Complicações
Resulta da aspiração de material retido no esôfago, com aspiração noturna sendo um problema específico.
Nos EUA, aproximadamente 10% das pessoas com acalasia nos hospitais têm complicações pulmonares.[13]
A DRGE é a causa mais comum de falha no tratamento pós-cirúrgico.
Em um estudo de acompanhamento por 10 anos, 14 dos 67 pacientes (21%) desenvolveram esofagite de refluxo grave apesar de um procedimento antirrefluxo parcial.[57] A gravidade da doença de refluxo aumentou com a maior duração do acompanhamento. Em uma série, 9 pacientes (13%) desenvolveram esôfago de Barrett.[57] Raramente, pode resultar em estenose peptídica.[74] Em um ensaio clínico, a esofagite de refluxo foi relatada em 7% dos pacientes submetidos à dilatação pneumática para acalasia recém-diagnosticada.[52] O refluxo gastroesofágico após a dilatação pneumática geralmente é leve e responde bem à supressão de ácido.
Como a incidência de DRGE é maior após uma miomectomia endoscópica peroral (POEM), os pacientes submetidos à POEM devem ser monitorados para DRGE.[41] Muitos pacientes precisam de terapia com inibidor da bomba de prótons (IBP) em longo prazo para refluxo sintomático ou esofagite erosiva após a POEM.[36][41]
Pode haver aumento do risco de carcinoma de células escamosas do esôfago em pacientes com acalasia.[79] Uma revisão sistemática e uma metanálise relataram uma incidência de 312.4 casos por 100,000 pacientes-anos em risco.[80]
Um grande estudo realizado no Reino Unido relatou que o câncer esofágico foi 5 vezes mais provável em pacientes com acalasia que nos controles correspondentes, apresentando-se, em média, 15 anos após o diagnóstico.[9]
Acredita-se que o carcinoma esofágico de células escamosas seja resultante de lesão crônica à mucosa esofágica devido à retenção de alimento ingerido e outros compostos nocivos.[81] O diagnóstico geralmente é feito tardiamente, pois os pacientes já apresentam um grau de disfagia, e qualquer lesão obstrutora deve ser muito maior para causar sintomas em um esôfago dilatado.[79][81]
O desfecho é, portanto, desfavorável; contudo, vigilância endoscópica não é uma prática habitual.[81]
Em uma pesquisa de médicos que tratam acalasia, 82% tinham a percepção de que a acalasia estabelecia um risco elevado de carcinoma ao longo da vida e 89% aprovavam o rastreamento de rotina a cada 2 a 5 anos.[82]
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