Etiologia
O Staphylococcus aureus resistente à meticilina (MRSA) é um patógeno Gram-positivo que pode causar infecção na pele, em tecidos moles, no pulmão e bacteremia. As infecções cutâneas e dos tecidos moles são as mais comuns; porém, nos EUA, o Staphylococcus aureus também é uma causa comum de pneumonia nosocomial.[1]
Fisiopatologia
A resistência à meticilina é mediada pela proteína de ligação à penicilina 2a que é codificada pelo gene mecA.[17] Isso permite o crescimento de um organismo na presença de antibióticos betalactâmicos. A resistência à meticilina é definida como uma concentração inibitória mínima de oxacilina ≥4 microgramas/mL.[1]
Staphylococcus aureus resistente à meticilina (MRSA) associado aos serviços de saúde e à comunidade apresentam várias diferenças, incluindo suscetibilidade genética e a antibiótico.
MRSA associado à comunidade:
Apresenta sensibilidades in vitro aos antimicrobianos diferentes das apresentadas pelo MRSA associado aos serviços de saúde
É mais provável que seja suscetível aos antibióticos orais disponíveis comercialmente, com exceção da maioria dos betalactâmicos[3]
Apresenta diferentes fatores de virulência
Algumas cepas contêm os genes para a toxina leucocidina de Panton-Valentine, um fator de virulência associado às infecções da pele e dos tecidos moles. Essa toxina não costuma ser observada no MRSA associado aos serviços de saúde.
Classificação
Classificação de acordo com a origem da infecção[3]
O Staphylococcus aureus resistente à meticilina (MRSA) foi reconhecido pela primeira vez como uma fonte de infecção na década de 1960, período no qual praticamente todas as pessoas acometidas pela infecção estavam significativamente expostas a estabelecimentos de saúde. No entanto, no final dos anos 1990, o MRSA surgiu como uma causa mais disseminada de infecção comunitária, sendo as infecções cutâneas e dos tecidos moles as mais comuns.[3] Isso levou à classificação do MRSA em 3 grupos distintos, como segue:
Infecção por MRSA associada aos serviços de saúde: a infecção ocorre >48 horas após a hospitalização.
Infecção por MRSA associada aos serviços de saúde de início na comunidade: ocorre fora do hospital ou <48 horas após a hospitalização entre indivíduos que apresentaram exposições a serviços de saúde no ano anterior (cirurgia, hospitalização, hemodiálise, residência em uma unidade de cuidados de longa permanência).
Infecção por MRSA associada à comunidade: ocorre em pessoas que não foram hospitalizadas recentemente (no último ano) ou que não passaram por procedimentos clínicos recentes e que podem estar, de outra forma, saudáveis.
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