Rastreamento

Não há diretrizes recomendando que pacientes com anemia decorrente da deficiência de cobalamina ou ferro especificamente sejam rastreados quanto à acloridria.

A medição dos anticorpos anticélulas parietais e gastrina-17 e a relação pepsinogênio I/pepsinogênio II parecem ser os testes mais acurados para o rastreamento de primeira linha da gastropatia autoimune. O rastreamento isolado para anticorpos anticélulas parietais não detectaria os pacientes que são negativos para esse anticorpo, enquanto os níveis de gastrina-17 estão elevados em quase todos os pacientes com gastropatia autoimune que tiverem desenvolvido atrofia evidente.

Se a etiologia da deficiência for inexplicada, uma endoscopia digestiva alta com biópsia da mucosa oxíntica (fundo e corpo) deve ser considerada para indicar ou descartar gastrite atrófica como etiologia.

Atrofia gástrica e metaplasia intestinal

A American Gastroenterological Association (AGA) recomenda o teste para Helicobacter pylori, seguido de erradicação, em pacientes com metaplasia intestinal (MI).[67] A AGA não recomenda o uso rotineiro de vigilância endoscópica em pacientes com MI.[67]

A British Society of Gastroenterology não recomenda a endoscopia de vigilância em pacientes com atrofia gástrica ou MI gástrica limitada ao antro gástrico (na ausência de fatores de alto risco).[120]

Diretrizes europeias recomendam considerar pacientes com atrofia acentuada do antro e do corpo para vigilância, e a diretriz internacional de Quioto recomenda que seja oferecida aos pacientes vigilância endoscópica baseada na extensão e gravidade da atrofia.[121][122]

Pacientes com alto risco de câncer gástrico

A AGA e a American Society for Gastrointestinal Endoscopy recomendam endoscopia de vigilância para aqueles com MI que apresentam alto risco de câncer gástrico devido à sua origem étnica, MI extensa, MI displásica ou história familiar de câncer gástrico.[67][123]

A British Society of Gastroenterology recomenda:[120]

  • Endoscopia de rastreamento para maiores de 50 anos com fatores de risco, como sexo masculino, história de tabagismo, anemia perniciosa ou história familiar de câncer gástrico

  • Vigilância endoscópica para pacientes com:

    • atrofia gástrica ou MI e fatores de risco adicionais (por exemplo, história familiar forte)

    • atrofia gástrica extensa ou MI.

O uso deste conteúdo está sujeito ao nosso aviso legal