História e exame físico

Outros fatores diagnósticos

comuns

idade >60 anos

Aproximadamente 10% dos pacientes com mais de 60 anos são aclorídricos aos testes do pH gástrico, e 1% a 2% têm anemia perniciosa.[24]​​​​[25][27]​​​​[32][33][34]​​​[39]

sexo feminino

A anemia perniciosa é duas vezes mais comum em mulheres. Carcinoides gástricos decorrentes de gastrite atrófica crônica são 3 vezes mais comuns em mulheres.[62]

doenças autoimunes

As doenças autoimunes que são mais comuns em pacientes com gastrite autoimune incluem doença de Graves, mixedema, tireoidite autoimune, tireoidite pós-parto, diabetes mellitus do tipo 1, insuficiência adrenal idiopática, vitiligo, hipoparatireoidismo e colangite biliar primária.[50][51][52][53][54][55]

fraqueza

Anemia sintomática devido à deficiência de cobalamina (vitamina B12) e/ou ferro.

letargia

Anemia sintomática devido à deficiência de cobalamina (vitamina B12) e/ou ferro.

tolerância reduzida ao exercício

Anemia sintomática devido à deficiência de cobalamina (vitamina B12) e/ou ferro.

palidez da pele e conjuntival

Manifestação de anemia.

parestesias e dificuldade de ambulação

Manifestações neurológicas da deficiência de cobalamina.[99][100]

Incomuns

deficiência nutricional (cobalamina, ferro, cálcio, vitamina D)

A gastrite atrófica está associada à ausência do fator intrínseco, o qual normalmente está presente nas células parietais e é necessário para a absorção da cobalamina (vitamina B12) no íleo terminal.[16][74]​ O ácido facilita a absorção do ferro e, possivelmente, do cálcio, bem como previne o supercrescimento bacteriano. Este último pode induzir uma leve má absorção de gordura com prejuízo da captação das vitaminas lipossolúveis, como a vitamina D.[101]

infecção entérica

O ácido gástrico protege contra infecções entéricas, e foi relatado que pacientes aclorídricos são mais propensos à infecção por Clostridium difficile, Salmonella, Campylobacter e, possivelmente, peritonite bacteriana espontânea.[102][103][104]

perda de memória, irritabilidade, depressão e demência

Manifestações da deficiência de cobalamina.[74][99][105]

ataxia, marcha arrastada, senso de posição diminuído, percepção de vibração diminuída

Manifestações da degeneração combinada subaguda das colunas espinhais dorsal e lateral decorrente da deficiência de cobalamina.[74][99][100]

língua pálida, lisa e brilhante

Manifestação da deficiência de cobalamina.[106]

coiloníquia

Unhas em colher, uma manifestação da anemia ferropriva.[107]

Fatores de risco

Fortes

doenças autoimunes

A associação mais forte é com a anemia perniciosa e a gastrite autoimune. Outros distúrbios autoimunes que são mais comuns em pacientes com gastrite autoimune incluem doença tireoidiana, insuficiência adrenocortical idiopática, vitiligo, diabetes mellitus do tipo 1, hipoparatireoidismo e colangite biliar primária.[50][51][52][53][54][55]

idade >60 anos

As prevalências da gastrite atrófica e da gastrite autoimune (as causas mais comuns de acloridria) aumentam com a idade.[8][24]

infecção por Helicobacter pylori

A infecção crônica por H pylori predispõe à gastrite atrófica e à gastrite autoimune; ela pode ser a causa subjacente mais comum desses distúrbios. No entanto, depois que a acloridria se desenvolve, a maioria dos pacientes não mais hospeda o microrganismo.[1][33][34][35][57][58][59][60]

cirurgia gástrica prévia

A antrectomia remove as células G e, desse modo, elimina os efeitos tróficos e secretores da gastrina na mucosa oxíntica. O refluxo da bile pode contribuir para a atrofia gástrica. A vagotomia remove o efeito de estimulantes centrais da secreção de ácido, como pensamento, visão, olfato e sabor do alimento.[1]

hipergastrinemia

A causa mais comum da hipergastrinemia acentuada é a gastrite atrófica com acloridria associada. Esta é uma resposta fisiológica à diminuição da produção de ácido, e as concentrações da gastrina sérica frequentemente chegam a 1000 picogramas/mL ou mais (isto é, na faixa observada em pacientes com gastrinoma [síndrome de Zollinger-Ellison]).[1]

carcinoide gástrico

70% a 80% dos tumores carcinoides gástricos surgem em pacientes com gastrite atrófica, principalmente naqueles com anemia perniciosa.

Em 71 pacientes com anemia perniciosa acompanhados por 6 anos, 8 carcinoides gástricos (11.2%) foram encontrados; apenas um não foi removido por endoscopia, e não ocorreram metástases.[61] Considera-se que as células semelhantes às células enterocromafins, sob estimulação da gastrina, evoluem para hiperplasia, displasia e, por fim, neoplasia. Esses tumores carcinoides geralmente são pequenos, polipoides, multicêntricos e bem diferenciados.[62]

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