História e exame físico

Principais fatores diagnósticos

comuns

presença de fatores de risco

Os fatores de risco incluem idade avançada, sexo feminino, ascendência branca, índice de massa corporal baixo, história familiar materna de fratura do quadril, pós-menopausa, uso de glicocorticoides, fraturas prévias, hipogonadismo, perda de altura, amenorreia secundária, tabagismo, uso excessivo de álcool, imobilização prolongada, deficiência de vitamina D, hipertireoidismo, perda de peso >10% do peso corporal, tratamento de privação de androgênio (em homens), tratamento com inibidor da aromatase (nas mulheres), uso de tabaco, uso de heparina, uso de anticonvulsivantes ou nefrolitíase.

assintomático

A osteoporose é assintomática até ocorrer alguma fratura. A maioria das fraturas vertebrais é subclínica ou assintomática.[62]

Outros fatores diagnósticos

comuns

dorsalgia

Pode ser em decorrência de fraturas vertebrais.

cifose

Pode ser evidência de fraturas vertebrais.[2][31]

perda de altura

Pode indicar fratura vertebral assintomática.[31]

Incomuns

dor à palpação vertebral

Em pacientes com dorsalgia, dor vertebral pode ser indicativo de fratura vertebral.

Fatores de risco

Fortes

fratura prévia por fragilidade

Descobriu-se que a incidência de novas fraturas é maior em pessoas com fratura prévia por fragilidade.​[21]​​[22]​ Em uma metanálise, a incidência cumulativa de uma fratura subsequente foi de 11.6% (IC de 95%, 8.9% a 14.2%) nos 2 anos após a primeira fratura por fragilidade.[23]

Fraturas vertebrais moderadas ou graves, mesmo quando assintomáticas, são fatores de risco fortes para fraturas vertebrais e não vertebrais subsequentes.[24]

sexo feminino

Mulheres atingem menor pico de massa óssea que os homens e têm maiores declínios na massa óssea ao longo do tempo.[3][25]

ascendência branca

Nos EUA e no Reino Unido, indivíduos brancos apresentam aumento do risco de fraturas por fragilidade, em comparação com indivíduos de outras raças.[26][27]​ Nos EUA, estudos sugerem que indivíduos brancos apresentam maior risco de densidade mineral óssea (DMO) baixa, em comparação com indivíduos negros, mas os dados relativos a populações hispânicas e asiáticas são limitados e menos consistentes.​[28]

idade avançada (>50 anos para as mulheres e >65 anos para os homens)

O avanço da idade está associado a uma diminuição da densidade mineral óssea (DMO), especialmente em homens.[29][30][31]

A taxa de redução da massa óssea acelera aos 50 anos para as mulheres e 65 anos para os homens.[3]

baixo índice de massa corporal (IMC)

A perda de massa óssea é acelerada em homens e mulheres com menor índice de massa corporal (IMC). IMC <20 kg/m² tem sido associado ao aumento da perda de densidade mineral óssea (DMO).[31]

perda de altura

Pode ser evidência de fraturas vertebrais.[2]

história familiar de fratura do quadril maternal

História materna de condição ou fratura do quadril prevê baixa densidade mineral óssea (DMO).[2]

pós-menopausa

A queda de estrogênio na menopausa está fortemente associada à diminuição da densidade mineral óssea (DMO).[2][3]

amenorreia secundária

Foi associada a baixo estrogênio antes da menopausa e pode causar a diminuição da densidade mineral óssea (DMO). Pode ser uma consequência da anorexia nervosa ou amenorreia induzida por exercício.[3]

hipogonadismo primário

Tem sido associado a risco maior da doença.[2]

tabagismo

A massa óssea diminui mais rapidamente em homens e em mulheres menopausadas fumantes que em aqueles que não fumam.[29][31][32]

uso excessivo de bebidas alcoólicas

O uso excessivo de bebidas alcoólicas (mais de 3 doses de álcool por dia) foi associado ao aumento do risco da afecção, mas o consumo moderado de álcool foi associado à redução da taxa de declínio da densidade mineral óssea (DMO) e a um risco reduzido de fraturas osteoporóticas.[3][31][33][34]

imobilização prolongada

A densidade mineral óssea (DMO) diminui como resultado da imobilização, independentemente da causa (por exemplo, repouso no leito ou paralisia).[3]

baixa ingestão de cálcio

Em um estudo com 36,282 mulheres, as mulheres do grupo placebo tiveram uma maior perda de densidade mineral óssea (DMO) que aquelas que receberam suplementação de cálcio e vitamina D.[35] No entanto, não houve diferença significativa entre os grupos na incidência de fraturas do quadril.

deficiência de vitamina D

Tem sido associada ao aumento da produção de paratormônio e consequente aumento da reabsorção óssea.[3]

diabetes

Diabetes do tipo 1 e do tipo 2 estão associados com o aumento do risco de osteoporose e fraturas.[31][36]​ Os mecanismos não estão totalmente claros, mas podem estar relacionados a alterações na qualidade óssea e ao aumento do risco de quedas decorrentes de comorbidades relacionadas ao diabetes, como retinopatia diabética ou neuropatia periférica.[37][38]

artrite reumatoide

Indivíduos com artrite reumatoide apresentam aumento do risco de osteoporose.[31]​ Em uma metanálise, a prevalência pontual estimada de osteoporose em indivíduos com artrite reumatoide foi de 27.6%.[39]

sarcopenia

Indivíduos com sarcopenia apresentam aumento do risco de osteoporose e vice-versa.[40]​ Em uma metanálise, pacientes com osteoporose e sarcopenia concomitantes (osteossarcopenia) apresentaram maior risco de fraturas do que pacientes com sarcopenia ou osteoporose/osteopenia isolada.[41]

excesso de glicocorticoides

Aproximadamente 50% das pessoas com síndrome de Cushing têm fraturas, especialmente fraturas vertebrais.[42]

uso de corticosteroide

Os mecanismos de osteoporose induzida por corticosteroides são multifatoriais e incluem ativação dos osteoclastos, inibição dos osteoblastos, diminuição de absorção gastrointestinal e renal de cálcio e diminuição da secreção de gonadotrofinas.[42]

Fracos

uso de inibidor da bomba de prótons

Evidências sugerem que há aumento do risco de fraturas, osteoporose e alterações na densidade mineral óssea (DMO) para indivíduos que recebem inibidores da bomba de prótons, mas a certeza das evidências é baixa.[43][44]

hipertireoidismo

O hipertireoidismo aumenta a atividade dos osteoclastos.[45]

O risco de fratura é maior com hipertireoidismo clinicamente evidente que com hipertireoidismo subclínico.

uso de heparina

Heparina não fracionada está associada a fraturas osteoporóticas.

O mecanismo de osteoporose induzida pela heparina é incerto, mas pode estar relacionado à ativação de osteoclastos ou a efeitos semelhantes ao do paratormônio.[46]

uso de anticonvulsivante

Tem sido associado a risco maior de fratura.

O mecanismo da fratura não foi relacionado a uma classe específica de anticonvulsivante.[47]

Uma combinação de fatores pode contribuir para o aumento do risco, incluindo densidade mineral óssea (DMO) reduzida, trauma durante convulsão e aumento do risco de quedas em virtude dos efeitos adversos neurotóxicos dos medicamentos.

tratamento de privação de androgênio (homens)

Há evidências de diminuição da densidade mineral óssea (DMO) com todos os tipos de terapia de privação androgênica, provavelmente em virtude de seu efeito antitestosterona.[48][49]

tratamento com inibidor da aromatase (mulheres)

Pacientes oncológicas do sexo feminino em tratamento com inibidor da aromatase desenvolverão deficiência de estrogênio com a subsequente perda óssea.[50]

uso de medicamentos associados ao aumento do risco de quedas

Vários medicamentos foram associados ao aumento do risco de quedas e fraturas em idosos, inclusive benzodiazepínicos, antipsicóticos, agonistas do receptor benzodiazepínico não-benzodiazepínicos (também conhecidos como medicamentos-z; por exemplo, zolpidem) e antidepressivos.[51][52][53]​ Em um estudo tipo caso-controle, o aumento do risco absoluto de fraturas foi maior em indivíduos ≥75 anos de idade que usam inibidores seletivos de recaptação de serotonina (ISRSs), antidepressivos tricíclicos, antipsicóticos ou ≥3 medicamentos que eleva o risco de quedas, concomitantemente.[54]

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