História e exame físico
Principais fatores diagnósticos
comuns
presença de fatores de risco
Os principais fatores de risco incluem ingestão de alimentos contaminados, exposição a produtos animais infectados, inalação de aerossóis infectados ou respingos de material infectado nas conjuntivas, viagem a áreas endêmicas, ocupação que envolve animais e/ou produtos animais (fazendeiros, pessoas que trabalham com animais ou em matadouros, veterinários) e profissionais de laboratório.
história de contato sexual com pessoa infectada
febre ou calafrios
sintomas constitucionais
Sintomas inespecíficos, como sudorese, letargia e perda de peso, são uma característica da infecção em até 97% dos pacientes.[81]
artralgia
Afeta sobretudo os quadris, os joelhos ou a coluna, e está associada a 20% a 83% das infecções.[81][82][95] As crianças pequenas podem apresentar dificuldades para andar, como se estivessem com irritação no quadril. O envolvimento osteoarticular é a manifestação predominante nas crianças, com aproximadamente 51% dos casos com envolvimento osteoarticular. Artrites de quadril e joelho são as manifestações mais comuns em crianças, mas também pode ocorrer envolvimento de ombros, cotovelos e coluna.[116]
inchaço e sensibilidade nas articulações
Sugerem artrite. Geralmente ocorrem em cerca de 50% dos pacientes adultos, mas são relatados em até 83% dos pacientes infectados.[95]
Os sinais incluem bursite, diminuição da amplitude de movimentos da articulação e derrame articular.
A coluna ou articulações sacroilíacas podem ficar sensíveis à palpação, mas uma deformidade macroscópica não é habitual e é mais sugestiva de tuberculose.
hepatomegalia e/ou esplenomegalia
Ocorre em até um terço dos pacientes infectados.[111]
Outros fatores diagnósticos
comuns
náuseas, vômitos, dor abdominal, constipação, diarreia
Sintomas gastrointestinais inespecíficos.
linfadenopatia
Ocorre em cerca de 10% dos adultos e em até dois terços das crianças.[85]
tosse seca
Geralmente associada a poucos sinais clínicos no tórax, embora o comprometimento pulmonar seja relatado em até 20% dos pacientes na presença de tosse seca.[88]
Incomuns
sinais torácicos
Existem cada vez mais relatos de condensação, linfadenopatia hilar, derrames pleurais, pneumotórax e nódulos pulmonares associados à brucelose. Até 20% dos pacientes com tosse seca apresentam comprometimento pulmonar.[88]
dor testicular
rigidez de nuca
paralisia do nervo craniano ou deficit focal do sistema nervoso central
Lesões focais no cérebro ou no nervo craniano são manifestações raras. Sinais neurológicos de trato longo são incomuns.
macicez à percussão, expansibilidade diminuída, crepitações
olho vermelho
Sugere uveíte ou conjuntivite; ocorre raramente.
rashes cutâneos
Ocasionalmente, é possível observar uma variedade de rashes cutâneos maculopapulares ou vasculíticos inespecíficos.[89]
Fatores de risco
Fortes
ingestão de alimentos contaminados
Esse é um dos modos mais comuns de transmissão em países endêmicos. O consumo de produtos animais não cozidos é uma prática comum em certas partes do mundo, bem como o consumo de leite e laticínios não pasteurizados.[15][64] A maior prevalência de contaminação em produtos lácteos não pasteurizados foi em produtos de búfalos e caprinos.[65]
exposição a produtos animais infectados
Os organismos são liberados em excrementos animais, incluindo urina e fezes, e em produtos de concepção. Eles também podem sobreviver por longos períodos no solo (até 2 anos), sobretudo se ele estiver úmido e, portanto, continuar a infectar seres humanos e animais.[51]
Em áreas rurais, é comum que produtos de concepção contaminados sejam descartados. Consequentemente, eles secam e são transmitidos pela inalação em poeira, ou contaminam o ambiente e são ingeridos por outros animais ou seres humanos em contato com eles.
inalação de aerossóis infectados
contato conjuntival com material infectado
Respingos do material infectado nas conjuntivas são uma via comum de infecção em laboratórios.
ocupação com potencial de exposição a espécies de Brucella
A brucelose tende a ser uma doença ocupacional que afeta predominantemente agricultores, cuidadores de animais, pessoas que trabalham em matadouros, veterinários e caçadores de porcos selvagens.[39][40] Caçadores e cães podem se infectar após o contato direto com tecidos de porcos selvagens e sangue durante a caçada e o processo de abate.[6] Em fazendas, a infecção comumente ocorre por meio da inalação de aerossóis infectados de produtos de concepção animal secos. Menos comumente, os organismos também podem entrar no corpo por meio de cortes e queimaduras na pele; logo, estão em risco veterinários e pessoas que cuidam de animais e não utilizam luvas para realizar o parto de animais infectados.[68] Além disso, os veterinários podem adquirir brucelose por meio da inoculação acidental de vacinas de organismos vivos.
A brucelose também pode ocorrer em funcionários de laboratórios que trabalham com culturas.[30][31][32][33][34][35][36][37][38] No laboratório, a infecção ocorre pela inalação de aerossóis ou respingos de material infectado nas conjuntivas.
viagem para uma área endêmica
Sempre é preciso indagar sobre antecedentes de viagem para uma área endêmica, e migrantes de áreas endêmicas devem ser questionados especificamente sobre o consumo de laticínios importados.[69][70][71]
As principais áreas endêmicas do mundo incluem Mediterrâneo, Golfo Pérsico, Ásia Central e partes da América Central e do Sul.[2][5][7][18] Existem evidências de que a infecção seja comum, mas pouco relatada na Índia, e que esteja emergindo em outras partes do mundo (por exemplo, na Polinésia, Tailândia e Vietnã)[9][10][11][12][13][14]
Fracos
cortes ou abrasões na pele
O organismo também pode entrar no corpo por meio de cortes e queimaduras na pele; logo, estão em risco fazendeiros, veterinários e pessoas que cuidam de animais e não utilizam luvas para realizar o parto de animais infectados.[68]
contato sexual com um indivíduo infectado
As espécies de Brucella que afetam os seres humanos foram cultivadas no sêmen humano, com relatos de transmissão sexual. No entanto, isso é raro em comparação com outras vias de entrada, como a inalação e a ingestão.[72]
neonatos ou lactentes nascidos de mães infectadas
Foram encontradas espécies de Brucella no tecido placentário de seres humanos, com subsequente aborto espontâneo ou doença no neonato.[58][59] As brucelas também foram isoladas após cultivo de leite materno na ausência de doença mamária localizada; logo, sugere-se que a contaminação pelo leite materno é uma possível fonte de infecção para lactentes.[1] No entanto, as evidências disponíveis para essas formas de transmissão são escassas.
receptor de transplante de hemoderivados, órgão ou tecido
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