a doxiciclina não é recomendada na gestação devido a preocupações relativas ao desenvolvimento do esqueleto fetal e ao crescimento ósseo. O sulfametoxazol/trimetoprima não é recomendado no primeiro trimestre de gestação, pois foi associado a um aumento do risco de malformações congênitas. O esquema recomendado só deve ser usado se os benefícios do tratamento forem superiores aos riscos.

Em geral, as recidivas são tratadas com o mesmo esquema utilizado inicialmente, já que a causa raramente é a resistência aos antimicrobianos.

Opções primárias

doxiciclina: adultos: 100 mg por via oral duas vezes ao dia

--E--

rifampicina: adultos: 600-900 mg/dia por via oral administrados em 1-2 doses fracionadas

--E--

ceftriaxona: adultos: 1-2 g por via intravenosa/intramuscular uma vez ao dia

ou

sulfametoxazol/trimetoprima: adultos: 160/800 mg por via oral duas vezes ao dia

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